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Trabalho escravo até em fazenda no Recreio dos Bandeirantes, cidade do Rio de Janeiro 28.11.08
28.11.08
Brasil sem Estado:
Fiscais do RJ flagram 40 trabalhadores em regime análogo ao de escravo
Grupo de nordestinos atuava em fazenda no Recreio dos Bandeirantes, plena área urbana do Rio de Janeiro, em alojamentos precários e sem refeitório
O Grupo Móvel de Fiscalização Rural da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Rio de Janeiro (SRTE/RJ) resgatou 40 trabalhadores de condições análogas a de escravos em uma fazenda no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio de janeiro. A ação, que começou no dia 23 de outubro e terminou no dia 24 de novembro, foi deflagrada pela SRTE/RJ em conjunto com o Ministério Público do Trabalho e a Polícia Federal.
Contratado para trabalhar na construção do refeitório da fazenda - a ser transformada em atração turística - o grupo estava em um alojamento situado em local ermo, com mato em volta e sem vigilância. A água oferecida, apesar de potável, não era filtrada e não havia camas suficientes para todos os trabalhadores, tanto que alguns dormiam em colchonetes pelo chão. Com o pagamento retido, eles também não tinham registro em Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS).
De acordo com a auditora fiscal do trabalho e coordenadora da ação, Bárbara Rigo de Carvalho, tudo começou com uma denúncia apresentada pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura/RJ à SRTE/RJ sobre a ocorrência de trabalhadores submetidos a condições precárias de trabalha em uma fazenda na zona urbana do Rio. No dia 14 de outubro o GMFR/RJ esteve nas dependências da fazenda denunciada e confirmou a ausência de refeitório adequado, falta de registro de alguns empregados e falta de Equipamento de Proteção Individual (EPI) por parte de alguns trabalhadores e estabeleceu prazo para o acerto da situação.
Rigo esclareceu que ao retornar no dia 23 de outubro, para verificar o acerto firmado, o GMFR encontrou o grupo de trabalhadores pernambucanos contratados para a construção do refeitório. "Nesta data, alguns trabalhadores não entrevistados nos dias 14 e 23 de outubro, foram identificados laborando no local. Eles nos informaram serem provenientes do Estado da Paraíba e que estavam alojados em outra propriedade do mesmo empregador. Em vista da informação, segunda-feira (24), o GMFR foi ao alojamento mencionado, no horário de retorno dos trabalhadores, e constatou a situação de trabalho análogo ao de escravo a que os 40 trabalhadores pernambucanos estavam submetidos", completa.
Ao final da operação fiscal, todos foram incluídos no Programa de Seguro-Desemprego para o Trabalhador Resgatado e amanhã, quinta-feira (28) termina o prazo dado pelos fiscais do GMFR para o empregador pagar as verbas rescisórias e providenciar as passagens de volta para os locais de origem dos trabalhadores.
Fonte: Assessoria de Imprensa do MTE, com informações da SRTE/RJ
Brasil sem Estado:
Fiscais do RJ flagram 40 trabalhadores em regime análogo ao de escravo
Grupo de nordestinos atuava em fazenda no Recreio dos Bandeirantes, plena área urbana do Rio de Janeiro, em alojamentos precários e sem refeitório
O Grupo Móvel de Fiscalização Rural da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Rio de Janeiro (SRTE/RJ) resgatou 40 trabalhadores de condições análogas a de escravos em uma fazenda no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio de janeiro. A ação, que começou no dia 23 de outubro e terminou no dia 24 de novembro, foi deflagrada pela SRTE/RJ em conjunto com o Ministério Público do Trabalho e a Polícia Federal.
Contratado para trabalhar na construção do refeitório da fazenda - a ser transformada em atração turística - o grupo estava em um alojamento situado em local ermo, com mato em volta e sem vigilância. A água oferecida, apesar de potável, não era filtrada e não havia camas suficientes para todos os trabalhadores, tanto que alguns dormiam em colchonetes pelo chão. Com o pagamento retido, eles também não tinham registro em Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS).
De acordo com a auditora fiscal do trabalho e coordenadora da ação, Bárbara Rigo de Carvalho, tudo começou com uma denúncia apresentada pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura/RJ à SRTE/RJ sobre a ocorrência de trabalhadores submetidos a condições precárias de trabalha em uma fazenda na zona urbana do Rio. No dia 14 de outubro o GMFR/RJ esteve nas dependências da fazenda denunciada e confirmou a ausência de refeitório adequado, falta de registro de alguns empregados e falta de Equipamento de Proteção Individual (EPI) por parte de alguns trabalhadores e estabeleceu prazo para o acerto da situação.
Rigo esclareceu que ao retornar no dia 23 de outubro, para verificar o acerto firmado, o GMFR encontrou o grupo de trabalhadores pernambucanos contratados para a construção do refeitório. "Nesta data, alguns trabalhadores não entrevistados nos dias 14 e 23 de outubro, foram identificados laborando no local. Eles nos informaram serem provenientes do Estado da Paraíba e que estavam alojados em outra propriedade do mesmo empregador. Em vista da informação, segunda-feira (24), o GMFR foi ao alojamento mencionado, no horário de retorno dos trabalhadores, e constatou a situação de trabalho análogo ao de escravo a que os 40 trabalhadores pernambucanos estavam submetidos", completa.
Ao final da operação fiscal, todos foram incluídos no Programa de Seguro-Desemprego para o Trabalhador Resgatado e amanhã, quinta-feira (28) termina o prazo dado pelos fiscais do GMFR para o empregador pagar as verbas rescisórias e providenciar as passagens de volta para os locais de origem dos trabalhadores.
Fonte: Assessoria de Imprensa do MTE, com informações da SRTE/RJ
Donos de madeireiras ilegais que comandaram saques em Paragominas têm prisão decretada 28.11.08
28.11.08
Brasil sem Estado:
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, esteve ontem (27) em Paragominas, no Pará, com agentes do Ibama, da Polícia Federal e da Polícia Militar. Foram fechadas duas serrarias ilegais e apreendidos 10 mil metros cúbicos de madeira, avaliados em R$ 8 milhões. Os donos das madeireiras, Malcon Abner Negreiros e seu pai Norberto Abner Negreiros, foram filmados durante manifestação no último domingo, comprando combustível e ateando fogo à sede do Ibama. Os dois tiveram prisão decretada e estão foragidos.
A operação busca marcar a presença do Estado, dando um basta à impunidade na região. O material apreendido será leiloado e o dinheiro arrecadado aplicado em ações de preservação ambiental e geração de empregos sustentáveis na região. Um dos projetos prevê a construção de uma escola municipal, que dará trabalho às pessoas demitidas com o fechamento das madeireiras.
O ministro do Meio Ambiente chefiou o embargo oficial da madeireira de Norberto Abner Negreiros, pai de Malcon Abner, em área de propriedade da família a 100 km em Paragominas. Nas terras da família Negreiros fica a serraria utilizada para beneficiamento das toras, entre elas algumas extraídas de espécies protegidas como a maçaranduba. A fazenda fica a cerca de 7 km do limite da reserva indígena Alto Guamá, onde, segundo fiscais do Ibama, Norberto empregava pessoas da tribo como mão-de-obra para a derrubada das árvores e comercialização da madeira. Foram apreendidas no local 7,9 mil metros cúbicos de madeira. "Esses atos não ficarão impunes. Isso tudo está embargado e os criminosos ambientais serão punidos", afirmou o ministro.
O ministro Carlos Minc participou, ainda, de solenidade de assinatura de acordo entre o Ibama, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e a prefeitura de Paragominas para incentivar a geração de empregos e promover ações sustentáveis na região. O primeiro resultado do acordo saiu na tarde de ontem. A pedido de Minc, o prefeito de Paragominas, Adnan Demachki, cassou o alvará municipal de funcionamento das duas madeireiras que exploravam e comercializavam madeira ilegal.
O município de Paragominas tem cerca de 100 mil habitantes, com grande presença de madeireiros na sua atividade econômica. Mas depois da operação Arco de Fogo, da Polícia Federal com apoio de agentes do Ibama, deflagrada em fevereiro, a direção do sindicato do setor florestal de Paragominas calcula que tenha havido uma queda de 50% das atividades ligadas ao corte de madeira da Floresta Amazônica. Por isso cresce a importância da promoção de atividades de desenvolvimento sustentável na região.
Fonte: MMA, com o Observatório
Operação do Ibama apreende madeira ilegal no Pará
Cerca de oito mil metros cúbicos de madeira foram apreendidas ontem (27) em uma serraria próxima à terra indígena Alto Rio Guamá, no nordeste do Pará. O material foi extraído de forma ilegal da área indígena pertencente aos Tembés. A ação faz parte da Operação Rastro Negro, que, desde o fim de outubro, fiscaliza a atuação de carvoarias na região entre Paragominas e Marabá.
No total, mais de 200 homens - agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e policiais ambientais, militares e federais – participaram da operação hoje, que teve a presença do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.
De acordo com o coordenador da operação, Marco Antonio Vidal, a fiscalização de serrarias foi pedida pelo Ministério Público Federal por causa de denúncias de irregularidades em relação a produção de carvão e roubo de madeira na região.
Fonte: Morillo Carvalho, repórter da Agência Brasil
Brasil sem Estado:
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, esteve ontem (27) em Paragominas, no Pará, com agentes do Ibama, da Polícia Federal e da Polícia Militar. Foram fechadas duas serrarias ilegais e apreendidos 10 mil metros cúbicos de madeira, avaliados em R$ 8 milhões. Os donos das madeireiras, Malcon Abner Negreiros e seu pai Norberto Abner Negreiros, foram filmados durante manifestação no último domingo, comprando combustível e ateando fogo à sede do Ibama. Os dois tiveram prisão decretada e estão foragidos.
A operação busca marcar a presença do Estado, dando um basta à impunidade na região. O material apreendido será leiloado e o dinheiro arrecadado aplicado em ações de preservação ambiental e geração de empregos sustentáveis na região. Um dos projetos prevê a construção de uma escola municipal, que dará trabalho às pessoas demitidas com o fechamento das madeireiras.
O ministro do Meio Ambiente chefiou o embargo oficial da madeireira de Norberto Abner Negreiros, pai de Malcon Abner, em área de propriedade da família a 100 km em Paragominas. Nas terras da família Negreiros fica a serraria utilizada para beneficiamento das toras, entre elas algumas extraídas de espécies protegidas como a maçaranduba. A fazenda fica a cerca de 7 km do limite da reserva indígena Alto Guamá, onde, segundo fiscais do Ibama, Norberto empregava pessoas da tribo como mão-de-obra para a derrubada das árvores e comercialização da madeira. Foram apreendidas no local 7,9 mil metros cúbicos de madeira. "Esses atos não ficarão impunes. Isso tudo está embargado e os criminosos ambientais serão punidos", afirmou o ministro.
O ministro Carlos Minc participou, ainda, de solenidade de assinatura de acordo entre o Ibama, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e a prefeitura de Paragominas para incentivar a geração de empregos e promover ações sustentáveis na região. O primeiro resultado do acordo saiu na tarde de ontem. A pedido de Minc, o prefeito de Paragominas, Adnan Demachki, cassou o alvará municipal de funcionamento das duas madeireiras que exploravam e comercializavam madeira ilegal.
O município de Paragominas tem cerca de 100 mil habitantes, com grande presença de madeireiros na sua atividade econômica. Mas depois da operação Arco de Fogo, da Polícia Federal com apoio de agentes do Ibama, deflagrada em fevereiro, a direção do sindicato do setor florestal de Paragominas calcula que tenha havido uma queda de 50% das atividades ligadas ao corte de madeira da Floresta Amazônica. Por isso cresce a importância da promoção de atividades de desenvolvimento sustentável na região.
Fonte: MMA, com o Observatório
Operação do Ibama apreende madeira ilegal no Pará
Cerca de oito mil metros cúbicos de madeira foram apreendidas ontem (27) em uma serraria próxima à terra indígena Alto Rio Guamá, no nordeste do Pará. O material foi extraído de forma ilegal da área indígena pertencente aos Tembés. A ação faz parte da Operação Rastro Negro, que, desde o fim de outubro, fiscaliza a atuação de carvoarias na região entre Paragominas e Marabá.
No total, mais de 200 homens - agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e policiais ambientais, militares e federais – participaram da operação hoje, que teve a presença do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.
De acordo com o coordenador da operação, Marco Antonio Vidal, a fiscalização de serrarias foi pedida pelo Ministério Público Federal por causa de denúncias de irregularidades em relação a produção de carvão e roubo de madeira na região.
Fonte: Morillo Carvalho, repórter da Agência Brasil
Citricultores acusam indústria de limitar compras ao volume estimado antes da safra 28.11.08
28.11.08
O usual era comprar o volume produzido
O presidente da Associação Brasileira de Citricultores (Associtrus), Flávio Viegas, disse que a Citrovita, que pertence ao Grupo Votorantim, está deixando de cumprir contratos de compra da laranja. De acordo com ele, a empresa, que compra antecipadamente a produção com base em estimativa de colheita, informou aos produtores que só vai comprar o que foi estimado. O problema, segundo Viegas, é que, ao estimar volume de produção de um pomar, as empresas fazem previsão para baixo, considerando possíveis perdas na safra, como as provocadas por clima, por exemplo. Viegas esteve hoje reunido, em Brasília, com o novo presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Arthur Badin.
O presidente da Associtrus acrescentou que a participação da Citrovita no mercado de suco concentrado de citros é de cerca de 20%. São Paulo, principal pólo produtor, tem safra estimada em 306 milhões de caixas de 40,8 quilos, de acordo com levantamento da indústria. Os produtores acreditam, no entanto, que a produção pode ser bem menor. Na avaliação dos citricultores, a produção pode não alcançar 280 milhões de caixas.
Para Viegas, se a estimativa da indústria estivesse certa, não haveria motivos para o preço da fruta estar tão baixo. Em São Paulo, o preço de comercialização da caixa é de cerca de R$ 7,00, em comparação com custo de produção da ordem de R$ 17,00 a caixa. Além da Citrovita, atuam no mercado de suco concentrado de laranja a Coinbra (Dreifus), a Cutrale e a Citrosuco.
Um processo de investigação por formação de cartel, movido pelos produtores de laranja contra a indústria, corre na Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE). Na reunião de hoje, o representante dos produtores pediu mais rapidez no processo, que ainda não chegou ao Cade, lembrou Viega.
Os produtores defendem que haja desmembramento do processo e argumentam que os documentos obtidos junto à Coinbra já são suficientes para comprovar a prática irregular de comércio. As outras empresas buscaram a Justiça para impedir o acesso a documentos.
Na reunião, a Associtrus também informou que não é contrária a um acordo entre os produtores e a indústria para for fim às discussões sobre a comercialização da fruta. "Somos favoráveis a um acordo que seja franco e que proteja os produtores", afirmou Viegas. Já houve diversas tentativas de acordo no passado, mas elas foram frustradas.
Fonte: Fabíola Salvador, com o Observatório
O usual era comprar o volume produzido
O presidente da Associação Brasileira de Citricultores (Associtrus), Flávio Viegas, disse que a Citrovita, que pertence ao Grupo Votorantim, está deixando de cumprir contratos de compra da laranja. De acordo com ele, a empresa, que compra antecipadamente a produção com base em estimativa de colheita, informou aos produtores que só vai comprar o que foi estimado. O problema, segundo Viegas, é que, ao estimar volume de produção de um pomar, as empresas fazem previsão para baixo, considerando possíveis perdas na safra, como as provocadas por clima, por exemplo. Viegas esteve hoje reunido, em Brasília, com o novo presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Arthur Badin.
O presidente da Associtrus acrescentou que a participação da Citrovita no mercado de suco concentrado de citros é de cerca de 20%. São Paulo, principal pólo produtor, tem safra estimada em 306 milhões de caixas de 40,8 quilos, de acordo com levantamento da indústria. Os produtores acreditam, no entanto, que a produção pode ser bem menor. Na avaliação dos citricultores, a produção pode não alcançar 280 milhões de caixas.
Para Viegas, se a estimativa da indústria estivesse certa, não haveria motivos para o preço da fruta estar tão baixo. Em São Paulo, o preço de comercialização da caixa é de cerca de R$ 7,00, em comparação com custo de produção da ordem de R$ 17,00 a caixa. Além da Citrovita, atuam no mercado de suco concentrado de laranja a Coinbra (Dreifus), a Cutrale e a Citrosuco.
Um processo de investigação por formação de cartel, movido pelos produtores de laranja contra a indústria, corre na Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE). Na reunião de hoje, o representante dos produtores pediu mais rapidez no processo, que ainda não chegou ao Cade, lembrou Viega.
Os produtores defendem que haja desmembramento do processo e argumentam que os documentos obtidos junto à Coinbra já são suficientes para comprovar a prática irregular de comércio. As outras empresas buscaram a Justiça para impedir o acesso a documentos.
Na reunião, a Associtrus também informou que não é contrária a um acordo entre os produtores e a indústria para for fim às discussões sobre a comercialização da fruta. "Somos favoráveis a um acordo que seja franco e que proteja os produtores", afirmou Viegas. Já houve diversas tentativas de acordo no passado, mas elas foram frustradas.
Fonte: Fabíola Salvador, com o Observatório
Justiça devolve máquinas agrícolas aos fazendeiros no MT 28.11.08
28.11.08
A Justiça de Mato Grosso concedeu a liminar favorável aos produtores do Estado, em relação às apreensões de máquinas agrícolas que estavam sendo realizadas pelos bancos das montadoras. O documento autoriza as máquinas que estão no campo a continuarem trabalhando, obriga as montadoras a devolverem os tratores e colheitadeiras já apreendidos, retira o nome dos produtores das listas de serviço de proteção ao crédito e impede que sejam inseridos nessas listas a partir de agora.
A concessão da liminar foi considerada positiva pelos produtores, que acreditam que os bancos das empresas irão recorrer da decisão. "Mesmo assim, teremos condição de terminar o plantio e concluir a colheita sem que as máquinas sejam retiradas", afirma Ricardo Tomczyk, diretor da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja). O pedido de liminar foi solicitado pela Aprosoja, juntamente com a Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) na segunda-feira, no Fórum de Cuiabá.
Fonte: Alexandre Inacio, Agência Estado
A Justiça de Mato Grosso concedeu a liminar favorável aos produtores do Estado, em relação às apreensões de máquinas agrícolas que estavam sendo realizadas pelos bancos das montadoras. O documento autoriza as máquinas que estão no campo a continuarem trabalhando, obriga as montadoras a devolverem os tratores e colheitadeiras já apreendidos, retira o nome dos produtores das listas de serviço de proteção ao crédito e impede que sejam inseridos nessas listas a partir de agora.
A concessão da liminar foi considerada positiva pelos produtores, que acreditam que os bancos das empresas irão recorrer da decisão. "Mesmo assim, teremos condição de terminar o plantio e concluir a colheita sem que as máquinas sejam retiradas", afirma Ricardo Tomczyk, diretor da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja). O pedido de liminar foi solicitado pela Aprosoja, juntamente com a Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) na segunda-feira, no Fórum de Cuiabá.
Fonte: Alexandre Inacio, Agência Estado
China comprará mais produtos agrícolas no mercado interno para evitar queda de preços 28.11.08
28.11.08
Pequim - A China irá comprar mais grãos, algodão, óleos comestíveis e carnes para aumentar as reservas internas e estabilizar os preços no mercado doméstico. A informação foi dada pelo chefe da Comissão de Reforma e Desenvolvimento Nacional, Zhang Ping, em coletiva realizada hoje. "O governo pediu às tradings estatais e outras companhias que comprem (tais commodities) para estabilizar os preços de produtos agrícolas e puxar a renda dos fazendeiros", disse Ping.
A grande safra agrícola pressiona o mercado local, que segue com preços em baixa, semelhante ao dos preços internacionais das commodities. Na tentativa de dar sustentação aos preços e aos interesses do setor agrícola, o governo chinês está comprando grandes volumes de soja, milho e algodão no mercado local.
Fonte: informações da Dow Jones., com Fabíola Gomes, Agência Estado
Pequim - A China irá comprar mais grãos, algodão, óleos comestíveis e carnes para aumentar as reservas internas e estabilizar os preços no mercado doméstico. A informação foi dada pelo chefe da Comissão de Reforma e Desenvolvimento Nacional, Zhang Ping, em coletiva realizada hoje. "O governo pediu às tradings estatais e outras companhias que comprem (tais commodities) para estabilizar os preços de produtos agrícolas e puxar a renda dos fazendeiros", disse Ping.
A grande safra agrícola pressiona o mercado local, que segue com preços em baixa, semelhante ao dos preços internacionais das commodities. Na tentativa de dar sustentação aos preços e aos interesses do setor agrícola, o governo chinês está comprando grandes volumes de soja, milho e algodão no mercado local.
Fonte: informações da Dow Jones., com Fabíola Gomes, Agência Estado
Sadia e Aracruz são alvos de mais ações judiciais nos EUA 28.11.08
28.11.08
A Sadia informou ontem (27) que uma nova ação judicial foi proposta ontem, na Vara Federal Regional do Distrito Sul de Nova York, nos Estados Unidos. A ação foi proposta por Donald N. Aston contra a Sadia, Luiz Fernando Furlan, Gilberto Tomazoni, Adriano Lima Ferreira, Welson Teixeira Junior, Walter Fontana Filho e Eduardo Fontana D'Ávila.
A empresa diz que não recebeu citação do processo nem teve acesso aos autos e que já tem advogados contratados no exterior para auxílio com relação a este assunto. A Sadia manterá o mercado informado de quaisquer desenvolvimentos relacionados a este assunto.
No início deste mês, o fundo de pensão de Nova York, o Westchester Putnam Counties Heavy & Highway Laborers Local 60 Benefit Funds, abriu um processo contra a empresa brasileira em função da perda de mais de US$ 360 milhões com operações com contratos derivativos de câmbio, anunciada em setembro. O fundo, acionista da Sadia, pede à Justiça americana que o processo seja transformado em ação coletiva.
Acionistas entram na Justiça contra Aracruz
Acionistas da Aracruz nos Estados Unidos entraram com ação civil pública contra a empresa do setor de celulose. Em comunicado, a companhia diz que tomou conhecimento da notícia por meio de um comunicado à imprensa, e que o objetivo da medida seria obter uma indenização por danos causados pela violação das leis norte-americanas de mercado de capitais, o que teria ocorrido com a realização das operações com derivativos cambiais realizadas pela companhia.
A empresa diz que "não foi cientificada oficialmente" a respeito da ação e afirma que, tão logo disponha de mais informações, prestará ao mercado e às autoridades regulatórias os esclarecimentos devidos.
Em setembro, a Aracruz anunciou que seu volume de perda com câmbio futuro havia excedido limites. Ao liquidar as operações, as perdas foram estimadas em aproximadamente US$ 2 bilhões.
Fonte: Agência Estado
A Sadia informou ontem (27) que uma nova ação judicial foi proposta ontem, na Vara Federal Regional do Distrito Sul de Nova York, nos Estados Unidos. A ação foi proposta por Donald N. Aston contra a Sadia, Luiz Fernando Furlan, Gilberto Tomazoni, Adriano Lima Ferreira, Welson Teixeira Junior, Walter Fontana Filho e Eduardo Fontana D'Ávila.
A empresa diz que não recebeu citação do processo nem teve acesso aos autos e que já tem advogados contratados no exterior para auxílio com relação a este assunto. A Sadia manterá o mercado informado de quaisquer desenvolvimentos relacionados a este assunto.
No início deste mês, o fundo de pensão de Nova York, o Westchester Putnam Counties Heavy & Highway Laborers Local 60 Benefit Funds, abriu um processo contra a empresa brasileira em função da perda de mais de US$ 360 milhões com operações com contratos derivativos de câmbio, anunciada em setembro. O fundo, acionista da Sadia, pede à Justiça americana que o processo seja transformado em ação coletiva.
Acionistas entram na Justiça contra Aracruz
Acionistas da Aracruz nos Estados Unidos entraram com ação civil pública contra a empresa do setor de celulose. Em comunicado, a companhia diz que tomou conhecimento da notícia por meio de um comunicado à imprensa, e que o objetivo da medida seria obter uma indenização por danos causados pela violação das leis norte-americanas de mercado de capitais, o que teria ocorrido com a realização das operações com derivativos cambiais realizadas pela companhia.
A empresa diz que "não foi cientificada oficialmente" a respeito da ação e afirma que, tão logo disponha de mais informações, prestará ao mercado e às autoridades regulatórias os esclarecimentos devidos.
Em setembro, a Aracruz anunciou que seu volume de perda com câmbio futuro havia excedido limites. Ao liquidar as operações, as perdas foram estimadas em aproximadamente US$ 2 bilhões.
Fonte: Agência Estado
IGC estima produção mundial de grãos em 1,769 bilhão de toneladas 28.11.08
28.11.08
O cenário de oferta global permanece apertado, com estoques globais previstos em 307 milhões de toneladas.
O Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês) divulgou ontem (27) a estimativa de que a produção mundial de grãos deve ficar em 1,769 bilhão de toneladas, com redução de 1 milhão de toneladas em relação a sua previsão anterior. O novo número ainda é, no entanto, maior em 80 milhões de toneladas em relação a 2007/08.
Para o trigo, o IGC prevê produção de 683 milhões de toneladas, um aumento de 12% no ano. Já a produção do milho deve atingir 775 milhões de toneladas, ligeiramente superior às 773 milhões de toneladas previstas em outubro. Elevação das previsões de produção de grãos na Europa, Rússia e Ucrânia foram anuladas pelo declínio da Argentina e Austrália.
O cenário de oferta global permanece apertado, com estoques globais previstos em 307 milhões de toneladas, ante 283 milhões de toneladas na safra passada. O consumo mundial de grãos ficou em 1,745 bilhão de toneladas, 2 milhões de toneladas menor que o previsto em outubro.
O IGC informou também que, enquanto a crise financeira mundial deve reduzir o consumo de alimentos em alguns países desenvolvidos, o consumo de carne mundial deve aumentar 2% em 2009, pressionando as ofertas de grãos para ração animal.
A queda nas cotações dos grãos e os mercados de crédito mais apertados devem causar um decréscimo de 1,6% na área a ser colhida com trigo, para 221,7 milhões de hectares em 2009, informou a entidade.
Fonte: informações da Dow Jones, com Agência Estado
O cenário de oferta global permanece apertado, com estoques globais previstos em 307 milhões de toneladas.
O Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês) divulgou ontem (27) a estimativa de que a produção mundial de grãos deve ficar em 1,769 bilhão de toneladas, com redução de 1 milhão de toneladas em relação a sua previsão anterior. O novo número ainda é, no entanto, maior em 80 milhões de toneladas em relação a 2007/08.
Para o trigo, o IGC prevê produção de 683 milhões de toneladas, um aumento de 12% no ano. Já a produção do milho deve atingir 775 milhões de toneladas, ligeiramente superior às 773 milhões de toneladas previstas em outubro. Elevação das previsões de produção de grãos na Europa, Rússia e Ucrânia foram anuladas pelo declínio da Argentina e Austrália.
O cenário de oferta global permanece apertado, com estoques globais previstos em 307 milhões de toneladas, ante 283 milhões de toneladas na safra passada. O consumo mundial de grãos ficou em 1,745 bilhão de toneladas, 2 milhões de toneladas menor que o previsto em outubro.
O IGC informou também que, enquanto a crise financeira mundial deve reduzir o consumo de alimentos em alguns países desenvolvidos, o consumo de carne mundial deve aumentar 2% em 2009, pressionando as ofertas de grãos para ração animal.
A queda nas cotações dos grãos e os mercados de crédito mais apertados devem causar um decréscimo de 1,6% na área a ser colhida com trigo, para 221,7 milhões de hectares em 2009, informou a entidade.
Fonte: informações da Dow Jones, com Agência Estado
Mudanças climáticas reduzirão área de plantio e impulsionarão doenças no Nordeste brasileiro 27.11.08
27.11.08
A escassez ou limitação da disponibilidade de terras para a agricultura, com repercussão negativa sobre a saúde da população, é um dos cenários traçados para o Nordeste brasileiro por um estudo elaborado para a Embaixada Britânica pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e pelo Centro de Pesquisas René Rachou, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Segundo informou o coordenador da equipe do Cedeplar/UFMG, Alisson Barbieri, a pesquisa Migrações e Saúde: Cenários para o Nordeste Brasileiro-2000-2050 mostra que “a escassez de alimentos vai depender da capacidade de resposta do governo e das instituições de transferir renda para os habitantes do Nordeste”.
Esse é o primeiro estudo realizado no mundo que envolve em uma visão integrada as variáveis demográfica, econômica e climática para explicar cenários futuros, disse o professor. As mudanças climáticas em curso no planeta tendem a afetar com maior intensidade, no Brasil, as populações mais vulneráveis a esses fatores, que estão localizadas sobretudo no Nordeste do país, incluindo os migrantes.
Daí, o estudo sinalizar para a urgência de que se comece a pensar em programas ou políticas de adaptação que atendam essas populações mais vulneráveis e minimizem os impactos das mudanças do clima, disse Barbieri. Essas adaptações abrangeriam várias vertentes. Uma delas seria o investimento em tecnologia para adaptação dos cultivos agrícolas à nova realidade. Outro mecanismo diz respeito ao papel do Estado, através dos programas de transferência de renda. Outras alternativas teriam cunho econômico local.
O coordenador da pesquisa destacou que a limitação do potencial de produção agrícola nessas regiões teria, eventualmente, impacto sobre a renda e o nível de emprego. E, em conseqüência, sobre a disponibilidade de aquisição de alimentos. No que diz respeito à saúde, o estudo demonstra que deve aumentar a vulnerabilidade de algumas populações em função da ressurgimento de algumas doenças transmitidas por vetores, como a leishimaniose, e doenças que afetam principalmente crianças, pela contaminação de água e a falta de saneamento.
Fonte: Alana Gandra, repórter da Agência Brasil
A escassez ou limitação da disponibilidade de terras para a agricultura, com repercussão negativa sobre a saúde da população, é um dos cenários traçados para o Nordeste brasileiro por um estudo elaborado para a Embaixada Britânica pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e pelo Centro de Pesquisas René Rachou, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Segundo informou o coordenador da equipe do Cedeplar/UFMG, Alisson Barbieri, a pesquisa Migrações e Saúde: Cenários para o Nordeste Brasileiro-2000-2050 mostra que “a escassez de alimentos vai depender da capacidade de resposta do governo e das instituições de transferir renda para os habitantes do Nordeste”.
Esse é o primeiro estudo realizado no mundo que envolve em uma visão integrada as variáveis demográfica, econômica e climática para explicar cenários futuros, disse o professor. As mudanças climáticas em curso no planeta tendem a afetar com maior intensidade, no Brasil, as populações mais vulneráveis a esses fatores, que estão localizadas sobretudo no Nordeste do país, incluindo os migrantes.
Daí, o estudo sinalizar para a urgência de que se comece a pensar em programas ou políticas de adaptação que atendam essas populações mais vulneráveis e minimizem os impactos das mudanças do clima, disse Barbieri. Essas adaptações abrangeriam várias vertentes. Uma delas seria o investimento em tecnologia para adaptação dos cultivos agrícolas à nova realidade. Outro mecanismo diz respeito ao papel do Estado, através dos programas de transferência de renda. Outras alternativas teriam cunho econômico local.
O coordenador da pesquisa destacou que a limitação do potencial de produção agrícola nessas regiões teria, eventualmente, impacto sobre a renda e o nível de emprego. E, em conseqüência, sobre a disponibilidade de aquisição de alimentos. No que diz respeito à saúde, o estudo demonstra que deve aumentar a vulnerabilidade de algumas populações em função da ressurgimento de algumas doenças transmitidas por vetores, como a leishimaniose, e doenças que afetam principalmente crianças, pela contaminação de água e a falta de saneamento.
Fonte: Alana Gandra, repórter da Agência Brasil
Extração de madeira nativa em 2007 é a menor em sete anos, revela IBGE 27.11.08
27.11.08
A produção nacional de madeira em tora foi de aproximadamente 121.520.350 metros cúbicos em 2007, sendo a maior parte (86,5%) proveniente de florestas cultivadas e o restante (13,5%) coletado em vegetações nativas (16.388.609 metros cúbicos). Esse é o menor número já registrado de extração de madeira nativa desde 2000.
Os dados são da Pesquisa da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura 2007, divulgada ontem (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A produção de madeira na atividade extrativista apresentou redução de 8,9% em 2007 em comparação com 2006, enquanto no segmento das florestas plantadas ou cultivadas a produção aumentou 4,3%. [Nota do editor: obviamente, a extração ilegal de madeira nativa não é computada nas estatísticas oficiais]
Para o técnico responsável pela pesquisa, Luís Celso Lins, os números são motivo de comemoração. Segundo ele, a queda se deve principalmente à pressão de representantes da sociedade civil e organizações sociais e à maior fiscalização. “Em 2006, houve 17 milhões de metros cúbicos de extração de madeira nativa, quando houve uma grande grita contra o desmatamento.”
O valor da produção da silvicultura (estabelecimento, desenvolvimento e reprodução de florestas, visando a múltiplas aplicações) e do extrativismo vegetal (exploração dos recursos vegetais nativos de forma racional e sustentável) totalizou R$ 12,1 bilhões em 2007.
Entre os sete produtos florestais investigados no segmento das florestas plantadas, cinco tiveram aumento de produção, sendo que o item carvão vegetal apresentou os maiores incrementos (45,9%), liderado pelo estado de Minas Gerais, devido ao grande número de siderúrgicas.
A reprodução de florestas cresceu mais de 3% de 2006 para 2007, e responde por 68,7% do valor da produção florestal, o equivalente a R$ 8,3 bilhões.
Já a participação do extrativismo vegetal caiu de 34,05% para 31,34%, no período, o menor percentual desde 1990. O valor do extrativismo totalizou R$ 3,8 bilhões, dos quais R$ 3,2 bilhões provenientes da produção madeireira.
O valor da produção da silvicultura ultrapassou o do extrativismo vegetal em 1998, e, desde então, sua participação tem sido superior à do extrativismo, a exceção de 1999.
Com mais da metade da madeira coletada no país, o maior produtor de madeira do segmento extrativista foi o Estado do Pará (55,5%). O principal produtor de madeira de florestas plantadas para fabricação de papel e celulose, em 2007, foi São Paulo (28,4%), e o Paraná (34,4%) é responsável por cerca de um terço da produção nacional de madeira para outras finalidades.
Dezessete produtos do extrativismo vegetal apresentaram queda de produção entre os anos de 2006 e 2007. Entre eles, destacam-se os do grupo alimentícios. À exceção da castanha-do-pará e do açaí (fruto), todos os demais itens desse grupo tiveram queda na produção, principalmente castanha-de-caju, erva-mate e palmito.
“O que está ocorrendo é que alguns produtos de origem florestal estão sendo manejados e sendo cultivados em vez de apenas extraídos da natureza”, explicou o técnico responsável pela pesquisa.
Fonte: Flávia Villela, repórter da Agência Brasil
A produção nacional de madeira em tora foi de aproximadamente 121.520.350 metros cúbicos em 2007, sendo a maior parte (86,5%) proveniente de florestas cultivadas e o restante (13,5%) coletado em vegetações nativas (16.388.609 metros cúbicos). Esse é o menor número já registrado de extração de madeira nativa desde 2000.
Os dados são da Pesquisa da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura 2007, divulgada ontem (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A produção de madeira na atividade extrativista apresentou redução de 8,9% em 2007 em comparação com 2006, enquanto no segmento das florestas plantadas ou cultivadas a produção aumentou 4,3%. [Nota do editor: obviamente, a extração ilegal de madeira nativa não é computada nas estatísticas oficiais]
Para o técnico responsável pela pesquisa, Luís Celso Lins, os números são motivo de comemoração. Segundo ele, a queda se deve principalmente à pressão de representantes da sociedade civil e organizações sociais e à maior fiscalização. “Em 2006, houve 17 milhões de metros cúbicos de extração de madeira nativa, quando houve uma grande grita contra o desmatamento.”
O valor da produção da silvicultura (estabelecimento, desenvolvimento e reprodução de florestas, visando a múltiplas aplicações) e do extrativismo vegetal (exploração dos recursos vegetais nativos de forma racional e sustentável) totalizou R$ 12,1 bilhões em 2007.
Entre os sete produtos florestais investigados no segmento das florestas plantadas, cinco tiveram aumento de produção, sendo que o item carvão vegetal apresentou os maiores incrementos (45,9%), liderado pelo estado de Minas Gerais, devido ao grande número de siderúrgicas.
A reprodução de florestas cresceu mais de 3% de 2006 para 2007, e responde por 68,7% do valor da produção florestal, o equivalente a R$ 8,3 bilhões.
Já a participação do extrativismo vegetal caiu de 34,05% para 31,34%, no período, o menor percentual desde 1990. O valor do extrativismo totalizou R$ 3,8 bilhões, dos quais R$ 3,2 bilhões provenientes da produção madeireira.
O valor da produção da silvicultura ultrapassou o do extrativismo vegetal em 1998, e, desde então, sua participação tem sido superior à do extrativismo, a exceção de 1999.
Com mais da metade da madeira coletada no país, o maior produtor de madeira do segmento extrativista foi o Estado do Pará (55,5%). O principal produtor de madeira de florestas plantadas para fabricação de papel e celulose, em 2007, foi São Paulo (28,4%), e o Paraná (34,4%) é responsável por cerca de um terço da produção nacional de madeira para outras finalidades.
Dezessete produtos do extrativismo vegetal apresentaram queda de produção entre os anos de 2006 e 2007. Entre eles, destacam-se os do grupo alimentícios. À exceção da castanha-do-pará e do açaí (fruto), todos os demais itens desse grupo tiveram queda na produção, principalmente castanha-de-caju, erva-mate e palmito.
“O que está ocorrendo é que alguns produtos de origem florestal estão sendo manejados e sendo cultivados em vez de apenas extraídos da natureza”, explicou o técnico responsável pela pesquisa.
Fonte: Flávia Villela, repórter da Agência Brasil
Quantidade de aves no Brasil cresceu mais de 10% entre 2006 e 2007 27.11.08
27.11.08
Suínos aumentaram 2,2% entre esses anos
O número de aves cresceu 11,5% no país, entre 2006 e 2007. O dado é da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) 2007, divulgada hoje (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o estudo, o Brasil tinha, em 2007, 1,127 bilhão de galináceos (galos, frangos, pintos e galinhas).
Mais da metade do total de galos, frangos e pintos (50,3%) encontra-se no Sul do país. Quanto às galinhas, a produção se concentra no Sudeste (35,6%).
Em 2007, o rebanho de cerca de 60 milhões de suínos foi 2,2% maior que em 2006. A maior parte dos animais está no Sul (47,5%), sendo Santa Catarina o principal estado produtor (19,9% do rebanho nacional), seguido pelo Rio Grande do Sul (14,5%) e Paraná (13,2%).
Já o rebanho de eqüinos teve queda de 2,6% na comparação com 2006, somando 5,602 milhões de animais. Corumbá, em Mato Grosso, tem o maior número desses animais (0,5% do total nacional), mas o Sudeste (25,6%) lidera esse número regionalmente, seguido do Nordeste, com praticamente o mesmo percentual.
Fonte: Flávia Villela, repórter da Agência Brasil
Suínos aumentaram 2,2% entre esses anos
O número de aves cresceu 11,5% no país, entre 2006 e 2007. O dado é da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) 2007, divulgada hoje (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o estudo, o Brasil tinha, em 2007, 1,127 bilhão de galináceos (galos, frangos, pintos e galinhas).
Mais da metade do total de galos, frangos e pintos (50,3%) encontra-se no Sul do país. Quanto às galinhas, a produção se concentra no Sudeste (35,6%).
Em 2007, o rebanho de cerca de 60 milhões de suínos foi 2,2% maior que em 2006. A maior parte dos animais está no Sul (47,5%), sendo Santa Catarina o principal estado produtor (19,9% do rebanho nacional), seguido pelo Rio Grande do Sul (14,5%) e Paraná (13,2%).
Já o rebanho de eqüinos teve queda de 2,6% na comparação com 2006, somando 5,602 milhões de animais. Corumbá, em Mato Grosso, tem o maior número desses animais (0,5% do total nacional), mas o Sudeste (25,6%) lidera esse número regionalmente, seguido do Nordeste, com praticamente o mesmo percentual.
Fonte: Flávia Villela, repórter da Agência Brasil
Rebanho bovino diminui 3% no país e Amazônia Legal concentra 35% do rebanho nacional 27.11.08
27.11.08
A Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) 2007 mostra que a quantidade de bois no país diminuiu 3%, entre 2006 e 2007. O número que era de aproximadamente de 205,886 milhões caiu para quase 200 mil cabeças de gado. A redução é conseqüência, principalmente, da descapitalização dos produtores e do abatimento de matrizes.
Na região da Amazônia Legal (que abrange toda a Região Norte e parte do Maranhão e de Mato Grosso) a queda foi de 5%. Entretanto a quantidade de cabeças de gado nessa área cresceu 78% na comparação 2007-1997, com destaque para o Sul do Pará, o Norte de Mato Grosso e Rondônia. Em 2007, 35% do rebanho bovino nacional estava na Amazônia Legal.
O rebanho bovino brasileiro tem se deslocado em direção ao Norte do país, em parte, devido à disputa por área com as lavouras de cana, soja e milho no Centro-Sul. Entretanto, houve uma redução no ritmo de crescimento do rebanho bovino na região, de 46%, de 1997 a 2002, para 22% entre 2002 e 2007. De 2006 para 2007, houve uma queda de 5% na quantidade de bovinos na Amazônia Legal, que chegou a 69,575 milhões de cabeças, o equivalente a 34,8% do rebanho nacional.
Segundo o IBGE, a diminuição do rebanho bovino brasileiro ocorreu em razão da descapitalização dos produtores em 2006, o que levou à falta de investimento no ano seguinte, e à reavaliação das estimativas após o Censo Agropecuário 2006. O abate de matrizes, por sua vez, resultou numa menor oferta de carne, o que contribuiu, ao lado da demanda aquecida, para a manutenção dos preços elevados em 2007.
Os maiores rebanhos bovinos estão em Mato Grosso (representando 12,9% do gado nacional), seguido de Minas Gerais (11,3%) e Mato Grosso do Sul (10,9%). A participação no valor total dos produtos da agropecuária (leite, ovos de galinha e de codorna, mel, casulos de bicho-da-seda e lã) foi de R$ 20,2 milhões em 2007, tendo Minas como líder (26,1%), seguida de São Paulo (10,8%) e do Rio Grande do Sul (10,0%).
Durante o período analisado, Minas Gerais, que ao contrário da maioria dos outros estados, apresentou crescimento no rebanho do gado bovino (1,7%), deixou a posição de 3º lugar em rebanhos de bois e ultrapassou o de Mato Grosso do Sul, Estado que segundo dados das pesquisas anteriores vem perdendo cabeças de gado nos últimos três anos.
Fonte: Flávia Villela, repórter da Agência Brasil
27.11.08
IBGE: pecuária em 2007 foi marcada por preços recordes 27.11.08
O desempenho da pecuária no ano de 2007 foi marcado por preços recorde das carnes e do leite, escassez de oferta de bovinos para abate e aumentos dos preços dos insumos (milho e fertilizantes), com elevação dos custos dos produtores no segundo semestre, segundo observou o gerente de pecuária do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Octávio Costa de Oliveira.
Ele explicou que a queda de 3,0% no efetivo brasileiro de bovinos no ano passado ante o ano anterior já é o segundo recuo anual consecutivo (em 2006, houve queda de 0,6% ante 2005) e reflete o aumento do abate de matrizes no País a partir de 2003. Segundo Oliveira, o ano de 2003 foi de baixo crescimento da economia e da demanda e os produtores, em dificuldades financeiras, aceleraram os abates de matrizes. Como a reposição desses animais ocorre de forma lenta, o rebanho prossegue em queda.
O gerente explicou também que a redução de 5,0% no efetivo de bovinos na Amazônia Legal não está relacionada a questões ambientais, mas sim ao fato de que essa é uma região cuja produção pecuária está mais voltada para o mercado e, por isso, foi mais forte, ali, o crescimento do abate de matrizes. Além disso, segundo ele, pode ter ocorrido uma reavaliação de cadastro na região.
Os municípios da Amazônia Legal (que inclui não apenas a área da floresta amazônica, mas também parte do Cerrado e do Pantanal) aumentaram a participação no efetivo bovino total do País de 24% em 1997 para 36% em 2006. No ano passado, a fatia recuou para 35%. Costa de Oliveira destacou que o rebanho bovino brasileiro é o maior do mundo, com 199,75 milhões de cabeças, à frente da Índia (177,8 milhões de cabeças) e da China (116,86 milhões de cabeças).
Fonte: Jacqueline Farid, Agência Estado
A Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) 2007 mostra que a quantidade de bois no país diminuiu 3%, entre 2006 e 2007. O número que era de aproximadamente de 205,886 milhões caiu para quase 200 mil cabeças de gado. A redução é conseqüência, principalmente, da descapitalização dos produtores e do abatimento de matrizes.
Na região da Amazônia Legal (que abrange toda a Região Norte e parte do Maranhão e de Mato Grosso) a queda foi de 5%. Entretanto a quantidade de cabeças de gado nessa área cresceu 78% na comparação 2007-1997, com destaque para o Sul do Pará, o Norte de Mato Grosso e Rondônia. Em 2007, 35% do rebanho bovino nacional estava na Amazônia Legal.
O rebanho bovino brasileiro tem se deslocado em direção ao Norte do país, em parte, devido à disputa por área com as lavouras de cana, soja e milho no Centro-Sul. Entretanto, houve uma redução no ritmo de crescimento do rebanho bovino na região, de 46%, de 1997 a 2002, para 22% entre 2002 e 2007. De 2006 para 2007, houve uma queda de 5% na quantidade de bovinos na Amazônia Legal, que chegou a 69,575 milhões de cabeças, o equivalente a 34,8% do rebanho nacional.
Segundo o IBGE, a diminuição do rebanho bovino brasileiro ocorreu em razão da descapitalização dos produtores em 2006, o que levou à falta de investimento no ano seguinte, e à reavaliação das estimativas após o Censo Agropecuário 2006. O abate de matrizes, por sua vez, resultou numa menor oferta de carne, o que contribuiu, ao lado da demanda aquecida, para a manutenção dos preços elevados em 2007.
Os maiores rebanhos bovinos estão em Mato Grosso (representando 12,9% do gado nacional), seguido de Minas Gerais (11,3%) e Mato Grosso do Sul (10,9%). A participação no valor total dos produtos da agropecuária (leite, ovos de galinha e de codorna, mel, casulos de bicho-da-seda e lã) foi de R$ 20,2 milhões em 2007, tendo Minas como líder (26,1%), seguida de São Paulo (10,8%) e do Rio Grande do Sul (10,0%).
Durante o período analisado, Minas Gerais, que ao contrário da maioria dos outros estados, apresentou crescimento no rebanho do gado bovino (1,7%), deixou a posição de 3º lugar em rebanhos de bois e ultrapassou o de Mato Grosso do Sul, Estado que segundo dados das pesquisas anteriores vem perdendo cabeças de gado nos últimos três anos.
Fonte: Flávia Villela, repórter da Agência Brasil
27.11.08
IBGE: pecuária em 2007 foi marcada por preços recordes 27.11.08
O desempenho da pecuária no ano de 2007 foi marcado por preços recorde das carnes e do leite, escassez de oferta de bovinos para abate e aumentos dos preços dos insumos (milho e fertilizantes), com elevação dos custos dos produtores no segundo semestre, segundo observou o gerente de pecuária do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Octávio Costa de Oliveira.
Ele explicou que a queda de 3,0% no efetivo brasileiro de bovinos no ano passado ante o ano anterior já é o segundo recuo anual consecutivo (em 2006, houve queda de 0,6% ante 2005) e reflete o aumento do abate de matrizes no País a partir de 2003. Segundo Oliveira, o ano de 2003 foi de baixo crescimento da economia e da demanda e os produtores, em dificuldades financeiras, aceleraram os abates de matrizes. Como a reposição desses animais ocorre de forma lenta, o rebanho prossegue em queda.
O gerente explicou também que a redução de 5,0% no efetivo de bovinos na Amazônia Legal não está relacionada a questões ambientais, mas sim ao fato de que essa é uma região cuja produção pecuária está mais voltada para o mercado e, por isso, foi mais forte, ali, o crescimento do abate de matrizes. Além disso, segundo ele, pode ter ocorrido uma reavaliação de cadastro na região.
Os municípios da Amazônia Legal (que inclui não apenas a área da floresta amazônica, mas também parte do Cerrado e do Pantanal) aumentaram a participação no efetivo bovino total do País de 24% em 1997 para 36% em 2006. No ano passado, a fatia recuou para 35%. Costa de Oliveira destacou que o rebanho bovino brasileiro é o maior do mundo, com 199,75 milhões de cabeças, à frente da Índia (177,8 milhões de cabeças) e da China (116,86 milhões de cabeças).
Fonte: Jacqueline Farid, Agência Estado
Congresso considera "inadmissível" e rejeita pacote de R$ 2,5 bilhões para ruralistas 27.11.08
27.11.08
A Comissão Mista de Orçamento do Congresso rejeitou na terça-feira (25) uma emenda coletiva de senadores ruralistas que destinava R$ 2,5 bilhões adicionais para subsidiar ações de apoio à comercialização da nova safra de grãos. A medida foi rejeitada pelo "comitê de admissibilidade" porque a Comissão de Agricultura do Senado não poderia, segundo resolução interna do Congresso, apresentar emendas a programas sob administração do Ministério da Fazenda como é o caso das Operações Oficiais de Crédito. A senadora Kátia Abreu (DEM-TO) apresentará hoje uma "contestação" para tentar reverter a decisão na comissão.
Mesmo sob risco de ficar sem o reforço na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), os produtores terão em 2009 mais recursos para subsídios aos preços. O governo trabalha para elevar o volume de dinheiro destinado a programas de subvenção da comercialização. O orçamento do Executivo enviado ao Congresso prevê o aumento de R$ 225 milhões para executar a PGPM e sustentar as cotações dos principais produtos agropecuários. Em 2009, haverá R$ 1,515 bilhão para instrumentos de equalização de preços (subsídios diretos) e outros R$ 2,3 bilhões para aquisições de produtos (AGF). Neste ano, o orçamento soma R$ 1,29 bilhão para subsídios e os mesmos R$ 2,3 bilhões para AGF.
Em tempos de crise, que tem afetado a concessão de crédito, governo e ruralistas avaliam ser necessário abrir espaço no Orçamento da União para ampliar os subsídios a segmentos específicos. Os produtores familiares e assentados da reforma agrária devem ser os mais beneficiados porque a política de aquisição de alimentos também deve ganhar um reforço no orçamento. Nesse caso, o governo garante preços de mercado para a produção de determinados produtos básicos, como feijão, arroz, mandioca e leite.
Os subsídios têm auxiliado os produtores. Em 2006, segundo o Tesouro Nacional, o governo apoiou de alguma forma a comercialização de 21,7 milhões de toneladas e gastou R$ 4,94 bilhões com equalização de juros, subsídios diretos e seguro obrigatório (Proagro), além de aquisições diretas e lançamento de contratos de opção. Em 2007, os gastos foram menores: R$ 3,82 bilhões com as mesmas operações. Neste ano, já foram gastos R$ 1,2 bilhão para sustentar um total de 3,26 milhões de toneladas de milho, trigo e algodão e 12 milhões de litros de vinho.
Fonte: Valor Econômico
A Comissão Mista de Orçamento do Congresso rejeitou na terça-feira (25) uma emenda coletiva de senadores ruralistas que destinava R$ 2,5 bilhões adicionais para subsidiar ações de apoio à comercialização da nova safra de grãos. A medida foi rejeitada pelo "comitê de admissibilidade" porque a Comissão de Agricultura do Senado não poderia, segundo resolução interna do Congresso, apresentar emendas a programas sob administração do Ministério da Fazenda como é o caso das Operações Oficiais de Crédito. A senadora Kátia Abreu (DEM-TO) apresentará hoje uma "contestação" para tentar reverter a decisão na comissão.
Mesmo sob risco de ficar sem o reforço na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), os produtores terão em 2009 mais recursos para subsídios aos preços. O governo trabalha para elevar o volume de dinheiro destinado a programas de subvenção da comercialização. O orçamento do Executivo enviado ao Congresso prevê o aumento de R$ 225 milhões para executar a PGPM e sustentar as cotações dos principais produtos agropecuários. Em 2009, haverá R$ 1,515 bilhão para instrumentos de equalização de preços (subsídios diretos) e outros R$ 2,3 bilhões para aquisições de produtos (AGF). Neste ano, o orçamento soma R$ 1,29 bilhão para subsídios e os mesmos R$ 2,3 bilhões para AGF.
Em tempos de crise, que tem afetado a concessão de crédito, governo e ruralistas avaliam ser necessário abrir espaço no Orçamento da União para ampliar os subsídios a segmentos específicos. Os produtores familiares e assentados da reforma agrária devem ser os mais beneficiados porque a política de aquisição de alimentos também deve ganhar um reforço no orçamento. Nesse caso, o governo garante preços de mercado para a produção de determinados produtos básicos, como feijão, arroz, mandioca e leite.
Os subsídios têm auxiliado os produtores. Em 2006, segundo o Tesouro Nacional, o governo apoiou de alguma forma a comercialização de 21,7 milhões de toneladas e gastou R$ 4,94 bilhões com equalização de juros, subsídios diretos e seguro obrigatório (Proagro), além de aquisições diretas e lançamento de contratos de opção. Em 2007, os gastos foram menores: R$ 3,82 bilhões com as mesmas operações. Neste ano, já foram gastos R$ 1,2 bilhão para sustentar um total de 3,26 milhões de toneladas de milho, trigo e algodão e 12 milhões de litros de vinho.
Fonte: Valor Econômico
CMN define novas medidas para estimular o setor agropecuário 27.11.08
27.11.08
O limite de crédito do Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop) será elevado de R$ 35 milhões para até R$ 50 milhões, por cooperativa. Dentro desse limite foi também aprovado o financiamento de até R$ 10 milhões de capital de giro não associado a projeto de investimento. A decisão é do Conselho Monetário Nacional (CMN), que se reuniu ontem (26), em Brasília.
No encontro, o CMN aprovou, ainda, Linha Especial de Crédito para o Leite (LEC), no valor de R$ 15 milhões. O prazo de contratação será até 30 de junho de 2009. O objetivo da medida é garantir preço mínimo aos produtores e permitir estocagem de leite pelas agroindústrias.
O CMN estabeleceu a data limite para 30/12/2008 para que os produtores rurais da região Centro-Oeste recorram a uma linha de crédito para refinanciamento das dívidas de investimento contratadas com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Por meio dessa linha, é possível refinanciar até 40% das parcelas de investimento que venceram em 2008 e ainda não foram pagas.
Produtores do Centro-Oeste que estavam inadimplentes, por não terem pago a parcela deste ano, vencida em 15/10, passam a ter acesso à nova linha de crédito.
Fonte: Assessoria de imprensa do Mapa
O limite de crédito do Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop) será elevado de R$ 35 milhões para até R$ 50 milhões, por cooperativa. Dentro desse limite foi também aprovado o financiamento de até R$ 10 milhões de capital de giro não associado a projeto de investimento. A decisão é do Conselho Monetário Nacional (CMN), que se reuniu ontem (26), em Brasília.
No encontro, o CMN aprovou, ainda, Linha Especial de Crédito para o Leite (LEC), no valor de R$ 15 milhões. O prazo de contratação será até 30 de junho de 2009. O objetivo da medida é garantir preço mínimo aos produtores e permitir estocagem de leite pelas agroindústrias.
O CMN estabeleceu a data limite para 30/12/2008 para que os produtores rurais da região Centro-Oeste recorram a uma linha de crédito para refinanciamento das dívidas de investimento contratadas com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Por meio dessa linha, é possível refinanciar até 40% das parcelas de investimento que venceram em 2008 e ainda não foram pagas.
Produtores do Centro-Oeste que estavam inadimplentes, por não terem pago a parcela deste ano, vencida em 15/10, passam a ter acesso à nova linha de crédito.
Fonte: Assessoria de imprensa do Mapa
Assentados de MS vão exportar soja orgânica para a Suíça 27.11.08
27.11.08
A produção de soja orgânica do Projeto de Assentamento (PA) da Reforma Agrária Itamarati, no município de Ponta Porá, em Mato Grosso do Sul (MS), na fronteira com o Paraguai, será exportada para a Suíça. O contrato de exportação foi assinado, ontem (26), por representantes da empresa Gebana Brasil S.A. e do Núcleo de Agroecologia da Associação dos Produtores Orgânicos do estado, estabelecendo a compra antecipada de, aproximadamente, 70 toneladas do grão.
A compra antecipada havia sido acertada durante a Feira Internacional Biofach América Latina, realizada no final de outubro, em São Paulo. Com o objetivo de buscar novas oportunidades de negócios para os produtos orgânicos, o secretário do Núcleo de Agroecologia do assentamento Itamarati, Vitor Carlos Neves, participou do evento, contando com o apoio logístico da Superintendência Federal de Agricultura de MS, órgão local do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Os primeiros 30 hectares da soja orgânica destinada à Europa, em 2008, começaram a ser plantados em outubro, por um grupo de 10 agricultores familiares assentados no Itamarati. Este é o segundo ano em que os assentados plantam e comercializam soja orgânica com a Gebana Brasil S.A. A primeira experiência aconteceu em 2007, com apenas 10 hectares do produto.
Segundo Neves, a experiência com a agroecologia tem unido assentados de todos os movimentos sociais, contando, inclusive, com a participação de antigos funcionários da fazenda Itamarati. “Nosso exemplo está chamando a atenção das empresas interessadas em produtos de qualidade e livres de venenos”, disse. Existem cerca de 80 famílias engajadas na produção orgânica e a expectativa é a de que, nos próximos anos, estejam produzindo amendoim, milho de pipoca, gergelim, girassol e outras culturas para atender à demanda crescente no País e no exterior.
Fonte: Assessoria de imprensa do MDA
A produção de soja orgânica do Projeto de Assentamento (PA) da Reforma Agrária Itamarati, no município de Ponta Porá, em Mato Grosso do Sul (MS), na fronteira com o Paraguai, será exportada para a Suíça. O contrato de exportação foi assinado, ontem (26), por representantes da empresa Gebana Brasil S.A. e do Núcleo de Agroecologia da Associação dos Produtores Orgânicos do estado, estabelecendo a compra antecipada de, aproximadamente, 70 toneladas do grão.
A compra antecipada havia sido acertada durante a Feira Internacional Biofach América Latina, realizada no final de outubro, em São Paulo. Com o objetivo de buscar novas oportunidades de negócios para os produtos orgânicos, o secretário do Núcleo de Agroecologia do assentamento Itamarati, Vitor Carlos Neves, participou do evento, contando com o apoio logístico da Superintendência Federal de Agricultura de MS, órgão local do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Os primeiros 30 hectares da soja orgânica destinada à Europa, em 2008, começaram a ser plantados em outubro, por um grupo de 10 agricultores familiares assentados no Itamarati. Este é o segundo ano em que os assentados plantam e comercializam soja orgânica com a Gebana Brasil S.A. A primeira experiência aconteceu em 2007, com apenas 10 hectares do produto.
Segundo Neves, a experiência com a agroecologia tem unido assentados de todos os movimentos sociais, contando, inclusive, com a participação de antigos funcionários da fazenda Itamarati. “Nosso exemplo está chamando a atenção das empresas interessadas em produtos de qualidade e livres de venenos”, disse. Existem cerca de 80 famílias engajadas na produção orgânica e a expectativa é a de que, nos próximos anos, estejam produzindo amendoim, milho de pipoca, gergelim, girassol e outras culturas para atender à demanda crescente no País e no exterior.
Fonte: Assessoria de imprensa do MDA
BNDES injetará R$ 450 mi no frigorífico Independência 27.11.08
27.11.08
Ribeirão Preto - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai injetar R$ 450 milhões na Independência Participações S.A., holding familiar que detêm 100% do Independência S.A, um dos maiores grupos frigoríficos do País. A operação, iniciada há seis meses e fechada esta semana, prevê a troca do investimento pela participação acionária da BNDES Participações (BNDESPar) na companhia.
Segundo o diretor financeiro do Independência, Tobias Bremer, o aporte será feito em duas etapas, com o repasse de R$ 250 milhões esta semana e R$ 200 milhões em janeiro de 2009. Ele não revelou qual o porcentual de participação acionária na companhia ao qual a BNDESPar terá após a operação. Em um comunicado ao mercado, o Independência informa que a holding do banco de desenvolvimento terá uma "participação minoritária da companhia, cujo tamanho exato será definido baseado em termos e condições precedentes usuais deste tipo de transação".
Bremer afirmou que o dinheiro será utilizado para várias operações, como a redução da dívida, o aumento do capital de giro e ainda o aumento da capacidade produtiva, "por meio de aquisições ou construção de novas plantas industriais". O diretor avaliou ainda que a operação é "um sinal de confiança e um apoio forte do BNDES ao Independência e a todo o setor produtivo pecuário do País".
O Independência S.A. tem capacidade atual de abate de 10 mil cabeças e produção do mesmo volume de peles por dia, além de ser uma das maiores operadoras de logística refrigerada do País. A companhia tem unidades em sete Estados brasileiros e no Paraguai, com 14 plantas de abate e desossa, três curtumes, três fábricas de charque, cinco módulos de produção de biodiesel, além de centros de distribuição em Cajamar (SP), Itupeva (SP) e no porto de Santos (SP).
Fonte: Gustavo Porto, Agência Estado
Ribeirão Preto - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai injetar R$ 450 milhões na Independência Participações S.A., holding familiar que detêm 100% do Independência S.A, um dos maiores grupos frigoríficos do País. A operação, iniciada há seis meses e fechada esta semana, prevê a troca do investimento pela participação acionária da BNDES Participações (BNDESPar) na companhia.
Segundo o diretor financeiro do Independência, Tobias Bremer, o aporte será feito em duas etapas, com o repasse de R$ 250 milhões esta semana e R$ 200 milhões em janeiro de 2009. Ele não revelou qual o porcentual de participação acionária na companhia ao qual a BNDESPar terá após a operação. Em um comunicado ao mercado, o Independência informa que a holding do banco de desenvolvimento terá uma "participação minoritária da companhia, cujo tamanho exato será definido baseado em termos e condições precedentes usuais deste tipo de transação".
Bremer afirmou que o dinheiro será utilizado para várias operações, como a redução da dívida, o aumento do capital de giro e ainda o aumento da capacidade produtiva, "por meio de aquisições ou construção de novas plantas industriais". O diretor avaliou ainda que a operação é "um sinal de confiança e um apoio forte do BNDES ao Independência e a todo o setor produtivo pecuário do País".
O Independência S.A. tem capacidade atual de abate de 10 mil cabeças e produção do mesmo volume de peles por dia, além de ser uma das maiores operadoras de logística refrigerada do País. A companhia tem unidades em sete Estados brasileiros e no Paraguai, com 14 plantas de abate e desossa, três curtumes, três fábricas de charque, cinco módulos de produção de biodiesel, além de centros de distribuição em Cajamar (SP), Itupeva (SP) e no porto de Santos (SP).
Fonte: Gustavo Porto, Agência Estado
UE oficializa MS e MG como exportadores de carne bovina 27.11.08
27.11.08
A União Européia (UE) publicou ontem (26), no jornal oficial do bloco, a medida que oficializa a liberação dos Estados de Minas Gerais e Mato Grosso do Sul como regiões habilitadas à exportar carne bovina in natura. A decisão já havia sido anunciada em outubro pela Diretoria-Geral para Saúde e Consumidores da União Européia (DG-Sanco), mas dependia da publicação no jornal oficial da União Européia.
Com isso, a partir de 1º de dezembro deste ano, esses Estados já poderão atender à demanda européia sem qualquer restrição. A única condição exigida pela União Européia para exportações de qualquer estado brasileiro é que os animais abatidos estejam cadastrados nos Estabelecimentos Rurais Aprovados no Sisbov (Eras), que conta hoje com 130 milhões de animais e 608 propriedades, segundo informações do Ministério da Agricultura.
Em nota, o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Kroetz, informou que a liberação de todas as regiões de Minas Gerais e Mato Grosso do Sul era um pleito antigo dos Estados. "A decisão representa o reconhecimento dos esforços do serviço veterinário brasileiro e aumenta a base do rebanho apto à exportação, desde que sejam cumpridas as regras de rastreabilidade", afirmou.
Fonte: Agência Estado
A União Européia (UE) publicou ontem (26), no jornal oficial do bloco, a medida que oficializa a liberação dos Estados de Minas Gerais e Mato Grosso do Sul como regiões habilitadas à exportar carne bovina in natura. A decisão já havia sido anunciada em outubro pela Diretoria-Geral para Saúde e Consumidores da União Européia (DG-Sanco), mas dependia da publicação no jornal oficial da União Européia.
Com isso, a partir de 1º de dezembro deste ano, esses Estados já poderão atender à demanda européia sem qualquer restrição. A única condição exigida pela União Européia para exportações de qualquer estado brasileiro é que os animais abatidos estejam cadastrados nos Estabelecimentos Rurais Aprovados no Sisbov (Eras), que conta hoje com 130 milhões de animais e 608 propriedades, segundo informações do Ministério da Agricultura.
Em nota, o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Kroetz, informou que a liberação de todas as regiões de Minas Gerais e Mato Grosso do Sul era um pleito antigo dos Estados. "A decisão representa o reconhecimento dos esforços do serviço veterinário brasileiro e aumenta a base do rebanho apto à exportação, desde que sejam cumpridas as regras de rastreabilidade", afirmou.
Fonte: Agência Estado
Crise internacional afeta preços de soja e milho no Brasil 27.11.08
27.11.08
Primeiro sinal pode ser queda na área plantada e na produtividade.
O primeiro sintoma da crise mundial nas culturas de soja e milho pode ser a redução das áreas plantadas e da produtividade já nesta safra. O país está em fase de plantio mas, além do alto preço dos insumos, que forçou muitos produtores a buscar sementes com menos tecnologia e a reduzir o uso de fertilizantes, a comercialização em 2009 também preocupa.
Dados da Conab indicam que o Brasil deve colher de 37 a 38 milhões de toneladas de milho na safra 2008/2009. O produtor Antonio Perucci, de Cambe (PR), por exemplo, diz que manteve os 700 hectares da safra passada, mas não sabe se consegue vender a produção. Outro problema é perder produtividade na safrinha.
Pela estimativa da Conab, o clima e a falta de crédito podem provocar uma redução de 1,2% na área plantada com soja no Brasil. O problema maior está no Estado de Mato Grosso, que pode reduzir em até 3% as lavouras com o grão. Para o milho, o órgão federal prevê que até 1,5% da área atual será destinada a outras culturas. Os índices parecem baixos, mas podem ser interpretados como um efeito imediato da crise mundial. Os agricultores estão preocupados, mesmo, é com a safra de inverno.
Na mesma região, o agricultor Odair Favali plantou os mesmos 1,5 mil hectares de soja da safra anterior. Ele deve contribuir para uma colheita nacional de até 59 milhões de toneladas da oleaginosa. Nessa época do ano o produtor sempre começou a comprar insumos para a safra de inverno, mas desta vez as contas e o futuro incerto assustaram.
Fonte: Canal Rural
Primeiro sinal pode ser queda na área plantada e na produtividade.
O primeiro sintoma da crise mundial nas culturas de soja e milho pode ser a redução das áreas plantadas e da produtividade já nesta safra. O país está em fase de plantio mas, além do alto preço dos insumos, que forçou muitos produtores a buscar sementes com menos tecnologia e a reduzir o uso de fertilizantes, a comercialização em 2009 também preocupa.
Dados da Conab indicam que o Brasil deve colher de 37 a 38 milhões de toneladas de milho na safra 2008/2009. O produtor Antonio Perucci, de Cambe (PR), por exemplo, diz que manteve os 700 hectares da safra passada, mas não sabe se consegue vender a produção. Outro problema é perder produtividade na safrinha.
Pela estimativa da Conab, o clima e a falta de crédito podem provocar uma redução de 1,2% na área plantada com soja no Brasil. O problema maior está no Estado de Mato Grosso, que pode reduzir em até 3% as lavouras com o grão. Para o milho, o órgão federal prevê que até 1,5% da área atual será destinada a outras culturas. Os índices parecem baixos, mas podem ser interpretados como um efeito imediato da crise mundial. Os agricultores estão preocupados, mesmo, é com a safra de inverno.
Na mesma região, o agricultor Odair Favali plantou os mesmos 1,5 mil hectares de soja da safra anterior. Ele deve contribuir para uma colheita nacional de até 59 milhões de toneladas da oleaginosa. Nessa época do ano o produtor sempre começou a comprar insumos para a safra de inverno, mas desta vez as contas e o futuro incerto assustaram.
Fonte: Canal Rural
Ninguém do governo se solidariza com Ibama pelo vandalismo em Paragominas (PA) 26.11.08
26.11.08
Comentário do editor:
Percorrendo agenda dos ministros e notícias dos ministérios, ontem (25), nenhuma palavra, nem solidariedade, encontrei a respeito dos atos de vandalismo que as lideranças da ilegalidade insuflaram no domingo (23) contra os representantes do Estado Nacional, no caso fiscais do Ibama, contra o patrimônio público, e a promoção de saques de bens apreendidos e sob responsabilidade do Estado.
É triste...
O presidente do Ibama divulgou a nota abaixo, mas nada além disso encontrei a respeito, até mesmo nas notícias do Ministério do Meio Ambiente.
Presidente repudia vandalismo em Paragominas
O presidente do Ibama, Roberto Messias Franco, repudia os atos de violência e vandalismo praticados contra o escritório e carros do Ibama em Paragominas (PA). Segundo ele, a violência e, em especial, o ato de banditismo que foi o roubo da madeira ilegal apreendida foram ofensas graves ao Estado brasileiro e ao Ibama, uma instituição pública.
“Os atos suscitam preocupação, mas não amedrontam o Ibama. Todas as providências estão sendo tomadas para impedir o desrespeito ao Estado brasileiro”, avisa Messias Franco, que determinou reforço da equipe de fiscalização na cidade paraense.
O presidente enfatiza também que o Ibama, juntamente com outras instituições do Ministério do Meio Ambiente, de outros ministérios, dos Estados e dos municípios, está firmemente empenhado em regularizar todas as atividades sustentáveis na Amazônia. Messias Franco cita ainda que o ministro Carlos Minc tem reafirmado todo o apoio a quem atuar na legalidade e mão pesada da lei contra os ilegais.
Fonte: Ascom/Ibama
Comentário do editor:
Percorrendo agenda dos ministros e notícias dos ministérios, ontem (25), nenhuma palavra, nem solidariedade, encontrei a respeito dos atos de vandalismo que as lideranças da ilegalidade insuflaram no domingo (23) contra os representantes do Estado Nacional, no caso fiscais do Ibama, contra o patrimônio público, e a promoção de saques de bens apreendidos e sob responsabilidade do Estado.
É triste...
O presidente do Ibama divulgou a nota abaixo, mas nada além disso encontrei a respeito, até mesmo nas notícias do Ministério do Meio Ambiente.
Presidente repudia vandalismo em Paragominas
O presidente do Ibama, Roberto Messias Franco, repudia os atos de violência e vandalismo praticados contra o escritório e carros do Ibama em Paragominas (PA). Segundo ele, a violência e, em especial, o ato de banditismo que foi o roubo da madeira ilegal apreendida foram ofensas graves ao Estado brasileiro e ao Ibama, uma instituição pública.
“Os atos suscitam preocupação, mas não amedrontam o Ibama. Todas as providências estão sendo tomadas para impedir o desrespeito ao Estado brasileiro”, avisa Messias Franco, que determinou reforço da equipe de fiscalização na cidade paraense.
O presidente enfatiza também que o Ibama, juntamente com outras instituições do Ministério do Meio Ambiente, de outros ministérios, dos Estados e dos municípios, está firmemente empenhado em regularizar todas as atividades sustentáveis na Amazônia. Messias Franco cita ainda que o ministro Carlos Minc tem reafirmado todo o apoio a quem atuar na legalidade e mão pesada da lei contra os ilegais.
Fonte: Ascom/Ibama
Fiscais do MTE resgatam dez trabalhadores em condições de escravos no MT 26.11.08
26.11.08
Acomodado em alojamento precário, grupo se alimentava com carne de gado doente abatido na própria fazenda e não portava Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)
Cuiabá - Ação do Grupo Especial de Fiscalização Móvel Estadual da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Mato Grosso (SRTE/MT) resgatou dez trabalhadores em condições análogas à escravidão, em operação iniciada em 20 de novembro. O fato ocorreu em uma fazenda de criação de bovinos para corte na zona rural de Pontes e Lacerda, a 469 km de Cuiabá. Os trabalhadores exerciam atividade de roço de pasto e aplicavam veneno em tocos queimados de árvores.
O grupo não dispunha de qualquer Equipamento de Proteção Individual (EPI), treinamento ou orientação sobre os riscos da atividade. O veneno era acondicionado de forma inadequada e os trabalhadores ficavam expostos ao perigo de contaminação, estando inclusive com as roupas e a pele manchadas pelo veneno. Eram transportados da sede da fazenda até a frente de trabalho em um trator, consumiam a água de um córrego próximo, também utilizado pelo gado. Não havia local apropriado para as refeições que constavam, apenas, de arroz, feijão e carne, proveniente do gado doente abatido na própria fazenda. E o alojamento era uma casa de madeira em péssimas condições de manutenção e higiene. Conforme relatos dos resgatados o gerente da fazenda os orientava a esconderem-se na mata, a fim de despistar a fiscalização e assim receberem a diária.
"As irregularidades encontradas nos levaram a considerar o vínculo trabalhista dos trabalhadores com a fazenda, descaracterizando a terceirização da mão-de-obra através de um gato, e pela rescisão indireta do contrato de trabalho, além da libertação dos dez trabalhadores", afirmou o auditor fiscal do trabalho e coordenador da operação, José Weyne Nunes Marcelino.
O estabelecimento rural foi notificado e os trabalhadores receberam as verbas rescisórias devidas, que somaram R$ 38.241,00. Todos foram incluídos no Programa de Seguro-Desemprego para o Trabalhador Resgatado. O Ministério Público do Trabalho foi contatado para indicar um procurador que participará de reunião a fim de firmar Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). A segurança dos fiscais foi garantida por militares do Exército Brasileiro, por meio da operação "Cadeado 4".
Fonte: Assessoria de Imprensa SRTE/MT
Acomodado em alojamento precário, grupo se alimentava com carne de gado doente abatido na própria fazenda e não portava Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)
Cuiabá - Ação do Grupo Especial de Fiscalização Móvel Estadual da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Mato Grosso (SRTE/MT) resgatou dez trabalhadores em condições análogas à escravidão, em operação iniciada em 20 de novembro. O fato ocorreu em uma fazenda de criação de bovinos para corte na zona rural de Pontes e Lacerda, a 469 km de Cuiabá. Os trabalhadores exerciam atividade de roço de pasto e aplicavam veneno em tocos queimados de árvores.
O grupo não dispunha de qualquer Equipamento de Proteção Individual (EPI), treinamento ou orientação sobre os riscos da atividade. O veneno era acondicionado de forma inadequada e os trabalhadores ficavam expostos ao perigo de contaminação, estando inclusive com as roupas e a pele manchadas pelo veneno. Eram transportados da sede da fazenda até a frente de trabalho em um trator, consumiam a água de um córrego próximo, também utilizado pelo gado. Não havia local apropriado para as refeições que constavam, apenas, de arroz, feijão e carne, proveniente do gado doente abatido na própria fazenda. E o alojamento era uma casa de madeira em péssimas condições de manutenção e higiene. Conforme relatos dos resgatados o gerente da fazenda os orientava a esconderem-se na mata, a fim de despistar a fiscalização e assim receberem a diária.
"As irregularidades encontradas nos levaram a considerar o vínculo trabalhista dos trabalhadores com a fazenda, descaracterizando a terceirização da mão-de-obra através de um gato, e pela rescisão indireta do contrato de trabalho, além da libertação dos dez trabalhadores", afirmou o auditor fiscal do trabalho e coordenador da operação, José Weyne Nunes Marcelino.
O estabelecimento rural foi notificado e os trabalhadores receberam as verbas rescisórias devidas, que somaram R$ 38.241,00. Todos foram incluídos no Programa de Seguro-Desemprego para o Trabalhador Resgatado. O Ministério Público do Trabalho foi contatado para indicar um procurador que participará de reunião a fim de firmar Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). A segurança dos fiscais foi garantida por militares do Exército Brasileiro, por meio da operação "Cadeado 4".
Fonte: Assessoria de Imprensa SRTE/MT
Mato Grosso: 71% dos contratos de produtores estão ligados ao BNDES 26.11.08
26.11.08
O segundo secretário da Famato, Ricardo Tomczyc, calcula que aproximadamente 71% dos contratos de produtores mato-grossense junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estejam inadimplentes. O total do devido para este ano é R$ 1,160 bilhão, então, as parcelas em atraso somam pouco mais de R$ 800 milhões. Isso, só do BNDES, que é o que está sendo cobrado agora com pedido de arresto de bens.
Tomczyc lembra a existência de outras linhas semelhantes que ainda não chegaram ao ponto de apreensão de máquinas. O restantes, referente a custeio e FAT Giro Rural, está tudo praticamente com o Banco do Brasil que, tenta encontrar uma solução diferente para o caso. Essas dívidas com o BB são todas fruto de repactuação dos débitos das safras 04/05.
Por conta dessa inadimplência, o segundo secretário da Famato diz que a nova linha de crédito para o pagamento das dívidas rurais de investimento vencidas e a vencer em 2008, criada pelo governo federal, não vai atingir seu objetivo. "É um financiamento para quem não tem crédito, então não tem como funcionar, não tem lógica". Pela linha devem ser liberados R$ 500 milhões para a região Centro-Oeste. Tomczyc explica que esse crédito é via BNDES, justamente onde os produtores estão inadimplentes, por isso não há como ser operacionalizado.
Para ele, o governo deveria liberar os recursos direto para os bancos, para irem refinanciando as dívidas. Por isso o segundo secretário da Famato reclama que a crise do setor só pode resolvida com uma "atitude forte de governo". A nova linha de crédito ainda não começou a ser operacionalizada, como se esperava para ontem
Fonte: A Gazeta
O segundo secretário da Famato, Ricardo Tomczyc, calcula que aproximadamente 71% dos contratos de produtores mato-grossense junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estejam inadimplentes. O total do devido para este ano é R$ 1,160 bilhão, então, as parcelas em atraso somam pouco mais de R$ 800 milhões. Isso, só do BNDES, que é o que está sendo cobrado agora com pedido de arresto de bens.
Tomczyc lembra a existência de outras linhas semelhantes que ainda não chegaram ao ponto de apreensão de máquinas. O restantes, referente a custeio e FAT Giro Rural, está tudo praticamente com o Banco do Brasil que, tenta encontrar uma solução diferente para o caso. Essas dívidas com o BB são todas fruto de repactuação dos débitos das safras 04/05.
Por conta dessa inadimplência, o segundo secretário da Famato diz que a nova linha de crédito para o pagamento das dívidas rurais de investimento vencidas e a vencer em 2008, criada pelo governo federal, não vai atingir seu objetivo. "É um financiamento para quem não tem crédito, então não tem como funcionar, não tem lógica". Pela linha devem ser liberados R$ 500 milhões para a região Centro-Oeste. Tomczyc explica que esse crédito é via BNDES, justamente onde os produtores estão inadimplentes, por isso não há como ser operacionalizado.
Para ele, o governo deveria liberar os recursos direto para os bancos, para irem refinanciando as dívidas. Por isso o segundo secretário da Famato reclama que a crise do setor só pode resolvida com uma "atitude forte de governo". A nova linha de crédito ainda não começou a ser operacionalizada, como se esperava para ontem
Fonte: A Gazeta
Obama ameaça cortar subsídios agrícolas para fazendeiros milionários 26.11.08
26.11.08
O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou hoje que pode cortar subsídios agrícolas como parte de seus esforços para reduzir os gastos do governo. "De acordo com uma reportagem hoje, entre 2003 e 2006, fazendeiros milionários receberam US$ 49 milhões em subsídios de safra mesmo faturando mais do que o teto de US$ 2,5 milhões para esse tipo de subsídio. Se isso for verdade, é um exemplo claro do tipo de gasto que eu pretendo acabar como presidente", disse durante discurso em que apresentou novos integrantes da nova administração.
Obama nomeou o chefe do Escritório de Orçamento do Congresso, Peter Orszag, como diretor do Escritório de Administração e Orçamento (OMB, na sigla em inglês), posto-chave para os planos do futuro presidente de reformar o Orçamento Federal. O democrata afirmou que a reforma do orçamento não é uma opção, mas uma "obrigação" diante de um cenário que combina aumento do déficit público e encolhimento da atividade econômica.
"Não podemos sustentar um sistema que desperdiça bilhões de dólares do contribuinte em programas que já perderam a utilidade ou existem apenas por causa do poder de um político, lobista ou grupo de interesse", afirmou Obama.
Fonte: informações da Dow Jones, com Gerson Freitas Jr., Agência Estado
O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou hoje que pode cortar subsídios agrícolas como parte de seus esforços para reduzir os gastos do governo. "De acordo com uma reportagem hoje, entre 2003 e 2006, fazendeiros milionários receberam US$ 49 milhões em subsídios de safra mesmo faturando mais do que o teto de US$ 2,5 milhões para esse tipo de subsídio. Se isso for verdade, é um exemplo claro do tipo de gasto que eu pretendo acabar como presidente", disse durante discurso em que apresentou novos integrantes da nova administração.
Obama nomeou o chefe do Escritório de Orçamento do Congresso, Peter Orszag, como diretor do Escritório de Administração e Orçamento (OMB, na sigla em inglês), posto-chave para os planos do futuro presidente de reformar o Orçamento Federal. O democrata afirmou que a reforma do orçamento não é uma opção, mas uma "obrigação" diante de um cenário que combina aumento do déficit público e encolhimento da atividade econômica.
"Não podemos sustentar um sistema que desperdiça bilhões de dólares do contribuinte em programas que já perderam a utilidade ou existem apenas por causa do poder de um político, lobista ou grupo de interesse", afirmou Obama.
Fonte: informações da Dow Jones, com Gerson Freitas Jr., Agência Estado
ADM vende 15% do leilão da ANP de biodiesel 26.11.08
26.11.08
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) conseguiu vender, nesta segunda-feira, no Rio, 330 milhões de litros do produto oriundos de 33 unidades, durante o 12º Leilão de Biodiesel.
As informações indicam que a ADM de Mato-Grosso, empresa responsável por 14,9% das vendas, com 49,1 milhões de litros, foi a maior vendedora de biodiesel. Em sua totalidade, as empresas do Mato Grosso venderam 24,5% do volume ofertado: 80,83 milhões de litros.
O objetivo do leilão foi atender à demanda gerada pela adição obrigatória de 3% de biodiesel ao óleo diesel comercialzado no Brasil no primeiro trimestre de 2009.
Resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), determinou a adição obrigatória de 3% de biodiesel (B3) ao diesel consumido no país, desde 1º de julho do ano passado.
O uso comercial do biodiesel no Brasil, porém, foi autorizado em dezembro de 2004, inicialmente para a mistura B2. Está prevista a elevação do volume para 5% (B5), também de forma obrigatória, a partir 2013.
Segundo a ANP, o preço de referência foi de R$ 2,40 por litro no primeiro lote, de 264 milhões de litros, o que representou um deságio médio de 0,59%. No segundo lote, foram vendidos 66 milhões de litros, ao preço médio de R$ 2,390 e deságio médio de 0,41%.
O primeiro lote do leilão, de 264 milhões de litros, foi destinado a empresas detentoras do Selo Combustível Social. O segundo, de 66 milhões de litros, envolveu empresas que cumpriram os requisitos da ANP, incluindo as que não têm Selo Combustível Social.
Fonte: Nielmar de Oliveira, repórter da Agência Brasil
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) conseguiu vender, nesta segunda-feira, no Rio, 330 milhões de litros do produto oriundos de 33 unidades, durante o 12º Leilão de Biodiesel.
As informações indicam que a ADM de Mato-Grosso, empresa responsável por 14,9% das vendas, com 49,1 milhões de litros, foi a maior vendedora de biodiesel. Em sua totalidade, as empresas do Mato Grosso venderam 24,5% do volume ofertado: 80,83 milhões de litros.
O objetivo do leilão foi atender à demanda gerada pela adição obrigatória de 3% de biodiesel ao óleo diesel comercialzado no Brasil no primeiro trimestre de 2009.
Resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), determinou a adição obrigatória de 3% de biodiesel (B3) ao diesel consumido no país, desde 1º de julho do ano passado.
O uso comercial do biodiesel no Brasil, porém, foi autorizado em dezembro de 2004, inicialmente para a mistura B2. Está prevista a elevação do volume para 5% (B5), também de forma obrigatória, a partir 2013.
Segundo a ANP, o preço de referência foi de R$ 2,40 por litro no primeiro lote, de 264 milhões de litros, o que representou um deságio médio de 0,59%. No segundo lote, foram vendidos 66 milhões de litros, ao preço médio de R$ 2,390 e deságio médio de 0,41%.
O primeiro lote do leilão, de 264 milhões de litros, foi destinado a empresas detentoras do Selo Combustível Social. O segundo, de 66 milhões de litros, envolveu empresas que cumpriram os requisitos da ANP, incluindo as que não têm Selo Combustível Social.
Fonte: Nielmar de Oliveira, repórter da Agência Brasil
Brasil consulta a OMC sobre medidas antidumping adotadas pelos USA 26.11.08
26.11.08
O governo brasileiro recorreu ontem (25) à Organização Mundial do Comércio (OMC), em Genebra, na Suíça, fazendo consultas sobre medidas antidumping adotadas pelo governo norte-americano em relação à importação do suco de laranja brasileiro. Segundo nota do Ministério das Relações Exteriores, o Brasil questiona a revisão administrativa feita pelo pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos, na forma de investigação antidumping, sobre o suco de laranja brasileiro, relativa ao período de 24 de agosto de 2005 a 28 de fevereiro de 2007.
Os resultados da revisão norte-americana, publicados em agosto deste ano, apontam que as empresas brasileiras investigadas praticaram margens de dumping de até 4,81%. O Brasil, no entanto, alega que os Estados Unidos utilizaram o "zeroing", prática pela qual "o Departamento de Comércio exclui do cálculo da margem de dumping as exportações com valor superior ao valor do produto no mercado doméstico ('valor normal'), impedindo, assim, que essas transações venham a compensar as exportações eventualmente realizadas com valor inferior ao 'valor normal'".
O Ministério das Relações Exteriores diz que as autoridades norte-americanas adotam o "zeroing" mesmo com a condenação da prática, "em diversas oportunidades", pelo Órgão de Solução de Controvérsias da OMC. "O pedido de consultas compreende, ainda, o questionamento quanto à legalidade frente às regras da OMC, das normas norte-americanas que prevêem a utilização do "zeroing" em revisões administrativas", diz a nota.
O pedido de consultas ao amparo do Mecanismo de Solução de Controvérsias da OMC marca o posicionamento do Brasil contra o método utilizado pelos Estados Unidos, que, "além de incompatível com as normas multilaterais de comércio, causa grande incerteza e sérios prejuízos para as empresas exportadoras afetadas".
Fonte: Danilo Macedo, repórter da Agência Brasil
O governo brasileiro recorreu ontem (25) à Organização Mundial do Comércio (OMC), em Genebra, na Suíça, fazendo consultas sobre medidas antidumping adotadas pelo governo norte-americano em relação à importação do suco de laranja brasileiro. Segundo nota do Ministério das Relações Exteriores, o Brasil questiona a revisão administrativa feita pelo pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos, na forma de investigação antidumping, sobre o suco de laranja brasileiro, relativa ao período de 24 de agosto de 2005 a 28 de fevereiro de 2007.
Os resultados da revisão norte-americana, publicados em agosto deste ano, apontam que as empresas brasileiras investigadas praticaram margens de dumping de até 4,81%. O Brasil, no entanto, alega que os Estados Unidos utilizaram o "zeroing", prática pela qual "o Departamento de Comércio exclui do cálculo da margem de dumping as exportações com valor superior ao valor do produto no mercado doméstico ('valor normal'), impedindo, assim, que essas transações venham a compensar as exportações eventualmente realizadas com valor inferior ao 'valor normal'".
O Ministério das Relações Exteriores diz que as autoridades norte-americanas adotam o "zeroing" mesmo com a condenação da prática, "em diversas oportunidades", pelo Órgão de Solução de Controvérsias da OMC. "O pedido de consultas compreende, ainda, o questionamento quanto à legalidade frente às regras da OMC, das normas norte-americanas que prevêem a utilização do "zeroing" em revisões administrativas", diz a nota.
O pedido de consultas ao amparo do Mecanismo de Solução de Controvérsias da OMC marca o posicionamento do Brasil contra o método utilizado pelos Estados Unidos, que, "além de incompatível com as normas multilaterais de comércio, causa grande incerteza e sérios prejuízos para as empresas exportadoras afetadas".
Fonte: Danilo Macedo, repórter da Agência Brasil
Brasil vai usar mais seis milhões de hectares para produção de etanol 26.11.08
26.11.08
Para atender às demandas interna e externa de etanol em 2017, que representarão 64 bilhões de litros, o Brasil precisará incorporar mais seis milhões de hectares de áreas agricultáveis. A produção de etanol ocupa hoje uma área de 3,5 milhões de hectares , metade do solo utilizado para a produção de cana-de-açúcar.
A constatação é do presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, ao participar do 10º Congresso de Agribusiness da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), aberto ontem (25) no Rio de Janeiro. A meta está prevista no plano decenal 2008/2017 que cobre todas as fontes de energia disponíveis no país. A EPE pretende encaminhar o plano em dezembro próximo para aprovação do Ministério de Minas e Energia.
Tolmasquim afirmou que há possibilidade concreta de o país deslocar esse volume de terras novas para a produção de etanol. Esclareceu que o Brasil possui 850 milhões de hectares, dos quais 378 milhões são terras aráveis. Desse total, 91 milhões de hectares são fronteira agrícola e 220 milhões são pastagens.
Informou que, em média, existe uma cabeça de gado por hectare. Em São Paulo, que não registra a criação mais intensiva de gado do país, o número sobe para 1,4 rês por hectare. Daí, estimou que se a média brasileira fosse a média de São Paulo, haveria disponíveis mais 50 a 70 milhões de hectares.
“Nós precisamos de seis milhões de hectares para atingir os 64 bilhões de litros de etanol. E uma intensificação da pecuária nos permite ter dez vezes mais do que o necessário para atingir essa meta”, assegurou.
Fonte: Alana Gandra, repórter da Agência Brasil
Para atender às demandas interna e externa de etanol em 2017, que representarão 64 bilhões de litros, o Brasil precisará incorporar mais seis milhões de hectares de áreas agricultáveis. A produção de etanol ocupa hoje uma área de 3,5 milhões de hectares , metade do solo utilizado para a produção de cana-de-açúcar.
A constatação é do presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, ao participar do 10º Congresso de Agribusiness da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), aberto ontem (25) no Rio de Janeiro. A meta está prevista no plano decenal 2008/2017 que cobre todas as fontes de energia disponíveis no país. A EPE pretende encaminhar o plano em dezembro próximo para aprovação do Ministério de Minas e Energia.
Tolmasquim afirmou que há possibilidade concreta de o país deslocar esse volume de terras novas para a produção de etanol. Esclareceu que o Brasil possui 850 milhões de hectares, dos quais 378 milhões são terras aráveis. Desse total, 91 milhões de hectares são fronteira agrícola e 220 milhões são pastagens.
Informou que, em média, existe uma cabeça de gado por hectare. Em São Paulo, que não registra a criação mais intensiva de gado do país, o número sobe para 1,4 rês por hectare. Daí, estimou que se a média brasileira fosse a média de São Paulo, haveria disponíveis mais 50 a 70 milhões de hectares.
“Nós precisamos de seis milhões de hectares para atingir os 64 bilhões de litros de etanol. E uma intensificação da pecuária nos permite ter dez vezes mais do que o necessário para atingir essa meta”, assegurou.
Fonte: Alana Gandra, repórter da Agência Brasil
Ministro pede intervenção da Força Nacional para garantir presença do Estado nacional em Paragominas (PA) 25.11.08
25.11.08
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, solicitou ontem (24) ao ministro da Justiça, Tarso Genro, o emprego da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) no município de Paragominas, nordeste do Pará, para dar suporte ao trabalho dos fiscais do Instituto Nacional dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
O pedido de ajuda ocorreu depois que manifestantes atacaram, na noite de domingo (23), o escritório regional do órgão ambiental em represália à Operação Rastro Negro, que combate a produção, o transporte e o comércio ilegal de carvão vegetal no estado.
Segundo Minc, os atos de vandalismo e ameaças não farão o governo recuar no combate aos crimes ambientais. “Pelo contrário, vamos intensificar as ações e punir os responsáveis. Não vamos nos intimidar”, afirmou o ministro do Meio Ambiente.
Inicialmente, a solicitação encaminhada ao ministro da Justiça é para que agentes da FNSP e da Polícia Federal que participam da Operação Arco de Fogo - de combate à extração ilegal de madeira na Amazônia –, em Altamira (sudoeste do estado), sejam deslocados emergencialmente para Paragominas.
A coordenadoria de fiscalização do Ibama considera necessário o aumento da presença do Estado na área para que tenham continuidade as ações de fiscalização contra o desmatamento e o roubo de madeira em terras indígenas.
Além de atearem fogo na garagem e depredarem o escritório, os vândalos roubaram caminhões com toras apreendidas pela fiscalização e tentaram invadir o hotel em que estavam hospedados os fiscais.
Marco Antônio Vidal, um dos coordenadores da operação, contou que os manifestantes chegaram a arrancar o portão de entrada do hotel com um trator e só foram dispersados depois que policiais militares utilizaram bombas de gás lacrimogêneo.
Os trabalhos da Operação Rastro Negro começaram no fim de outubro e, desde então, foram destruídos mais de 200 fornos de carvão ilegais, apreendidos 120 metros cúbicos de carvão vegetal e aplicadas multas que somam mais de R$ 2 milhões. Na madrugada de domingo (23) foram apreendidos cerca de 400 metros cúbicos de madeira carregados em 14 caminhões, próximo a uma reserva indígena.
Fonte: Marco Antônio Soalheiro, repórter da Agência Brasil, com o Observatório
Leia mais sobre o Brasil sem Estado em A Notícia
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, solicitou ontem (24) ao ministro da Justiça, Tarso Genro, o emprego da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) no município de Paragominas, nordeste do Pará, para dar suporte ao trabalho dos fiscais do Instituto Nacional dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
O pedido de ajuda ocorreu depois que manifestantes atacaram, na noite de domingo (23), o escritório regional do órgão ambiental em represália à Operação Rastro Negro, que combate a produção, o transporte e o comércio ilegal de carvão vegetal no estado.
Segundo Minc, os atos de vandalismo e ameaças não farão o governo recuar no combate aos crimes ambientais. “Pelo contrário, vamos intensificar as ações e punir os responsáveis. Não vamos nos intimidar”, afirmou o ministro do Meio Ambiente.
Inicialmente, a solicitação encaminhada ao ministro da Justiça é para que agentes da FNSP e da Polícia Federal que participam da Operação Arco de Fogo - de combate à extração ilegal de madeira na Amazônia –, em Altamira (sudoeste do estado), sejam deslocados emergencialmente para Paragominas.
A coordenadoria de fiscalização do Ibama considera necessário o aumento da presença do Estado na área para que tenham continuidade as ações de fiscalização contra o desmatamento e o roubo de madeira em terras indígenas.
Além de atearem fogo na garagem e depredarem o escritório, os vândalos roubaram caminhões com toras apreendidas pela fiscalização e tentaram invadir o hotel em que estavam hospedados os fiscais.
Marco Antônio Vidal, um dos coordenadores da operação, contou que os manifestantes chegaram a arrancar o portão de entrada do hotel com um trator e só foram dispersados depois que policiais militares utilizaram bombas de gás lacrimogêneo.
Os trabalhos da Operação Rastro Negro começaram no fim de outubro e, desde então, foram destruídos mais de 200 fornos de carvão ilegais, apreendidos 120 metros cúbicos de carvão vegetal e aplicadas multas que somam mais de R$ 2 milhões. Na madrugada de domingo (23) foram apreendidos cerca de 400 metros cúbicos de madeira carregados em 14 caminhões, próximo a uma reserva indígena.
Fonte: Marco Antônio Soalheiro, repórter da Agência Brasil, com o Observatório
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Efetivo do Ibama no Pará dará prioridade às ações em Paragominas 25.11.08
25.11.08
O efetivo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Pará será integralmente direcionado para fortalecer, nos próximos dias, as ações de fiscalização da Operação Rastro Negro em Paragominas, nordeste do estado. A informação é do coordenador da operação, o fiscal Marco Vidal, que reafirmou a disposição do órgão em não retroceder no combate ao comércio ilegal de carvão vegetal.
“Vamos caçar os caminhões roubados e terminar o embargo administrativo das empresas que utilizam dessa estrutura ilegal”, afirmou Vidal em entrevista à Agência Brasil. “O Ibama estará com carga máxima aqui”, acrescentou.
O coordenador também aguarda a chegada de agentes da Força Nacional de Segurança à cidade até a próxima quarta-feira. Uma solicitação neste sentido já foi encaminhada pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, ao Ministério da Justiça.
Na noite de domingo (23), o escritório do Ibama em Paragominas foi depredado em um protesto que contou com cerca de 3 mil pessoas. Houve ainda tentativa de invasão ao hotel onde os fiscais se hospedavam. Segundo Vidal, estavam no local, além dos cinco funcionários do Ibama, outros 40 hóspedes (veja notícia mais abaixo)
Parte da população local e alguns comerciantes se opõem ao trabalho dos fiscais de aplicação das leis. O coordenador considera a resistência natural, já que a fiscalização contraria todos que alcançam algum benefício econômico decorrente de atividades ilegais.
Em nota divulgada na tarde de ontem (24), a Prefeitura de Paragominas, a Câmara Municipal e entidades representativas da sociedade civil organizada lamentaram os incidentes e se disseram favoráveis à punição dos vândalos.
"Destacamos nosso repúdio aos atos de vandalismo ocorridos, principalmente a destruição do patrimônio público municipal e federal e ameaça aos agentes do Ibama, cujos autores devem ser devidamente identificados e responsabilizados pelas autoridades competentes”, diz o texto.
Entretanto, na mesma nota, os signatários sustentam que, mesmo ilegais, as atividades coibidas é que mantêm o sustento de muitas famílias. Eles cobram dos governos federal e estadual a oferta de alternativas de trabalho e renda para a população.
"Mais que nunca, é necessário que os governos federal e estadual estabeleçam ações construtivas, ao invés de somente ações repressivas, como tem sido a tônica dos últimos anos. O estado do Pará e também Paragominas ainda aguardam a chamada Operação Arco Verde, irmã da Operação Arco de Fogo, mas que visava criar alternativas de emprego e renda para as pessoas que perderam os seus empregos em decorrência do combate ao desmatamento”, enfatiza a nota.
Fonte: Marco Antônio Soalheiro, repórter da Agência Brasil, com o Observatório
O efetivo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Pará será integralmente direcionado para fortalecer, nos próximos dias, as ações de fiscalização da Operação Rastro Negro em Paragominas, nordeste do estado. A informação é do coordenador da operação, o fiscal Marco Vidal, que reafirmou a disposição do órgão em não retroceder no combate ao comércio ilegal de carvão vegetal.
“Vamos caçar os caminhões roubados e terminar o embargo administrativo das empresas que utilizam dessa estrutura ilegal”, afirmou Vidal em entrevista à Agência Brasil. “O Ibama estará com carga máxima aqui”, acrescentou.
O coordenador também aguarda a chegada de agentes da Força Nacional de Segurança à cidade até a próxima quarta-feira. Uma solicitação neste sentido já foi encaminhada pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, ao Ministério da Justiça.
Na noite de domingo (23), o escritório do Ibama em Paragominas foi depredado em um protesto que contou com cerca de 3 mil pessoas. Houve ainda tentativa de invasão ao hotel onde os fiscais se hospedavam. Segundo Vidal, estavam no local, além dos cinco funcionários do Ibama, outros 40 hóspedes (veja notícia mais abaixo)
Parte da população local e alguns comerciantes se opõem ao trabalho dos fiscais de aplicação das leis. O coordenador considera a resistência natural, já que a fiscalização contraria todos que alcançam algum benefício econômico decorrente de atividades ilegais.
Em nota divulgada na tarde de ontem (24), a Prefeitura de Paragominas, a Câmara Municipal e entidades representativas da sociedade civil organizada lamentaram os incidentes e se disseram favoráveis à punição dos vândalos.
"Destacamos nosso repúdio aos atos de vandalismo ocorridos, principalmente a destruição do patrimônio público municipal e federal e ameaça aos agentes do Ibama, cujos autores devem ser devidamente identificados e responsabilizados pelas autoridades competentes”, diz o texto.
Entretanto, na mesma nota, os signatários sustentam que, mesmo ilegais, as atividades coibidas é que mantêm o sustento de muitas famílias. Eles cobram dos governos federal e estadual a oferta de alternativas de trabalho e renda para a população.
"Mais que nunca, é necessário que os governos federal e estadual estabeleçam ações construtivas, ao invés de somente ações repressivas, como tem sido a tônica dos últimos anos. O estado do Pará e também Paragominas ainda aguardam a chamada Operação Arco Verde, irmã da Operação Arco de Fogo, mas que visava criar alternativas de emprego e renda para as pessoas que perderam os seus empregos em decorrência do combate ao desmatamento”, enfatiza a nota.
Fonte: Marco Antônio Soalheiro, repórter da Agência Brasil, com o Observatório
Ibama flagra 57 mil hectares de desmatamento ilegal no Cerrado baiano 25.11.08
25.11.08
Em menos de um mês, os agentes do Ibama embargaram mais de 57 mil hectares de áreas de Cerrado desmatadas ilegalmente e aplicaram mais de R$ 33 milhões em multas
Barreiras - A maior operação de fiscalização de desmatamentos e queimadas realizada no Bioma Cerrado – a Operação Veredas – embargou, em menos de um mês, mais 57 mil hectares de áreas desmatadas, o equivalente a cerca de 57 mil campos de futebol, no Oeste da Bahia. As multas aplicadas por desmatar ou impedir áreas de Cerrado ultrapassam R$ 33,6 milhões.
Os agentes do Ibama apreenderam 27 máquinas agrícolas, 4 caminhões, 8 motoserras, 2 silos (cilindros para guardar grãos), 2 geradores e 124 toneladas de soja. Foram destruídos 330 fornos de produção de carvão vegetal que funcionavam em desacordo com a licença concedida pelo Instituto de Meio Ambiente da Bahia (Ima).
Para identificar as 76 áreas indicadas como desmatadas que foram alvos da Operação Veredas, o Centro de Sensoriamento Remoto do Ibama e pela Gerência de Barreiras compararam imagens de satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) obtidas entre os anos 2006 e 2008. Outras irregularidades foram observadas em três dias de sobrevôos feitos pelo Grupo Aéreo da Polícia Militar da Bahia (GRAER/PM/BA).
A Operação Veredas vistoriou dez municípios do Oeste baiano e Sul do Piauí. Os alvos prioritários da operação foram as derrubadas localizadas no Parque Nacional Nascentes do Rio Parnaíba e a Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins e no entorno dessas unidades de conservação federal. Em Formosa do Rio Preto, município onde estão localizados essas áreas de preservação, foram aplicadas 82% das multas e realizados 80% dos embargos.
No Oeste da Bahia predomina o Bioma Cerrado, segunda maior formação vegetal brasileira. Mananciais da região contribuem com 23% da vazão do rio São Francisco. Desconhecendo sua importância, o Cerrado é o segundo bioma mais ameaçado do País devido ao avanço da agropecuária. Levantamento da Gerência do Ibama em Barreiras, a cada ano são desmatados 90 mil hectares de áreas de Cerrado.
Espécies protegidas - Uma fiscalização realizada na última quarta-feira, 19, no município de Riachão das Neves flagrou um desmatamento de 164 hectares a corte raso feito com correntão em mata seca, uma variação de vegetação do C errado. Não havia ninguém no local para apresentar a licença para supressão da vegetação, porém os agentes do Ibama constataram que espécies protegidas pela legislação ambiental, como a aroeira, baraúna e o angico, e madeiras de lei, como o pau d’arco, foram derrubadas. Um trator de esteira que estava no local foi lacrado.
Em uma outra fazenda, os agentes de fiscalização encontraram na pilha de madeiras prestes a virar carvão troncos de ipê, angico e aroeira. Oitenta fornos autorizados funcionam em desacordo com as condicionantes da licença obtida que proíbe o corte de espécies protegidas por Lei.
Reserva Legal - Nos cálculos do Gerente do Ibama em Barreiras, Zenido Eduardo, há um déficit de aproximadamente 150 mil hectares de áreas de Reserva Legal (RL) nas propriedades localizadas no Bioma Cerrado. É essa a situação ao longo do chapadão que se estende do município de Cocos a Formosa do Rio Preto, dentro de jurisdição da Gerência que se estende por cerca de 220 mil quilômetros quadrados no Oeste da Bahia. “É um problema sério. As fazendas que não têm Reserva Legal comprometem a recarga do aqüífero Urucuia e a circulação da fauna silvestre e muitos, pelo alto valor da terra agricultável apresentam propostas a quilômetros de distância da propriedade, fora da microbacia”, observa. Eduardo lembra que a Lei 4.771/65 com alterações dadas pela MP 2.166-67/2001 garante a compensação somente àqueles que desmataram até dezembro de 1998. “Temos um grande desafio de promover a recuperação de áreas significativas do Cerrado baiano”, complementa.
Na avaliação do coordenador da Operação Veredas, Alberto Gonçalves “o ideal para garantir a preservação das espécies da flora e da fauna dessa região é que haja continuidade entre áreas de RL das propriedades rurais e entre as RL e as áreas de preservação permanente (APP), entre elas as veredas de buriti. “ Se todos averbarem áreas de reserva fora de suas propriedade, mesmo que na mesma bacia hidrográfica, corremos o risco de chegar à mesma situação da Mata Atlântica, onde hoje se estimula a criação de corredores ecológicos”, observa Gonçalves.
A Operação Veredas é coordenada pela Gerência do Ibama em Barreiras e contou com o apoio de 59 agentes do Ibama, Instituto Chico Mendes, Companhia Independente de Ações do Cerrado e Grupo Aéreo (PM/BA), Polícia Rodoviária Federal e 4º Batalhão de Engenharia e Construção do Exército. Os agentes do Ibama vieram da Superintendência do Ibama em Salvador, da Gerência do Ibama em Eunápolis, dos Escritórios do Ibama em Bom Jesus da Lapa, Santo Antônio de Jesus, Ilhéus, Vitória da Conquista, Seabra, e de outros estados como TO, MG, PI e DF. Segundo Alberto Gonçalves, “em breve, o Ibama irá executar a segunda fase da operação”.
Fonte: Kézia Macedo – Ascom Fiscalização Ibama, com o Observatório
Em menos de um mês, os agentes do Ibama embargaram mais de 57 mil hectares de áreas de Cerrado desmatadas ilegalmente e aplicaram mais de R$ 33 milhões em multas
Barreiras - A maior operação de fiscalização de desmatamentos e queimadas realizada no Bioma Cerrado – a Operação Veredas – embargou, em menos de um mês, mais 57 mil hectares de áreas desmatadas, o equivalente a cerca de 57 mil campos de futebol, no Oeste da Bahia. As multas aplicadas por desmatar ou impedir áreas de Cerrado ultrapassam R$ 33,6 milhões.
Os agentes do Ibama apreenderam 27 máquinas agrícolas, 4 caminhões, 8 motoserras, 2 silos (cilindros para guardar grãos), 2 geradores e 124 toneladas de soja. Foram destruídos 330 fornos de produção de carvão vegetal que funcionavam em desacordo com a licença concedida pelo Instituto de Meio Ambiente da Bahia (Ima).
Para identificar as 76 áreas indicadas como desmatadas que foram alvos da Operação Veredas, o Centro de Sensoriamento Remoto do Ibama e pela Gerência de Barreiras compararam imagens de satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) obtidas entre os anos 2006 e 2008. Outras irregularidades foram observadas em três dias de sobrevôos feitos pelo Grupo Aéreo da Polícia Militar da Bahia (GRAER/PM/BA).
A Operação Veredas vistoriou dez municípios do Oeste baiano e Sul do Piauí. Os alvos prioritários da operação foram as derrubadas localizadas no Parque Nacional Nascentes do Rio Parnaíba e a Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins e no entorno dessas unidades de conservação federal. Em Formosa do Rio Preto, município onde estão localizados essas áreas de preservação, foram aplicadas 82% das multas e realizados 80% dos embargos.
No Oeste da Bahia predomina o Bioma Cerrado, segunda maior formação vegetal brasileira. Mananciais da região contribuem com 23% da vazão do rio São Francisco. Desconhecendo sua importância, o Cerrado é o segundo bioma mais ameaçado do País devido ao avanço da agropecuária. Levantamento da Gerência do Ibama em Barreiras, a cada ano são desmatados 90 mil hectares de áreas de Cerrado.
Espécies protegidas - Uma fiscalização realizada na última quarta-feira, 19, no município de Riachão das Neves flagrou um desmatamento de 164 hectares a corte raso feito com correntão em mata seca, uma variação de vegetação do C errado. Não havia ninguém no local para apresentar a licença para supressão da vegetação, porém os agentes do Ibama constataram que espécies protegidas pela legislação ambiental, como a aroeira, baraúna e o angico, e madeiras de lei, como o pau d’arco, foram derrubadas. Um trator de esteira que estava no local foi lacrado.
Em uma outra fazenda, os agentes de fiscalização encontraram na pilha de madeiras prestes a virar carvão troncos de ipê, angico e aroeira. Oitenta fornos autorizados funcionam em desacordo com as condicionantes da licença obtida que proíbe o corte de espécies protegidas por Lei.
Reserva Legal - Nos cálculos do Gerente do Ibama em Barreiras, Zenido Eduardo, há um déficit de aproximadamente 150 mil hectares de áreas de Reserva Legal (RL) nas propriedades localizadas no Bioma Cerrado. É essa a situação ao longo do chapadão que se estende do município de Cocos a Formosa do Rio Preto, dentro de jurisdição da Gerência que se estende por cerca de 220 mil quilômetros quadrados no Oeste da Bahia. “É um problema sério. As fazendas que não têm Reserva Legal comprometem a recarga do aqüífero Urucuia e a circulação da fauna silvestre e muitos, pelo alto valor da terra agricultável apresentam propostas a quilômetros de distância da propriedade, fora da microbacia”, observa. Eduardo lembra que a Lei 4.771/65 com alterações dadas pela MP 2.166-67/2001 garante a compensação somente àqueles que desmataram até dezembro de 1998. “Temos um grande desafio de promover a recuperação de áreas significativas do Cerrado baiano”, complementa.
Na avaliação do coordenador da Operação Veredas, Alberto Gonçalves “o ideal para garantir a preservação das espécies da flora e da fauna dessa região é que haja continuidade entre áreas de RL das propriedades rurais e entre as RL e as áreas de preservação permanente (APP), entre elas as veredas de buriti. “ Se todos averbarem áreas de reserva fora de suas propriedade, mesmo que na mesma bacia hidrográfica, corremos o risco de chegar à mesma situação da Mata Atlântica, onde hoje se estimula a criação de corredores ecológicos”, observa Gonçalves.
A Operação Veredas é coordenada pela Gerência do Ibama em Barreiras e contou com o apoio de 59 agentes do Ibama, Instituto Chico Mendes, Companhia Independente de Ações do Cerrado e Grupo Aéreo (PM/BA), Polícia Rodoviária Federal e 4º Batalhão de Engenharia e Construção do Exército. Os agentes do Ibama vieram da Superintendência do Ibama em Salvador, da Gerência do Ibama em Eunápolis, dos Escritórios do Ibama em Bom Jesus da Lapa, Santo Antônio de Jesus, Ilhéus, Vitória da Conquista, Seabra, e de outros estados como TO, MG, PI e DF. Segundo Alberto Gonçalves, “em breve, o Ibama irá executar a segunda fase da operação”.
Fonte: Kézia Macedo – Ascom Fiscalização Ibama, com o Observatório
Fiscalização do MTE resgata 17 trabalhadores de situação degradante no Piauí 26.11.08
25.11.08
Alojados em barracos de lona, catadores de coco encontrados não dispunham sequer de instalações sanitárias
Teresina - Na luta contra o trabalho escravo e degradante, o Grupo Especial de Fiscalização Rural da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Piauí resgatou 17 homens de condições degradantes de trabalho, em ação que começou em 22 de outubro e terminou no início de novembro. O grupo laborava na atividade da cata de coco, em uma fazenda no município de Monte Alegre, região sul do Estado.
Os trabalhadores encontrados estavam em locais com péssimas condições de higiene, alimentação, saúde e segurança e não tinham registro na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS). Os alojamentos, localizados próximos à sede da fazenda, eram barracos de lona, sustentados com peças de madeira retiradas do mato.
O contraste entre a estrutura física da sede da fazenda - muito bem equipada e onde morava o proprietário - e a precariedade dos alojamentos dos trabalhadores chamou a atenção dos fiscais do GEFIR após estes constatarem que "no local não havia instalações sanitárias, os trabalhadores eram obrigados a fazer suas necessidades físicas no meio do mato e tomavam banho em local destinado ao gado da fazenda", conforme relatou Fausto Rosas dos Santos, o coordenador da ação.
De acordo com Santos, a alimentação consistia basicamente em arroz e feijão. Quando tinha carne, esta era em quantidade insuficiente para atender as necessidades alimentares dos 17 trabalhadores. "A alimentação era pobre em calorias, não havia verduras ou legumes, e consistia apenas no almoço e janta, pois o café da manhã não existia para os trabalhadores, que iam trabalhar em jejum", ressaltou.
Além de submeter os empregados a jornada de trabalho excessiva, que chegava a onze horas diárias, a empresa não fornecia Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) aos empregados, flagrados laborando calçados com tênis e botinas de uso próprio. Santos relatou ainda que o empregador não fornecia o material necessário aos primeiros socorros. O fato foi comprovado no momento da fiscalização quando um dos trabalhadores, com fortíssima dor de dente, não obteve amparo do empregador.
A empresa foi notificada e os trabalhadores receberam as verbas rescisórias devidas, que somaram R$ 20 mil. Foram lavrados 16 autos de infração por descumprimento à legislação trabalhista e firmado um Termo de Ajuste e Conduta com a representante da Procuradoria Regional do Trabalho (PGRT), no qual a empresa se comprometeu a pagar, a título de dano moral individual, o valor de R$ 2 mil para cada trabalhador prejudicado.
Fonte: Assessoria de Imprensa SRTE/PI-MTE
Alojados em barracos de lona, catadores de coco encontrados não dispunham sequer de instalações sanitárias
Teresina - Na luta contra o trabalho escravo e degradante, o Grupo Especial de Fiscalização Rural da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Piauí resgatou 17 homens de condições degradantes de trabalho, em ação que começou em 22 de outubro e terminou no início de novembro. O grupo laborava na atividade da cata de coco, em uma fazenda no município de Monte Alegre, região sul do Estado.
Os trabalhadores encontrados estavam em locais com péssimas condições de higiene, alimentação, saúde e segurança e não tinham registro na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS). Os alojamentos, localizados próximos à sede da fazenda, eram barracos de lona, sustentados com peças de madeira retiradas do mato.
O contraste entre a estrutura física da sede da fazenda - muito bem equipada e onde morava o proprietário - e a precariedade dos alojamentos dos trabalhadores chamou a atenção dos fiscais do GEFIR após estes constatarem que "no local não havia instalações sanitárias, os trabalhadores eram obrigados a fazer suas necessidades físicas no meio do mato e tomavam banho em local destinado ao gado da fazenda", conforme relatou Fausto Rosas dos Santos, o coordenador da ação.
De acordo com Santos, a alimentação consistia basicamente em arroz e feijão. Quando tinha carne, esta era em quantidade insuficiente para atender as necessidades alimentares dos 17 trabalhadores. "A alimentação era pobre em calorias, não havia verduras ou legumes, e consistia apenas no almoço e janta, pois o café da manhã não existia para os trabalhadores, que iam trabalhar em jejum", ressaltou.
Além de submeter os empregados a jornada de trabalho excessiva, que chegava a onze horas diárias, a empresa não fornecia Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) aos empregados, flagrados laborando calçados com tênis e botinas de uso próprio. Santos relatou ainda que o empregador não fornecia o material necessário aos primeiros socorros. O fato foi comprovado no momento da fiscalização quando um dos trabalhadores, com fortíssima dor de dente, não obteve amparo do empregador.
A empresa foi notificada e os trabalhadores receberam as verbas rescisórias devidas, que somaram R$ 20 mil. Foram lavrados 16 autos de infração por descumprimento à legislação trabalhista e firmado um Termo de Ajuste e Conduta com a representante da Procuradoria Regional do Trabalho (PGRT), no qual a empresa se comprometeu a pagar, a título de dano moral individual, o valor de R$ 2 mil para cada trabalhador prejudicado.
Fonte: Assessoria de Imprensa SRTE/PI-MTE
180 fornos clandestinos de carvão vegetal são destruídos em assentamentos no Pará 25.11.08
25.11.08
Encontrados, também, indícios de trabalho análogo a escravo
Uma força-tarefa composta por técnicos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e fiscais do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama), com apoio da Polícia Militar do Pará, destruiu, na última quinta-feira (20), mais de 180 fornos clandestinos de carvão encontrados nos projetos de assentamentos (PA) Paragominas Faíscão e Suçuarana, no município de Ulianopólis, Nordeste paraense. Barracos também foram postos abaixo e apreendidos veículos, combustível, armas de caça, além de facões, machados e motosserras, dentre outros equipamentos utilizados na extração de madeira.
Seis carvoeiros flagrados nos lotes foram autuados pelo Ibama e quatro deles, que constavam na relação de beneficiários da reforma agrária, notificados pelos técnicos do Incra. Eles vão responder a processo administrativo e podem ser excluídos do programa de reforma agrária, caso não se comprometam a reparar os danos ambientais causados.
Trabalho escravo
No início da operação, os fiscais do Ibama autuaram um caminhão que transportava madeira extraída de uma área de posseiros, segundo alegou o motorista. A partir daí, o cenário vislumbrado causou indignação aos integrantes da força-tarefa. Áreas devastadas pelo fogo e pela extração ilegal da madeira em picadas abertas nas matas secundárias, indicando a ação predatória de madeireiros, inúmeras toras de madeira amontoadas à espera de transporte. Em algumas vicinais se viam rastros de tratores, além de gaiolas (caminhão que transporta carvão) e gambões (transporte de madeira) abandonados ante a aproximação da força-tarefa.
No PA Paragominas Faíscão, a fiscalização destruiu um barracão coberto por lona, que servia de acampamento a trabalhadores, bem próximo a uma fazenda vizinha. Surpreendidos, os ocupantes fugiram, deixando pertences pessoais e diversos equipamentos. No local, foi encontrado um caderno com anotações sobre salários pagos aos trabalhadores, quantidade e espécie da madeira extraída, destinação e preço, dentre outras informações. Todos os indícios apontavam para condições análogas ao trabalho escravo e os elementos coletados servirão como base para investigações que levem aos financiadores do desmatamento na região, segundo informou o coordenador da força-tarefa pelo Ibama, Marcos Vidal.
Desmatamento e grilagem
A ação nos assentamentos é resultado da fiscalização que a Superintendência Regional do Incra em Belém vem fazendo em áreas de sua jurisdição, desde o início de novembro, com o objetivo de coibir crimes ambientais. Até agora, o total de fornos destruídos chega a 360 em seis assentamentos nos municípios de Ulianopólis e Paragominas, muitos deles operados por não-clientes da reforma agrária. Todos os assentados flagrados foram notificados pelo Incra e têm prazo para se defender.
Parceria
Para o superintendente regional do Incra/Belém, Elielson Silva, que participou da operação em Ulianopólis, a ação integrada do Incra, Ibama e Polícia Militar dá maior eficácia ao combate de crimes ambientais. Combate que, segundo Silva, deve ser feito em toda a cadeia produtiva do carvão, desde o assentamento até a sua destinação. “Temos que quebrar o círculo vicioso alimentado pelas demandas do mercado que não gera benefícios econômicos aos assentados. Pelo contrário, implica aviltamento do trabalho dos agricultores e impõe relações de dependência que passam pela utilização de “laranjas” para encobrir grupos econômicos interessados em criar um clima de destruição e represália dentro dos assentamentos”, analisa o gestor regional.
A ação continua
A utilização criminosa da infra-estrutura implantada com recursos do Governo Federal e a concentração de lotes também fazem parte desse ciclo vicioso. Nos dois assentamentos fiscalizados, o Incra já concedeu créditos para construção de moradias e apoio à produção. Além disso, o programa Luz Para Todos levou a energia elétrica para as agrovilas. Motivo a mais, afirma Silva, para se acionar judicialmente os infratores por apropriação ilegal de recursos federais e por crimes ambientais. O Incra, assim como o Ibama, vai encaminhar denúncia ao Ministério Público e à Polícia Federal, para que as providências no âmbito de cada um sejam tomadas e levem à punição dos acusados.
Silva também garante que o Incra vai retomar os lotes ocupados irregularmente por grileiros, para destiná-los a famílias que se enquadrem nos critérios e objetivos do programa de reforma agrária. E avisa que a fiscalização vai chegar a outros assentamentos que já estão na mira da equipe técnica criada para combater os crimes ambientais.
A operação no Pará foi determinada pelo presidente do Incra, Rolf Hackbart. Em outubro, as superintendências da autarquia na Amazônia passaram a intensificar a ficalização e repressão a crimes ambientais nos assentamentos da região. “A proteção do meio ambiente é prioridade da reforma agrária”, afirma Hackbart.
Fonte: MDA
Encontrados, também, indícios de trabalho análogo a escravo
Uma força-tarefa composta por técnicos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e fiscais do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama), com apoio da Polícia Militar do Pará, destruiu, na última quinta-feira (20), mais de 180 fornos clandestinos de carvão encontrados nos projetos de assentamentos (PA) Paragominas Faíscão e Suçuarana, no município de Ulianopólis, Nordeste paraense. Barracos também foram postos abaixo e apreendidos veículos, combustível, armas de caça, além de facões, machados e motosserras, dentre outros equipamentos utilizados na extração de madeira.
Seis carvoeiros flagrados nos lotes foram autuados pelo Ibama e quatro deles, que constavam na relação de beneficiários da reforma agrária, notificados pelos técnicos do Incra. Eles vão responder a processo administrativo e podem ser excluídos do programa de reforma agrária, caso não se comprometam a reparar os danos ambientais causados.
Trabalho escravo
No início da operação, os fiscais do Ibama autuaram um caminhão que transportava madeira extraída de uma área de posseiros, segundo alegou o motorista. A partir daí, o cenário vislumbrado causou indignação aos integrantes da força-tarefa. Áreas devastadas pelo fogo e pela extração ilegal da madeira em picadas abertas nas matas secundárias, indicando a ação predatória de madeireiros, inúmeras toras de madeira amontoadas à espera de transporte. Em algumas vicinais se viam rastros de tratores, além de gaiolas (caminhão que transporta carvão) e gambões (transporte de madeira) abandonados ante a aproximação da força-tarefa.
No PA Paragominas Faíscão, a fiscalização destruiu um barracão coberto por lona, que servia de acampamento a trabalhadores, bem próximo a uma fazenda vizinha. Surpreendidos, os ocupantes fugiram, deixando pertences pessoais e diversos equipamentos. No local, foi encontrado um caderno com anotações sobre salários pagos aos trabalhadores, quantidade e espécie da madeira extraída, destinação e preço, dentre outras informações. Todos os indícios apontavam para condições análogas ao trabalho escravo e os elementos coletados servirão como base para investigações que levem aos financiadores do desmatamento na região, segundo informou o coordenador da força-tarefa pelo Ibama, Marcos Vidal.
Desmatamento e grilagem
A ação nos assentamentos é resultado da fiscalização que a Superintendência Regional do Incra em Belém vem fazendo em áreas de sua jurisdição, desde o início de novembro, com o objetivo de coibir crimes ambientais. Até agora, o total de fornos destruídos chega a 360 em seis assentamentos nos municípios de Ulianopólis e Paragominas, muitos deles operados por não-clientes da reforma agrária. Todos os assentados flagrados foram notificados pelo Incra e têm prazo para se defender.
Parceria
Para o superintendente regional do Incra/Belém, Elielson Silva, que participou da operação em Ulianopólis, a ação integrada do Incra, Ibama e Polícia Militar dá maior eficácia ao combate de crimes ambientais. Combate que, segundo Silva, deve ser feito em toda a cadeia produtiva do carvão, desde o assentamento até a sua destinação. “Temos que quebrar o círculo vicioso alimentado pelas demandas do mercado que não gera benefícios econômicos aos assentados. Pelo contrário, implica aviltamento do trabalho dos agricultores e impõe relações de dependência que passam pela utilização de “laranjas” para encobrir grupos econômicos interessados em criar um clima de destruição e represália dentro dos assentamentos”, analisa o gestor regional.
A ação continua
A utilização criminosa da infra-estrutura implantada com recursos do Governo Federal e a concentração de lotes também fazem parte desse ciclo vicioso. Nos dois assentamentos fiscalizados, o Incra já concedeu créditos para construção de moradias e apoio à produção. Além disso, o programa Luz Para Todos levou a energia elétrica para as agrovilas. Motivo a mais, afirma Silva, para se acionar judicialmente os infratores por apropriação ilegal de recursos federais e por crimes ambientais. O Incra, assim como o Ibama, vai encaminhar denúncia ao Ministério Público e à Polícia Federal, para que as providências no âmbito de cada um sejam tomadas e levem à punição dos acusados.
Silva também garante que o Incra vai retomar os lotes ocupados irregularmente por grileiros, para destiná-los a famílias que se enquadrem nos critérios e objetivos do programa de reforma agrária. E avisa que a fiscalização vai chegar a outros assentamentos que já estão na mira da equipe técnica criada para combater os crimes ambientais.
A operação no Pará foi determinada pelo presidente do Incra, Rolf Hackbart. Em outubro, as superintendências da autarquia na Amazônia passaram a intensificar a ficalização e repressão a crimes ambientais nos assentamentos da região. “A proteção do meio ambiente é prioridade da reforma agrária”, afirma Hackbart.
Fonte: MDA
Manifestantes depredam escritório do Ibama em Paragominas (PA) 25.11.08
25.11.08
Insatisfeitos com as apreensões realizadas pela Operação Rastro Negro, deflagrada pelo Instituto Brasileiro dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para combater a produção, transporte e comércio ilegal de carvão vegetal no Pará, cerca de 3 mil pessoas cometeram atos de vandalismo na noite de domingo (23) contra o escritório do órgão em Paragominas, nordeste do Estado.
Segundo relato do órgão ambiental, os vândalos atearam fogo na garagem do escritório, onde estavam quatro veículos, depredaram o prédio e roubaram caminhões com as toras. Tratores e pás carregadeiras também foram usados em uma tentativa de invasão do hotel em que estavam hospedados fiscais responsáveis pela operação, frustrada em virtude de uma intervenção emergencial da Polícia Militar.
Os atos de vandalismo motivaram uma reunião, que acontece neste momento, entre representantes da Superintendência do Ibama no Pará, Procuradoria do Ministério Público Federal e Batalhão de Choque da Polícia Militar. No encontro estão sendo traçadas estratégias para a continuidade da operação. Agentes da Força Nacional de Segurança (FNS) foram requisitados para dar suporte à equipe que está no local.
A Operação Rastro Negro apreendeu em Paragominas cerca de 400 metros cúbicos de madeira carregados em 14 caminhões, na madrugada de domingo (23). Os fiscais suspeitam que a madeira tenha vindo de uma reserva indígena. Desde o fim de outubro, quando teve início a operação no Pará, foram destruídos mais de 200 fornos de carvão ilegais, apreendidos 120 metros cúbicos de carvão vegetal e aplicadas multas que somam mais de R$ 2 milhões.
No início do ano, também no Pará, em Tailândia, houve uma tentativa de linchamento a fiscais do Ibama que atuavam na Operação Arco de Fogo, no combate à extração ilegal de madeira na Amazônia. Mas após a chegada de 300 homens da Força Nacional de Segurança e de agentes da Polícia Federal, a operação transcorreu normalmente.
Fonte: Marco Antônio Soalheiro, repórter da Agência Brasil, com o Observatório
Insatisfeitos com as apreensões realizadas pela Operação Rastro Negro, deflagrada pelo Instituto Brasileiro dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para combater a produção, transporte e comércio ilegal de carvão vegetal no Pará, cerca de 3 mil pessoas cometeram atos de vandalismo na noite de domingo (23) contra o escritório do órgão em Paragominas, nordeste do Estado.
Segundo relato do órgão ambiental, os vândalos atearam fogo na garagem do escritório, onde estavam quatro veículos, depredaram o prédio e roubaram caminhões com as toras. Tratores e pás carregadeiras também foram usados em uma tentativa de invasão do hotel em que estavam hospedados fiscais responsáveis pela operação, frustrada em virtude de uma intervenção emergencial da Polícia Militar.
Os atos de vandalismo motivaram uma reunião, que acontece neste momento, entre representantes da Superintendência do Ibama no Pará, Procuradoria do Ministério Público Federal e Batalhão de Choque da Polícia Militar. No encontro estão sendo traçadas estratégias para a continuidade da operação. Agentes da Força Nacional de Segurança (FNS) foram requisitados para dar suporte à equipe que está no local.
A Operação Rastro Negro apreendeu em Paragominas cerca de 400 metros cúbicos de madeira carregados em 14 caminhões, na madrugada de domingo (23). Os fiscais suspeitam que a madeira tenha vindo de uma reserva indígena. Desde o fim de outubro, quando teve início a operação no Pará, foram destruídos mais de 200 fornos de carvão ilegais, apreendidos 120 metros cúbicos de carvão vegetal e aplicadas multas que somam mais de R$ 2 milhões.
No início do ano, também no Pará, em Tailândia, houve uma tentativa de linchamento a fiscais do Ibama que atuavam na Operação Arco de Fogo, no combate à extração ilegal de madeira na Amazônia. Mas após a chegada de 300 homens da Força Nacional de Segurança e de agentes da Polícia Federal, a operação transcorreu normalmente.
Fonte: Marco Antônio Soalheiro, repórter da Agência Brasil, com o Observatório
Setor rural recebe 6% a mais de recursos para financiamento em 2008 25.11.08
25.11.08
Entre julho e outubro de 2008, a aplicação do crédito rural alcançou R$ 25,93 bilhões, o que representa mais 6,8% em relação ao mesmo período da safra anterior. Esse foi um dos resultados apresentados pelo Grupo de Acompanhamento de Crédito Rural, coordenado pela Secretaria de Política Agrícola (SPA), que avalia a alocação de recursos para financiamento da agricultura empresarial.
“Esses números comprovam que a ação rápida do governo para manter um bom nível de financiamento ao setor está surtindo efeito”, avalia o Diretor do Departamento Agrícola, Wilson Vaz de Araújo, a respeito das dificuldades causadas pela crise econômica mundial.
Do total de recursos destinados ao financiamento do setor, a agricultura empresarial recebeu, de julho a outubro, R$ 22,39 bilhões, o que corresponde a 86,3% do total e um aumento de 6,1% no volume de recursos aplicados no mesmo período no ano passado.
Para o custeio e comercialização, a aplicação de recursos foi de R$ 19,36 bilhões. Apenas para o custeio, o aumento foi de 13,5% em relação ao mesmo período da safra passada. A juros controlados, foram aplicados R$ 16,65 bilhões, com aumento de 3,7%, em relação ao mesmo período do ano anterior.
Os depósitos à vista e a poupança rural continuam sendo as principais fontes de recursos para o custeio e a comercialização, a taxas controladas, que são mais baixas.
Os fundos constitucionais representaram uma importante fonte de recursos para a agropecuária nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Entre julho e outubro de 2008, foram liberados R$ 1,69 bilhão, 93,5% a mais em relação ao mesmo período de 2007. “Isso reflete o tratamento prioritário que o governo dá para a agricultura nesse momento de plantio e de forte retração nas fontes privadas de financiamento”, salienta Wilson Vaz de Araújo.
Fonte: Assessoria de imprensa do Mapa
Entre julho e outubro de 2008, a aplicação do crédito rural alcançou R$ 25,93 bilhões, o que representa mais 6,8% em relação ao mesmo período da safra anterior. Esse foi um dos resultados apresentados pelo Grupo de Acompanhamento de Crédito Rural, coordenado pela Secretaria de Política Agrícola (SPA), que avalia a alocação de recursos para financiamento da agricultura empresarial.
“Esses números comprovam que a ação rápida do governo para manter um bom nível de financiamento ao setor está surtindo efeito”, avalia o Diretor do Departamento Agrícola, Wilson Vaz de Araújo, a respeito das dificuldades causadas pela crise econômica mundial.
Do total de recursos destinados ao financiamento do setor, a agricultura empresarial recebeu, de julho a outubro, R$ 22,39 bilhões, o que corresponde a 86,3% do total e um aumento de 6,1% no volume de recursos aplicados no mesmo período no ano passado.
Para o custeio e comercialização, a aplicação de recursos foi de R$ 19,36 bilhões. Apenas para o custeio, o aumento foi de 13,5% em relação ao mesmo período da safra passada. A juros controlados, foram aplicados R$ 16,65 bilhões, com aumento de 3,7%, em relação ao mesmo período do ano anterior.
Os depósitos à vista e a poupança rural continuam sendo as principais fontes de recursos para o custeio e a comercialização, a taxas controladas, que são mais baixas.
Os fundos constitucionais representaram uma importante fonte de recursos para a agropecuária nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Entre julho e outubro de 2008, foram liberados R$ 1,69 bilhão, 93,5% a mais em relação ao mesmo período de 2007. “Isso reflete o tratamento prioritário que o governo dá para a agricultura nesse momento de plantio e de forte retração nas fontes privadas de financiamento”, salienta Wilson Vaz de Araújo.
Fonte: Assessoria de imprensa do Mapa
Recursos para cooperativas agrícolas devem ser liberados na próxima semana 25.11.08
25.11.08
O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse ontem (24) que, na próxima semana, deve haver liberação de recursos para as cooperativas agrícolas. Segundo ele, o valor ainda não foi definido, mas deve girar em torno de R$ 2 bilhões. "Vamos decidir na próxima semana sobre capital de giro e recursos para capitalização das cooperativas. Elas são responsáveis por quase 50% da produção de grãos. Então, seria importante irrigar o setor agrícola por meio delas", afirmou.
Stephanes disse que o valor de R$ 2 bilhões se aproxima do que as cooperativas agrícolas têm apresentado como necessário e que também são capazes de usar. O ministro destacou que os problemas do setor estão sendo resolvidos à medida que vão surgindo e refutou a possibilidade de prorrogação do pagamento da dívida rural, como tem sido reivindicado por alguns produtores.
"Vamos interferir em cada produto, ou vamos administrando a situação de cada produto, dentro dos mecanismos que temos à disposição. Mas não se fala, nem se deve gerar a expectativa de que vai haver prorrogação de dívida", ressaltou Stephanes.
Ele informou que, na reunião ministerial realizada ontem (24) na Granja do Torto para discutir os efeitos da crise financeira internacional, reafirmou-se que o governo adotará as medidas necessárias para oferecer o crédito necessário à manutenção da produção agrícola. Para ter crédito, é importante que haja garantia de renda ao agricultor, o que deve ser feito por meio de apoio à comercialização.
"O que a gente pode garantir é que tudo aquilo que estiver ao alcance do governo vai ser colocado à disposição para que a agricultura continue produzindo, porque é um setor dinâmico, e o governo quer mantê-lo em crescimento. Por isso, vai interferir no sentido de ajudar a comercialização, inclusive formando estoques, se for o caso, se daqui a seis meses se demonstrar que vamos ter problemas", informou.
O ministro da Agricultura disse ainda que algodão e milho devem ser os produtos mais afetados. "Vamos ter problemas maiores com o algodão, porque o mercado mundial, além de estar abastecido com fibras, vai se retrair. Teremos problemas com o milho, porque temos estoques e os preços internacionais caíram muito."
Fonte: Danilo Macedo, repórter da Agência Brasil
O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse ontem (24) que, na próxima semana, deve haver liberação de recursos para as cooperativas agrícolas. Segundo ele, o valor ainda não foi definido, mas deve girar em torno de R$ 2 bilhões. "Vamos decidir na próxima semana sobre capital de giro e recursos para capitalização das cooperativas. Elas são responsáveis por quase 50% da produção de grãos. Então, seria importante irrigar o setor agrícola por meio delas", afirmou.
Stephanes disse que o valor de R$ 2 bilhões se aproxima do que as cooperativas agrícolas têm apresentado como necessário e que também são capazes de usar. O ministro destacou que os problemas do setor estão sendo resolvidos à medida que vão surgindo e refutou a possibilidade de prorrogação do pagamento da dívida rural, como tem sido reivindicado por alguns produtores.
"Vamos interferir em cada produto, ou vamos administrando a situação de cada produto, dentro dos mecanismos que temos à disposição. Mas não se fala, nem se deve gerar a expectativa de que vai haver prorrogação de dívida", ressaltou Stephanes.
Ele informou que, na reunião ministerial realizada ontem (24) na Granja do Torto para discutir os efeitos da crise financeira internacional, reafirmou-se que o governo adotará as medidas necessárias para oferecer o crédito necessário à manutenção da produção agrícola. Para ter crédito, é importante que haja garantia de renda ao agricultor, o que deve ser feito por meio de apoio à comercialização.
"O que a gente pode garantir é que tudo aquilo que estiver ao alcance do governo vai ser colocado à disposição para que a agricultura continue produzindo, porque é um setor dinâmico, e o governo quer mantê-lo em crescimento. Por isso, vai interferir no sentido de ajudar a comercialização, inclusive formando estoques, se for o caso, se daqui a seis meses se demonstrar que vamos ter problemas", informou.
O ministro da Agricultura disse ainda que algodão e milho devem ser os produtos mais afetados. "Vamos ter problemas maiores com o algodão, porque o mercado mundial, além de estar abastecido com fibras, vai se retrair. Teremos problemas com o milho, porque temos estoques e os preços internacionais caíram muito."
Fonte: Danilo Macedo, repórter da Agência Brasil
BC pediu aos bancos que flexibilizem análises de riscos 25.11.08
25.11.08
O diretor de liquidações e desestatização do Banco Central (BC), Antonio Gustavo Matos do Vale, informou hoje ao deputado federal Luis Carlos Heinze (PP-RS) que a instituição repassou ao Banco do Brasil (BB) e à Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) a orientação para que seja cumprida a Carta-circular nº 3.345, de 15 de outubro, que flexibilizou as normas para análise de risco do produtores rurais. As informações são da assessoria de imprensa do parlamentar.
A classificação de risco é um dos entraves para a liberação de crédito do setor rural. Segundo Heinze, um dos principais problemas é justamente a reclassificação de risco que está sendo feita pelos agentes financeiros quando os mutuários optam por prorrogarem suas dívidas ao amparo da Lei nº 11.775. O parlamentar afirma que os bancos estão impondo inúmeras restrições para liberar o crédito rural. Com a medida do BC, o deputado adverte que o risco do produtor deve ser mantido como estava antes da prorrogação.
Fonte: Fabíola Salvador, Agência Estado
O diretor de liquidações e desestatização do Banco Central (BC), Antonio Gustavo Matos do Vale, informou hoje ao deputado federal Luis Carlos Heinze (PP-RS) que a instituição repassou ao Banco do Brasil (BB) e à Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) a orientação para que seja cumprida a Carta-circular nº 3.345, de 15 de outubro, que flexibilizou as normas para análise de risco do produtores rurais. As informações são da assessoria de imprensa do parlamentar.
A classificação de risco é um dos entraves para a liberação de crédito do setor rural. Segundo Heinze, um dos principais problemas é justamente a reclassificação de risco que está sendo feita pelos agentes financeiros quando os mutuários optam por prorrogarem suas dívidas ao amparo da Lei nº 11.775. O parlamentar afirma que os bancos estão impondo inúmeras restrições para liberar o crédito rural. Com a medida do BC, o deputado adverte que o risco do produtor deve ser mantido como estava antes da prorrogação.
Fonte: Fabíola Salvador, Agência Estado
Grupo arrenda "meia Bélgica" na África 25.11.08
25.11.08
A Daewoo Logistics, da Coréia do Sul, arrendou terras agrícolas em Madagascar, ilha na África, para cultivar alimentos que abastecerão Seul, em um acordo que diplomatas e consultores definem como o maior de seu gênero já assinado no mundo.
A empresa anunciou que havia arrendado 1,3 milhão de hectares de terras aráveis (cerca de metade do tamanho da Bélgica) do governo de Madagascar por 99 anos. O plano é enviar as safras de milho e óleo de palma para a Coréia do Sul. O valor do negócio não foi revelado.
A busca de investimentos agrícolas no exterior é um sinal do modo como países procuram elevar a sua segurança alimentar após a crise de preços neste ano, com recordes para commodities como trigo e arroz, e os tumultos causados por escassez de alimentos em vários países, do Egito ao Haiti.
Fonte: Javier Blas, do Financial Times
A Daewoo Logistics, da Coréia do Sul, arrendou terras agrícolas em Madagascar, ilha na África, para cultivar alimentos que abastecerão Seul, em um acordo que diplomatas e consultores definem como o maior de seu gênero já assinado no mundo.
A empresa anunciou que havia arrendado 1,3 milhão de hectares de terras aráveis (cerca de metade do tamanho da Bélgica) do governo de Madagascar por 99 anos. O plano é enviar as safras de milho e óleo de palma para a Coréia do Sul. O valor do negócio não foi revelado.
A busca de investimentos agrícolas no exterior é um sinal do modo como países procuram elevar a sua segurança alimentar após a crise de preços neste ano, com recordes para commodities como trigo e arroz, e os tumultos causados por escassez de alimentos em vários países, do Egito ao Haiti.
Fonte: Javier Blas, do Financial Times
Protocolada na Justiça de MT liminar contra bancos que tomam equipamentos 25.11.08
25.11.08
A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), entidade representativa do setor, protocolou ontem (24), no Fórum de Cuiabá, uma ação civil pública com pedido de liminar contra 10 bancos de fábricas. No documento pede para que os nomes dos produtores rurais, que não conseguiram pagar suas parcelas financiadas, não sejam incluídos nos órgãos de defesa do consumidor como Serasa e Cadim, além do mais, que as máquinas agrícolas continuem de posse dos produtores rurais até que seja julgada a ação.
Por ser uma ação de caráter liminar, o juiz tem até 48 horas para dar um parecer, favorável ou não. Segundo o presidente da Famato, Rui Prado, os advogados dos bancos De Lage Landen e CNH/Case afirmaram que não vão acatar a Resolução nº 3.637, onde o governo federal disponibiliza a ampliação do prazo das dívidas de 2008. “Os advogados afirmaram que não vão acatar a resolução. Esta atitude endossa a ação, até porque, o governo federal disponibiliza a renegociação da dívida”, frisa Prado.
E conforme enfatizou o deputado Homero Pereira, “esperamos que a decisão saia o mais urgente possível porque cada dia que se passa mais se agrava a situação dos produtores. Que a justiça seja feita e o produtor possa voltar a trabalhar tranqüilo com seu maquinário. Protocolamos essa ação civil de modo que se evite causar mais transtornos. Parabenizamos a atitude correta da Famato. Uma situação constrangedora para os produtores que agora estão buscando seus direitos e tomando providências necessárias e ao seu alcance à altura da importância do agronegócio nacional”.
O deputado federal Eliene Lima, externou otimismo no encaminhamento dessa ação. “Temos acompanhado o clamor global pela oportunidade de países como o Brasil poder gerar alimentos. Portanto, é legítima a luta do setor produtivo para que não fique restrito seu crédito e é de fundamental importância que se defenda a manutenção das máquinas no campo. Considero o recurso bem encaminhado e creio que seremos atendidos pela justiça mato-grossense. Aguardamos o julgamento dessa causa com agilidade, e esperamos que o magistrado possa estar sensível a atual situação dos produtores".
Estiveram presentes apoiando os produtores os parlamentares Homero Pereira, Valtenir Pereira, Eliene Lima e Eduardo Moura, os presidentes dos Sindicatos Rurais de Rondonópolis e Tangará da Serra, Associação Mato-grossense de Economia Agrícola (Ampa), Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT) e alguns produtores rurais.
Fonte: Assessoria da Famato
A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), entidade representativa do setor, protocolou ontem (24), no Fórum de Cuiabá, uma ação civil pública com pedido de liminar contra 10 bancos de fábricas. No documento pede para que os nomes dos produtores rurais, que não conseguiram pagar suas parcelas financiadas, não sejam incluídos nos órgãos de defesa do consumidor como Serasa e Cadim, além do mais, que as máquinas agrícolas continuem de posse dos produtores rurais até que seja julgada a ação.
Por ser uma ação de caráter liminar, o juiz tem até 48 horas para dar um parecer, favorável ou não. Segundo o presidente da Famato, Rui Prado, os advogados dos bancos De Lage Landen e CNH/Case afirmaram que não vão acatar a Resolução nº 3.637, onde o governo federal disponibiliza a ampliação do prazo das dívidas de 2008. “Os advogados afirmaram que não vão acatar a resolução. Esta atitude endossa a ação, até porque, o governo federal disponibiliza a renegociação da dívida”, frisa Prado.
E conforme enfatizou o deputado Homero Pereira, “esperamos que a decisão saia o mais urgente possível porque cada dia que se passa mais se agrava a situação dos produtores. Que a justiça seja feita e o produtor possa voltar a trabalhar tranqüilo com seu maquinário. Protocolamos essa ação civil de modo que se evite causar mais transtornos. Parabenizamos a atitude correta da Famato. Uma situação constrangedora para os produtores que agora estão buscando seus direitos e tomando providências necessárias e ao seu alcance à altura da importância do agronegócio nacional”.
O deputado federal Eliene Lima, externou otimismo no encaminhamento dessa ação. “Temos acompanhado o clamor global pela oportunidade de países como o Brasil poder gerar alimentos. Portanto, é legítima a luta do setor produtivo para que não fique restrito seu crédito e é de fundamental importância que se defenda a manutenção das máquinas no campo. Considero o recurso bem encaminhado e creio que seremos atendidos pela justiça mato-grossense. Aguardamos o julgamento dessa causa com agilidade, e esperamos que o magistrado possa estar sensível a atual situação dos produtores".
Estiveram presentes apoiando os produtores os parlamentares Homero Pereira, Valtenir Pereira, Eliene Lima e Eduardo Moura, os presidentes dos Sindicatos Rurais de Rondonópolis e Tangará da Serra, Associação Mato-grossense de Economia Agrícola (Ampa), Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT) e alguns produtores rurais.
Fonte: Assessoria da Famato
Estiagem já prejudica lavouras de soja da região de Dourados-MS 25.11.08
25.11.08
A combinação de muita chuva e tempo nublado impede que a planta crie raízes profundas, ficando fragilizada e resultando em quebra na produção.
O presidente da Aeagran (Associação dos Engenheiros Agrônomos da Grande Dourados), Bruno Tomassine, disse ao Diário MS na sexta-feira (21) que a estiagem já prejudica uma parte das lavouras de soja da região. As plantas mais afetadas são aquelas cujas sementes foram plantadas logo após as últimas chuvas.
Essas plantas que germinaram enfrentam um período de estiagem de quase 20 dias, em alguns locais, e já correm risco de tombamento (morte). O sol forte dos últimos dias colabora para a morte das plantinhas, segundo ele. "E o pior é que não há previsão de chuvas", ressalta.
As plantas que estavam crescidas antes das mais recentes chuvas ainda não correm risco, segundo Tomassine. "Elas podem agüentar mais tempo sem chuvas", ressalta. De acordo com o engenheiro, em torno de 65% da área prevista para a soja já está plantada. Os produtores estão aguardando novas chuvas para fazer o plantio.
Também na a sexta-feira (21) o diretor de Agricultura do Sindicato Rural de Dourados, César Roberto Dierings, declarou ao sítio na internet "Midiamaxnews" que a falta de chuva já provoca quebra na produção de 5%. O diretor disse que existem lavouras onde a semente ainda não germinou, e ela pode morrer por causa do calor intenso.
César disse também que a combinação de muita chuva e tempo nublado impede que a planta crie raízes profundas, ficando fragilizada e resultando em quebra na produção.
O site Climatempo não prevê chuvas para Dourados até quarta-feira (26). Ate lá, a tendência é de sol forte, com temperaturas altas, chegando a 33º.
A Estação Meteorológica da Anhanguera/Uniderp informou na sexta-feira (21) que a região está há 18 dias sem chuva. O período mais prolongado de estiagem ocorre nos municípios de Dourados e Itaporã (18 dias), Ivinhema, Jateí, Juti, Vicentina e Caarapó (dez dias), Sete Quedas, Mundo Novo, Japorã e Tacuru (nove dias), Rio Brilhante e Nova Alvorada (sete dias), Paranaíba, Três Lagoas, Brasilândia, Selvíria e Santa Rita (seis dias) e Aquidauana, Corumbá e Porto Murtinho (quatro dias).
Fonte: Dênes de Azevedo, Diário MS
A combinação de muita chuva e tempo nublado impede que a planta crie raízes profundas, ficando fragilizada e resultando em quebra na produção.
O presidente da Aeagran (Associação dos Engenheiros Agrônomos da Grande Dourados), Bruno Tomassine, disse ao Diário MS na sexta-feira (21) que a estiagem já prejudica uma parte das lavouras de soja da região. As plantas mais afetadas são aquelas cujas sementes foram plantadas logo após as últimas chuvas.
Essas plantas que germinaram enfrentam um período de estiagem de quase 20 dias, em alguns locais, e já correm risco de tombamento (morte). O sol forte dos últimos dias colabora para a morte das plantinhas, segundo ele. "E o pior é que não há previsão de chuvas", ressalta.
As plantas que estavam crescidas antes das mais recentes chuvas ainda não correm risco, segundo Tomassine. "Elas podem agüentar mais tempo sem chuvas", ressalta. De acordo com o engenheiro, em torno de 65% da área prevista para a soja já está plantada. Os produtores estão aguardando novas chuvas para fazer o plantio.
Também na a sexta-feira (21) o diretor de Agricultura do Sindicato Rural de Dourados, César Roberto Dierings, declarou ao sítio na internet "Midiamaxnews" que a falta de chuva já provoca quebra na produção de 5%. O diretor disse que existem lavouras onde a semente ainda não germinou, e ela pode morrer por causa do calor intenso.
César disse também que a combinação de muita chuva e tempo nublado impede que a planta crie raízes profundas, ficando fragilizada e resultando em quebra na produção.
O site Climatempo não prevê chuvas para Dourados até quarta-feira (26). Ate lá, a tendência é de sol forte, com temperaturas altas, chegando a 33º.
A Estação Meteorológica da Anhanguera/Uniderp informou na sexta-feira (21) que a região está há 18 dias sem chuva. O período mais prolongado de estiagem ocorre nos municípios de Dourados e Itaporã (18 dias), Ivinhema, Jateí, Juti, Vicentina e Caarapó (dez dias), Sete Quedas, Mundo Novo, Japorã e Tacuru (nove dias), Rio Brilhante e Nova Alvorada (sete dias), Paranaíba, Três Lagoas, Brasilândia, Selvíria e Santa Rita (seis dias) e Aquidauana, Corumbá e Porto Murtinho (quatro dias).
Fonte: Dênes de Azevedo, Diário MS
Paraná deve bater um novo recorde na produção agrícola 25.11.08
25.11.08
Em 2008, o Paraná deve bater um novo recorde na produção agrícola, com a colheita de 31,5 milhões de toneladas de grãos. A estimativa aponta para um aumento de 7,8% em comparação a 2007, ano em que o volume colhido foi de 29,2 milhões de toneladas - o que já havia sido considerado muito expressivo. Os principais resultados de 2008 vieram do crescimento da produção do trigo (58,3%) e do milho (7,8%).
Outro destaque vem da cana-de-açúcar, cujo resultado saltou de 45,9 milhões de toneladas, em 2007, para 55,7 milhões de toneladas, em 2008, incremento de 21,3%. Na mesma direção, a produção pecuária vem apresentando expansão, com destaque para a ampliação do abate de aves.
Para o economista da Fiep, Roberto Zurcher, o Paraná tem algumas vantagens que tem propiciado crescimento, como a forte produção agroindustrial que ainda não foi atingida pela crise, espalhando renda em todo o Estado.
''Acreditamos que essa projeção deva se confirmar para 2008. Nossa preocupação está centrada na falta de crédito para a próxima safra e para capital de giro e exportações. Esperamos que uma das alternativas seja a queda da taxa de juros, pois não há mais justificativa de controle inflacionário pelo elevado aumento da demanda'', defende Zurcher.
Fonte: Folha de Londrina
Em 2008, o Paraná deve bater um novo recorde na produção agrícola, com a colheita de 31,5 milhões de toneladas de grãos. A estimativa aponta para um aumento de 7,8% em comparação a 2007, ano em que o volume colhido foi de 29,2 milhões de toneladas - o que já havia sido considerado muito expressivo. Os principais resultados de 2008 vieram do crescimento da produção do trigo (58,3%) e do milho (7,8%).
Outro destaque vem da cana-de-açúcar, cujo resultado saltou de 45,9 milhões de toneladas, em 2007, para 55,7 milhões de toneladas, em 2008, incremento de 21,3%. Na mesma direção, a produção pecuária vem apresentando expansão, com destaque para a ampliação do abate de aves.
Para o economista da Fiep, Roberto Zurcher, o Paraná tem algumas vantagens que tem propiciado crescimento, como a forte produção agroindustrial que ainda não foi atingida pela crise, espalhando renda em todo o Estado.
''Acreditamos que essa projeção deva se confirmar para 2008. Nossa preocupação está centrada na falta de crédito para a próxima safra e para capital de giro e exportações. Esperamos que uma das alternativas seja a queda da taxa de juros, pois não há mais justificativa de controle inflacionário pelo elevado aumento da demanda'', defende Zurcher.
Fonte: Folha de Londrina
Política de Garantia de Preços Mínimos pode reincluir borracha e pó de cera de carnaúba 24.11.08
24.11.08
A Conab pode voltar a fazer Aquisições do Governo Federal (AGF) para produtos extrativistas como borracha natural e pó cerífero (da cera de carnaúba) que já fizeram parte da política de garantia do governo. A sua viabilização está sendo analisada pelo Ministério da Fazenda.
A proposta é de técnicos da Conab da área de Gestão da Oferta, juntamente com produtores e representantes amazonenses ligados à produção extrativistas e do Ministério do Meio Ambiente que discutiram o assunto na semana passada, em Brasília.
O objetivo, de acordo com os participantes, é atender à Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), que oferece ao segmento produtivo recursos contra a baixa de preço do produto no mercado. No caso da borracha e da carnaúba, o governo pode adquirir a produção ou o produtor pode receber um “bônus” para equiparar ao preço mínimo. A subvenção poderá ainda beneficiar a produção extrativa de açaí, babaçu e pequi que estão contemplados também com os Empréstimos do Governo Federal (EGF).
Estão sendo revistos valores para cálculo do custo de produção que vai definir o preço mínimo do óleo de copaíba e de andiroba, alguns dos produtos que fazem parte da programação do governo de incentivo às regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.
Já têm preço mínimo definido, com vigência até junho do próximo ano o fruto do açaí (R$ 0,61/kg), amêndoa de babaçu (R$ 1,46/kg) e fruto do pequi (R$ 0,21/kg para Norte e Nordeste e R$ 0,31/kg para Sudeste e Centro-Oeste), além da borracha natural do Bioma Amazônia (R$ 3,50/kg).
Fonte: Raimundo Estevam/Conab
A Conab pode voltar a fazer Aquisições do Governo Federal (AGF) para produtos extrativistas como borracha natural e pó cerífero (da cera de carnaúba) que já fizeram parte da política de garantia do governo. A sua viabilização está sendo analisada pelo Ministério da Fazenda.
A proposta é de técnicos da Conab da área de Gestão da Oferta, juntamente com produtores e representantes amazonenses ligados à produção extrativistas e do Ministério do Meio Ambiente que discutiram o assunto na semana passada, em Brasília.
O objetivo, de acordo com os participantes, é atender à Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), que oferece ao segmento produtivo recursos contra a baixa de preço do produto no mercado. No caso da borracha e da carnaúba, o governo pode adquirir a produção ou o produtor pode receber um “bônus” para equiparar ao preço mínimo. A subvenção poderá ainda beneficiar a produção extrativa de açaí, babaçu e pequi que estão contemplados também com os Empréstimos do Governo Federal (EGF).
Estão sendo revistos valores para cálculo do custo de produção que vai definir o preço mínimo do óleo de copaíba e de andiroba, alguns dos produtos que fazem parte da programação do governo de incentivo às regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.
Já têm preço mínimo definido, com vigência até junho do próximo ano o fruto do açaí (R$ 0,61/kg), amêndoa de babaçu (R$ 1,46/kg) e fruto do pequi (R$ 0,21/kg para Norte e Nordeste e R$ 0,31/kg para Sudeste e Centro-Oeste), além da borracha natural do Bioma Amazônia (R$ 3,50/kg).
Fonte: Raimundo Estevam/Conab
Agricultura familiar é viável para qualquer produto 24.11.08
24.11.08
diz ex-ministro de Allende
A análise é do ex-ministro de Agricultura do Chile no governo de Salvador Allende, Jacques Chonchol, que participa da 10a Reunião Especializada de Agricultura Familiar do Mercosul (Reaf). Chonchol rebate a tese de que a agricultura de exportação, como soja e cana-de-açúcar, só é viável em grandes propriedades. “Isso não é verdade. Essa afirmação sempre foi defendida pelos grandes capitalistas, de que só eles teriam condições de investir em maquinário e tecnologia. Nos latifúndios, os ganhos de produtividade têm custo muito alto, com uso intensivo de fertilizantes e de maquinário”, criticou.
A agricultura familiar é responsável por 9% do Produto Interno Bruto (PIB) do Mercosul e responde por quase 70% da produção de alimentos, envolvendo 20 milhões de pessoas, segundo dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Reforma agrária
A distribuição de terras por meio da reforma agrária não inviabiliza a existência de uma agricultura de exportação forte. Os dois modelos podem coexistir, como ocorre no Brasil.
O encontro começou no sábado (22) e vai até o dia 27, reunindo cerca de 300 representantes da sociedade civil, integrantes de governos e ministros de sete países sul-americanos no Rio de Janeiro.
“Ao contrário dos seus vizinhos, o Brasil tem muita terra agrícola. Pode ter simultaneamente a agricultura de grande exportação e uma agricultura familiar com mais disponibilidade de terras”, afirmou Chonchol, que dirigiu o Instituto de Altos Estudos da América Latina da Universidade de Paris.
Ele considera que o tema reforma agrária saiu da pauta da maioria dos países da América Latina, com exceção do Brasil, Bolívia, Paraguai e Venezuela, onde governos de esquerda incentivam a discussão. Segundo ele, em alguns países, como Argentina e Uruguai, jamais houve qualquer iniciativa de reforma agrária. “Sequer durante o peronismo [dos ex-presidentes Juan Domingo Perón e Isabelita Perón]”, frisou.
Chonchol destacou o processo por reforma agrária que ocorre atualmente no Paraguai, país que registra o maior percentual de pequenas propriedades do Mercosul. Cerca de 93% dos estabelecimentos rurais paraguaios são de agricultura familiar, comparados a 85% no Brasil ou a 78% na Argentina.
“Sempre houve uma pressão social muito significativa no Paraguai, que não tinha nenhuma possibilidade de êxito, com os governos anteriores. Este presidente [Fernando Lugo] quer fazer uma reforma agrária, mas tem uma dificuldade, pois não tem maioria no Parlamento. Outro problema são os brasiguaios, latifundiários [brasileiros] que ocupam parte importante da fronteira”, analisou Chonchol.
Segundo ele, outro país que desenvolve um processo de reforma agrária é a Bolívia, onde o presidente Evo Morales tenta reassentar milhares de indígenas pobres em terras férteis do Departamento de Santa Cruz, dominado por latifundiários de origem européia.
“Nos Andes já houve, em décadas passadas, reforma agrária. O desafio agora é dividir a terra da planície, que está nas mãos dos latifundiários”, explicou.
Para o ex-ministro de Allende, o processo de distribuição de terras e apoio à agricultura familiar não pode parar no Brasil, independentemente de qual seja o próximo governo. “Qualquer que seja o futuro presidente, temos que acelerar a reforma agrária. Uma boa parte do emprego agrícola vem da agricultura familiar. Se ela tiver apoio, poderá ser uma base de estabilidade muito importante para permitir o equilíbrio entre o urbano e o rural”, afirmou.
Fonte: Vladimir Platonow, repórter da Agência Brasil
diz ex-ministro de Allende
A análise é do ex-ministro de Agricultura do Chile no governo de Salvador Allende, Jacques Chonchol, que participa da 10a Reunião Especializada de Agricultura Familiar do Mercosul (Reaf). Chonchol rebate a tese de que a agricultura de exportação, como soja e cana-de-açúcar, só é viável em grandes propriedades. “Isso não é verdade. Essa afirmação sempre foi defendida pelos grandes capitalistas, de que só eles teriam condições de investir em maquinário e tecnologia. Nos latifúndios, os ganhos de produtividade têm custo muito alto, com uso intensivo de fertilizantes e de maquinário”, criticou.
A agricultura familiar é responsável por 9% do Produto Interno Bruto (PIB) do Mercosul e responde por quase 70% da produção de alimentos, envolvendo 20 milhões de pessoas, segundo dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Reforma agrária
A distribuição de terras por meio da reforma agrária não inviabiliza a existência de uma agricultura de exportação forte. Os dois modelos podem coexistir, como ocorre no Brasil.
O encontro começou no sábado (22) e vai até o dia 27, reunindo cerca de 300 representantes da sociedade civil, integrantes de governos e ministros de sete países sul-americanos no Rio de Janeiro.
“Ao contrário dos seus vizinhos, o Brasil tem muita terra agrícola. Pode ter simultaneamente a agricultura de grande exportação e uma agricultura familiar com mais disponibilidade de terras”, afirmou Chonchol, que dirigiu o Instituto de Altos Estudos da América Latina da Universidade de Paris.
Ele considera que o tema reforma agrária saiu da pauta da maioria dos países da América Latina, com exceção do Brasil, Bolívia, Paraguai e Venezuela, onde governos de esquerda incentivam a discussão. Segundo ele, em alguns países, como Argentina e Uruguai, jamais houve qualquer iniciativa de reforma agrária. “Sequer durante o peronismo [dos ex-presidentes Juan Domingo Perón e Isabelita Perón]”, frisou.
Chonchol destacou o processo por reforma agrária que ocorre atualmente no Paraguai, país que registra o maior percentual de pequenas propriedades do Mercosul. Cerca de 93% dos estabelecimentos rurais paraguaios são de agricultura familiar, comparados a 85% no Brasil ou a 78% na Argentina.
“Sempre houve uma pressão social muito significativa no Paraguai, que não tinha nenhuma possibilidade de êxito, com os governos anteriores. Este presidente [Fernando Lugo] quer fazer uma reforma agrária, mas tem uma dificuldade, pois não tem maioria no Parlamento. Outro problema são os brasiguaios, latifundiários [brasileiros] que ocupam parte importante da fronteira”, analisou Chonchol.
Segundo ele, outro país que desenvolve um processo de reforma agrária é a Bolívia, onde o presidente Evo Morales tenta reassentar milhares de indígenas pobres em terras férteis do Departamento de Santa Cruz, dominado por latifundiários de origem européia.
“Nos Andes já houve, em décadas passadas, reforma agrária. O desafio agora é dividir a terra da planície, que está nas mãos dos latifundiários”, explicou.
Para o ex-ministro de Allende, o processo de distribuição de terras e apoio à agricultura familiar não pode parar no Brasil, independentemente de qual seja o próximo governo. “Qualquer que seja o futuro presidente, temos que acelerar a reforma agrária. Uma boa parte do emprego agrícola vem da agricultura familiar. Se ela tiver apoio, poderá ser uma base de estabilidade muito importante para permitir o equilíbrio entre o urbano e o rural”, afirmou.
Fonte: Vladimir Platonow, repórter da Agência Brasil
Fazendeiro de Anapu diz que é possível a exploração sustentável da floresta 24.11.08
24.11.08
Desenvolver atividades econômicas e preservar a Floresta Amazônica é uma realidade possível, na avaliação do fazendeiro Antonio Napoli Velho. Ele vive há 27 anos na Amazônia, no município de Anapu, sudeste do Pará.
Nascido no sul do país, Gaúcho, como é conhecido na região, vivenciou momentos importantes da história da Amazônia, desde o estímulo à sua ocupação e desenvolvimento, promovido pelos governos militares, ao atual estágio de preocupação com a recuperação da mata.
Hoje, ele destaca a importância da conservação do meio ambiente e busca trabalhar de forma sustentável. "Os projetos de manejo são economicamente viáveis sim, porque [a floresta] é uma riqueza que temos aqui e está pronta para ser polida", disse o fazendeiro em entrevista à Agência Brasil. "Mas tem que fazer de forma não gananciosa, dentro dos preceitos ecologicamente corretos", acrescentou.
Ao lado de dois irmãos, Gaúcho tem uma fazenda de 6 mil hectares. Segundo ele, 20% da área foi transformada em pasto, onde cria gado. Outros 300 alqueires, cerca de 1.500 hectares, foram utilizados para desenvolver um projeto de manejo sustentável.
"[A extração por meio do manejo] é uma atividade bem remunerada, muito boa", disse. Ele conta que em dois anos todas as árvores que poderiam ser exploradas foram retiradas. Agora, explica, as remanescentes ficarão intocadas por 25 anos para recompor a floresta. "A rentabilidade foi boa e agora podemos desenvolver projetos [de manejo] menores, mais modernos".
Gaúcho explicou que precisou apressar o início da exploração sustentável porque sua propriedade estava sendo ameaçada de invasão. "Quem tem a madeira é alvo. Os invasores querem pegá-la para vender aos madeireiros ilegalmente".
Segundo ele, as próprias madeireiras incentivam agricultores e assentados a invadir fazendas. Não com o intuito de estimular a reforma agrária, mas para comprar a madeira das áreas ocupadas de forma ilegal e a preços muito mais baixos do que os de mercado. "O problema é que ocorre muita propina", criticou.
Para se ter uma idéia, afirmou Antonio Velho, os madeireiros compram um alqueire de mata por R$ 300. "Eles me fizeram a proposta e não aceitei. Um metro cúbico de Ipê, por exemplo, vale R$ 400. Como não cedi, eles incitam o povo a invadir", acrescentou.
Na avaliação do fazendeiro, os Programas de Desenvolvimento Sustentáveis (PDS`s), idealizados pela missionária norte-americana Dorothy Stang são exemplo de utilização "inteligente" da floresta. "O projeto dela é no sentido de retirar uma pequena área todo ano. Esse é o melhor sistema porque não aumenta a oferta de madeira. É uma oferta permanente e com regularidade. Isso que é interessante para a região", disse.
Para Gaúcho, o cálculo é simples: "Legalmente, podem ser retirados até 60 metros cúbicos de madeira em três hectares. Seiscentos metros cúbicos a R$ 400 o metro cúbico, são R$ 24 mil ou R$ 2 mil por mês. Não existe salário melhor na região".
Ele acrescenta que os agricultores podem trabalhar de forma conjunta. Funcionaria como um esquema de parceria em que o manejo seria desenvolvido em uma área maior e a rentabilidade aumentaria. Os agricultores podem tirar a madeira em um mês e ficar os outros 11 com o dinheiro no bolso e a floresta intacta".
Para essa alternativa se tornar realidade, o fazendeiro acredita que deve haver uma mudança cultural no modo de obter renda por meio da floresta. "Há um paradigma que tem que ser quebrado, de se querer fazer tudo rápido, pegar a madeira, vender tudo de uma vez".
Em sua opinião, a conscientização por meio da implementação de escolas rurais familiares poderia resolver o problema. "Com isso, os jovens seriam estimulados a ficar na terra em vez de ir para a cidade onde, provavelmente, vão inchar as favelas".
Segundo Gaúcho, entre Anapu e Pacajá, uma área superior a 12 mil quilômetros quadrados, só há uma escola rural. "O colono é o melhor ecologista, mas ele não tem conhecimento. A cultura que ele tem é de queimar, cortar, vender, passar para o outro lado. Se ele for instruído, com certeza vai ter consciência da importância da preservação".
Fonte: Ivan Richard, repórter da Agência Brasil
Desenvolver atividades econômicas e preservar a Floresta Amazônica é uma realidade possível, na avaliação do fazendeiro Antonio Napoli Velho. Ele vive há 27 anos na Amazônia, no município de Anapu, sudeste do Pará.
Nascido no sul do país, Gaúcho, como é conhecido na região, vivenciou momentos importantes da história da Amazônia, desde o estímulo à sua ocupação e desenvolvimento, promovido pelos governos militares, ao atual estágio de preocupação com a recuperação da mata.
Hoje, ele destaca a importância da conservação do meio ambiente e busca trabalhar de forma sustentável. "Os projetos de manejo são economicamente viáveis sim, porque [a floresta] é uma riqueza que temos aqui e está pronta para ser polida", disse o fazendeiro em entrevista à Agência Brasil. "Mas tem que fazer de forma não gananciosa, dentro dos preceitos ecologicamente corretos", acrescentou.
Ao lado de dois irmãos, Gaúcho tem uma fazenda de 6 mil hectares. Segundo ele, 20% da área foi transformada em pasto, onde cria gado. Outros 300 alqueires, cerca de 1.500 hectares, foram utilizados para desenvolver um projeto de manejo sustentável.
"[A extração por meio do manejo] é uma atividade bem remunerada, muito boa", disse. Ele conta que em dois anos todas as árvores que poderiam ser exploradas foram retiradas. Agora, explica, as remanescentes ficarão intocadas por 25 anos para recompor a floresta. "A rentabilidade foi boa e agora podemos desenvolver projetos [de manejo] menores, mais modernos".
Gaúcho explicou que precisou apressar o início da exploração sustentável porque sua propriedade estava sendo ameaçada de invasão. "Quem tem a madeira é alvo. Os invasores querem pegá-la para vender aos madeireiros ilegalmente".
Segundo ele, as próprias madeireiras incentivam agricultores e assentados a invadir fazendas. Não com o intuito de estimular a reforma agrária, mas para comprar a madeira das áreas ocupadas de forma ilegal e a preços muito mais baixos do que os de mercado. "O problema é que ocorre muita propina", criticou.
Para se ter uma idéia, afirmou Antonio Velho, os madeireiros compram um alqueire de mata por R$ 300. "Eles me fizeram a proposta e não aceitei. Um metro cúbico de Ipê, por exemplo, vale R$ 400. Como não cedi, eles incitam o povo a invadir", acrescentou.
Na avaliação do fazendeiro, os Programas de Desenvolvimento Sustentáveis (PDS`s), idealizados pela missionária norte-americana Dorothy Stang são exemplo de utilização "inteligente" da floresta. "O projeto dela é no sentido de retirar uma pequena área todo ano. Esse é o melhor sistema porque não aumenta a oferta de madeira. É uma oferta permanente e com regularidade. Isso que é interessante para a região", disse.
Para Gaúcho, o cálculo é simples: "Legalmente, podem ser retirados até 60 metros cúbicos de madeira em três hectares. Seiscentos metros cúbicos a R$ 400 o metro cúbico, são R$ 24 mil ou R$ 2 mil por mês. Não existe salário melhor na região".
Ele acrescenta que os agricultores podem trabalhar de forma conjunta. Funcionaria como um esquema de parceria em que o manejo seria desenvolvido em uma área maior e a rentabilidade aumentaria. Os agricultores podem tirar a madeira em um mês e ficar os outros 11 com o dinheiro no bolso e a floresta intacta".
Para essa alternativa se tornar realidade, o fazendeiro acredita que deve haver uma mudança cultural no modo de obter renda por meio da floresta. "Há um paradigma que tem que ser quebrado, de se querer fazer tudo rápido, pegar a madeira, vender tudo de uma vez".
Em sua opinião, a conscientização por meio da implementação de escolas rurais familiares poderia resolver o problema. "Com isso, os jovens seriam estimulados a ficar na terra em vez de ir para a cidade onde, provavelmente, vão inchar as favelas".
Segundo Gaúcho, entre Anapu e Pacajá, uma área superior a 12 mil quilômetros quadrados, só há uma escola rural. "O colono é o melhor ecologista, mas ele não tem conhecimento. A cultura que ele tem é de queimar, cortar, vender, passar para o outro lado. Se ele for instruído, com certeza vai ter consciência da importância da preservação".
Fonte: Ivan Richard, repórter da Agência Brasil
Instituição francesa vai pesquisar o bacuri em parceria com Estado do Maranhão 24.11.08
24.11.08
O Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (Cirad) da França vai pesquisar o bacuri, uma das principais frutas tropicais maranhenses, numa parceria com a Agência Estadual de Assistência Técnica e Extensão Rural (Agerp), vinculada ao Sistema Estadual da Agricultura (Seagro).
O Cirad é um organismo francês de pesquisa agronômica cuja missão consiste em contribuir com o desenvolvimento dos países tropicais e subtropicais, com atuação em cinqüenta países tropicais.
A pesquisadora da Agerp e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Maranhão (Fapema), a pesquisadora maranhense Maria da Cruz Moura, esteve na cidade de Montepellier, na França, para uma visita técnica ao Cirad, no final de outubro. Engenheira agrônoma, com doutorado, especialista em frutas nativas e maranhenses, articulou uma parceria com o pesquisador Dominique Pallet, que trabalha na linha de valorização das frutas tropicais, para a realização de estudos de pós-colheita e instrumentos de despolpa do bacuri.
“Os bacurizais maranhenses estão ameaçados de extinção e, a cada dia que passa, a paisagem de bacurizais é substituída por plantações de soja, eucalipto ou cana de açúcar. Então, para reverter tal situação, precisamos dar visibilidade da importância socioeconômica e ambiental que esta espécie possui para a sociedade e para os agroextrativistas. Uma das alternativas é buscar parceiros internacionais, pois a polpa do bacuri é caríssima e bem aceita e há um grande interesse dos pesquisadores do Cirad em estudar frutas tropicais”, informou Maria Moura.
Fonte: Jornal Pequeno, São Luís, Maranhão
O Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (Cirad) da França vai pesquisar o bacuri, uma das principais frutas tropicais maranhenses, numa parceria com a Agência Estadual de Assistência Técnica e Extensão Rural (Agerp), vinculada ao Sistema Estadual da Agricultura (Seagro).
O Cirad é um organismo francês de pesquisa agronômica cuja missão consiste em contribuir com o desenvolvimento dos países tropicais e subtropicais, com atuação em cinqüenta países tropicais.
A pesquisadora da Agerp e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Maranhão (Fapema), a pesquisadora maranhense Maria da Cruz Moura, esteve na cidade de Montepellier, na França, para uma visita técnica ao Cirad, no final de outubro. Engenheira agrônoma, com doutorado, especialista em frutas nativas e maranhenses, articulou uma parceria com o pesquisador Dominique Pallet, que trabalha na linha de valorização das frutas tropicais, para a realização de estudos de pós-colheita e instrumentos de despolpa do bacuri.
“Os bacurizais maranhenses estão ameaçados de extinção e, a cada dia que passa, a paisagem de bacurizais é substituída por plantações de soja, eucalipto ou cana de açúcar. Então, para reverter tal situação, precisamos dar visibilidade da importância socioeconômica e ambiental que esta espécie possui para a sociedade e para os agroextrativistas. Uma das alternativas é buscar parceiros internacionais, pois a polpa do bacuri é caríssima e bem aceita e há um grande interesse dos pesquisadores do Cirad em estudar frutas tropicais”, informou Maria Moura.
Fonte: Jornal Pequeno, São Luís, Maranhão
Produtos da agricultura familiar do Mercosul terão selo a partir de 2009 24.11.08
24.11.08
Os produtos da agricultura familiar do Mercosul vão ter selo próprio de identificação a partir do próximo ano. A informação foi divulgada no sábado (22) pelo assessor internacional e de Promoção Comercial do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Laudemir Müller, durante a abertura da 10a Reunião Especializada sobre Agricultura Familiar do Mercosul (Reaf).
O evento ocorre no Rio de Janeiro até o dia 27 e reúne cerca de 300 representantes da sociedade civil e de sete países da América do Sul: Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Uruguai, Venezuela, além do Brasil.
“Com o selo haverá uma identidade da agricultura familiar para identificar esta produção, o que vai facilitar a comercialização e aumentar a renda dos agricultores”, explicou Laudemir Müller, que é o coordenador da Reaf no Brasil.
O objetivo do encontro é pensar em políticas públicas comuns para o incremento da agricultura familiar, envolvendo não só o governo como também a sociedade. Segundo ele, uma das iniciativas importantes, neste processo, foi a aprovação recente, pelo Congresso brasileiro, de uma lei obrigando que 30% da compra de alimentos para a merenda escolar seja proveniente de pequenos agricultores.
Segundo dados do ministério, a agricultura familiar envolve 20 milhões de pessoas no Mercosul (contando também o Chile, que é membro associado), responde por 9% do Produto Interno Bruto (PIB) e praticamente 70% da produção de alimentos do bloco. No Brasil, o setor representa quase 10% das riquezas do país.
Apesar da força da agricultura familiar, Laudemir admite que ainda existem muitos desafios. “Temos problemas de acesso à terra. É necessário ter políticas mais estáveis de seguro agrícola. O tema das mudanças climáticas afeta a agricultura familiar. É preciso ter políticas para a inclusão da juventude, para que ela continue no meio rural produzindo alimentos”, ressaltou o assessor.
Fonte: Vladimir Platonow, repórter da Agência Brasil
Os produtos da agricultura familiar do Mercosul vão ter selo próprio de identificação a partir do próximo ano. A informação foi divulgada no sábado (22) pelo assessor internacional e de Promoção Comercial do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Laudemir Müller, durante a abertura da 10a Reunião Especializada sobre Agricultura Familiar do Mercosul (Reaf).
O evento ocorre no Rio de Janeiro até o dia 27 e reúne cerca de 300 representantes da sociedade civil e de sete países da América do Sul: Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Uruguai, Venezuela, além do Brasil.
“Com o selo haverá uma identidade da agricultura familiar para identificar esta produção, o que vai facilitar a comercialização e aumentar a renda dos agricultores”, explicou Laudemir Müller, que é o coordenador da Reaf no Brasil.
O objetivo do encontro é pensar em políticas públicas comuns para o incremento da agricultura familiar, envolvendo não só o governo como também a sociedade. Segundo ele, uma das iniciativas importantes, neste processo, foi a aprovação recente, pelo Congresso brasileiro, de uma lei obrigando que 30% da compra de alimentos para a merenda escolar seja proveniente de pequenos agricultores.
Segundo dados do ministério, a agricultura familiar envolve 20 milhões de pessoas no Mercosul (contando também o Chile, que é membro associado), responde por 9% do Produto Interno Bruto (PIB) e praticamente 70% da produção de alimentos do bloco. No Brasil, o setor representa quase 10% das riquezas do país.
Apesar da força da agricultura familiar, Laudemir admite que ainda existem muitos desafios. “Temos problemas de acesso à terra. É necessário ter políticas mais estáveis de seguro agrícola. O tema das mudanças climáticas afeta a agricultura familiar. É preciso ter políticas para a inclusão da juventude, para que ela continue no meio rural produzindo alimentos”, ressaltou o assessor.
Fonte: Vladimir Platonow, repórter da Agência Brasil
Embrapa cria programa para medir impacto de agrotóxicos no solo 24.11.08
24.11.08
A Embrapa Meio Ambiente vai colocar à disposição, no início de 2009, o primeiro software nacional que calcula o impacto ambiental do uso de agrotóxicos no solo. Inédito no Brasil, o programa é uma resposta ao decreto federal número 4.074, de 2002, que determina a realização de uma avaliação de riscos desses produtos na natureza.
Desenvolvido em parceria com a Fatec Botucatu, responsável pela conversão dos dados matemáticos em programa, e pela Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp, o software consumiu dois anos de pesquisas e um investimento de R$ 60 mil, desembolsados integralmente pela Embrapa Meio Ambiente.
De acordo com Claudio Spadotto, chefe-geral da Embrapa Meio Ambiente, o novo produto propiciará um avanço nas análises deste tipo. Isso porque serão incorporadas, pela primeira vez, informações sobre solo e clima. Hoje, o governo tem condições de aferir apenas a qualidade do agrotóxico, mas não o seu impacto após a aplicação no solo.
Ainda sem nome, o software será oferecido gratuitamente no site da Embrapa Meio Ambiente, a partir de janeiro. Nesta primeira fase do projeto, o programa calculará os riscos que os agrotóxicos podem causar à água subterrânea (como lençóis freáticos e poços artesianos) e à água superficial (lagos e açudes), de acordo com o tripé de informações sobre o agrotóxico, o solo onde ele será aplicado e o regime de chuvas da região. Baseado em modelos matemáticos e nos cenários agrícolas, o programa estimará o potencial de contaminação química da água, em qual concentração e se ela é tóxica para plantas, animais e consumo humano.
O público alvo é o próprio governo - personificado no Ministério da Agricultura, no Ibama e na Anvisa -, a quem cabe fazer os registros e as renovações de produtos agrotóxicos no país. Mas os fabricantes e os engenheiros agrônomos vinculados a produtores rurais podem lançar mão da ferramenta.
"Não temos o poder de impor a sua utilização, isso é uma decisão de política pública. Mas o software sistematiza a rotina e os procedimentos e amplia a análise", diz Spadotto. "Com as novas informações, será possível antecipar problemas e os fabricantes poderão modificar e, eventualmente, até abortar o desenvolvimento de alguns agrotóxicos." O cálculo, diz o pesquisador-chefe, é muito próximo do cenário real no campo. "Se errar, é para mais. O programa é conservador."
Dependendo da aceitação do mercado (e das verbas), a Embrapa Meio Ambiente pretende fazer atualizações no programa para incluir outros aspectos importantes de impacto ambiental no campo - além da contaminação da água, o uso contínuo de agrotóxicos atinge diretamente mamíferos e aves. "Não estamos apregoando o uso de agrotóxicos", explica Spadotto. "Simplesmente partimos do pressuposto que usamos muito agrotóxico no Brasil devido ao tipo de agricultura feita aqui".
Trata-se de um mercado encorpado: a previsão é de que o país fechará o ano com vendas de agrotóxicos de R$ 8,5 bilhões, uma alta de 35% frente a 2007. Cerca de 30 mil toneladas desses produtos, capitaneados pelos fungicidas, herbicidas e inseticidas, são vendidas a cada ano. Segundo Spadotto, ainda não existe no país um trabalho de monitoramento sistemático de contaminação por agrotóxico.
Fonte: Bettina Barros, jornal Valor
A Embrapa Meio Ambiente vai colocar à disposição, no início de 2009, o primeiro software nacional que calcula o impacto ambiental do uso de agrotóxicos no solo. Inédito no Brasil, o programa é uma resposta ao decreto federal número 4.074, de 2002, que determina a realização de uma avaliação de riscos desses produtos na natureza.
Desenvolvido em parceria com a Fatec Botucatu, responsável pela conversão dos dados matemáticos em programa, e pela Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp, o software consumiu dois anos de pesquisas e um investimento de R$ 60 mil, desembolsados integralmente pela Embrapa Meio Ambiente.
De acordo com Claudio Spadotto, chefe-geral da Embrapa Meio Ambiente, o novo produto propiciará um avanço nas análises deste tipo. Isso porque serão incorporadas, pela primeira vez, informações sobre solo e clima. Hoje, o governo tem condições de aferir apenas a qualidade do agrotóxico, mas não o seu impacto após a aplicação no solo.
Ainda sem nome, o software será oferecido gratuitamente no site da Embrapa Meio Ambiente, a partir de janeiro. Nesta primeira fase do projeto, o programa calculará os riscos que os agrotóxicos podem causar à água subterrânea (como lençóis freáticos e poços artesianos) e à água superficial (lagos e açudes), de acordo com o tripé de informações sobre o agrotóxico, o solo onde ele será aplicado e o regime de chuvas da região. Baseado em modelos matemáticos e nos cenários agrícolas, o programa estimará o potencial de contaminação química da água, em qual concentração e se ela é tóxica para plantas, animais e consumo humano.
O público alvo é o próprio governo - personificado no Ministério da Agricultura, no Ibama e na Anvisa -, a quem cabe fazer os registros e as renovações de produtos agrotóxicos no país. Mas os fabricantes e os engenheiros agrônomos vinculados a produtores rurais podem lançar mão da ferramenta.
"Não temos o poder de impor a sua utilização, isso é uma decisão de política pública. Mas o software sistematiza a rotina e os procedimentos e amplia a análise", diz Spadotto. "Com as novas informações, será possível antecipar problemas e os fabricantes poderão modificar e, eventualmente, até abortar o desenvolvimento de alguns agrotóxicos." O cálculo, diz o pesquisador-chefe, é muito próximo do cenário real no campo. "Se errar, é para mais. O programa é conservador."
Dependendo da aceitação do mercado (e das verbas), a Embrapa Meio Ambiente pretende fazer atualizações no programa para incluir outros aspectos importantes de impacto ambiental no campo - além da contaminação da água, o uso contínuo de agrotóxicos atinge diretamente mamíferos e aves. "Não estamos apregoando o uso de agrotóxicos", explica Spadotto. "Simplesmente partimos do pressuposto que usamos muito agrotóxico no Brasil devido ao tipo de agricultura feita aqui".
Trata-se de um mercado encorpado: a previsão é de que o país fechará o ano com vendas de agrotóxicos de R$ 8,5 bilhões, uma alta de 35% frente a 2007. Cerca de 30 mil toneladas desses produtos, capitaneados pelos fungicidas, herbicidas e inseticidas, são vendidas a cada ano. Segundo Spadotto, ainda não existe no país um trabalho de monitoramento sistemático de contaminação por agrotóxico.
Fonte: Bettina Barros, jornal Valor
Programa que protege as águas no entorno de Itaipu é destaque em encontro 24.11.08
24.11.08
Foz do Iguaçu (PR) - Um evento paralelo ao Fórum das Águas das Américas será realizado em Foz do Iguaçu (PR) - o 5º Encontro Cultivando Água Boa, promovido pela Itaipu Binacional, que também começou ontem (23) à noite.
O programa é desenvolvido numa área de aproximadamente 8 mil quilômetros quadrados, que engloba 29 municípios do oeste do Paraná. Nessa área, denominada Bacia Hidrográfica do Paraná 3, vivem 1 milhão de habitantes, sendo cerca de 90% pequenos agricultores que cultivam em um pedaço de terra de 50 hectares, em média, milho, trigo, soja, criam suínos ou vivem da piscicultura.
Segundo o diretor de Coordenação e Meio Ambiente da Itaipu, Nelton Friedrich, a região é uma das mais produtivas do país e foi “perfeita” para a implantação do programa, respondendo de forma surpreendente às práticas socioambientais sugeridas. “Tanto que temos hoje uma rede de cooperação com 1.200 parceiros – instituições federais, estaduais e municipais, não-governamentais, movimentos sociais, agricultores, pescadores, catadores, suinocultores, assentados, indígenas e instituições de ensino. Se formos levar em conta toda a participação no programa, podemos dizer que ele envolveu até agora cerca de 230 mil pessoas”.
Atualmente estão sendo desenvolvidos 70 projetos e 108 ações voltadas para a preservação do meio ambiente. O diretor da Itaipu explicou que o Cultivando Água Boa segue diretrizes do governo federal e de documentos como a Carta da Terra, Agenda 21, Metas do Milênio, Tratado de Quioto e Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global.
No balanço de seis anos de programa serão apresentados números, como a instalação de quase 400 quilômetros de cercas para proteção da mata ciliar, plantio de 2 milhões árvores nas áreas protegidas, adequação de 307 quilômetros de estradas, conservação de 3,4 mil hectares de solo e água, instalação de abastecedouros comunitários, distribuição de adubo orgânico, destinação adequada de 440 toneladas de embalagens de agrotóxicos, elaboração de 3,7 mil projetos de controle ambiental de propriedades rurais, e a consolidação e mil famílias atualmente vivendo da agricultura orgânica.
Ao contrário do Fórum das Águas das Américas, reservado aos países convidados, a participação no 5º Encontro Cultivando Água Boa será aberta ao público em geral, com a realização de várias oficinas.
O programa é referência mundial na área de preservação ambiental. Segundo o diretor de Coordenação e Meio Ambiente da Itaipu, ele foi a única experiência brasileira no setor elétrico selecionada para ser apresentada na Expo Zaragoza 2008, na Espanha, a maior feira mundial sobre água.
Fonte: Lúcia Nórcio, enviada especial da Agência Brasil
Foz do Iguaçu (PR) - Um evento paralelo ao Fórum das Águas das Américas será realizado em Foz do Iguaçu (PR) - o 5º Encontro Cultivando Água Boa, promovido pela Itaipu Binacional, que também começou ontem (23) à noite.
O programa é desenvolvido numa área de aproximadamente 8 mil quilômetros quadrados, que engloba 29 municípios do oeste do Paraná. Nessa área, denominada Bacia Hidrográfica do Paraná 3, vivem 1 milhão de habitantes, sendo cerca de 90% pequenos agricultores que cultivam em um pedaço de terra de 50 hectares, em média, milho, trigo, soja, criam suínos ou vivem da piscicultura.
Segundo o diretor de Coordenação e Meio Ambiente da Itaipu, Nelton Friedrich, a região é uma das mais produtivas do país e foi “perfeita” para a implantação do programa, respondendo de forma surpreendente às práticas socioambientais sugeridas. “Tanto que temos hoje uma rede de cooperação com 1.200 parceiros – instituições federais, estaduais e municipais, não-governamentais, movimentos sociais, agricultores, pescadores, catadores, suinocultores, assentados, indígenas e instituições de ensino. Se formos levar em conta toda a participação no programa, podemos dizer que ele envolveu até agora cerca de 230 mil pessoas”.
Atualmente estão sendo desenvolvidos 70 projetos e 108 ações voltadas para a preservação do meio ambiente. O diretor da Itaipu explicou que o Cultivando Água Boa segue diretrizes do governo federal e de documentos como a Carta da Terra, Agenda 21, Metas do Milênio, Tratado de Quioto e Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global.
No balanço de seis anos de programa serão apresentados números, como a instalação de quase 400 quilômetros de cercas para proteção da mata ciliar, plantio de 2 milhões árvores nas áreas protegidas, adequação de 307 quilômetros de estradas, conservação de 3,4 mil hectares de solo e água, instalação de abastecedouros comunitários, distribuição de adubo orgânico, destinação adequada de 440 toneladas de embalagens de agrotóxicos, elaboração de 3,7 mil projetos de controle ambiental de propriedades rurais, e a consolidação e mil famílias atualmente vivendo da agricultura orgânica.
Ao contrário do Fórum das Águas das Américas, reservado aos países convidados, a participação no 5º Encontro Cultivando Água Boa será aberta ao público em geral, com a realização de várias oficinas.
O programa é referência mundial na área de preservação ambiental. Segundo o diretor de Coordenação e Meio Ambiente da Itaipu, ele foi a única experiência brasileira no setor elétrico selecionada para ser apresentada na Expo Zaragoza 2008, na Espanha, a maior feira mundial sobre água.
Fonte: Lúcia Nórcio, enviada especial da Agência Brasil
Senadora revela que inadimplência de produtores rurais com a Bunge é de US$ 250 milhões 21.11.08
21.11.08
A senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária (CNA), informou ontem (20) que a inadimplência dos produtores rurais junto a Bunge, uma das multinacionais que financia a atividade agrícola no País, soma US$ 250 milhões. Este valor é referente às dívidas acumuladas pelos produtores nos últimos anos, na compra de insumos e não cumprimento dos contratos de venda antecipada de grãos.
Kátia Abreu afirmou que ligou ontem para dirigentes das traders para pedir informações sobre a redução do volume de recursos destinados pelas empresas para o financiamento da safra. "O alto nível de inadimplência freou os financiamentos e trouxe insegurança para este tipo de negociação", revelou a senadora.
Segundo ela, a multinacional informou que 80% da restrição é resultado da crise do passado, já que houve financiamento para plantio da safra passada mas não houve pagamento por parte dos produtores. "Eles me disseram que apenas 20% do problema é resultado da atual crise".
A senadora justificou que as dívidas não foram pagas porque houve problemas climáticos e de perda de renda. Ela lembrou que em Goiás houve um aumento expressivo dos custos de produção, por causa incidência da ferrugem asiática na soja.
Ela disse que o risco também é alto no caso dos agentes financeiros, porque a cada renegociação o valor da dívida sobe 25%. No caso do Banco do Brasil, o percentual dos produtores rurais na categoria de risco elevado subiu de 3% em 2004 para 14,5% neste ano.
Custeio
A senadora propôs que, em períodos de crise, os recursos que originalmente são destinados às linhas de investimento sejam realocados para o custeio. Ela lembrou que na safra atual o governo prevê a liberação de R$ 10 bilhões para investimentos mas que, com a crise, ninguém vai comprar máquinas e equipamentos. Até agora, segundo a senadora, foram liberados apenas R$ 2 bilhões desta linha de investimento. "É preciso manter essas linhas mas é mais importante ter dinheiro para custear as lavouras", afirmou a senadora. Como medida emergencial, Abreu pediu a liberação de R$ 1 bilhão para o término do plantio da safra de algodão.
Fonte: Fabíola Salvador, Agência Estado, com o Observatório
A senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária (CNA), informou ontem (20) que a inadimplência dos produtores rurais junto a Bunge, uma das multinacionais que financia a atividade agrícola no País, soma US$ 250 milhões. Este valor é referente às dívidas acumuladas pelos produtores nos últimos anos, na compra de insumos e não cumprimento dos contratos de venda antecipada de grãos.
Kátia Abreu afirmou que ligou ontem para dirigentes das traders para pedir informações sobre a redução do volume de recursos destinados pelas empresas para o financiamento da safra. "O alto nível de inadimplência freou os financiamentos e trouxe insegurança para este tipo de negociação", revelou a senadora.
Segundo ela, a multinacional informou que 80% da restrição é resultado da crise do passado, já que houve financiamento para plantio da safra passada mas não houve pagamento por parte dos produtores. "Eles me disseram que apenas 20% do problema é resultado da atual crise".
A senadora justificou que as dívidas não foram pagas porque houve problemas climáticos e de perda de renda. Ela lembrou que em Goiás houve um aumento expressivo dos custos de produção, por causa incidência da ferrugem asiática na soja.
Ela disse que o risco também é alto no caso dos agentes financeiros, porque a cada renegociação o valor da dívida sobe 25%. No caso do Banco do Brasil, o percentual dos produtores rurais na categoria de risco elevado subiu de 3% em 2004 para 14,5% neste ano.
Custeio
A senadora propôs que, em períodos de crise, os recursos que originalmente são destinados às linhas de investimento sejam realocados para o custeio. Ela lembrou que na safra atual o governo prevê a liberação de R$ 10 bilhões para investimentos mas que, com a crise, ninguém vai comprar máquinas e equipamentos. Até agora, segundo a senadora, foram liberados apenas R$ 2 bilhões desta linha de investimento. "É preciso manter essas linhas mas é mais importante ter dinheiro para custear as lavouras", afirmou a senadora. Como medida emergencial, Abreu pediu a liberação de R$ 1 bilhão para o término do plantio da safra de algodão.
Fonte: Fabíola Salvador, Agência Estado, com o Observatório
MTE resgata 284 trabalhadores em Pernambuco 21.11.08
21.11.08
Grupo trabalhava sem condições de saúde e segurança no corte de cana, no município de Palmares
Em ação fiscal coordenada pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho e Emprego, 284 pessoas foram resgatadas de situação degradante no exercício de atividades ligadas ao corte da cana-de-açúcar, no município de Palmares, a 120 km de Recife (PE).
A ação, que começou no dia 11 de novembro e tem expectativa de término para o dia 25 deste mês, foi motivada pela Superintendência Regional do Trabalho local e pelo Ministério Público da 6ª Região. Durante a blitz, os auditores averiguaram que dos trabalhadores encontrados, 229 eram empregados diretos (com carteira assinada), mas 55 deles não tinham registro. Apesar de alguns estarem regularizados, todos estavam mantidos em péssimas condições de higiene, alimentação, saúde e segurança.
De acordo com Jaqueline Carrijo, coordenadora do Grupo Especial de Fiscalização Móvel, eram inúmeras as infrações, sendo as principais: falta de água potável, fresca e em abundância, não fornecimento de alimentação e falta de locais para armazená-los, ausência de Equipamentos de Proteção Individual, de uniformes e de banheiros.
"O que acontece? Eles traziam a água e por volta de 10h ou 11h da manhã, ela acabava, mas a jornada seguia até 15h, 16h. Para matar a sede, os trabalhadores recorriam ao colega que ainda tivesse ou caminhavam até poços para tomar água do brejo, totalmente imprópria para consumo", relata Jaqueline.
A situação da comida não era diferente. A empresa não fornecia a marmita e, por isso, os empregados tinham de acordar às três da manhã para preparar suas refeições. Geralmente, levavam fubá ou uma mistura de arroz com macarrão. Por não haver local adequado para armazenar o alimento, deixavam ao sol, o que aumentava o risco da comida estragar mais rapidamente. "É uma alimentação rica em carboidratos, ou seja, deficiente em nutrientes necessários para repor as calorias que precisam para desempenhar a atividade. A comida era armazenada em vasilhames plásticos, sujos e inadequados", explica a auditora do MTE.
O empregador também não fornecia os EPIs necessários. Por não terem a touca árabe - que protege a nuca e a cabeça da exposição solar - a pele dos trabalhadores era bastante agredida e envelhecida. De acordo com a coordenadora, apresentavam cortes por conta das palhas da cana e por não se precaverem. "Eles trabalhavam com botinas rasgadas, chinelos ou até descalços."
Jaqueline conta que o que mais chamou a atenção da equipe foi a topografia da região, que por ser muito inclinada dificultava a realização dos trabalhos. "O relevo aqui é bastante inclinado e a cana é plantada nesse terreno. Sob sol forte, sem equipamentos e mal alimentados, aumenta-se o risco de escorregamento, de queda. Há técnicas para cortar cana-de-açúcar nesse tipo de terreno, mas nenhum deles havia tido treinamento, podendo cair e perfurar o pescoço", avisa.
"A situação no canavial realmente é crítica, freqüentemente os trabalhadores passam mal, sentem dor-de-cabeça, náuseas, sede, fome, fraqueza e câimbras. "Eles trabalham por produção, mas é muito difícil ganhar mais que um salário-mínimo. Não passam de três ou quatro toneladas por dia", destacou Jaqueline.
Isolados
Não havia rádios comunicadores, nem ambulância, em caso de necessidade de prestação de socorros. "Encontramos, no dia 12, dois trabalhadores doentes, um vomitando e outro muito fraco por ter cortado o pé, mas que, mesmo assim, continuava cortando cana descalço. Os transportes para deslocamento dos trabalhadores eram precários. Os motoristas não eram habilitados e não tinham autorização para trafegar.
Resultado
Foram feitas 11 interdições por haver risco de morte para os trabalhadores. No campo, o serviço de corte de cana e de transporte foi interrompido. Na indústria, interditados os equipamentos: três caldeiras que alimentam a usina, três vasos de pressão, conjunto de solda oxiacetileno e o painel elétrico. "Era muito ruído, poeira e calor nas usinas. Não do sol, mas das caldeiras mesmo".
Serão emitidos 284 seguros-desemprego e para os que estavam sem registro foram pedidos pagamentos retroativos desde a data de admissão da propriedade, em junho de 2005, com quitação do FGTS, Previdência Social e devidos encargos. As verbas rescisórias de Poço, onde estavam os 55 sem registro, foram de R$ 577.589,55. Já em Barra D'ouro R$ 288.409,71.
Grupo - A equipe foi formada por 11 auditores fiscais do trabalho, um médico, três engenheiros e demais equipes da legislação (formados em direito). Além de oito agentes da Polícia Federal e um procurador do Trabalho.
Fonte: Assessoria de imprensa do MTE
Grupo trabalhava sem condições de saúde e segurança no corte de cana, no município de Palmares
Em ação fiscal coordenada pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho e Emprego, 284 pessoas foram resgatadas de situação degradante no exercício de atividades ligadas ao corte da cana-de-açúcar, no município de Palmares, a 120 km de Recife (PE).
A ação, que começou no dia 11 de novembro e tem expectativa de término para o dia 25 deste mês, foi motivada pela Superintendência Regional do Trabalho local e pelo Ministério Público da 6ª Região. Durante a blitz, os auditores averiguaram que dos trabalhadores encontrados, 229 eram empregados diretos (com carteira assinada), mas 55 deles não tinham registro. Apesar de alguns estarem regularizados, todos estavam mantidos em péssimas condições de higiene, alimentação, saúde e segurança.
De acordo com Jaqueline Carrijo, coordenadora do Grupo Especial de Fiscalização Móvel, eram inúmeras as infrações, sendo as principais: falta de água potável, fresca e em abundância, não fornecimento de alimentação e falta de locais para armazená-los, ausência de Equipamentos de Proteção Individual, de uniformes e de banheiros.
"O que acontece? Eles traziam a água e por volta de 10h ou 11h da manhã, ela acabava, mas a jornada seguia até 15h, 16h. Para matar a sede, os trabalhadores recorriam ao colega que ainda tivesse ou caminhavam até poços para tomar água do brejo, totalmente imprópria para consumo", relata Jaqueline.
A situação da comida não era diferente. A empresa não fornecia a marmita e, por isso, os empregados tinham de acordar às três da manhã para preparar suas refeições. Geralmente, levavam fubá ou uma mistura de arroz com macarrão. Por não haver local adequado para armazenar o alimento, deixavam ao sol, o que aumentava o risco da comida estragar mais rapidamente. "É uma alimentação rica em carboidratos, ou seja, deficiente em nutrientes necessários para repor as calorias que precisam para desempenhar a atividade. A comida era armazenada em vasilhames plásticos, sujos e inadequados", explica a auditora do MTE.
O empregador também não fornecia os EPIs necessários. Por não terem a touca árabe - que protege a nuca e a cabeça da exposição solar - a pele dos trabalhadores era bastante agredida e envelhecida. De acordo com a coordenadora, apresentavam cortes por conta das palhas da cana e por não se precaverem. "Eles trabalhavam com botinas rasgadas, chinelos ou até descalços."
Jaqueline conta que o que mais chamou a atenção da equipe foi a topografia da região, que por ser muito inclinada dificultava a realização dos trabalhos. "O relevo aqui é bastante inclinado e a cana é plantada nesse terreno. Sob sol forte, sem equipamentos e mal alimentados, aumenta-se o risco de escorregamento, de queda. Há técnicas para cortar cana-de-açúcar nesse tipo de terreno, mas nenhum deles havia tido treinamento, podendo cair e perfurar o pescoço", avisa.
"A situação no canavial realmente é crítica, freqüentemente os trabalhadores passam mal, sentem dor-de-cabeça, náuseas, sede, fome, fraqueza e câimbras. "Eles trabalham por produção, mas é muito difícil ganhar mais que um salário-mínimo. Não passam de três ou quatro toneladas por dia", destacou Jaqueline.
Isolados
Não havia rádios comunicadores, nem ambulância, em caso de necessidade de prestação de socorros. "Encontramos, no dia 12, dois trabalhadores doentes, um vomitando e outro muito fraco por ter cortado o pé, mas que, mesmo assim, continuava cortando cana descalço. Os transportes para deslocamento dos trabalhadores eram precários. Os motoristas não eram habilitados e não tinham autorização para trafegar.
Resultado
Foram feitas 11 interdições por haver risco de morte para os trabalhadores. No campo, o serviço de corte de cana e de transporte foi interrompido. Na indústria, interditados os equipamentos: três caldeiras que alimentam a usina, três vasos de pressão, conjunto de solda oxiacetileno e o painel elétrico. "Era muito ruído, poeira e calor nas usinas. Não do sol, mas das caldeiras mesmo".
Serão emitidos 284 seguros-desemprego e para os que estavam sem registro foram pedidos pagamentos retroativos desde a data de admissão da propriedade, em junho de 2005, com quitação do FGTS, Previdência Social e devidos encargos. As verbas rescisórias de Poço, onde estavam os 55 sem registro, foram de R$ 577.589,55. Já em Barra D'ouro R$ 288.409,71.
Grupo - A equipe foi formada por 11 auditores fiscais do trabalho, um médico, três engenheiros e demais equipes da legislação (formados em direito). Além de oito agentes da Polícia Federal e um procurador do Trabalho.
Fonte: Assessoria de imprensa do MTE
Monsanto tem autorização automática para entrar com soja transgênica na UE 21.11.08
21.11.08
Os ministros de Agricultura da União Européia (UE) não chegaram a um acordo, na quarta-feira (19), para autorizar as importações de um tipo de soja geneticamente modificada, desenvolvida pela Monsanto, abrindo caminho para uma aprovação automática, informou uma autoridade do bloco econômico.
A soja transgênica, um produto de segunda geração conhecido comercialmente como Roundup RReady2Yield e pelo código MON 89788, é projetada - segundo a Monsanto - para resistir ao herbicida Roundup Ready (fabricado à base de glifosato) e para melhorar a produtividade.
O pedido da Monsanto para a aprovação da UE é para uso em alimentos e ração animal, e não para o cultivo nas terras européias.
Uma vez que os ministros falharam em encontrar um acordo, a solicitação agora retornará para a Comissão Européia, o braço executivo do bloco, e muito provavelmente receberá uma licença automática de 10 anos nas próximas semanas.
A legislação da UE permite a autorização automática de organismos transgênicos quando os ministros não conseguem chegar a um consenso após um certo tempo.
Desde 2004, a comissão aprovou assim uma série de produtos geneticamente modificados, a maioria milho, contrariando desta forma vários grupos ecológicos.
O requerimento de autorização da Monsanto foi parar na agenda dos ministros depois que uma reunião de especialistas da UE, em setembro, também terminou sem definição.
Na ocasião, 12 países votaram a favor da aprovação da soja transgênica, seis se opuseram à proposta e o restante se absteve da votação.
As indústrias de ração animal têm um grande interesse na autorização de mais importações da oleoginosa pelo bloco, pois dependem intensamente dos embarques de produtos de soja (grãos e farelo).
Os países da UE produzem uma quantidade mínima de soja em relação ao consumo geral do bloco, o que torna as importações essenciais.
Fonte: Invertia
Os ministros de Agricultura da União Européia (UE) não chegaram a um acordo, na quarta-feira (19), para autorizar as importações de um tipo de soja geneticamente modificada, desenvolvida pela Monsanto, abrindo caminho para uma aprovação automática, informou uma autoridade do bloco econômico.
A soja transgênica, um produto de segunda geração conhecido comercialmente como Roundup RReady2Yield e pelo código MON 89788, é projetada - segundo a Monsanto - para resistir ao herbicida Roundup Ready (fabricado à base de glifosato) e para melhorar a produtividade.
O pedido da Monsanto para a aprovação da UE é para uso em alimentos e ração animal, e não para o cultivo nas terras européias.
Uma vez que os ministros falharam em encontrar um acordo, a solicitação agora retornará para a Comissão Européia, o braço executivo do bloco, e muito provavelmente receberá uma licença automática de 10 anos nas próximas semanas.
A legislação da UE permite a autorização automática de organismos transgênicos quando os ministros não conseguem chegar a um consenso após um certo tempo.
Desde 2004, a comissão aprovou assim uma série de produtos geneticamente modificados, a maioria milho, contrariando desta forma vários grupos ecológicos.
O requerimento de autorização da Monsanto foi parar na agenda dos ministros depois que uma reunião de especialistas da UE, em setembro, também terminou sem definição.
Na ocasião, 12 países votaram a favor da aprovação da soja transgênica, seis se opuseram à proposta e o restante se absteve da votação.
As indústrias de ração animal têm um grande interesse na autorização de mais importações da oleoginosa pelo bloco, pois dependem intensamente dos embarques de produtos de soja (grãos e farelo).
Os países da UE produzem uma quantidade mínima de soja em relação ao consumo geral do bloco, o que torna as importações essenciais.
Fonte: Invertia
Índice de commodities está no menor patamar desde 2003 21.11.08
21.11.08
O Índice de Commodities Reuters/Jefferies CRB está hoje no seu menor patamar desde 2003. Em queda de 2,73%. ele chegou aos 233,99 pontos por volta das 13h40min de Brasília. Na quarta feira (19), ele fechou em 240,562 pontos. Do dia 2 de julho deste ano, quando atingiu seu recorde histórico, de 473,5 pontos, até o valor registrado hoje, a queda já é de 50,6%.
O índice Reuters/Jefferies CRB tem 19 commodites nele (Gás Natural, Algodão, Trigo, Soja, Milho, Cacau, Açúcar, Gasolina, Petróleo, Café, Óleo de Aquecimento, Porco, Boi, Ouro, Prata, Cobre, Alumínio, Níquel e Suco de Laranja). O que o pressiona para baixo, neste momento da crise, são os baixos valores do petróleo, dos metais e dos grãos, como milho, soja e trigo.
Com a recessão lá fora, os preços das commodities caem em todo o mundo. Notícia ruim para os países exportadores de matérias-primas.
Fonte: Blog da Miriam Leitão, O Globo
O Índice de Commodities Reuters/Jefferies CRB está hoje no seu menor patamar desde 2003. Em queda de 2,73%. ele chegou aos 233,99 pontos por volta das 13h40min de Brasília. Na quarta feira (19), ele fechou em 240,562 pontos. Do dia 2 de julho deste ano, quando atingiu seu recorde histórico, de 473,5 pontos, até o valor registrado hoje, a queda já é de 50,6%.
O índice Reuters/Jefferies CRB tem 19 commodites nele (Gás Natural, Algodão, Trigo, Soja, Milho, Cacau, Açúcar, Gasolina, Petróleo, Café, Óleo de Aquecimento, Porco, Boi, Ouro, Prata, Cobre, Alumínio, Níquel e Suco de Laranja). O que o pressiona para baixo, neste momento da crise, são os baixos valores do petróleo, dos metais e dos grãos, como milho, soja e trigo.
Com a recessão lá fora, os preços das commodities caem em todo o mundo. Notícia ruim para os países exportadores de matérias-primas.
Fonte: Blog da Miriam Leitão, O Globo
Cassel defende a produção de biocombustíveis 21.11.08
21.11.08
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, ressaltou, durante sua participação na Conferência Internacional sobre Biocombustíveis, ontem (20), patrocinada pelo governo brasileiro, a importância da discussão de dois temas: a produção de alimentos e a produção de biocombustível. "A busca de uma matriz energética não poluente nos leva à pergunta: quem pode produzir? E isso nos leva à superação da desigualdade e à inclusão social no meio rural brasileiro com a participação dos agricultores familiares nessa cadeia produtiva", destacou. O ministro defende, ainda, que é necessário "pensar na produção de alimentos e, ao mesmo tempo, na produção de uma nova matriz energética. Esses dois temas não podem ficar separados".
Crédito, assistência técnica, seguro e garantia de preço mínimo são alguns dos exemplos de políticas desenvolvidas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário(MDA) para incentivar a agricultura familiar. Atualmente, mais de 100 mil famílias de agricultores participam do programa brasileiro de biodiesel. Na safra 2008/2009, a expectativa é que 80 mil famílias participem da produção de oleaginosas em diversas regiões do País. E a tendência é que esse número cresca ainda mais. Até 2013, quando 5% de biodiesel terá quer ser adicionado ao diesel, o cenário brasileiro será de 200 mil famílias de agricultores familiares envolvidas, a cada ano, na produção de biodiesel.
Os participantes da Conferência foram unânimes no elogio à iniciativa brasileira de promover a discussão sobre o tema. Na opinião da delegação da Noruega, é muito importante trabalhar com o governo brasileiro na busca por soluções que promovam o desenvolvimento e protejam o meio ambiente. Já a representação dos Estados Unidos cumprimentou o governo do Brasil pela liderança nas pesquisas com biocombustível. Do grupo da República Dominicana veio o reconhecimento de que o Brasil está ensinando a eles como "ser bom, grande e desenvolvido". A Conferência Internacional termina hoje (21).
Fonte: MDA
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, ressaltou, durante sua participação na Conferência Internacional sobre Biocombustíveis, ontem (20), patrocinada pelo governo brasileiro, a importância da discussão de dois temas: a produção de alimentos e a produção de biocombustível. "A busca de uma matriz energética não poluente nos leva à pergunta: quem pode produzir? E isso nos leva à superação da desigualdade e à inclusão social no meio rural brasileiro com a participação dos agricultores familiares nessa cadeia produtiva", destacou. O ministro defende, ainda, que é necessário "pensar na produção de alimentos e, ao mesmo tempo, na produção de uma nova matriz energética. Esses dois temas não podem ficar separados".
Crédito, assistência técnica, seguro e garantia de preço mínimo são alguns dos exemplos de políticas desenvolvidas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário(MDA) para incentivar a agricultura familiar. Atualmente, mais de 100 mil famílias de agricultores participam do programa brasileiro de biodiesel. Na safra 2008/2009, a expectativa é que 80 mil famílias participem da produção de oleaginosas em diversas regiões do País. E a tendência é que esse número cresca ainda mais. Até 2013, quando 5% de biodiesel terá quer ser adicionado ao diesel, o cenário brasileiro será de 200 mil famílias de agricultores familiares envolvidas, a cada ano, na produção de biodiesel.
Os participantes da Conferência foram unânimes no elogio à iniciativa brasileira de promover a discussão sobre o tema. Na opinião da delegação da Noruega, é muito importante trabalhar com o governo brasileiro na busca por soluções que promovam o desenvolvimento e protejam o meio ambiente. Já a representação dos Estados Unidos cumprimentou o governo do Brasil pela liderança nas pesquisas com biocombustível. Do grupo da República Dominicana veio o reconhecimento de que o Brasil está ensinando a eles como "ser bom, grande e desenvolvido". A Conferência Internacional termina hoje (21).
Fonte: MDA
UE prepara-se para reduzir subsídios agrícolas 21.11.08
21.11.08
Bruxelas - Os 27 países europeus que compõem a União Européia (UE) concordaram hoje em reformar o programa do bloco para distribuição de 43 bilhões de euros em subsídios anuais para a agricultura, incluindo menos ajuda direta para produtores e menos restrições do governo sobre a produção de algumas culturas. As reformas dão continuidade a um processo iniciado em 2003 para diminuir a intervenção da UE nos mercados agrícolas, forçando os produtores do bloco a responderem de uma forma mais ágil às leis de oferta e demanda.
Como resultado, os subsídios do bloco para alguns produtos não estarão relacionados, a partir de 2010, à quantidade produzida. Esses produtos incluem, entre outros, trigo, carne bovina e arroz.
Os governos da UE concordaram em cortar os subsídios anuais diretos para os produtores em 10% em 2013. Com o dinheiro proveniente desse corte, os governos pretendem investir mais em desenvolvimento rural e agricultura sustentável. A redução terá início em 2010, em uma taxa de 7%. A Comissão Européia, braço executivo do bloco, havia proposto um corte mais ambicioso para 2013, de 13%.
A área mais controversa nas negociações foi o tópico de cotas da UE na produção de leite. Os governos concordaram em elevar as cotas em 1% a cada ano até que elas sejam eliminadas em 2014, mas com revisões da comissão em 2010 e 2012 para garantir que a política não resulte em queda dos preços ou em grandes prejuízos para os produtores.
Fonte: informações da Dow Jones., com Deise Vieira, Agência Estado
Bruxelas - Os 27 países europeus que compõem a União Européia (UE) concordaram hoje em reformar o programa do bloco para distribuição de 43 bilhões de euros em subsídios anuais para a agricultura, incluindo menos ajuda direta para produtores e menos restrições do governo sobre a produção de algumas culturas. As reformas dão continuidade a um processo iniciado em 2003 para diminuir a intervenção da UE nos mercados agrícolas, forçando os produtores do bloco a responderem de uma forma mais ágil às leis de oferta e demanda.
Como resultado, os subsídios do bloco para alguns produtos não estarão relacionados, a partir de 2010, à quantidade produzida. Esses produtos incluem, entre outros, trigo, carne bovina e arroz.
Os governos da UE concordaram em cortar os subsídios anuais diretos para os produtores em 10% em 2013. Com o dinheiro proveniente desse corte, os governos pretendem investir mais em desenvolvimento rural e agricultura sustentável. A redução terá início em 2010, em uma taxa de 7%. A Comissão Européia, braço executivo do bloco, havia proposto um corte mais ambicioso para 2013, de 13%.
A área mais controversa nas negociações foi o tópico de cotas da UE na produção de leite. Os governos concordaram em elevar as cotas em 1% a cada ano até que elas sejam eliminadas em 2014, mas com revisões da comissão em 2010 e 2012 para garantir que a política não resulte em queda dos preços ou em grandes prejuízos para os produtores.
Fonte: informações da Dow Jones., com Deise Vieira, Agência Estado
Agricultura dos EUA está preparada para enfrentar crise 21.11.08
21.11.08
O setor agrícola norte-americano está bem preparado para enfrentar a crise financeira global, com os produtores administrando bem suas dívidas e vendo uma demanda contínua e forte para sua produção, afirmou o secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Ed Schafer, ontem (20).
"A situação do crédito agrícola está em boa condição... o setor é provavelmente o que está em melhor posição para sobreviver a este complicado momento financeiro", disse Schafer à Reuters em uma entrevista.
... Schafer se disse preocupado com os isolacionistas no novo Congresso eleito, que poderiam pressionar por uma abordagem mais protecionista.
Mas a tarifa de importação dos EUA sobre o etanol, ..., deve continuar em vigência pelo menos até a sua data de vencimento, no final de 2010, disse Schafer.
....
Os Estados Unidos são o maior produtor mundial de etanol, seguidos pelo Brasil. Mas o etanol norte-americano é produzido em sua maioria tendo o milho como matéria-prima.
Fonte: Inaê Riveras e Peter Murphy, Reuters
Para ler o artigo completo em Reuters, clique aqui
O setor agrícola norte-americano está bem preparado para enfrentar a crise financeira global, com os produtores administrando bem suas dívidas e vendo uma demanda contínua e forte para sua produção, afirmou o secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Ed Schafer, ontem (20).
"A situação do crédito agrícola está em boa condição... o setor é provavelmente o que está em melhor posição para sobreviver a este complicado momento financeiro", disse Schafer à Reuters em uma entrevista.
... Schafer se disse preocupado com os isolacionistas no novo Congresso eleito, que poderiam pressionar por uma abordagem mais protecionista.
Mas a tarifa de importação dos EUA sobre o etanol, ..., deve continuar em vigência pelo menos até a sua data de vencimento, no final de 2010, disse Schafer.
....
Os Estados Unidos são o maior produtor mundial de etanol, seguidos pelo Brasil. Mas o etanol norte-americano é produzido em sua maioria tendo o milho como matéria-prima.
Fonte: Inaê Riveras e Peter Murphy, Reuters
Para ler o artigo completo em Reuters, clique aqui
Inversão na tendência do consumo de fertilizantes pode chegar a uma queda de 8% com relação a 2008 20.11.08
20.11.08
A estimativa do consumo de fertilizantes para este ano, já anteriormente derrubada para volume igual ao de 2007 (25 milhões de toneladas), caiu ainda mais. O crescimento de 4%, previsto anteriormente, deu lugar à uma queda de 8%, o que deve deixar o consumo anual de fertilizantes estacionado em cerca de 23 milhões de toneladas. "Não vamos chegar nem a 24 milhões de toneladas", admite Eduardo Daher, diretor- executivo da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda).
No acumulado do ano, até outubro - mês em que historicamente se registra o maior consumo - a queda já ultrapassou 2% em relação a igual período de 2007. Até setembro, o consumo estava em alta de 4,09%. Foi também em setembro que a Anda registrou retração de 25,3% nas vendas em comparação ao mesmo mês do ano anterior. Foram comercializadas apenas 2,2 milhões de toneladas. Número que deve se repetir em outubro, registrando uma queda de 30% em relação as 3,15 milhões de toneladas consumidas em outubro de 2007, ano em que o setor experimentou seu melhor momento.
Essa forte queda do uso de fertilizantes, já confirmada por balanços do setor ainda não divulgados oficialmente, mostram os volumes existentes nos estoques das empresas. Especialistas falam em 6 milhões de toneladas estocadas, montante que para a consultora Elizabeth Chagas já atenderá o mercado até meados de 2009.
E com estoques abarrotados e demanda em baixa, os preços de quase todos fertilizantes e matérias-primas utilizadas no processamento já recuaram. A tonelada do enxofre, produto que o país depende em quase 100% de importações, é negociada a US$ 100 dólares no mercado interno, produto que foi importado a US$ 840. Os fosfatados, que em julho foram negociados a US$ 1.200 a tonelada, podem ser agora adquiridos por menos de US$ 800. "A queda só não é mais sensível porque os produtos estão cotados em dólar, e a moeda americana se recuperou por aqui", calcula Daher. "O mercado não caminhou como o setor esperava. Neste momento está parado. As empresas fizeram as compras necessárias e agora não conseguem escoar. Os volumes estão estacionados. Embora tenham entrado menos importações, os navios que estavam sobre água atracaram e aumentaram ainda mais os estoques".
Ainda segundo Daher, o que é mais preocupante é a ausência de qualquer "movimento em relação ao próximo ano". E a balança comercial do setor, pressionada sobremaneira pelas importações de 72% dos fertilizantes consumidos pelo agricultura brasileira, tende a uma posição mais equilibrada. As compras do mercado externo, assim como os volumes nos estoques, estão estacionadas.
Essa situação é coerente com o momento delicado pelo qual passa o agronegócio brasileiro. A grande restrição de crédito, causada pela crise financeira mundial e sentida pelos produtores, vai reduzir o uso de insumos na safra 2008/09 e, consequentemente, a produtividade cairá. Algumas empresas já sentem os impactos dessa queda da demanda por insumos. A Fertilizantes Heringer, que importa 100% dos nutrientes utilizados nas misturas que oferece ao mercado interno, registrou no terceiro trimestre deste ano resultado líquido negativo em R$ 72,3 milhões, perda concentrada nos estoques recheados com matéria-prima que não alcançaram o consumidor final, descapitalizado. Nos nove meses acumulados, a receita líquida manteve-se positiva em R$ 24,7 milhões.
Fonte: Gilmara Botelho, Gazeta Mercantil
A estimativa do consumo de fertilizantes para este ano, já anteriormente derrubada para volume igual ao de 2007 (25 milhões de toneladas), caiu ainda mais. O crescimento de 4%, previsto anteriormente, deu lugar à uma queda de 8%, o que deve deixar o consumo anual de fertilizantes estacionado em cerca de 23 milhões de toneladas. "Não vamos chegar nem a 24 milhões de toneladas", admite Eduardo Daher, diretor- executivo da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda).
No acumulado do ano, até outubro - mês em que historicamente se registra o maior consumo - a queda já ultrapassou 2% em relação a igual período de 2007. Até setembro, o consumo estava em alta de 4,09%. Foi também em setembro que a Anda registrou retração de 25,3% nas vendas em comparação ao mesmo mês do ano anterior. Foram comercializadas apenas 2,2 milhões de toneladas. Número que deve se repetir em outubro, registrando uma queda de 30% em relação as 3,15 milhões de toneladas consumidas em outubro de 2007, ano em que o setor experimentou seu melhor momento.
Essa forte queda do uso de fertilizantes, já confirmada por balanços do setor ainda não divulgados oficialmente, mostram os volumes existentes nos estoques das empresas. Especialistas falam em 6 milhões de toneladas estocadas, montante que para a consultora Elizabeth Chagas já atenderá o mercado até meados de 2009.
E com estoques abarrotados e demanda em baixa, os preços de quase todos fertilizantes e matérias-primas utilizadas no processamento já recuaram. A tonelada do enxofre, produto que o país depende em quase 100% de importações, é negociada a US$ 100 dólares no mercado interno, produto que foi importado a US$ 840. Os fosfatados, que em julho foram negociados a US$ 1.200 a tonelada, podem ser agora adquiridos por menos de US$ 800. "A queda só não é mais sensível porque os produtos estão cotados em dólar, e a moeda americana se recuperou por aqui", calcula Daher. "O mercado não caminhou como o setor esperava. Neste momento está parado. As empresas fizeram as compras necessárias e agora não conseguem escoar. Os volumes estão estacionados. Embora tenham entrado menos importações, os navios que estavam sobre água atracaram e aumentaram ainda mais os estoques".
Ainda segundo Daher, o que é mais preocupante é a ausência de qualquer "movimento em relação ao próximo ano". E a balança comercial do setor, pressionada sobremaneira pelas importações de 72% dos fertilizantes consumidos pelo agricultura brasileira, tende a uma posição mais equilibrada. As compras do mercado externo, assim como os volumes nos estoques, estão estacionadas.
Essa situação é coerente com o momento delicado pelo qual passa o agronegócio brasileiro. A grande restrição de crédito, causada pela crise financeira mundial e sentida pelos produtores, vai reduzir o uso de insumos na safra 2008/09 e, consequentemente, a produtividade cairá. Algumas empresas já sentem os impactos dessa queda da demanda por insumos. A Fertilizantes Heringer, que importa 100% dos nutrientes utilizados nas misturas que oferece ao mercado interno, registrou no terceiro trimestre deste ano resultado líquido negativo em R$ 72,3 milhões, perda concentrada nos estoques recheados com matéria-prima que não alcançaram o consumidor final, descapitalizado. Nos nove meses acumulados, a receita líquida manteve-se positiva em R$ 24,7 milhões.
Fonte: Gilmara Botelho, Gazeta Mercantil
Movimentos sociais condenam produção de biocombustíveis 20.11.08
20.11.08
Veja mais abaixo:
Há muito mito sobre a cana-de-açúcar, diz presidente da Unica
Cerca de 60 organizações-não governamentais (ONGs) e outras entidades dos movimentos sociais que participam da Conferência Internacional sobre Biocombustíveis, em São Paulo, entregaram ontem (19) a representantes do governo federal um documento no qual afirmam discordar do atual modelo e das estratégias para promoção de biocombustíveis e pedem a implantação da sobernania nacional energética e alimentar.
O documento também é assinado por representantes de ONGs da Argentina, Colômbia, Costa Rica, Bolívia, El Salvador, México, Equador, Paraguai, Tailândia, Holanda, Suécia, Alemanha e Estados Unidos, que participam de evento paralelo à conferência.
"Não aceitamos a idéia de que é possível haver sustentabilidade com os biocombustíveis, porque a cana invade as áreas das florestas e bosques e é responsável pelo trabalho escravo", explica Gilmar Pastorio, coordenador de Política Agrária da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Brasil (Fetraf). Segundo ele, os biocombustíveis são responsáveis por substituir a matriz de alimentos para gerar energia. "Deixarmos de produzir carne e feijão para fazer o etanol é um absurdo."
Para Pastorio, o zoneamento proposto pelo governo federal não será capaz de equilibrar a produção no país. "Esse zoneamento é uma piada porque o governo não poderá delimitar as áreas que podem e não podem ser da cana."
Uma das soluções apontadas pelos movimentos é repensar as novas formas de consumo e produção de energia. De acordo com Pastorio, a produção do etanol polui tanto quanto a extração de petróleo. "O biocombustível não vai salvar o planeta. Temos que reduzir o excesso de produção e de desperdício da energia para produzir melhorias climáticas", afirma.
De acordo com Alexandre Calderón, representante da Rede Mexicana de Accón Frente Al Libre Comércio (RMALC), as soluções para preservar o planeta que não sejam baseadas na produção dos biocombustíveis são simples: diversificar as matrizes energéticas e investir em energia eólica e solar. "Reduzir o transporte individual e diminuir distâncias dos centros produtores para os consumidores já é um passo."
O coordenador da Fetraf pontua que a agricultura familiar deve ser fortalecida e não sobreposta à produção de biocombustíveis. "É preciso ter a soberania alimentar neste país. Os biocombustíveis são responsáveis pela alta dos preços dos alimentos."
O secretário-executivo da Secretaria Geral da Presidência da República, Antonio Roberto Lambertucci, recebeu o documento e prometeu encaminhar as reivindicações aos ministérios da Agricultura, do Trabalho e outros interessados. "O diálogo com os movimentos sociais é uma das prioridades do governo", ressalta.
Fonte: Ivy Farias, repórter da Agência Brasil
Há muito mito sobre a cana-de-açúcar, diz presidente da Unica
Por estar sob os holofotes graças ao seu desempenho excepcional no mercado internacional, a cana-de-açúcar tem sido associada a inverdades, segundo o presidente da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica), Marcos Jank. Ele participou ontem (19) de um painel na Conferência Internacional sobre Biocombustíveis, em São Paulo.
"Há muito mito no Brasil sobre o nosso produto", afirmou Jank. Segundo ele, o cultivo de cana-de-açúcar não é responsável pela derrubada de florestas. "A cana é um produto perecível e que só pode ser transportada em uma distância de até 40 quilômetros. Não faz sentido dizer que estamos derrubando a floresta", ressaltou.
Segundo Jank, o setor é favorável à criação de um zoneamento do governo federal "exatamente para não acusarem a cana de desmatar florestas". "Um ambientalista disse que era a favor da plantação de cana em áreas já desmatadas. Somos contra para não dizerem que derrubamos a Amazônia ou avançamos sobre o Pantanal ou que somos responsáveis pela alta dos preços dos alimentos".
De acordo com o presidente da Unica, o progresso da indústria açúcareira e de etanol afeta outros setores da economia, como a automobilística e a petrolífera e por isso há tanta expeculação sobre o produto. Segundo Jank, outro mito que envolve o setor é o de trabalho escravo. "Temos problemas sim, mas o trabalho em condições análogas ao de escravo é uma exceção, não uma regra. Quando se divulga isso até parece que no Brasil acorrentamos pessoas. O que temos aqui são as condições degradantes de trabalho", afirmou.
Jank ressaltou que os salários dos trabalhadores do cultivo da cana está aumentando gradativamente se comparado com outras culturas e que a indústria presente em cerca de 20 estados da federação tem poucos casos autuados e nenhum transitado em julgado [com sentença definitiva]. "Queremos o reconhecer as melhores práticas e qualificar os empregados para nossa própria indústria para mostrar que estas denúncias são casos isolados".
O presidente da Unica acredita que uma forma de acabar com os mitos é investir em comunicação sobre o setor. "E temos que ter também diálogo para banir as inverdades", completou. Para ele, outra maneira de acabar com as inverdades sobre a cana é discutir novos critérios para sua produção e comercialização. "É preciso ter equilíbrio baseado em conhecimento real e estatistícas sobre estes critérios", disse.
Segundo Jank, as empresas do hemisfério sul também devem participar das conversas sobre a sustentabilidade. "Hoje há condições diferentes para quem produz etanol ou açúcar, mas a cana é a mesma para todos os produtos. É preciso pensar em critérios para a cana pensando nos impactos econômicos, sociais e ambientais, que são os três pilares da sustentabilidade", completou.
Clique aqui para ler "Cientista político diz que continua existir trabalho escravo nas usinas de produção de etanol"
Fonte: Ivy Farias, repórter da Agência Brasil
Veja mais abaixo:
Há muito mito sobre a cana-de-açúcar, diz presidente da Unica
Cerca de 60 organizações-não governamentais (ONGs) e outras entidades dos movimentos sociais que participam da Conferência Internacional sobre Biocombustíveis, em São Paulo, entregaram ontem (19) a representantes do governo federal um documento no qual afirmam discordar do atual modelo e das estratégias para promoção de biocombustíveis e pedem a implantação da sobernania nacional energética e alimentar.
O documento também é assinado por representantes de ONGs da Argentina, Colômbia, Costa Rica, Bolívia, El Salvador, México, Equador, Paraguai, Tailândia, Holanda, Suécia, Alemanha e Estados Unidos, que participam de evento paralelo à conferência.
"Não aceitamos a idéia de que é possível haver sustentabilidade com os biocombustíveis, porque a cana invade as áreas das florestas e bosques e é responsável pelo trabalho escravo", explica Gilmar Pastorio, coordenador de Política Agrária da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Brasil (Fetraf). Segundo ele, os biocombustíveis são responsáveis por substituir a matriz de alimentos para gerar energia. "Deixarmos de produzir carne e feijão para fazer o etanol é um absurdo."
Para Pastorio, o zoneamento proposto pelo governo federal não será capaz de equilibrar a produção no país. "Esse zoneamento é uma piada porque o governo não poderá delimitar as áreas que podem e não podem ser da cana."
Uma das soluções apontadas pelos movimentos é repensar as novas formas de consumo e produção de energia. De acordo com Pastorio, a produção do etanol polui tanto quanto a extração de petróleo. "O biocombustível não vai salvar o planeta. Temos que reduzir o excesso de produção e de desperdício da energia para produzir melhorias climáticas", afirma.
De acordo com Alexandre Calderón, representante da Rede Mexicana de Accón Frente Al Libre Comércio (RMALC), as soluções para preservar o planeta que não sejam baseadas na produção dos biocombustíveis são simples: diversificar as matrizes energéticas e investir em energia eólica e solar. "Reduzir o transporte individual e diminuir distâncias dos centros produtores para os consumidores já é um passo."
O coordenador da Fetraf pontua que a agricultura familiar deve ser fortalecida e não sobreposta à produção de biocombustíveis. "É preciso ter a soberania alimentar neste país. Os biocombustíveis são responsáveis pela alta dos preços dos alimentos."
O secretário-executivo da Secretaria Geral da Presidência da República, Antonio Roberto Lambertucci, recebeu o documento e prometeu encaminhar as reivindicações aos ministérios da Agricultura, do Trabalho e outros interessados. "O diálogo com os movimentos sociais é uma das prioridades do governo", ressalta.
Fonte: Ivy Farias, repórter da Agência Brasil
Há muito mito sobre a cana-de-açúcar, diz presidente da Unica
Por estar sob os holofotes graças ao seu desempenho excepcional no mercado internacional, a cana-de-açúcar tem sido associada a inverdades, segundo o presidente da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica), Marcos Jank. Ele participou ontem (19) de um painel na Conferência Internacional sobre Biocombustíveis, em São Paulo.
"Há muito mito no Brasil sobre o nosso produto", afirmou Jank. Segundo ele, o cultivo de cana-de-açúcar não é responsável pela derrubada de florestas. "A cana é um produto perecível e que só pode ser transportada em uma distância de até 40 quilômetros. Não faz sentido dizer que estamos derrubando a floresta", ressaltou.
Segundo Jank, o setor é favorável à criação de um zoneamento do governo federal "exatamente para não acusarem a cana de desmatar florestas". "Um ambientalista disse que era a favor da plantação de cana em áreas já desmatadas. Somos contra para não dizerem que derrubamos a Amazônia ou avançamos sobre o Pantanal ou que somos responsáveis pela alta dos preços dos alimentos".
De acordo com o presidente da Unica, o progresso da indústria açúcareira e de etanol afeta outros setores da economia, como a automobilística e a petrolífera e por isso há tanta expeculação sobre o produto. Segundo Jank, outro mito que envolve o setor é o de trabalho escravo. "Temos problemas sim, mas o trabalho em condições análogas ao de escravo é uma exceção, não uma regra. Quando se divulga isso até parece que no Brasil acorrentamos pessoas. O que temos aqui são as condições degradantes de trabalho", afirmou.
Jank ressaltou que os salários dos trabalhadores do cultivo da cana está aumentando gradativamente se comparado com outras culturas e que a indústria presente em cerca de 20 estados da federação tem poucos casos autuados e nenhum transitado em julgado [com sentença definitiva]. "Queremos o reconhecer as melhores práticas e qualificar os empregados para nossa própria indústria para mostrar que estas denúncias são casos isolados".
O presidente da Unica acredita que uma forma de acabar com os mitos é investir em comunicação sobre o setor. "E temos que ter também diálogo para banir as inverdades", completou. Para ele, outra maneira de acabar com as inverdades sobre a cana é discutir novos critérios para sua produção e comercialização. "É preciso ter equilíbrio baseado em conhecimento real e estatistícas sobre estes critérios", disse.
Segundo Jank, as empresas do hemisfério sul também devem participar das conversas sobre a sustentabilidade. "Hoje há condições diferentes para quem produz etanol ou açúcar, mas a cana é a mesma para todos os produtos. É preciso pensar em critérios para a cana pensando nos impactos econômicos, sociais e ambientais, que são os três pilares da sustentabilidade", completou.
Clique aqui para ler "Cientista político diz que continua existir trabalho escravo nas usinas de produção de etanol"
Fonte: Ivy Farias, repórter da Agência Brasil
Dívidas rurais oneram o Tesouro Nacional em R$ 3,5 a R$ 4 bi por ano 20.11.08
20.11.08
O modelo de financiamento ao setor agropecuário brasileiro tem se mostrado insuficiente. A avaliação é do vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, Luís Guedes Pinto, que propõe o fim das renegociações e prorrogações de dívidas pelo governo.
Guedes Pinto informou que atualmente o setor conta com três fontes de financiamento: o sistema financeiro, sendo o Banco do Brasil o maior financiador (62,7%); recursos dos próprios produtores e das traders; e empresas comercializadoras de produtos agrícolas. No caso do sistema financeiro, ele lembra que os juros “são controlados” e estão em 6,75% ao ano. Segundo ele, essa fonte supre um terço das necessidades do setor. E as traders cobram cerca de 30% de juros ao ano.
O diretor do BB enfatiza que o financiamento ao setor é de alto risco por conta da sua “própria natureza”, que tem muita variação de preços. “Por isso, esse tipo de financiamento não é muito atraente”, afirmou Guedes Pinto. Ele enfatizou que o Banco do Brasil atua nesse segmento por se tratar de uma instituição pública.
Pela proposta de Guedes Pinto, que já foi ministro da Agricultura, deveria ser ampliado o uso do seguro rural. Atualmente, o governo federal paga 50% do seguro para os produtores. Em São Paulo, o governo paga mais 25%. Outra medida necessária, na opinião do vice-presidente de Agronegócios do BB, é estabelecer um seguro de renda, com subsídio do governo. Seria uma proteção para o futuro (hedge), com garantia de preço.
Quando o governo faz a prorrogação e equalização de dívidas, isso onera o Tesouro Nacional em R$ 3,5 bilhões a R$ 4 bilhões por ano. A estimativa é que, pela metade desse valor, R$ 2 bilhões, se poderia fazer um amplo programa”, disse Guedes Pinto.
Ele informou que, na próxima semana será criado um grupo de trabalho com representantes do setor produtivo, do governo e da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) para debater a proposta. A expectativa é que março ou abril a proposta esteja totalmente definida.
Fonte: Kelly Oliveira, repórter da Agência Brasil
O modelo de financiamento ao setor agropecuário brasileiro tem se mostrado insuficiente. A avaliação é do vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, Luís Guedes Pinto, que propõe o fim das renegociações e prorrogações de dívidas pelo governo.
Guedes Pinto informou que atualmente o setor conta com três fontes de financiamento: o sistema financeiro, sendo o Banco do Brasil o maior financiador (62,7%); recursos dos próprios produtores e das traders; e empresas comercializadoras de produtos agrícolas. No caso do sistema financeiro, ele lembra que os juros “são controlados” e estão em 6,75% ao ano. Segundo ele, essa fonte supre um terço das necessidades do setor. E as traders cobram cerca de 30% de juros ao ano.
O diretor do BB enfatiza que o financiamento ao setor é de alto risco por conta da sua “própria natureza”, que tem muita variação de preços. “Por isso, esse tipo de financiamento não é muito atraente”, afirmou Guedes Pinto. Ele enfatizou que o Banco do Brasil atua nesse segmento por se tratar de uma instituição pública.
Pela proposta de Guedes Pinto, que já foi ministro da Agricultura, deveria ser ampliado o uso do seguro rural. Atualmente, o governo federal paga 50% do seguro para os produtores. Em São Paulo, o governo paga mais 25%. Outra medida necessária, na opinião do vice-presidente de Agronegócios do BB, é estabelecer um seguro de renda, com subsídio do governo. Seria uma proteção para o futuro (hedge), com garantia de preço.
Quando o governo faz a prorrogação e equalização de dívidas, isso onera o Tesouro Nacional em R$ 3,5 bilhões a R$ 4 bilhões por ano. A estimativa é que, pela metade desse valor, R$ 2 bilhões, se poderia fazer um amplo programa”, disse Guedes Pinto.
Ele informou que, na próxima semana será criado um grupo de trabalho com representantes do setor produtivo, do governo e da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) para debater a proposta. A expectativa é que março ou abril a proposta esteja totalmente definida.
Fonte: Kelly Oliveira, repórter da Agência Brasil
CTNBio libera mais três variedades de sementes transgênicas 20.11.08
20.11.08
A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou na terça feira (18) a liberação comercial de mais quatro variedades de organismos geneticamente modificados (OGMs). São duas variedades de milho, uma de algodão, e uma vacina animal contra a circovirose suína. "Esses processos estavam sendo analisados há muito tempo, e como já estavam concluídos, decidi colocar em votação. A aprovação dá seqüência aos trabalhos da CTNBio", disse o presidente da Comissão, Walter Colli.
Com aval da CTNBio, o próximo passo é a liberação do produto pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A primeira liberação comercial aprovada na sessão de ontem foi para uma variedade de milho da Monsanto (Milho Roundup Ready2) tolerante a glifosato, que recebeu 16 votos favoráveis, três contra e uma abstenção. Na seqüência foi aprovado o pedido para liberação de uma semente de algodão, também da Monsanto (Algodão Roundup Ready, evento 1445), também tolerante a glifosato, que obteve 16 votos a favor, um contra e três abstenções.
A outra espécie de milho, de propriedade da Syngenta (GA21), também tolerante ao glifosato, foi aprovado com 16 votos favoráveis e quatro contra. Os membros da CTNBio aprovaram ainda, com 20 votos a favor, a comercialização de mais uma vacina, da Intervet do Brasil Veterinária, contra a circovirose suína.
Ainda pela manhã, foram aprovados sete pedidos de liberação planejada no meio ambiente (pesquisa). A Comissão acatou também diversas medidas, como a alteração em Comissão Interna de Biossegurança (CIBio) e em Certificado de Qualidade em Biossegurança (CQB).
Fonte: CTNBio (http://agenciact.mct.gov.br/index.php/content/view/49219.html)
A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou na terça feira (18) a liberação comercial de mais quatro variedades de organismos geneticamente modificados (OGMs). São duas variedades de milho, uma de algodão, e uma vacina animal contra a circovirose suína. "Esses processos estavam sendo analisados há muito tempo, e como já estavam concluídos, decidi colocar em votação. A aprovação dá seqüência aos trabalhos da CTNBio", disse o presidente da Comissão, Walter Colli.
Com aval da CTNBio, o próximo passo é a liberação do produto pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A primeira liberação comercial aprovada na sessão de ontem foi para uma variedade de milho da Monsanto (Milho Roundup Ready2) tolerante a glifosato, que recebeu 16 votos favoráveis, três contra e uma abstenção. Na seqüência foi aprovado o pedido para liberação de uma semente de algodão, também da Monsanto (Algodão Roundup Ready, evento 1445), também tolerante a glifosato, que obteve 16 votos a favor, um contra e três abstenções.
A outra espécie de milho, de propriedade da Syngenta (GA21), também tolerante ao glifosato, foi aprovado com 16 votos favoráveis e quatro contra. Os membros da CTNBio aprovaram ainda, com 20 votos a favor, a comercialização de mais uma vacina, da Intervet do Brasil Veterinária, contra a circovirose suína.
Ainda pela manhã, foram aprovados sete pedidos de liberação planejada no meio ambiente (pesquisa). A Comissão acatou também diversas medidas, como a alteração em Comissão Interna de Biossegurança (CIBio) e em Certificado de Qualidade em Biossegurança (CQB).
Fonte: CTNBio (http://agenciact.mct.gov.br/index.php/content/view/49219.html)
Mapa autua dez produtores do PR por uso de agrotóxico ilegal 20.11.08
20.11.08
Em quatro dias da operação integrada de fiscalização de agrotóxicos ilegais em municípios do Paraná, fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Secretaria de Agricultura do Paraná e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) autuaram 10 produtores por uso de produtos ilegais. As autuações serão encaminhadas para o Ministério Público Estadual e os responsáveis poderão responder por crime ambiental. A pena prevista para esse tipo de crime é de um a quatro anos de prisão.
Entre 10 e 13 de novembro, os fiscais visitaram 156 propriedades rurais em 29 municípios das regiões oeste e sudoeste do Paraná. O total de multas aplicadas chegou a R$ 44,7 mil. Durante o ano de 2006, foram fiscalizadas 207 propriedades rurais e 32 agricultores autuados. No ano passado, foram aplicadas nove autuações em 117 propriedades fiscalizadas.
A operação de fiscalização também contou com o apoio da Polícia Militar do Paraná. Foram apreendidas grandes quantidades de agrotóxico, falsificado ou contrabandeado, e vários suspeitos de contrabando dos produtos foram presos. Os agrotóxicos ilegais não possuem registro no Mapa e o seu uso é proibido por não ter eficácia comprovada. Além disso, podem ser nocivos à saúde humana e ao meio ambiente, e não foram avaliados pelos órgãos competentes.
Dessa forma, o combate aos agrotóxicos ilegais contribui para a segurança alimentar. A produção com boas práticas agrícolas e o emprego de insumos registrados pelo Mapa são imprescindíveis para a produção de alimentos seguros que abastecem os mercados interno e externo.
Conscientização - Além da ação, os fiscais do Mapa, Ibama e da Secretaria de Agricultura do Paraná estão orientando os agricultores para não usar produtos ilegais. Ao comprar agrotóxicos contrabandeados por serem mais baratos, o produtor tem prejuízo, está sujeito a multas; o produto não oferece as garantias de eficácia e compromete a produtividade da lavoura.
Fonte: Assessoria de imprensa do Mapa
Em quatro dias da operação integrada de fiscalização de agrotóxicos ilegais em municípios do Paraná, fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Secretaria de Agricultura do Paraná e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) autuaram 10 produtores por uso de produtos ilegais. As autuações serão encaminhadas para o Ministério Público Estadual e os responsáveis poderão responder por crime ambiental. A pena prevista para esse tipo de crime é de um a quatro anos de prisão.
Entre 10 e 13 de novembro, os fiscais visitaram 156 propriedades rurais em 29 municípios das regiões oeste e sudoeste do Paraná. O total de multas aplicadas chegou a R$ 44,7 mil. Durante o ano de 2006, foram fiscalizadas 207 propriedades rurais e 32 agricultores autuados. No ano passado, foram aplicadas nove autuações em 117 propriedades fiscalizadas.
A operação de fiscalização também contou com o apoio da Polícia Militar do Paraná. Foram apreendidas grandes quantidades de agrotóxico, falsificado ou contrabandeado, e vários suspeitos de contrabando dos produtos foram presos. Os agrotóxicos ilegais não possuem registro no Mapa e o seu uso é proibido por não ter eficácia comprovada. Além disso, podem ser nocivos à saúde humana e ao meio ambiente, e não foram avaliados pelos órgãos competentes.
Dessa forma, o combate aos agrotóxicos ilegais contribui para a segurança alimentar. A produção com boas práticas agrícolas e o emprego de insumos registrados pelo Mapa são imprescindíveis para a produção de alimentos seguros que abastecem os mercados interno e externo.
Conscientização - Além da ação, os fiscais do Mapa, Ibama e da Secretaria de Agricultura do Paraná estão orientando os agricultores para não usar produtos ilegais. Ao comprar agrotóxicos contrabandeados por serem mais baratos, o produtor tem prejuízo, está sujeito a multas; o produto não oferece as garantias de eficácia e compromete a produtividade da lavoura.
Fonte: Assessoria de imprensa do Mapa
Imaflora lança livro que propõe agenda positiva para agronegócios no Brasil 20.11.08
20.11.08
O livro “Certificação Socioambiental para a agricultura: o desafio para o setor sucroalcooleiro”, editado pelo Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola) em parceria com a Universidade Federal de São Carlos, já disponível em versão eletrônica no site www.imaflora.org, e impresso a partir do dia 24 de novembro.
A publicação, lançada na mesma semana em que o Ministério das Relações Exteriores realizou a Conferência Internacional dos Biocombustíveis, pretende contribuir com subsídios para o debate público a respeito do setor sucroalcooleiro, contemplando a complexidade das questões que envolvem o tema, entre elas: a produção e expansão da cana, do açúcar e do álcool; o comércio internacional; as relações de trabalho; as mudanças climáticas, os biocombustíveis e a produção de alimentos e energia.
Agenda positiva - “As questões fazem parte da agenda geral do agronegócio no Brasil. E com essa publicação, pretendemos influenciar a formulação de políticas públicas para o setor. Esperamos que ela seja a base para uma agenda positiva e de transformação para o agronegócio do país”, afirma Luis Fernando Guedes Pinto, secretário-executivo do Imaflora e organizador do livro.
“Enquanto os outros países estão começando nesse setor, o Brasil já possui amplo conhecimento. Não apenas no que se refere à tecnologia, mas também em práticas socioambientais que podemos difundir”, assinala Francisco Alves, professor do Departamento de Engenharia de Produção da Universidade Federal de São Carlos.
O livro “Certificação Socioambiental para a agricultura: o desafio para o setor sucroalcooleiro”, editado pelo Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola) em parceria com a Universidade Federal de São Carlos, já disponível em versão eletrônica no site www.imaflora.org, e impresso a partir do dia 24 de novembro.
A publicação, lançada na mesma semana em que o Ministério das Relações Exteriores realizou a Conferência Internacional dos Biocombustíveis, pretende contribuir com subsídios para o debate público a respeito do setor sucroalcooleiro, contemplando a complexidade das questões que envolvem o tema, entre elas: a produção e expansão da cana, do açúcar e do álcool; o comércio internacional; as relações de trabalho; as mudanças climáticas, os biocombustíveis e a produção de alimentos e energia.
Agenda positiva - “As questões fazem parte da agenda geral do agronegócio no Brasil. E com essa publicação, pretendemos influenciar a formulação de políticas públicas para o setor. Esperamos que ela seja a base para uma agenda positiva e de transformação para o agronegócio do país”, afirma Luis Fernando Guedes Pinto, secretário-executivo do Imaflora e organizador do livro.
“Enquanto os outros países estão começando nesse setor, o Brasil já possui amplo conhecimento. Não apenas no que se refere à tecnologia, mas também em práticas socioambientais que podemos difundir”, assinala Francisco Alves, professor do Departamento de Engenharia de Produção da Universidade Federal de São Carlos.
CNA: bancos tendem a não arcar com risco da nova linha de crédito do CMN 20.11.08
20.11.08
O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou, na terça-feira (18/11), a Resolução 3.637, criando uma linha de crédito destinada à quitação de até 40% das parcelas de investimento com vencimento em 2008, contratadas no âmbito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), inclusive o Finame Agrícola no Centro-Oeste.
Na avaliação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a medida é inócua, pois trata-se de uma parcela que já vem sendo renegociada há três anos e possui risco agravado. Para a assessora técnica Rosemeire dos Santos, “é provável que as instituições financeiras não venham a operacionalizar tal linha de crédito, visto que terão de arcar com esse risco”.
O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou, na terça-feira (18/11), a Resolução 3.637, criando uma linha de crédito destinada à quitação de até 40% das parcelas de investimento com vencimento em 2008, contratadas no âmbito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), inclusive o Finame Agrícola no Centro-Oeste.
Na avaliação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a medida é inócua, pois trata-se de uma parcela que já vem sendo renegociada há três anos e possui risco agravado. Para a assessora técnica Rosemeire dos Santos, “é provável que as instituições financeiras não venham a operacionalizar tal linha de crédito, visto que terão de arcar com esse risco”.
Cientista político diz que continua existir trabalho escravo nas usinas de produção de etanol 19.11.08
19.11.08
O cientista político e coordenador da organização não-governamental (ONG) Repórter Brasil, Leonardo Sakamoto, disse ontem (18) que, ao contrário do que o governo diz, há trabalho escravo nas usinas de produção de etanol. Segundo Sakamoto, de janeiro até agora, foram libertados mais de 1.800 trabalhadores de fazendas de cana-de-açúcar.
“No ano passado, esse número chegou a mais de 3 mil. Em 2006, foram 300 e, no ano anterior, 1.500. O trabalho escravo não é resquício do passado. Ele existe para reduzir ou zerar o custo da produção, tornar o empreendimento competitivo. Ou seja, o dono da usina explora os trabalhadores durante anos e guarda capital para um dia comprar máquinas depois de usar a mão-de-obra à exaustão”, afirmou.
O geógrafo Plácido Júnior, pesquisador da Comissão Pastoral da Terra de Pernambuco, considera nocivo o etanol produzido no Brasil a partir da cana-de-açúcar, porque tem como base a produção em grande escala, concentrando a terra, além de ser oriundo de monocultura. “A produção de etanol é tão prejudicial quanto qualquer outro monocultivo, seja de soja ou de eucalipto, porque impacta diretamente a vida do planeta, as águas, o meio ambiente e a vida do trabalhador”, disse.
De acordo com o geógrafo, é no setor sucroalcooleiro que se concentra a maior parte de trabalho escravo no país. “É uma convivência harmoniosa entre o moderno e o capital internacional, que concentra terra e renda e tem na sua essência o trabalho escravo. E é um modelo que visa apenas exportar, e não atender à necessidade do povo brasileiro.”
Plácido enfatizou que um dos impactos da expansão da cana-de-açúcar no Brasil é a destruição dos diversos biomas existentes no país. Outro problema é que essa cultura empurra as comunidades de quilombolas, indígenas e camponeses para regiões ribeirinhas, já que os cultivos se apropriam das áreas antes habitadas por essas pessoas.
“Além disso, as terras disputadas pela reforma agrária estão sendo disputadas pelo agronegócio da cana. Ou seja, o Brasil tem milhões de hectares improdutivos, que poderiam ser destinados à reforma agrária e estão sendo apropriadas pelo grande capital para a produção sucroalcooleira”, acrescentou o geógrafo.
Para ele, a solução para o problema não está só na mudança do modelo de agricultura, mas também na criação de um modelo de agricultura familiar, que pode construir a soberania alimentar e energética de forma sustentável no país. Entretanto, acrescentou, é preciso discutir mais do que isso: “Temos que discutir que modelo de sociedade queremos construir. Há um conjunto de fatores que deve ser discutido coletivamente, da produção até o consumo dessa matriz energética.”
Fonte: Flávia Albuquerque, repórter da Agência Brasil
O cientista político e coordenador da organização não-governamental (ONG) Repórter Brasil, Leonardo Sakamoto, disse ontem (18) que, ao contrário do que o governo diz, há trabalho escravo nas usinas de produção de etanol. Segundo Sakamoto, de janeiro até agora, foram libertados mais de 1.800 trabalhadores de fazendas de cana-de-açúcar.
“No ano passado, esse número chegou a mais de 3 mil. Em 2006, foram 300 e, no ano anterior, 1.500. O trabalho escravo não é resquício do passado. Ele existe para reduzir ou zerar o custo da produção, tornar o empreendimento competitivo. Ou seja, o dono da usina explora os trabalhadores durante anos e guarda capital para um dia comprar máquinas depois de usar a mão-de-obra à exaustão”, afirmou.
O geógrafo Plácido Júnior, pesquisador da Comissão Pastoral da Terra de Pernambuco, considera nocivo o etanol produzido no Brasil a partir da cana-de-açúcar, porque tem como base a produção em grande escala, concentrando a terra, além de ser oriundo de monocultura. “A produção de etanol é tão prejudicial quanto qualquer outro monocultivo, seja de soja ou de eucalipto, porque impacta diretamente a vida do planeta, as águas, o meio ambiente e a vida do trabalhador”, disse.
De acordo com o geógrafo, é no setor sucroalcooleiro que se concentra a maior parte de trabalho escravo no país. “É uma convivência harmoniosa entre o moderno e o capital internacional, que concentra terra e renda e tem na sua essência o trabalho escravo. E é um modelo que visa apenas exportar, e não atender à necessidade do povo brasileiro.”
Plácido enfatizou que um dos impactos da expansão da cana-de-açúcar no Brasil é a destruição dos diversos biomas existentes no país. Outro problema é que essa cultura empurra as comunidades de quilombolas, indígenas e camponeses para regiões ribeirinhas, já que os cultivos se apropriam das áreas antes habitadas por essas pessoas.
“Além disso, as terras disputadas pela reforma agrária estão sendo disputadas pelo agronegócio da cana. Ou seja, o Brasil tem milhões de hectares improdutivos, que poderiam ser destinados à reforma agrária e estão sendo apropriadas pelo grande capital para a produção sucroalcooleira”, acrescentou o geógrafo.
Para ele, a solução para o problema não está só na mudança do modelo de agricultura, mas também na criação de um modelo de agricultura familiar, que pode construir a soberania alimentar e energética de forma sustentável no país. Entretanto, acrescentou, é preciso discutir mais do que isso: “Temos que discutir que modelo de sociedade queremos construir. Há um conjunto de fatores que deve ser discutido coletivamente, da produção até o consumo dessa matriz energética.”
Fonte: Flávia Albuquerque, repórter da Agência Brasil
Rodada de Doha: China e Índia querem concessões dos países ricos para fechar acordo comercial 19.11.08
19.11.08
Fortalecidos pela recessão nos países ricos, China e Índia alertam: não abrirão seus mercados e serão os países industrializados que terão de fazer concessões para permitir um acordo comercial até o fim do ano.
Ontem, a Organização Mundial do Comércio (OMC) reuniu seus principais embaixadores para debater como cumprir a decisão do G-20 de concluir a Rodada Doha até o fim do ano. A convocação de uma conferência internacional para meados de dezembro está nos planos. Falta saber quem flexibilizará as posições para permitir um acordo.
No fim de semana, os líderes do G-20 estabeleceram a necessidade de um acordo comercial até o fim do ano como forma de contribuir para a economia global e evitar protecionismos.
Ontem, o Brasil declarou que apóia a proposta e atuará para isso. "Vamos trabalhar de forma construtiva", afirmou o embaixador do Brasil na OMC, Roberto Azevedo.
Ele convocou para hoje os países emergentes, para aproximar posições. O grupo, porém, tem dificuldades para encontrar posições comuns.
Ontem mesmo, tanto Pequim como Nova Délhi disseram que um acordo viria da flexibilização nas demandas da União Européia e dos Estados Unidos, além da abertura de seus mercados agrícolas.
Com o moral em alta depois da cúpula do G-20, em Washington, os países emergentes vão insistir para que suas vozes sejam ouvidas a partir de agora.
"Para que haja um acordo, os países ricos deverão ter uma posição mais realista do que estão pedindo. Não podem apenas pedir acesso a nossos mercados. Esse é um processo para gerar desenvolvimento", afirmou o embaixador da China na OMC, Sun Zhenyu.
Um dos pontos que a China promete bloquear é a tentativa de EUA e Europa de conseguir eliminar todos os impostos de importação para setores inteiros da economia.
"Isso será difícil, e por isso digo que esses países terão de ter posições mais realistas." Para o chinês, há ainda grandes diferenças nas posições dos governos. "A tradução do mandato que recebemos do G-20 será um desafio", afirmou o negociador de Pequim.
O ministro do Comércio da Índia, Kamal Nath, garantiu que não haverá a possibilidade de seu país aceitar a abertura do seu mercado para bens agrícolas. Nath deixou claro que está disposto a viajar para uma conferência internacional em dezembro. No entanto, as concessões não viriam dele.
A Índia ainda esnoba a iniciativa brasileira de unir os países emergentes em torno do G-20 (grupo de países em desenvolvimento).
"Que grupo é esse?", ironizou o embaixador da Índia na OMC, Ujal Bhatia. A Índia foi um dos fundadores do bloco em 2003. "Há um G-20 morto e um vivo", disse, sobre o G-20 que se reuniu nos EUA.
Outros países também deixaram claro que concessões cabem a europeus e americanos. "Os países ricos precisam traduzir o mandato do G-20 em flexibilidades concretas. Os países ricos não podem apenas pedir", afirmou o embaixador da África do Sul, Ismael Faizal.
Tanto China como Índia estiveram entre os dois países que acabaram dificultando um acordo na OMC em julho. A Rodada Doha foi lançada em 2001.
Mas enfrenta dificuldades para ser concluída diante das diferenças entre os países sobre como deve ocorrer a liberalização dos mercados. Ambos sabem que agora têm um peso maior nos debates, diante da fragilidade dos países ricos com a crise.
Apesar de não declarar publicamente, o Itamaraty espera que haja uma mudança de atitude dos países emergentes para que aceitem um acordo.
Fonte: O Estado de São Paulo - SP
Fortalecidos pela recessão nos países ricos, China e Índia alertam: não abrirão seus mercados e serão os países industrializados que terão de fazer concessões para permitir um acordo comercial até o fim do ano.
Ontem, a Organização Mundial do Comércio (OMC) reuniu seus principais embaixadores para debater como cumprir a decisão do G-20 de concluir a Rodada Doha até o fim do ano. A convocação de uma conferência internacional para meados de dezembro está nos planos. Falta saber quem flexibilizará as posições para permitir um acordo.
No fim de semana, os líderes do G-20 estabeleceram a necessidade de um acordo comercial até o fim do ano como forma de contribuir para a economia global e evitar protecionismos.
Ontem, o Brasil declarou que apóia a proposta e atuará para isso. "Vamos trabalhar de forma construtiva", afirmou o embaixador do Brasil na OMC, Roberto Azevedo.
Ele convocou para hoje os países emergentes, para aproximar posições. O grupo, porém, tem dificuldades para encontrar posições comuns.
Ontem mesmo, tanto Pequim como Nova Délhi disseram que um acordo viria da flexibilização nas demandas da União Européia e dos Estados Unidos, além da abertura de seus mercados agrícolas.
Com o moral em alta depois da cúpula do G-20, em Washington, os países emergentes vão insistir para que suas vozes sejam ouvidas a partir de agora.
"Para que haja um acordo, os países ricos deverão ter uma posição mais realista do que estão pedindo. Não podem apenas pedir acesso a nossos mercados. Esse é um processo para gerar desenvolvimento", afirmou o embaixador da China na OMC, Sun Zhenyu.
Um dos pontos que a China promete bloquear é a tentativa de EUA e Europa de conseguir eliminar todos os impostos de importação para setores inteiros da economia.
"Isso será difícil, e por isso digo que esses países terão de ter posições mais realistas." Para o chinês, há ainda grandes diferenças nas posições dos governos. "A tradução do mandato que recebemos do G-20 será um desafio", afirmou o negociador de Pequim.
O ministro do Comércio da Índia, Kamal Nath, garantiu que não haverá a possibilidade de seu país aceitar a abertura do seu mercado para bens agrícolas. Nath deixou claro que está disposto a viajar para uma conferência internacional em dezembro. No entanto, as concessões não viriam dele.
A Índia ainda esnoba a iniciativa brasileira de unir os países emergentes em torno do G-20 (grupo de países em desenvolvimento).
"Que grupo é esse?", ironizou o embaixador da Índia na OMC, Ujal Bhatia. A Índia foi um dos fundadores do bloco em 2003. "Há um G-20 morto e um vivo", disse, sobre o G-20 que se reuniu nos EUA.
Outros países também deixaram claro que concessões cabem a europeus e americanos. "Os países ricos precisam traduzir o mandato do G-20 em flexibilidades concretas. Os países ricos não podem apenas pedir", afirmou o embaixador da África do Sul, Ismael Faizal.
Tanto China como Índia estiveram entre os dois países que acabaram dificultando um acordo na OMC em julho. A Rodada Doha foi lançada em 2001.
Mas enfrenta dificuldades para ser concluída diante das diferenças entre os países sobre como deve ocorrer a liberalização dos mercados. Ambos sabem que agora têm um peso maior nos debates, diante da fragilidade dos países ricos com a crise.
Apesar de não declarar publicamente, o Itamaraty espera que haja uma mudança de atitude dos países emergentes para que aceitem um acordo.
Fonte: O Estado de São Paulo - SP
CMN autoriza grandes produtores rurais a refinanciarem parte da dívida com o BNDES 19.11.08
19.11.08
Os produtores rurais do Centro-Oeste poderão refinanciar parte da dívida em renegociação com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A medida foi definida ontem (18), em reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN).
O Conselho autorizou a criação de uma linha extraordinária de crédito para que os agricultores possam refinanciar 40% das prestações dos programas de investimento agropecuário do BNDES que vencem neste ano. Operada com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), a nova linha custará R$ 500 milhões ao governo.
Entre os programas beneficiados estão os financiamentos de máquinas e equipamentos cadastrados na Agência Especial de Financiamento Industrial (Finame) e o Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas (Moderfrota). A medida também contempla o Programa de Incentivo à Irrigação e à Armazenagem (Moderinfra) e Programa de Modernização da Agricultura e Conservação de Recursos Naturais (Moderagro).
O novo financiamento terá prazo de até três anos. No entanto, o produtor que optar por renegociar as parcelas pagará 0,25 ponto percentual a mais de juros do que no financiamento original. Somente para as linhas de crédito do Finame, o governo optou em manter, na nova linha de crédito, a taxa original de 10,25% ao ano.
Pela lei que instituiu a renegociação da dívida rural, os produtores que aderissem à renegociação de dívidas de investimento pagariam, em 2008, 40% das parcelas que venceriam neste ano. Os 60% restantes seriam diluídos no total do financiamento, cujo prazo aumentaria em três anos.
Segundo o Ministério da Fazenda, produtores rurais, principalmente de Mato Grosso, alegaram dificuldades em pagar até os 40% acertados. Para impedir uma nova renegociação, afirmaram fontes do ministério, o governo optou por criar um refinanciamento com taxas de juros maiores. O novo empréstimo só poderá ser tomado na mesma instituição em que o agricultor tem a dívida.
Fazenda: alvo de nova linha de crédito é o grande produtor
A decisão de hoje do Conselho Monetário Nacional (CMN), de criar linha de crédito de R$ 500 milhões para que os produtores da Região Centro-Oeste possam pagar a parcela de 40% relativa à renegociação de dívidas agrícolas sem prejudicar a produção, teve como alvo principal os grandes produtores.
Segundo o diretor de programas da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, o grupo dos grandes produtores é o que mais sente os efeitos da crise financeira internacional. Ele informou que na Região Centro-Oeste a inadimplência está ao redor de 30%. Gilson Bittencourt explicou que isso ocorre porque este segmento toma empréstimos de valores mais elevados e a taxas de mercado, que recentemente subiram muito, e porque a oferta de recursos pelas instituições financeiras do setor privado, incluindo os financiamentos à exportação, diminuiu.
Bittencourt participou de parte da reunião do presidente Luiz Inácio da Silva com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e os presidentes da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). De acordo com o técnico da Fazenda, os pequenos produtores, que usam recursos do Pronaf, e os médios, que operam somente com o financiamento a taxas controladas pelo governo, estão em uma situação relativamente tranqüila, embora haja alguns problemas localizados.
A avaliação de Bittencourt, que foi apresentada na reunião com o presidente, é de que as ações adotadas até hoje pelo governo resolveram o problema do custeio da produção agrícola. A questão que ainda vai ser analisada e eventualmente enfrentada pelo governo no início do ano que vem é relativa à comercialização dos produtos, onde o fator preço é fundamental.
Fontes: Wellton Máximo, repórter da Agência Brasil e Fabio Graner, Agência Estado
Os produtores rurais do Centro-Oeste poderão refinanciar parte da dívida em renegociação com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A medida foi definida ontem (18), em reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN).
O Conselho autorizou a criação de uma linha extraordinária de crédito para que os agricultores possam refinanciar 40% das prestações dos programas de investimento agropecuário do BNDES que vencem neste ano. Operada com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), a nova linha custará R$ 500 milhões ao governo.
Entre os programas beneficiados estão os financiamentos de máquinas e equipamentos cadastrados na Agência Especial de Financiamento Industrial (Finame) e o Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas (Moderfrota). A medida também contempla o Programa de Incentivo à Irrigação e à Armazenagem (Moderinfra) e Programa de Modernização da Agricultura e Conservação de Recursos Naturais (Moderagro).
O novo financiamento terá prazo de até três anos. No entanto, o produtor que optar por renegociar as parcelas pagará 0,25 ponto percentual a mais de juros do que no financiamento original. Somente para as linhas de crédito do Finame, o governo optou em manter, na nova linha de crédito, a taxa original de 10,25% ao ano.
Pela lei que instituiu a renegociação da dívida rural, os produtores que aderissem à renegociação de dívidas de investimento pagariam, em 2008, 40% das parcelas que venceriam neste ano. Os 60% restantes seriam diluídos no total do financiamento, cujo prazo aumentaria em três anos.
Segundo o Ministério da Fazenda, produtores rurais, principalmente de Mato Grosso, alegaram dificuldades em pagar até os 40% acertados. Para impedir uma nova renegociação, afirmaram fontes do ministério, o governo optou por criar um refinanciamento com taxas de juros maiores. O novo empréstimo só poderá ser tomado na mesma instituição em que o agricultor tem a dívida.
Fazenda: alvo de nova linha de crédito é o grande produtor
A decisão de hoje do Conselho Monetário Nacional (CMN), de criar linha de crédito de R$ 500 milhões para que os produtores da Região Centro-Oeste possam pagar a parcela de 40% relativa à renegociação de dívidas agrícolas sem prejudicar a produção, teve como alvo principal os grandes produtores.
Segundo o diretor de programas da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, o grupo dos grandes produtores é o que mais sente os efeitos da crise financeira internacional. Ele informou que na Região Centro-Oeste a inadimplência está ao redor de 30%. Gilson Bittencourt explicou que isso ocorre porque este segmento toma empréstimos de valores mais elevados e a taxas de mercado, que recentemente subiram muito, e porque a oferta de recursos pelas instituições financeiras do setor privado, incluindo os financiamentos à exportação, diminuiu.
Bittencourt participou de parte da reunião do presidente Luiz Inácio da Silva com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e os presidentes da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). De acordo com o técnico da Fazenda, os pequenos produtores, que usam recursos do Pronaf, e os médios, que operam somente com o financiamento a taxas controladas pelo governo, estão em uma situação relativamente tranqüila, embora haja alguns problemas localizados.
A avaliação de Bittencourt, que foi apresentada na reunião com o presidente, é de que as ações adotadas até hoje pelo governo resolveram o problema do custeio da produção agrícola. A questão que ainda vai ser analisada e eventualmente enfrentada pelo governo no início do ano que vem é relativa à comercialização dos produtos, onde o fator preço é fundamental.
Fontes: Wellton Máximo, repórter da Agência Brasil e Fabio Graner, Agência Estado
Bancos começam a executar dívidas e tomar bens dados em garantia em MT: produtores ameaçam retaliar 19.11.08
19.11.08
Retaliações comerciais. Estas são uma das medidas que os produtores rurais e entidades ligadas ao campo ameaçam adotar contra fabricantes cujos bancos estão apreendendo máquinas agrícolas devido à falta de pagamento. Dez mandados de busca e apreensão em fazendas mato-grossenses foram cumpridos somente na semana passada pelos bancos CNH (Case), John Deere e de Lage Landen Brasil (Massey Fergusson).
De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Rondonópolis e diretor administrativo da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Ricardo Tomczyk, esta é apenas uma das possibilidades que estão sendo discutidas entre os agricultores. Outras medidas jurídicas, cujo teor não foi revelado, também estão sendo avaliadas.
Em outra frente, os produtores estão pedindo ainda e apoio político para tentar evitar novos problemas relacionados ao endividamento rural. As articulações estão sendo mediadas pelo ‘Comitê da Crise’, criado no último sábado, em Rondonópolis (210 quilômetros ao sul de Cuiabá), pelas principais entidades ligadas ao campo, com o intuito de discutir alternativas à apreensão das máquinas agrícolas pelos bancos.
A primeira reunião do Comitê da Crise aconteceu em Cuiabá, entre representantes dos produtores rurais e os deputados federais Carlos Bezerra (PMBD) e Carlos Abicalil (PT). Segundo Tomczyk, a intenção foi mostrar aos representantes da bancada mato-grossenses em Brasília o “resultado (apreensão de máquinas) da inoperância do Ministério da Agricultura e das barreiras impostas pelo Ministério da Fazenda”.
A escolha dos deputados para ouvir o ‘desabafo’ da categoria se deve ao fato do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, ser do mesmo partido de Bezerra, e do ministro da Fazenda, Guido Mantega, ser correligionário de Abicalil. “Sabemos que, neste momento, eles (deputados) nada podem fazer contra as apreensões. Mesmo assim, precisamos do apoio deles para evitar problemas futuros e eles estão nos ajudando”, explica.
A busca e apreensão de máquinas foi adotada pelos bancos devido ao não pagamento da parcela da dívida rural repactuada pelos agricultores e vencida no mês passado. A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) foi procurada para falar sobre a medida judicial adotada, mas a assessoria de imprensa da entidade, até o fechamento desta edição, não retornou a ligação ou passou qualquer informação sobre o assunto.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Ottoni Prado, avaliou a decisão dos bancos como precipitada.
Fonte: Diário de Cuiabá, com Naíla Albuquerque/Agronotícias
Retaliações comerciais. Estas são uma das medidas que os produtores rurais e entidades ligadas ao campo ameaçam adotar contra fabricantes cujos bancos estão apreendendo máquinas agrícolas devido à falta de pagamento. Dez mandados de busca e apreensão em fazendas mato-grossenses foram cumpridos somente na semana passada pelos bancos CNH (Case), John Deere e de Lage Landen Brasil (Massey Fergusson).
De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Rondonópolis e diretor administrativo da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Ricardo Tomczyk, esta é apenas uma das possibilidades que estão sendo discutidas entre os agricultores. Outras medidas jurídicas, cujo teor não foi revelado, também estão sendo avaliadas.
Em outra frente, os produtores estão pedindo ainda e apoio político para tentar evitar novos problemas relacionados ao endividamento rural. As articulações estão sendo mediadas pelo ‘Comitê da Crise’, criado no último sábado, em Rondonópolis (210 quilômetros ao sul de Cuiabá), pelas principais entidades ligadas ao campo, com o intuito de discutir alternativas à apreensão das máquinas agrícolas pelos bancos.
A primeira reunião do Comitê da Crise aconteceu em Cuiabá, entre representantes dos produtores rurais e os deputados federais Carlos Bezerra (PMBD) e Carlos Abicalil (PT). Segundo Tomczyk, a intenção foi mostrar aos representantes da bancada mato-grossenses em Brasília o “resultado (apreensão de máquinas) da inoperância do Ministério da Agricultura e das barreiras impostas pelo Ministério da Fazenda”.
A escolha dos deputados para ouvir o ‘desabafo’ da categoria se deve ao fato do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, ser do mesmo partido de Bezerra, e do ministro da Fazenda, Guido Mantega, ser correligionário de Abicalil. “Sabemos que, neste momento, eles (deputados) nada podem fazer contra as apreensões. Mesmo assim, precisamos do apoio deles para evitar problemas futuros e eles estão nos ajudando”, explica.
A busca e apreensão de máquinas foi adotada pelos bancos devido ao não pagamento da parcela da dívida rural repactuada pelos agricultores e vencida no mês passado. A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) foi procurada para falar sobre a medida judicial adotada, mas a assessoria de imprensa da entidade, até o fechamento desta edição, não retornou a ligação ou passou qualquer informação sobre o assunto.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Ottoni Prado, avaliou a decisão dos bancos como precipitada.
Fonte: Diário de Cuiabá, com Naíla Albuquerque/Agronotícias
Monsanto paga R$ 7,8 milhões em royalties para Embrapa 19.11.08
19.11.08
A Monsanto informou ontem (18) que repassará R$ 7,8 milhões para mais de dez projetos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), recursos esses oriundos dos royalties sobre a comercialização de variedades de soja da estatal com tecnologia Roundup Ready na safra 2007/08. O valor supera o total repassado nos últimos dois anos, de R$ 3,2 milhões.
O repasse será formalizado na tarde de quinta-feira (20) pela Monsanto, detentora da patente da tecnologia, à Embrapa. O CEO da Monsanto no Brasil, Hugh Grant, e o diretor-presidente da Embrapa, Silvio Crestana, participam da cerimônia, que será realizada na sede da Embrapa, em Brasília.
Fonte: Fabíola Salvador, Agência Estado
A Monsanto informou ontem (18) que repassará R$ 7,8 milhões para mais de dez projetos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), recursos esses oriundos dos royalties sobre a comercialização de variedades de soja da estatal com tecnologia Roundup Ready na safra 2007/08. O valor supera o total repassado nos últimos dois anos, de R$ 3,2 milhões.
O repasse será formalizado na tarde de quinta-feira (20) pela Monsanto, detentora da patente da tecnologia, à Embrapa. O CEO da Monsanto no Brasil, Hugh Grant, e o diretor-presidente da Embrapa, Silvio Crestana, participam da cerimônia, que será realizada na sede da Embrapa, em Brasília.
Fonte: Fabíola Salvador, Agência Estado
ANP licitará 330 milhões de litros de biodiesel para atender à demanda da mistura a 3% 19.11.08
19.11.08
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) anunciou ontem (18) que realizará na próxima semana, dias 24 e 25, o 12º Leilão de Biodiesel. Serão ofertados 330 milhões de litros, com o objetivo de atender à demanda gerada pela adição obrigatória de 3% de biodiesel ao óleo diesel vendido a partir do primeiro trimestre de 2009.
Segundo a agência, o leilão está dividido em dois lotes. O primeiro, de 264 milhões de litros, será destinado a empresas detentoras do Selo Combustível Social. No segundo, serão ofertados 66 milhões de litros, que poderão ser adquiridos pelas empresas que cumprem os requisitos exigidos pela ANP, incluindo as que não possuem Selo Combustível Social.
“É necessário ter autorização da agência para exercer a atividade de produtor de biodiesel, contar com o registro especial da Secretaria da Receita Federal e cadastro no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores [Sicaf]”, explicou a ANP. A licitação se dará via pregão, na forma presencial.
Embora a obrigatoriedade da adição de 3% de biodiesel ao diesel mineral já esteja vigorando desde 1º de julho deste ano, o produto necessário à mistura, no segundo semestre deste ano, já está garantido em conseqüência de outros leilões já realizados.
Na avaliação da ANP, os resultados deste primeiro ano da mistura obrigatória de biodiesel, de 2% no primeiro semestre e 3% no segundo, são positivos. “Durante todo o ano, o mercado foi plenamente abastecido em todo território nacional”, afirmou a agência.
Fonte: Nielmar de Oliveira, repórter da Agência Brasil
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) anunciou ontem (18) que realizará na próxima semana, dias 24 e 25, o 12º Leilão de Biodiesel. Serão ofertados 330 milhões de litros, com o objetivo de atender à demanda gerada pela adição obrigatória de 3% de biodiesel ao óleo diesel vendido a partir do primeiro trimestre de 2009.
Segundo a agência, o leilão está dividido em dois lotes. O primeiro, de 264 milhões de litros, será destinado a empresas detentoras do Selo Combustível Social. No segundo, serão ofertados 66 milhões de litros, que poderão ser adquiridos pelas empresas que cumprem os requisitos exigidos pela ANP, incluindo as que não possuem Selo Combustível Social.
“É necessário ter autorização da agência para exercer a atividade de produtor de biodiesel, contar com o registro especial da Secretaria da Receita Federal e cadastro no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores [Sicaf]”, explicou a ANP. A licitação se dará via pregão, na forma presencial.
Embora a obrigatoriedade da adição de 3% de biodiesel ao diesel mineral já esteja vigorando desde 1º de julho deste ano, o produto necessário à mistura, no segundo semestre deste ano, já está garantido em conseqüência de outros leilões já realizados.
Na avaliação da ANP, os resultados deste primeiro ano da mistura obrigatória de biodiesel, de 2% no primeiro semestre e 3% no segundo, são positivos. “Durante todo o ano, o mercado foi plenamente abastecido em todo território nacional”, afirmou a agência.
Fonte: Nielmar de Oliveira, repórter da Agência Brasil
Laticínios Bom Gosto e Líder se unem e passam Parmalat 19.11.08
19.11.08
A gaúcha Laticínios Bom Gosto e a paranaense Líder Alimentos anunciaram nesta segunda-feira (17) uma fusão, criando a quarta maior produtora de lácteos do País, atrás de Nestlé, Perdigão e Itambé. Juntas, elas somam um faturamento de R$ 1,5 bilhão por ano e uma captação de 3 milhões de litros de leite por dia, que são processados em 17 fábricas espalhadas pelo Brasil.
Os fundadores das duas empresas - Wilson Zanatta (Bom Gosto) e os irmãos Aparecido e Agenor Stuani (Líder) - dividirão o controle da nova companhia, com mais de 60% das ações. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que já era sócio da Bom Gosto, terá cerca de 30% do negócio. Com a operação, o banco fará um novo aporte de capital.
"As duas empresas são complementares. Enquanto a Líder é forte no varejo, a Bom Gosto é forte na captação", afirma Fortunato Bergamo, executivo da Líder que será o presidente da nova empresa no primeiro ano. Zanatta será o presidente do conselho de administração. "A fusão é importante para fortalecer a empresa, principalmente no mercado internacional. Esse é um negócio que exige escala e diversificação." A Bom Gosto já está construindo uma fábrica no Uruguai, que será voltada para a exportação. O leite uruguaio é mais bem recebido no exterior.
As negociações entre os dois laticínios duraram um ano. Nesse período, tanto a Bom Gosto quanto a Líder foram assediadas por outros grupos e fundos de investimento, como Parmalat, Perdigão, AIG Capital e GP, que estreou neste ano no setor ao comprar a Leitbom, de Goiás. "Os donos da Líder foram assediados, mas decidiram que era melhor se juntar a outra do mesmo porte para criar uma companhia mais forte", explica Bergamo. Antes da fusão, as empresas já haviam engordado o portfólio de produtos com uma estratégia agressiva de aquisições de laticínios de pequeno e médio portes.
Fonte: jornal O Estado de S.Paulo
A gaúcha Laticínios Bom Gosto e a paranaense Líder Alimentos anunciaram nesta segunda-feira (17) uma fusão, criando a quarta maior produtora de lácteos do País, atrás de Nestlé, Perdigão e Itambé. Juntas, elas somam um faturamento de R$ 1,5 bilhão por ano e uma captação de 3 milhões de litros de leite por dia, que são processados em 17 fábricas espalhadas pelo Brasil.
Os fundadores das duas empresas - Wilson Zanatta (Bom Gosto) e os irmãos Aparecido e Agenor Stuani (Líder) - dividirão o controle da nova companhia, com mais de 60% das ações. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que já era sócio da Bom Gosto, terá cerca de 30% do negócio. Com a operação, o banco fará um novo aporte de capital.
"As duas empresas são complementares. Enquanto a Líder é forte no varejo, a Bom Gosto é forte na captação", afirma Fortunato Bergamo, executivo da Líder que será o presidente da nova empresa no primeiro ano. Zanatta será o presidente do conselho de administração. "A fusão é importante para fortalecer a empresa, principalmente no mercado internacional. Esse é um negócio que exige escala e diversificação." A Bom Gosto já está construindo uma fábrica no Uruguai, que será voltada para a exportação. O leite uruguaio é mais bem recebido no exterior.
As negociações entre os dois laticínios duraram um ano. Nesse período, tanto a Bom Gosto quanto a Líder foram assediadas por outros grupos e fundos de investimento, como Parmalat, Perdigão, AIG Capital e GP, que estreou neste ano no setor ao comprar a Leitbom, de Goiás. "Os donos da Líder foram assediados, mas decidiram que era melhor se juntar a outra do mesmo porte para criar uma companhia mais forte", explica Bergamo. Antes da fusão, as empresas já haviam engordado o portfólio de produtos com uma estratégia agressiva de aquisições de laticínios de pequeno e médio portes.
Fonte: jornal O Estado de S.Paulo
Mato Grosso registra índices de mortes no trabalho três vezes acima da média nacional 18.11.08
18.11.08
O transporte rodoviário de cargas se destaca como o ramo de atividade econômica com o maior número de mortes, seguido dos setores agropecuário e madeireiro.
Cuiabá - No período entre 1997 e 2006, o Mato Grosso teve a maior taxa média de mortalidade específica (TME) por acidentes, calculada pelo número de óbitos notificados de trabalhadores segurados do Instituto Nacional de Seguridade Social (INS) sobre o total de segurados.
Enquanto a média nacional do período foi de 14,68 mortes por 100 mil segurados do INSS o MT apresentou uma média de 47,26 mortes por acidente do trabalho por 100 mil segurados. No ano de 2007, morreram 143 trabalhadores em acidentes do trabalho notificados no estado. O objetivo é reduzir até 2011 para 100 mortes ou menos.
O transporte rodoviário de cargas se destaca como o ramo de atividade econômica com o maior número de mortes, seguido dos setores agropecuário e madeireiro. Segundo o Superintendente Valdiney Arruda, além da intensificação da fiscalização nos setores mais críticos, serão desenvolvidas atividades de orientação dos empregadores e trabalhadores.
A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Mato Grosso (SRTE/MT) fixou o objetivo de reduzir em 30% os acidentes do trabalho fatais no estado até 2011. Tal meta foi definida no seminário de planejamento estratégico da instituição, cujos trabalhos foram concluídos ontem (17).
"O acidente de trabalho é um evento para o qual colabora uma multiplicidade de fatores. Portanto, para combatê-lo, será necessário um trabalho interinstitucional com diversos órgãos públicos e privados, em razão do que a SRTE está apresentando a diversos parceiros a proposta de um Comitê de Prevenção de Acidentes do Trabalho," declarou Arruda.
Fonte: Assessoria de Imprensa SRTE/MT, com o Observatório
O transporte rodoviário de cargas se destaca como o ramo de atividade econômica com o maior número de mortes, seguido dos setores agropecuário e madeireiro.
Cuiabá - No período entre 1997 e 2006, o Mato Grosso teve a maior taxa média de mortalidade específica (TME) por acidentes, calculada pelo número de óbitos notificados de trabalhadores segurados do Instituto Nacional de Seguridade Social (INS) sobre o total de segurados.
Enquanto a média nacional do período foi de 14,68 mortes por 100 mil segurados do INSS o MT apresentou uma média de 47,26 mortes por acidente do trabalho por 100 mil segurados. No ano de 2007, morreram 143 trabalhadores em acidentes do trabalho notificados no estado. O objetivo é reduzir até 2011 para 100 mortes ou menos.
O transporte rodoviário de cargas se destaca como o ramo de atividade econômica com o maior número de mortes, seguido dos setores agropecuário e madeireiro. Segundo o Superintendente Valdiney Arruda, além da intensificação da fiscalização nos setores mais críticos, serão desenvolvidas atividades de orientação dos empregadores e trabalhadores.
A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Mato Grosso (SRTE/MT) fixou o objetivo de reduzir em 30% os acidentes do trabalho fatais no estado até 2011. Tal meta foi definida no seminário de planejamento estratégico da instituição, cujos trabalhos foram concluídos ontem (17).
"O acidente de trabalho é um evento para o qual colabora uma multiplicidade de fatores. Portanto, para combatê-lo, será necessário um trabalho interinstitucional com diversos órgãos públicos e privados, em razão do que a SRTE está apresentando a diversos parceiros a proposta de um Comitê de Prevenção de Acidentes do Trabalho," declarou Arruda.
Fonte: Assessoria de Imprensa SRTE/MT, com o Observatório
Crise vai provocar revisão de investimentos em biocombustível, diz empresário 18.11.08
18.11.08
O presidente da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica), Marcos Jank, disse ontem (17) que os investimentos para produção de biocombustível serão revistos. "Nossa previsão de investimentos de US$ 30 bilhões entre 2009 e 2012 será revista", afirmou na Conferência Internacional Sobre Biocombustíveis.
Segundo Jank, a crise financeira internacional é o fator que mais impulsionou a revisão do volume de dinheiro destinado aos investimentos.
"Já sentimos um pouco da escassez do crédito. É até possível que o valor estimado não seja reduzido, dependendo dos próximos movimentos da economia, como a posse do presidente [eleito dos Estados Unidos] Barack Obama", disse Jank.
De acordo com Jank, o maior desafio do setor é exportar cerca de 30% [do que produz] e formar um estoque de álcool para cerca de seis meses para o país. "Outra coisa que não pode acontecer é vender o álcool a qualquer preço por causa da queda do [preço do] petróleo", disse.
Jank disse que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está injetando recursos no setor e que espera melhoras no cenário econômico. "Esperamos que as medidas anunciadas já produzam efeitos logo", afirmou.
BNDES não vê crise no setor
A previsão do presidente da Unica, que vive no setor sucro-alcooleiro brasileiro, colide de frente com as declarações otimistas de Júlio Ramundo, superintendente da Área Industrial do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e de Carlos Eduardo Cavalcanti, chefe do Departamento de Biocombustíveis, que tomam como referência da realidade o que se passa na carteira de empréstimos do banco em que trabalham (veja "BNDES não vê retração nos investimentos no setor sucro-alcooleiro", clicando em Notícias anteriores).
Fonte: Ivy Farias, repórter da Agência Brasil, com o Observatório
O presidente da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica), Marcos Jank, disse ontem (17) que os investimentos para produção de biocombustível serão revistos. "Nossa previsão de investimentos de US$ 30 bilhões entre 2009 e 2012 será revista", afirmou na Conferência Internacional Sobre Biocombustíveis.
Segundo Jank, a crise financeira internacional é o fator que mais impulsionou a revisão do volume de dinheiro destinado aos investimentos.
"Já sentimos um pouco da escassez do crédito. É até possível que o valor estimado não seja reduzido, dependendo dos próximos movimentos da economia, como a posse do presidente [eleito dos Estados Unidos] Barack Obama", disse Jank.
De acordo com Jank, o maior desafio do setor é exportar cerca de 30% [do que produz] e formar um estoque de álcool para cerca de seis meses para o país. "Outra coisa que não pode acontecer é vender o álcool a qualquer preço por causa da queda do [preço do] petróleo", disse.
Jank disse que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está injetando recursos no setor e que espera melhoras no cenário econômico. "Esperamos que as medidas anunciadas já produzam efeitos logo", afirmou.
BNDES não vê crise no setor
A previsão do presidente da Unica, que vive no setor sucro-alcooleiro brasileiro, colide de frente com as declarações otimistas de Júlio Ramundo, superintendente da Área Industrial do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e de Carlos Eduardo Cavalcanti, chefe do Departamento de Biocombustíveis, que tomam como referência da realidade o que se passa na carteira de empréstimos do banco em que trabalham (veja "BNDES não vê retração nos investimentos no setor sucro-alcooleiro", clicando em Notícias anteriores).
Fonte: Ivy Farias, repórter da Agência Brasil, com o Observatório
Crise financeira privilegia agenda verde, diz a Chefe da Casa Civil, que exagera nos números 18.11.08
18.11.08
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou ontem (17) que a crise financeira internacional pode ter um efeito positivo para os biocombustíveis. "A crise pode permitir políticas anti-cíclicas que privilegiem uma agenda verde em que o biocombustível consta como prioridade", disse durante a Conferência Internacional Sobre Biocombustíveis, em São Paulo.
Dilma representou o presidente Luiz Inácio da Silva e confirmou que os biocombustíveis são prioridade da agenda do presidente desde sua posse, em 2003.
"Já disponibilizamos R$ 10 bilhões para o biocombustível e, se for necessário, liberaremos mais para que os produtores exportem e produzam. O governo está apoiando o setor e fornecendo capital de giro inclusive para setores específicos como do pré-embarque e financiamento das exportações", disse.
Para ministra, a crise compromete a demanda mundial por etanol, mas não será decisiva para prejudicar a produção do combustível. "A bioenergia é um tema crucial para o desenvolvimento e preservação do meio ambiente de forma sustentável", disse.
"A prova do interesse nos biocombustíveis é que 92 delegações estrangeiras estão aqui hoje", completou.
Segundo Dilma, o Brasil deixou de emitir 800 milhões de toneladas de gás carbônico graças a política da indústria automobilística de produção dos carros flex, que funcionam a base de gasolina e álcool. No país, 90% dos veículos produzidos são flex. "Já vendemos sete milhões de automóveis flex", comemorou Dilma.
[Nota do editor: a ministra exagerou a fala na questão da não emissão de CO2, quase vinte vezes mais: de acordo com informe divulgado pela Unica, oito dias atrás -10.11.08 - "Em cinco anos, desde que a tecnologia de motores bicombustíveis chegou ao mercado de automóveis, o Brasil "economizou" 42,5 milhões de toneladas -e não os 800 milhões que ela falou - de dióxido de carbono (CO2), que deixaram de ser emitidas para a atmosfera graças à substituição de gasolina por álcool combustível, segundo cálculos da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). Isso equivale a três anos e meio de emissões de CO2 da cidade de São Paulo, como se todos os veículos e fábricas da metrópole tivessem parado de funcionar durante esse período. Veja em Notícias anteriores, "Redução de emissões de CO2 com etanol é anulada pelo desmatamento da Amazônia e do Cerrado 10.11.08", clicando aqui]
Fonte: Ivy Farias, repórter da Agência Brasil, com o Observatório
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou ontem (17) que a crise financeira internacional pode ter um efeito positivo para os biocombustíveis. "A crise pode permitir políticas anti-cíclicas que privilegiem uma agenda verde em que o biocombustível consta como prioridade", disse durante a Conferência Internacional Sobre Biocombustíveis, em São Paulo.
Dilma representou o presidente Luiz Inácio da Silva e confirmou que os biocombustíveis são prioridade da agenda do presidente desde sua posse, em 2003.
"Já disponibilizamos R$ 10 bilhões para o biocombustível e, se for necessário, liberaremos mais para que os produtores exportem e produzam. O governo está apoiando o setor e fornecendo capital de giro inclusive para setores específicos como do pré-embarque e financiamento das exportações", disse.
Para ministra, a crise compromete a demanda mundial por etanol, mas não será decisiva para prejudicar a produção do combustível. "A bioenergia é um tema crucial para o desenvolvimento e preservação do meio ambiente de forma sustentável", disse.
"A prova do interesse nos biocombustíveis é que 92 delegações estrangeiras estão aqui hoje", completou.
Segundo Dilma, o Brasil deixou de emitir 800 milhões de toneladas de gás carbônico graças a política da indústria automobilística de produção dos carros flex, que funcionam a base de gasolina e álcool. No país, 90% dos veículos produzidos são flex. "Já vendemos sete milhões de automóveis flex", comemorou Dilma.
[Nota do editor: a ministra exagerou a fala na questão da não emissão de CO2, quase vinte vezes mais: de acordo com informe divulgado pela Unica, oito dias atrás -10.11.08 - "Em cinco anos, desde que a tecnologia de motores bicombustíveis chegou ao mercado de automóveis, o Brasil "economizou" 42,5 milhões de toneladas -e não os 800 milhões que ela falou - de dióxido de carbono (CO2), que deixaram de ser emitidas para a atmosfera graças à substituição de gasolina por álcool combustível, segundo cálculos da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). Isso equivale a três anos e meio de emissões de CO2 da cidade de São Paulo, como se todos os veículos e fábricas da metrópole tivessem parado de funcionar durante esse período. Veja em Notícias anteriores, "Redução de emissões de CO2 com etanol é anulada pelo desmatamento da Amazônia e do Cerrado 10.11.08", clicando aqui]
Fonte: Ivy Farias, repórter da Agência Brasil, com o Observatório
EUA aumentam mistura obrigatória de etanol na gasolina para 2009 18.11.08
18.11.08
Washington - A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês) determinou ontem (17) o aumento da mistura obrigatória de etanol na gasolina, dos atuais 7,76% para 10,21%, a partir do próximo ano. A quantidade está acima do nível máximo considerado aceitável pela indústria automobilística do país.
A medida tem o objetivo de atender a uma lei de 2007, que previa o aumento da participação do etanol na oferta de combustíveis. Em 2009, a previsão é que as grandes refinarias de petróleo irão gerar uma demanda superior a 10,5 bilhões de galões de etanol para adicionar à gasolina.
Por décadas, a EPA limitou a mistura de etanol à gasolina em 10%. Os fabricantes de automóveis afirmam que quantidades acima desse percentual podem provocar danos aos motores. A indústria do etanol, por outro lado, quer uma mistura ainda maior, de 12% a 13%.
Fonte: informações da Dow Jones, com Gerson Freitas Jr., Agência Estado
Washington - A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês) determinou ontem (17) o aumento da mistura obrigatória de etanol na gasolina, dos atuais 7,76% para 10,21%, a partir do próximo ano. A quantidade está acima do nível máximo considerado aceitável pela indústria automobilística do país.
A medida tem o objetivo de atender a uma lei de 2007, que previa o aumento da participação do etanol na oferta de combustíveis. Em 2009, a previsão é que as grandes refinarias de petróleo irão gerar uma demanda superior a 10,5 bilhões de galões de etanol para adicionar à gasolina.
Por décadas, a EPA limitou a mistura de etanol à gasolina em 10%. Os fabricantes de automóveis afirmam que quantidades acima desse percentual podem provocar danos aos motores. A indústria do etanol, por outro lado, quer uma mistura ainda maior, de 12% a 13%.
Fonte: informações da Dow Jones, com Gerson Freitas Jr., Agência Estado
Indústria de carnes leva susto em outubro, mas "torce" para situação melhorar 18.11.08
18.11.08
Abef e Abipecs torcem para que o reaquecimento dos negócios, no início de 2009
Mercado fundamental para as exportações de carnes do país, a Rússia e seus problemas de crédito assustaram as empresas exportadoras brasileiras em outubro, mas nos últimos dias o fluxo de transações deu sinais de melhora. Segundo associações que representam os exportadores, em parte a evolução refletiu medidas adotadas por Moscou para afrouxar o estrangulamento financeiro das companhias russas. Mas o clima também ajudou, já que nesta época do ano os embarques escasseiam devido ao rigoroso inverno daquele país, quando os portos têm as operações comprometidas.
Agora, Abiec (entidade que representa exportadores de carne bovina), Abef (carne de frango) e Abipecs (carne suína) torcem para que o reaquecimento dos negócios, no início de 2009, não acuse a flagrante desaceleração econômica russa, que já afetou manufaturados, mas ainda não chegou com força às vendas de alimentos, normalmente o último setor a ser abatido em crises.
"Até agora fomos pouco ou quase nada afetados. Mas é preciso cautela", informou a Sadia por meio de sua assessoria de imprensa. Além de ser grande exportadora de carnes suína e de frango para a Rússia, a empresa mantém no país uma fábrica em Kaliningrado, construída com um parceiro local, a Miratorg. A unidade, que absorveu US$ 90 milhões no total, foi inaugurada no fim de 2007.
No tocante apenas ao fluxo comercial, a carne bovina destinada à Rússia, atualmente o principal mercado externo para o produto - em parte devido às restrições impostas pela União Européia -, foi a mais afetada em outubro. Os embarques de cortes in natura para o país alcançaram 24,7 mil toneladas líquidas, 41,7% menos que no mesmo mês do ano passado.
Como o preço médio das vendas já vinha em elevação e ainda foi 72,12% superior ao de outubro de 2007, a receita oriunda dos embarques manteve-se praticamente estável em US$ 103,6 milhões.
As vendas de miudezas de bovinos para os russos também recuaram na comparação - 8,91%, para 810,4 toneladas líquidas. Também aqui o preço médio foi maior, 112,45%, e a receita subiu 116,5%, para US$ 5,5 milhões. "A situação melhorou depois de intervenções do Estado para ampliar o créditos aos importadores", afirmou na semana passada Roberto Giannetti da Fonseca, presidente da Abiec.
Segundo o ex-ministro da Agricultura Pratini de Moraes, hoje no conselho da JBS-Friboi, maior empresa de carne bovina do mundo, também pesou para fortalecer a pressão russa por renegociações de preços o fato de o país ter importado muito no primeiro semestre e estar, assim, bem estocado.
Em razão das semanas de impasse com os russos e das incertezas que esse impasse provocou nos frigoríficos exportadores, os preços da arroba do boi gordo chegaram a diminuir no mercado brasileiro, mas nos últimos dias esse mercado já apresentava maior sustentação, conforme levantamentos de consultorias especializadas.
Ainda que menos dependentes da Rússia, os exportadores de carne de frango (a Sadia entre eles) também sentiram uma desaceleração. Tanto que, de janeiro a outubro - e sobretudo graças aos dois últimos meses -, venderam um volume 7% menor (148 mil toneladas) para o país na comparação com igual intervalo de 2007. Também nesse caso a receita aumentou. A alta foi de 25%, para US$ 292 milhões, menos de 5% do total.
Já as exportações de carne suína "agradeceram" à Rússia, que ainda absorve mais de 40% das vendas brasileiras ao exterior, em outubro. O país vendeu mais (18,8 mil toneladas, alta de 18,2% sobre o mesmo mês de 2007) e foi melhor remunerado (40,1 milhões, salto de 61,4%). Mas nem por isso as indústrias do ramo estão tranqüilas.
"Na Rússia, a crise global teve grande impacto não só no câmbio como no sistema bancário. Os importadores sofreram seus efeitos", disse Pedro de Camargo Neto, presidente da Abipecs, em comunicado divulgado na semana passada. Segundo ele, os russos continuavam a tentar renegociar preços, mas a falta de estoques em época de demanda crescente preservava, neste segmento, o poder de barganha das empresas brasileiras.
Fonte: Valor Econômico
Abef e Abipecs torcem para que o reaquecimento dos negócios, no início de 2009
Mercado fundamental para as exportações de carnes do país, a Rússia e seus problemas de crédito assustaram as empresas exportadoras brasileiras em outubro, mas nos últimos dias o fluxo de transações deu sinais de melhora. Segundo associações que representam os exportadores, em parte a evolução refletiu medidas adotadas por Moscou para afrouxar o estrangulamento financeiro das companhias russas. Mas o clima também ajudou, já que nesta época do ano os embarques escasseiam devido ao rigoroso inverno daquele país, quando os portos têm as operações comprometidas.
Agora, Abiec (entidade que representa exportadores de carne bovina), Abef (carne de frango) e Abipecs (carne suína) torcem para que o reaquecimento dos negócios, no início de 2009, não acuse a flagrante desaceleração econômica russa, que já afetou manufaturados, mas ainda não chegou com força às vendas de alimentos, normalmente o último setor a ser abatido em crises.
"Até agora fomos pouco ou quase nada afetados. Mas é preciso cautela", informou a Sadia por meio de sua assessoria de imprensa. Além de ser grande exportadora de carnes suína e de frango para a Rússia, a empresa mantém no país uma fábrica em Kaliningrado, construída com um parceiro local, a Miratorg. A unidade, que absorveu US$ 90 milhões no total, foi inaugurada no fim de 2007.
No tocante apenas ao fluxo comercial, a carne bovina destinada à Rússia, atualmente o principal mercado externo para o produto - em parte devido às restrições impostas pela União Européia -, foi a mais afetada em outubro. Os embarques de cortes in natura para o país alcançaram 24,7 mil toneladas líquidas, 41,7% menos que no mesmo mês do ano passado.
Como o preço médio das vendas já vinha em elevação e ainda foi 72,12% superior ao de outubro de 2007, a receita oriunda dos embarques manteve-se praticamente estável em US$ 103,6 milhões.
As vendas de miudezas de bovinos para os russos também recuaram na comparação - 8,91%, para 810,4 toneladas líquidas. Também aqui o preço médio foi maior, 112,45%, e a receita subiu 116,5%, para US$ 5,5 milhões. "A situação melhorou depois de intervenções do Estado para ampliar o créditos aos importadores", afirmou na semana passada Roberto Giannetti da Fonseca, presidente da Abiec.
Segundo o ex-ministro da Agricultura Pratini de Moraes, hoje no conselho da JBS-Friboi, maior empresa de carne bovina do mundo, também pesou para fortalecer a pressão russa por renegociações de preços o fato de o país ter importado muito no primeiro semestre e estar, assim, bem estocado.
Em razão das semanas de impasse com os russos e das incertezas que esse impasse provocou nos frigoríficos exportadores, os preços da arroba do boi gordo chegaram a diminuir no mercado brasileiro, mas nos últimos dias esse mercado já apresentava maior sustentação, conforme levantamentos de consultorias especializadas.
Ainda que menos dependentes da Rússia, os exportadores de carne de frango (a Sadia entre eles) também sentiram uma desaceleração. Tanto que, de janeiro a outubro - e sobretudo graças aos dois últimos meses -, venderam um volume 7% menor (148 mil toneladas) para o país na comparação com igual intervalo de 2007. Também nesse caso a receita aumentou. A alta foi de 25%, para US$ 292 milhões, menos de 5% do total.
Já as exportações de carne suína "agradeceram" à Rússia, que ainda absorve mais de 40% das vendas brasileiras ao exterior, em outubro. O país vendeu mais (18,8 mil toneladas, alta de 18,2% sobre o mesmo mês de 2007) e foi melhor remunerado (40,1 milhões, salto de 61,4%). Mas nem por isso as indústrias do ramo estão tranqüilas.
"Na Rússia, a crise global teve grande impacto não só no câmbio como no sistema bancário. Os importadores sofreram seus efeitos", disse Pedro de Camargo Neto, presidente da Abipecs, em comunicado divulgado na semana passada. Segundo ele, os russos continuavam a tentar renegociar preços, mas a falta de estoques em época de demanda crescente preservava, neste segmento, o poder de barganha das empresas brasileiras.
Fonte: Valor Econômico
OMC quer concluir Rodada Doha em dezembro, mas Brasil e Argentina continuam em posições opostas 18.11.08
18.11.08
Genebra - A Organização Mundial do Comércio (OMC) quer convocar para a semana do dia 10 de dezembro uma conferência internacional para concluir o acordo comercial. A medida seria o primeiro fruto concreto da reunião do G-20 deste fim de semana em Washington. Mas o Mercosul não estará unido nisso. Brasil e Uruguai apóiam um acordo. Mas diplomatas da Argentina dizem que o país será contra a convocação. A Venezuela promete questionar a legitimidade do apelo. A OMC já teria consultado assessores do presidente eleito dos EUA, Barack Obama, para garantir que um eventual acordo não seja ignorado pela próxima administração da Casa Branca.
Sábado (15), os líderes do G-20 chegaram à conclusão de que parte da solução para a economia internacional seria o estabelecimento de um acordo comercial até o fim do ano. Os governos concordam que não vão estabelecer novas medidas protecionistas pelos próximos doze meses. Mas não há acordo sobre como realizar uma liberalização dos mercados e ontem (17) embaixadores foram convocados à OMC para debater como seguir o mandato dado pelo G-20, quando a entidade apresentará seu plano de conclusão do acordo.
O diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, afirmou, em comunicado, que o documento do G-20 deu à Rodada Doha um "estímulo político bastante necessário". "O que nós precisamos agora é que essa forte demonstração de apoio seja traduzida em ação na mesa de negociação." Aí começam os obstáculos. O processo de abertura de mercados foi lançado em 2001 e ficou conhecido como Rodada Doha. A idéia era que um acordo tivesse sido fechado até o fim de 2005. Mas, sem um entendimento entre países ricos e emergentes, a Rodada entrou em crise e, em julho, foi paralisada. Agora, a crise internacional serviria como um novo incentivo para a conclusão do processo.
Fonte: informações do jornal O Estado de S. Paulo
Genebra - A Organização Mundial do Comércio (OMC) quer convocar para a semana do dia 10 de dezembro uma conferência internacional para concluir o acordo comercial. A medida seria o primeiro fruto concreto da reunião do G-20 deste fim de semana em Washington. Mas o Mercosul não estará unido nisso. Brasil e Uruguai apóiam um acordo. Mas diplomatas da Argentina dizem que o país será contra a convocação. A Venezuela promete questionar a legitimidade do apelo. A OMC já teria consultado assessores do presidente eleito dos EUA, Barack Obama, para garantir que um eventual acordo não seja ignorado pela próxima administração da Casa Branca.
Sábado (15), os líderes do G-20 chegaram à conclusão de que parte da solução para a economia internacional seria o estabelecimento de um acordo comercial até o fim do ano. Os governos concordam que não vão estabelecer novas medidas protecionistas pelos próximos doze meses. Mas não há acordo sobre como realizar uma liberalização dos mercados e ontem (17) embaixadores foram convocados à OMC para debater como seguir o mandato dado pelo G-20, quando a entidade apresentará seu plano de conclusão do acordo.
O diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, afirmou, em comunicado, que o documento do G-20 deu à Rodada Doha um "estímulo político bastante necessário". "O que nós precisamos agora é que essa forte demonstração de apoio seja traduzida em ação na mesa de negociação." Aí começam os obstáculos. O processo de abertura de mercados foi lançado em 2001 e ficou conhecido como Rodada Doha. A idéia era que um acordo tivesse sido fechado até o fim de 2005. Mas, sem um entendimento entre países ricos e emergentes, a Rodada entrou em crise e, em julho, foi paralisada. Agora, a crise internacional serviria como um novo incentivo para a conclusão do processo.
Fonte: informações do jornal O Estado de S. Paulo
Pistoleiros cumprem ameaças e matam trabalhador rural sem terra no Pará 18.11.08
18.11.08
Na noite da última quarta-feira (12/11), cerca de 8 pistoleiros atacaram com muitos tiros, mais uma vez, o acampamento Sardinha, no município de Redenção, onde estão 30 famílias. Durante o ataque o trabalhador rural José Ribamar Rodrigues dos Santos foi assassinado na presença de sua esposa e de seus três filhos: uma menina de três anos e dois meninos, de sete e cinco anos de idade.
As famílias estavam acampadas às margens da BR 158, próximo à Fazenda Vaca Branca (também conhecida por Fazenda Santa Maria), Município de Redenção, Sul do Pará, de propriedade de Maria de Fátima Gomes Ferreira Marques. Por volta das 21h30 chegaram os pistoleiros fortemente armados, encapuzados, vestidos com roupas camufladas, alguns usavam coletes e diziam serem policiais.
Os pistoleiros fugiram quando as famílias correram para pedir socorro a dois caminhoneiros que passavam na pista. Porém o lavrador José Ribamar Rodrigues dos Santos tinha sido gravemente ferido. Foi socorrido no Hospital de Redenção, mas não resistiu aos ferimentos e logo faleceu.
As famílias de Sardinha já vinham sofrendo ameaças desde o início de setembro de 2008 e já haviam comunicado a Deca (Delegacia Especial de Conflitos Agrários) sobre a situação, mas nada foi feito.
No mês passado, o acampamento já havia sido atacado por oito homens armados que, naquela ocasião, também dispararam vários tiros, incendiaram os barracos, destruíram todos os pertences das famílias e ameaçaram de morte os trabalhadores. Naquele dia, mataram o cachorro de José Ribamar e o obrigaram a deitar-se no chão, na presença de sua família, e ameaçaram executá-lo.
Este ataque também foi comunicado à Deca, que não tomou nenhuma providência para identificar os responsáveis, os quais voltaram agora ao local do crime e para cumprir as ameaças de morte, na absoluta certeza da impunidade. A direção do MST no Estado denuncia que a Deca é conivente com as milícias de fazendeiros da região.
Fonte: MST
Na noite da última quarta-feira (12/11), cerca de 8 pistoleiros atacaram com muitos tiros, mais uma vez, o acampamento Sardinha, no município de Redenção, onde estão 30 famílias. Durante o ataque o trabalhador rural José Ribamar Rodrigues dos Santos foi assassinado na presença de sua esposa e de seus três filhos: uma menina de três anos e dois meninos, de sete e cinco anos de idade.
As famílias estavam acampadas às margens da BR 158, próximo à Fazenda Vaca Branca (também conhecida por Fazenda Santa Maria), Município de Redenção, Sul do Pará, de propriedade de Maria de Fátima Gomes Ferreira Marques. Por volta das 21h30 chegaram os pistoleiros fortemente armados, encapuzados, vestidos com roupas camufladas, alguns usavam coletes e diziam serem policiais.
Os pistoleiros fugiram quando as famílias correram para pedir socorro a dois caminhoneiros que passavam na pista. Porém o lavrador José Ribamar Rodrigues dos Santos tinha sido gravemente ferido. Foi socorrido no Hospital de Redenção, mas não resistiu aos ferimentos e logo faleceu.
As famílias de Sardinha já vinham sofrendo ameaças desde o início de setembro de 2008 e já haviam comunicado a Deca (Delegacia Especial de Conflitos Agrários) sobre a situação, mas nada foi feito.
No mês passado, o acampamento já havia sido atacado por oito homens armados que, naquela ocasião, também dispararam vários tiros, incendiaram os barracos, destruíram todos os pertences das famílias e ameaçaram de morte os trabalhadores. Naquele dia, mataram o cachorro de José Ribamar e o obrigaram a deitar-se no chão, na presença de sua família, e ameaçaram executá-lo.
Este ataque também foi comunicado à Deca, que não tomou nenhuma providência para identificar os responsáveis, os quais voltaram agora ao local do crime e para cumprir as ameaças de morte, na absoluta certeza da impunidade. A direção do MST no Estado denuncia que a Deca é conivente com as milícias de fazendeiros da região.
Fonte: MST
Crise muda rentabilidade do agronegócio, e só será sentida em 2010 18.11.08
18.11.08
A safra de verão brasileira foi delineada um pouco antes da crise que provocou turbulência na economia mundial. Produtores contrataram pacotes tecnológicos para soja e milho, que sofreram alterações em função do resultado da safra anterior, sobretudo do milho. Porém, a crise mundial deve respingar no desempenho agrícola brasileiro.
A opinião é de Anderson Galvão, diretor de uma empresa de análise de mercado de Uberlândia (MG). Segundo ele, embora a safra tenha sido definida anteriormente com a compra do pacote tecnológico, o produtor pode reduzir a utilização de tecnologias. "Apesar do pacote, o agricultor precisa de novos investimentos no decorrer da safra. E como não tem o capital de giro necessário, acaba gastando menos", afirma.
De acordo com Galvão, uma das formas utilizadas pelo agricultor para reduzir custos é a diminuição da aplicação de fertilizantes. Mesmo a soja, que tem um custo menor quando comparada ao milho, recebe menos fertilizantes. "No controle de doenças e pragas, o produtor pode optar por um genérico no lugar de um produto de primeira linha". exemplifica.
Analistas afirmam que os efeitos da crise serão sentidos de fato na safra 2010. A crise agora tem um efeito psicólogico e deverá interferir mais diretamente na safra de inverno. "A dificuldade neste momento é com a escassez de crédito, que vai prejudicar a cultura do algodão", diz Galvão. Ele acrescenta que a situação não é exclusividade do Brasil e atinge países como Ucrânia, Rússia, Polônia e Argentina.
Certamente a crise vai mudar a rentabilidade do agronegócio. Para o analista o bushel da soja dificilmente alcançará novamente os US$ 16,00. Na última quarta-feira, a Bolsa de Chicago registrou US$ 9,50 o bushel. Porém, Galvão acredita que após três ou quatro meses haverá uma acomodação no mercado internacional e o preço deve passar dos US$ 10,00. Ele lembra que apesar da recuperação de área nos Estados Unidos, os estoques mundiais de soja continuam baixos.
Segundo Galvão, as commodities tiveram queda acentuada nos últimos meses. Mas ele considera que as commodities agrícolas têm particularidades. Numa crise há retração na compra de bens duráveis e pode haver queda na demanda por aço ou petróleo. "Mas as pessoas não deixam de comer", afirma, acrescentando que não acredita numa redução drástica no consumo de produtos agrícolas.
Fonte: Folha de Londrina
Comentário do editor: as pessoas procuram não deixar de comer, mas comem de acordo com o dinheiro ou crédito que dispõem. Primeiro, escolhem produtos mais baratos e restringem consumo de supérfluos. Depois, até produtos essenciais começam a ser racionados diante da inexistência de renda, de poupança, de ter algo que possa ser vendido e existir quem compre, e de perspectiva de médio prazo de voltar a ter renda.
A safra de verão brasileira foi delineada um pouco antes da crise que provocou turbulência na economia mundial. Produtores contrataram pacotes tecnológicos para soja e milho, que sofreram alterações em função do resultado da safra anterior, sobretudo do milho. Porém, a crise mundial deve respingar no desempenho agrícola brasileiro.
A opinião é de Anderson Galvão, diretor de uma empresa de análise de mercado de Uberlândia (MG). Segundo ele, embora a safra tenha sido definida anteriormente com a compra do pacote tecnológico, o produtor pode reduzir a utilização de tecnologias. "Apesar do pacote, o agricultor precisa de novos investimentos no decorrer da safra. E como não tem o capital de giro necessário, acaba gastando menos", afirma.
De acordo com Galvão, uma das formas utilizadas pelo agricultor para reduzir custos é a diminuição da aplicação de fertilizantes. Mesmo a soja, que tem um custo menor quando comparada ao milho, recebe menos fertilizantes. "No controle de doenças e pragas, o produtor pode optar por um genérico no lugar de um produto de primeira linha". exemplifica.
Analistas afirmam que os efeitos da crise serão sentidos de fato na safra 2010. A crise agora tem um efeito psicólogico e deverá interferir mais diretamente na safra de inverno. "A dificuldade neste momento é com a escassez de crédito, que vai prejudicar a cultura do algodão", diz Galvão. Ele acrescenta que a situação não é exclusividade do Brasil e atinge países como Ucrânia, Rússia, Polônia e Argentina.
Certamente a crise vai mudar a rentabilidade do agronegócio. Para o analista o bushel da soja dificilmente alcançará novamente os US$ 16,00. Na última quarta-feira, a Bolsa de Chicago registrou US$ 9,50 o bushel. Porém, Galvão acredita que após três ou quatro meses haverá uma acomodação no mercado internacional e o preço deve passar dos US$ 10,00. Ele lembra que apesar da recuperação de área nos Estados Unidos, os estoques mundiais de soja continuam baixos.
Segundo Galvão, as commodities tiveram queda acentuada nos últimos meses. Mas ele considera que as commodities agrícolas têm particularidades. Numa crise há retração na compra de bens duráveis e pode haver queda na demanda por aço ou petróleo. "Mas as pessoas não deixam de comer", afirma, acrescentando que não acredita numa redução drástica no consumo de produtos agrícolas.
Fonte: Folha de Londrina
Comentário do editor: as pessoas procuram não deixar de comer, mas comem de acordo com o dinheiro ou crédito que dispõem. Primeiro, escolhem produtos mais baratos e restringem consumo de supérfluos. Depois, até produtos essenciais começam a ser racionados diante da inexistência de renda, de poupança, de ter algo que possa ser vendido e existir quem compre, e de perspectiva de médio prazo de voltar a ter renda.
Micheletto quer Reserva Legal dentro das APPs na republicação do Decreto ambiental 18.11.08
18.11.08
Deputados e senadores da Frente Parlamentar da Agropecuária participam hoje, a partir das 10h, do segundo encontro do Grupo de Trabalho criado pelo governo federal para discutir alterações na legislação ambiental. Serão discutidas alterações no Projeto de Lei 6424/2005, que modifica o Código Florestal Brasileiro, que está em vigor desde 1965. O deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR), membro do grupo de trabalho, explicou que um dos itens mais polêmicos da pauta é a inclusão, nas Áreas de Proteção Permanente (APPs), das Reservas Legais, que são os 20% da área de cada propriedade que precisam ser preservadas. Ele informou que vai cobrar mais uma vez a republicação do Decreto 6.514, com as alterações já acertadas com o governo federal. O encontro acontece no auditório do Ministério da Agricultura, em Brasília. Participam os ministros da Agricultura, Reinhold Stephanes, do Meio Ambiente, Carlos Minc, do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, além de deputados das comissões de Agricultura e de Meio Ambiente da Câmara e da Frente Parlamentar Ambientalista.
Fonte: Agência Estado
Deputados e senadores da Frente Parlamentar da Agropecuária participam hoje, a partir das 10h, do segundo encontro do Grupo de Trabalho criado pelo governo federal para discutir alterações na legislação ambiental. Serão discutidas alterações no Projeto de Lei 6424/2005, que modifica o Código Florestal Brasileiro, que está em vigor desde 1965. O deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR), membro do grupo de trabalho, explicou que um dos itens mais polêmicos da pauta é a inclusão, nas Áreas de Proteção Permanente (APPs), das Reservas Legais, que são os 20% da área de cada propriedade que precisam ser preservadas. Ele informou que vai cobrar mais uma vez a republicação do Decreto 6.514, com as alterações já acertadas com o governo federal. O encontro acontece no auditório do Ministério da Agricultura, em Brasília. Participam os ministros da Agricultura, Reinhold Stephanes, do Meio Ambiente, Carlos Minc, do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, além de deputados das comissões de Agricultura e de Meio Ambiente da Câmara e da Frente Parlamentar Ambientalista.
Fonte: Agência Estado
16 empresas dominam 89% e 67% do mercado mundial de pesticidas e de sementes 17.11.08
17.11.08
A pesquisa realizada pelo ETC Group, do Canadá, e divulgada em seu relatório "A quem pertence a natureza?", contém as seguintes informações sobre a concentração e domínio dos mercados globais de sementes e pesticidas agrícolas:
1- Mercado de sementes certificadas
2- Mercado de Pesticidas
A pesquisa realizada pelo ETC Group, do Canadá, e divulgada em seu relatório "A quem pertence a natureza?", contém as seguintes informações sobre a concentração e domínio dos mercados globais de sementes e pesticidas agrícolas:
1- Mercado de sementes certificadas
Companhia |
Venda
de sementes |
%
do mercado mundial de |
2007
(em US$ milhões) |
sementes
certificadas |
|
1- Monsanto (US) |
4,964 |
23 |
2- DuPont (US) |
3,3 |
15 |
3- Syngenta (Suíça) |
2,018 |
9 |
4- Groupe Limagrain
(França) |
1,226 |
6 |
5- Land O'Lakes (US) |
917 |
4 |
6- KWS AG (Alemanha) |
702 |
3 |
7- Bayer Crop Science
(Alemanha) |
524 |
2 |
8- Sakata (Japão) |
396 |
<2 |
9- DLF-Trifolium
(Dinamarca) |
391 |
<2 |
10- Takii (Japão) |
347 |
<2 |
Total
das 10 maiores |
14,785 |
67 |
2- Mercado de Pesticidas
Companhia |
Vendas
de pesticidas |
%
do mercado Mundial |
|
2007
(em US$ milhões) |
|
1. Bayer (Germany) |
$7,458 |
19% |
2. Syngenta
(Switzerland) |
$7,285 |
19% |
3. BASF (Germany) |
$4,297 |
11% |
4. Dow AgroSciences
(USA) |
$3,779 |
10% |
5. Monsanto (USA) |
$3,599 |
9% |
6. DuPont (USA) |
$2,369 |
6% |
7. Makhteshim Agan
(Israel) |
$1,895 |
5% |
8. Nufarm (Australia) |
$1,470 |
4% |
9. Sumitomo Chemical
(Japan) |
$1,209 |
3% |
10. Arysta Lifescience
(Japan) |
$1,035 |
3% |
Total |
$34,396 |
89% |
Fonte: Agrow World Crop
Protection |
News, August 2008 |
FAO poderá regulamentar comércio de grãos na área fitossanitária 17.11.08
17.11.08
Costa do Sauípe/BA - Representantes dos 21 países aprovaram, na 13ª Reunião do Comitê de Normas da Convenção Internacional para Proteção de Vegetais (CIPV) da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) a proposta de se discutir o trânsito de grãos no mercado internacional na reunião da Comissão de Medidas Fitossanitárias da CIPV, que ocorrerá em março de 2009, em Roma (Itália). A expectativa é de que, a partir dessa discussão, possa obter uma regulamentação para o comércio mundial de grãos.
O Brasil é um dos maiores exportadores mundiais de grãos. Soja, milho e café são alguns dos produtos que integram a pauta brasileira de grãos exportados. De janeiro a outubro, o Brasil vendeu mais de 23 milhões de toneladas de soja em grão, equivalentes a US$ 16,5 bilhões. No mesmo período, o Brasil vendeu no mercado internacional US$ 3,3 bilhões em café verde e torrado e quase US$ 1 bilhão em milho.
Entendimento - No último dia do encontro foi elaborado documento sobre os assuntos da CIPV relacionados com a Convenção de Diversidade Biológica (CDB) no que diz respeito ao combate às pragas. “O entendimento acerca desse tema e sob os dois pontos de vista (CIPV e CDB) vai facilitar o trabalho para prevenção das pragas quarentenárias e de espécies exóticas invasivas”, afirmou Odilson Ribeiro, secretário-substituto de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Ontem, a CIPV decidiu pelo encaminhamento da categorização de commodities, adotada pelo Mercosul, para o próximo encontro da Comissão de Medidas Fitossanitárias. Se aprovada, a norma do Mercosul poderá ser reconhecida internacionalmente no comércio de vegetais. Com isso, alguns produtos industrializados como óleos vegetais, açúcar, café torrado e água de coco, por exemplo, serão isentados da certificação fitossanitária para o comércio internacional por não oferecerem riscos de transmissão de pragas.
Memória
A 13 ª Reunião do Comitê de Normas da CIPV foi realizada de 10 a 14 de novembro, na Costa do Sauípe /BA. Foram discutidas normas internacionais de medidas fitossanitárias com o objetivo de regulamentar o comércio mundial de vegetais e de produtos de origem vegetal. Foi a primeira vez que se realizou uma reunião da CIPV, fora da sede da FAO em Roma.
Fonte: Assessoria de Imprensa do Mapa
Costa do Sauípe/BA - Representantes dos 21 países aprovaram, na 13ª Reunião do Comitê de Normas da Convenção Internacional para Proteção de Vegetais (CIPV) da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) a proposta de se discutir o trânsito de grãos no mercado internacional na reunião da Comissão de Medidas Fitossanitárias da CIPV, que ocorrerá em março de 2009, em Roma (Itália). A expectativa é de que, a partir dessa discussão, possa obter uma regulamentação para o comércio mundial de grãos.
O Brasil é um dos maiores exportadores mundiais de grãos. Soja, milho e café são alguns dos produtos que integram a pauta brasileira de grãos exportados. De janeiro a outubro, o Brasil vendeu mais de 23 milhões de toneladas de soja em grão, equivalentes a US$ 16,5 bilhões. No mesmo período, o Brasil vendeu no mercado internacional US$ 3,3 bilhões em café verde e torrado e quase US$ 1 bilhão em milho.
Entendimento - No último dia do encontro foi elaborado documento sobre os assuntos da CIPV relacionados com a Convenção de Diversidade Biológica (CDB) no que diz respeito ao combate às pragas. “O entendimento acerca desse tema e sob os dois pontos de vista (CIPV e CDB) vai facilitar o trabalho para prevenção das pragas quarentenárias e de espécies exóticas invasivas”, afirmou Odilson Ribeiro, secretário-substituto de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Ontem, a CIPV decidiu pelo encaminhamento da categorização de commodities, adotada pelo Mercosul, para o próximo encontro da Comissão de Medidas Fitossanitárias. Se aprovada, a norma do Mercosul poderá ser reconhecida internacionalmente no comércio de vegetais. Com isso, alguns produtos industrializados como óleos vegetais, açúcar, café torrado e água de coco, por exemplo, serão isentados da certificação fitossanitária para o comércio internacional por não oferecerem riscos de transmissão de pragas.
Memória
A 13 ª Reunião do Comitê de Normas da CIPV foi realizada de 10 a 14 de novembro, na Costa do Sauípe /BA. Foram discutidas normas internacionais de medidas fitossanitárias com o objetivo de regulamentar o comércio mundial de vegetais e de produtos de origem vegetal. Foi a primeira vez que se realizou uma reunião da CIPV, fora da sede da FAO em Roma.
Fonte: Assessoria de Imprensa do Mapa
G-20 promete evitar barreiras ao comércio por um ano 17.11.08
17.11.08
Washington - O Grupo dos 20 (G-20), que reúne os países responsáveis por 80% do comércio mundial, se comprometeu a não estabelecer "novas barreiras para investimento ou para o comércio de bens e serviços" nos próximos 12 meses. O compromisso foi acertado ao final da reunião de cúpula dos chefes de Estado e de governo, que se reuniram em Washington neste final de semana, diante da avaliação dos líderes de que a rejeição do protecionismo tem "importância crítica em termos de insegurança financeira". O trecho sobre comércio faz parte da subdivisão intitulada "Compromisso para uma economia global aberta" do comunicado divulgado pelo grupo.
De acordo com o comunicado, elaborado ao fim da reunião sobre mercado financeiro e economia mundial, o G-20 também concordou que não vai haver "imposição de novas restrições à exportação ou a implementação de medidas inconsistentes da OMC (Organização Mundial do Comércio) para estimular exportações".
O G-20, que agrega países industrializados e em desenvolvimento, responde por 90% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial e agrega dois terços da população do globo. Os líderes do G-20 declararam que vão fazer um "esforço para alcançar um acordo este ano sobre as modalidades que conduzam a uma conclusão bem-sucedida para a agenda de Doha com um resultado ambicioso e equilibrado". "Concordamos que nossos países têm a maior parcela no sistema de comércio global e, então, devem fazer as contribuições positivas necessárias para alcançar tal resultado".
Fonte: Nalu Fernandes, Agência Estado
Washington - O Grupo dos 20 (G-20), que reúne os países responsáveis por 80% do comércio mundial, se comprometeu a não estabelecer "novas barreiras para investimento ou para o comércio de bens e serviços" nos próximos 12 meses. O compromisso foi acertado ao final da reunião de cúpula dos chefes de Estado e de governo, que se reuniram em Washington neste final de semana, diante da avaliação dos líderes de que a rejeição do protecionismo tem "importância crítica em termos de insegurança financeira". O trecho sobre comércio faz parte da subdivisão intitulada "Compromisso para uma economia global aberta" do comunicado divulgado pelo grupo.
De acordo com o comunicado, elaborado ao fim da reunião sobre mercado financeiro e economia mundial, o G-20 também concordou que não vai haver "imposição de novas restrições à exportação ou a implementação de medidas inconsistentes da OMC (Organização Mundial do Comércio) para estimular exportações".
O G-20, que agrega países industrializados e em desenvolvimento, responde por 90% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial e agrega dois terços da população do globo. Os líderes do G-20 declararam que vão fazer um "esforço para alcançar um acordo este ano sobre as modalidades que conduzam a uma conclusão bem-sucedida para a agenda de Doha com um resultado ambicioso e equilibrado". "Concordamos que nossos países têm a maior parcela no sistema de comércio global e, então, devem fazer as contribuições positivas necessárias para alcançar tal resultado".
Fonte: Nalu Fernandes, Agência Estado
BNDES não vê retração nos investimentos no setor sucro-alcooleiro 17.11.08
17.11.08
“Não há hoje na carteira que o BNDES tem em análise no banco, que é bastante expressiva, nenhuma notícia ou caso de desistência de solicitação de empréstimos. São inúmeros projetos e alguns com valores de financiamento muito expressivo. Essa é a notícia que eu acho mais relevante”, afirmou superintendente da Área Industrial do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Júlio Ramundo.
Segundo ele, porém, com a situação difícil e momentânea como a que vive o mundo hoje, é natural que haja adiamentos de planos de investimentos. “Porque estamos falando de vultosas quantias. Independente disso, a sinalização que nós do BNDES temos dado às empresas é de crença muito grande no futuro do etanol - e isto não mudou em absoluto”.
Em sua avaliação a crise afeta todos os setores, há falta de crédito generalizado e várias cadeias da economia estão sofrendo. “Obviamente que o setor de açúcar e de álcool também, uma vez que ele já vinha de uma situação de preço que não era das mais favoráveis desde o ano passado e na crise isto se agravou”, admitiu.
Ramundo fez as declarações na última semana, quando o BNDES liberou para a imprensa, detalhes do livro Bioetanol de Cana-de-Açúcar – Energia para o Desenvolvimento Sustentável, que a instituição lança hoje (17) no Seminário Internacional sobre Biocombustíveis, em São Paulo.
Também presente à entrevista, Carlos Eduardo Cavalcanti, chefe do Departamento de Biocombustíveis, lembrou que os crescimentos anuais dos desembolsos do BNDES têm sido da ordem de 80% em todo o complexo sucro-alcooleiro.
“A gente está falando em apoio ao aumento da capacidade produtiva do parque industrial. Da venda de equipamentos industriais e agrícolas para a cadeia, dos projetos de co-geração - que também vem crescendo ao longo dos anos - e falando também da participação do banco no capital de algumas empresas, até porque entendemos que o processo de consolidação do setor vai acontecer em algum momento”.
Cavalcanti informou que, juntando os produtos que o BNDES ofereceu ao setor no ano passado, o desembolso foi da ordem de R$ 3,6 bilhões. “Um valor que por si só já é bastante expressivo porque se vocês olharem todo o desembolso global do BNDES, este valor representa algo da ordem de 5,5% de todo o desembolso e vem sistematicamente crescendo”. Segundo ele, a participação do setor nos desembolsos do banco, que no ano de 2004, quando foi lançado o carro flex, era da ordem de 1,5%, chegou no ano passado a 5,5%. “E este ano dados até outubro indicam uma participação do complexo sucro-alcooleiro da ordem de 7,5%. Foram desembolsados R$ 70 bilhões e o setor representou R$ 5,2 bilhões”.
Cavalcanti adiantou que o banco tem hoje mais de 70 projetos na Carteira do Departamento de Bicombustíveis.
“São projetos em diferentes estados, operações já em fase final de contratação e liberação de recursos, e operações ainda no início do processo analítico aqui no banco. A gente não tem nenhum registro de desistência das empresas que enxergam no segmento um setor estratégico no longo prazo”.
Fonte: Nielmar de Oliveira, repórter da Agência Brasil
“Não há hoje na carteira que o BNDES tem em análise no banco, que é bastante expressiva, nenhuma notícia ou caso de desistência de solicitação de empréstimos. São inúmeros projetos e alguns com valores de financiamento muito expressivo. Essa é a notícia que eu acho mais relevante”, afirmou superintendente da Área Industrial do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Júlio Ramundo.
Segundo ele, porém, com a situação difícil e momentânea como a que vive o mundo hoje, é natural que haja adiamentos de planos de investimentos. “Porque estamos falando de vultosas quantias. Independente disso, a sinalização que nós do BNDES temos dado às empresas é de crença muito grande no futuro do etanol - e isto não mudou em absoluto”.
Em sua avaliação a crise afeta todos os setores, há falta de crédito generalizado e várias cadeias da economia estão sofrendo. “Obviamente que o setor de açúcar e de álcool também, uma vez que ele já vinha de uma situação de preço que não era das mais favoráveis desde o ano passado e na crise isto se agravou”, admitiu.
Ramundo fez as declarações na última semana, quando o BNDES liberou para a imprensa, detalhes do livro Bioetanol de Cana-de-Açúcar – Energia para o Desenvolvimento Sustentável, que a instituição lança hoje (17) no Seminário Internacional sobre Biocombustíveis, em São Paulo.
Também presente à entrevista, Carlos Eduardo Cavalcanti, chefe do Departamento de Biocombustíveis, lembrou que os crescimentos anuais dos desembolsos do BNDES têm sido da ordem de 80% em todo o complexo sucro-alcooleiro.
“A gente está falando em apoio ao aumento da capacidade produtiva do parque industrial. Da venda de equipamentos industriais e agrícolas para a cadeia, dos projetos de co-geração - que também vem crescendo ao longo dos anos - e falando também da participação do banco no capital de algumas empresas, até porque entendemos que o processo de consolidação do setor vai acontecer em algum momento”.
Cavalcanti informou que, juntando os produtos que o BNDES ofereceu ao setor no ano passado, o desembolso foi da ordem de R$ 3,6 bilhões. “Um valor que por si só já é bastante expressivo porque se vocês olharem todo o desembolso global do BNDES, este valor representa algo da ordem de 5,5% de todo o desembolso e vem sistematicamente crescendo”. Segundo ele, a participação do setor nos desembolsos do banco, que no ano de 2004, quando foi lançado o carro flex, era da ordem de 1,5%, chegou no ano passado a 5,5%. “E este ano dados até outubro indicam uma participação do complexo sucro-alcooleiro da ordem de 7,5%. Foram desembolsados R$ 70 bilhões e o setor representou R$ 5,2 bilhões”.
Cavalcanti adiantou que o banco tem hoje mais de 70 projetos na Carteira do Departamento de Bicombustíveis.
“São projetos em diferentes estados, operações já em fase final de contratação e liberação de recursos, e operações ainda no início do processo analítico aqui no banco. A gente não tem nenhum registro de desistência das empresas que enxergam no segmento um setor estratégico no longo prazo”.
Fonte: Nielmar de Oliveira, repórter da Agência Brasil
Crise faz MDIC antecipar criação de Coordenação de Defesa da Indústria 17.11.08
17.11.08
O secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Welber Barral, disse sexta-feira (14/11) que o ministério antecipou o início das atividades da Coordenação Geral de Defesa da Indústria (CGDI) para este ano, em função da crise econômica mundial. A informação foi dada na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), durante o lançamento da CGDI. De acordo com o secretário, o órgão passaria a operar somente em 2009.
Para secretário Welber Barral, a CGDI será uma ferramenta a mais nas ações de combate às práticas desleais de comércio. Durante a sua apresentação no evento, Barral ressaltou que, tradicionalmente, em períodos de crise, há crescimento dos registros de ações fraudulentas no comércio exterior, como as de subfaturamento, pirataria e contrabando.
A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do MDIC, neste ano, recebeu várias reclamações da indústria brasileira relacionadas a problemas de práticas desleais de comércio, mas por não se tratarem de questões de defesa comercial, não puderam ser atendidas pela secretaria. Dessa forma, a Secex percebeu que para sanar os problemas identificados seria necessário ampliar o diálogo com outros órgãos do governo, como a Receita Federal, Polícia Federal, Inmetro e INPI.
CGDI
A Coordenação-Geral de Defesa da Indústria integra a estrutura do Departamento de Defesa Comercial (Decom) da Secex e é a ampliação das funções da Coordenação-Geral de Apoio ao Exportador, Negociações e Normas. O órgão, além de continuar apoiando os exportadores brasileiros investigados no exterior por prática de dumping, subsídios ou salvaguardas, passará também a atender o empresariado brasileiro, verificando a procedência das reclamações referentes a praticas desleais de comércio e encaminhando o tema para o órgão do Governo Federal responsável por aquela demanda, quando o problema não for de defesa comercial. A servidora de carreira Ana Carolina Meneghetti Peres, analista de comércio exterior do MDIC, comandará a CGDI.
Fonte: Rachel Porfírio, Assessoria de Comunicação Social do MDIC
O secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Welber Barral, disse sexta-feira (14/11) que o ministério antecipou o início das atividades da Coordenação Geral de Defesa da Indústria (CGDI) para este ano, em função da crise econômica mundial. A informação foi dada na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), durante o lançamento da CGDI. De acordo com o secretário, o órgão passaria a operar somente em 2009.
Para secretário Welber Barral, a CGDI será uma ferramenta a mais nas ações de combate às práticas desleais de comércio. Durante a sua apresentação no evento, Barral ressaltou que, tradicionalmente, em períodos de crise, há crescimento dos registros de ações fraudulentas no comércio exterior, como as de subfaturamento, pirataria e contrabando.
A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do MDIC, neste ano, recebeu várias reclamações da indústria brasileira relacionadas a problemas de práticas desleais de comércio, mas por não se tratarem de questões de defesa comercial, não puderam ser atendidas pela secretaria. Dessa forma, a Secex percebeu que para sanar os problemas identificados seria necessário ampliar o diálogo com outros órgãos do governo, como a Receita Federal, Polícia Federal, Inmetro e INPI.
CGDI
A Coordenação-Geral de Defesa da Indústria integra a estrutura do Departamento de Defesa Comercial (Decom) da Secex e é a ampliação das funções da Coordenação-Geral de Apoio ao Exportador, Negociações e Normas. O órgão, além de continuar apoiando os exportadores brasileiros investigados no exterior por prática de dumping, subsídios ou salvaguardas, passará também a atender o empresariado brasileiro, verificando a procedência das reclamações referentes a praticas desleais de comércio e encaminhando o tema para o órgão do Governo Federal responsável por aquela demanda, quando o problema não for de defesa comercial. A servidora de carreira Ana Carolina Meneghetti Peres, analista de comércio exterior do MDIC, comandará a CGDI.
Fonte: Rachel Porfírio, Assessoria de Comunicação Social do MDIC
Mercado consumidor de produtos do agronegócio brasileiro encolhe: Europa registra quase 10 mil demissões por dia 14.11.08
14.11.08
Genebra - São quase 10 mil novas demissões a cada dia . Essa é a realidade da Europa hoje, uma economia que sofre para dar sinais de competitividade e acumula problemas. A crise financeira se transformou numa crise da economia real e políticos já alertam para a terceira fase: a crise social. Dados de vários governos deixam claro que a situação é a pior em mais de uma década.
Entre os mais afetados estão os imigrantes, muitos deles brasileiros. Na Espanha, 46% dos imigrantes estão sem emprego. O Reino Unido divulgou nesta semana o pior aumento do desemprego em 16 anos. Hoje, o governo inglês é obrigado a pagar pensões a 980 mil pessoas: 1,8 milhão de trabalhadores perderam o emprego em 2008. E o pior é que a crise ainda não revelou toda sua dimensão. “Não estamos ainda no fundo do poço”, disse o ministro do Trabalho britânico, Tony McNulty.
No Reino Unido, foram 1,5 mil novos desempregados por dia entre agosto e outubro. Ontem (13), a British Telecom anunciou que demitiria 10 mil pessoas até o fim do ano. Em porcentuais, a taxa chega a 5,8% no Reino Unido, ante 7,5% na zona do euro, e deve aumentar para quase 9% em 2009. Para a HBOS, o desemprego pode chegar a 3 milhões até 2010. Na França, o governo estima que são mais de 1,2 mil o número de pessoas demitidas por dia. Na Espanha, apenas o mês de outubro registrou 192 mil novos desempregados, e o número de pessoas sem trabalho já chega a 2,8 milhões - 6,7 mil por dia. Na Alemanha, a Continental vai demitir 5 mil pessoas até o fim do ano, enquanto a Opel e BMW vão dar férias coletivas e fechar temporariamente suas fábricas no país. Um dos primeiros efeitos está sendo sentido entre os imigrantes. Na Espanha, quase metade dos estrangeiros que vivem legalmente no país está desempregada - cerca de 350 mil. Em outubro, 36 mil estrangeiros perderam o emprego.
Fonte: informações do jornal O Estado de S. Paulo.
Veja também, sobre o mesmo assunto:
Mais redução no mercado brasileiro de exportações: economias da OCDE entraram em recessão
Genebra - São quase 10 mil novas demissões a cada dia . Essa é a realidade da Europa hoje, uma economia que sofre para dar sinais de competitividade e acumula problemas. A crise financeira se transformou numa crise da economia real e políticos já alertam para a terceira fase: a crise social. Dados de vários governos deixam claro que a situação é a pior em mais de uma década.
Entre os mais afetados estão os imigrantes, muitos deles brasileiros. Na Espanha, 46% dos imigrantes estão sem emprego. O Reino Unido divulgou nesta semana o pior aumento do desemprego em 16 anos. Hoje, o governo inglês é obrigado a pagar pensões a 980 mil pessoas: 1,8 milhão de trabalhadores perderam o emprego em 2008. E o pior é que a crise ainda não revelou toda sua dimensão. “Não estamos ainda no fundo do poço”, disse o ministro do Trabalho britânico, Tony McNulty.
No Reino Unido, foram 1,5 mil novos desempregados por dia entre agosto e outubro. Ontem (13), a British Telecom anunciou que demitiria 10 mil pessoas até o fim do ano. Em porcentuais, a taxa chega a 5,8% no Reino Unido, ante 7,5% na zona do euro, e deve aumentar para quase 9% em 2009. Para a HBOS, o desemprego pode chegar a 3 milhões até 2010. Na França, o governo estima que são mais de 1,2 mil o número de pessoas demitidas por dia. Na Espanha, apenas o mês de outubro registrou 192 mil novos desempregados, e o número de pessoas sem trabalho já chega a 2,8 milhões - 6,7 mil por dia. Na Alemanha, a Continental vai demitir 5 mil pessoas até o fim do ano, enquanto a Opel e BMW vão dar férias coletivas e fechar temporariamente suas fábricas no país. Um dos primeiros efeitos está sendo sentido entre os imigrantes. Na Espanha, quase metade dos estrangeiros que vivem legalmente no país está desempregada - cerca de 350 mil. Em outubro, 36 mil estrangeiros perderam o emprego.
Fonte: informações do jornal O Estado de S. Paulo.
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Mais redução no mercado brasileiro de exportações: economias da OCDE entraram em recessão
Mais redução no mercado brasileiro de exportações: economias da OCDE entraram em recessão 14.11.08
14.11.08
Paris - Os Estados Unidos irão arrastar vários países desenvolvidos para uma longa recessão, afirmou a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), prevendo que a maior economia mundial será a mais atingida durante a desaceleração atual. Segundo o órgão, as economias da OCDE como um todo entraram em recessão e irão encolher 0,3% no próximo ano e se recuperar em 2010, com um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,5%. A OCDE projeta que tanto os EUA quanto a zona do euro podem experimentar quatro trimestres consecutivos de contração. A OCDE reúne 30 países, que produzem mais da metade de toda a riqueza do mundo. O Brasil não faz parte da organização.
A economia dos EUA encolherá 2,8% no último trimestre deste ano e 2% nos primeiros três meses de 2009, e voltará a ter crescimento apenas no terceiro trimestre do próximo ano, prevê a OCDE.
A zona do euro terá uma recessão mais amena, com contração de 1% e 0,8% do PIB no último trimestre deste ano e no primeiro de 2009, respectivamente, acredita a OCDE. A economia japonesa irá encolher por apenas seis meses e se recuperar novamente no primeiro trimestre de 2009.
Segundo o órgão, os problemas duradouros nos mercados financeiros mundiais e o declínio dos preços de moradias são os principais motivos da desaceleração, e a volta ao crescimento não acontecerá de forma rápida. "Essa certamente não é uma recessão em formato V", disse Jorgen Elmeskov, economista-chefe da OCDE, em entrevista, alertando que a turbulência nos mercados irá pesar sobre a economia até 2010.
Juros
Os países desenvolvidos dependerão de pacotes de estímulo fiscal para minimizar o impacto do sofrimento econômico, uma vez que os juros já estão em níveis baixos, deixando os bancos centrais com pouco espaço de manobra, afirmou a OCDE. Em suas projeções, a OCDE prevê que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) cortará o juro em 0,50 ponto porcentual e o Banco Central Europeu (BCE) em 1,25 ponto porcentual até o começo do próximo ano. O Banco do Japão deixará o juro em 0,3% ao ano.
Segundo a OCDE, a situação é bem diferente nas maiores economias mundiais e no Japão e nos EUA o espaço para mais cortes de juro é limitado. Já a Europa está em situação um pouco melhor, com espaço para manobra tanto na parte do juro quanto na política orçamentária.
A organização alertou hoje que os equilíbrios fiscais irão piorar em todos os países desenvolvidos, à medida que os países fazem esforços para evitar a recessão. Mas isso pode não ser suficiente. "Contra um pano de fundo de desaceleração econômica profunda, estímulo macroeconômico adicional é necessário", diz a OCDE, em relatório.
Para os mercados financeiros, a OCDE acredita que o cenário pode piorar no próximo ano. "Em 2009, os riscos estão inclinados para o lado negativo", aponta o relatório do órgão. Esses riscos incluem mais falências de instituições financeira e as economias emergentes sendo atingidas mais duramente pela desaceleração no comércio global e por uma reavaliação de risco entre os investidores. "Mais medidas para estabilizar os mercados financeiros não podem ser excluídas", diz a OCDE.
Elmeskov disse que o setor financeiro mereceu ser resgatado por conta de sua "importância sistêmica", mas a OCDE não é a favor de ajuda direta do governo a outros setores, tais como a indústria automotiva, devido ao risco de "perpetuar alguns problemas, como o excesso de capacidade corporativa".
Fonte: informações da Dow Jones, com Nathália Ferreira
Paris - Os Estados Unidos irão arrastar vários países desenvolvidos para uma longa recessão, afirmou a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), prevendo que a maior economia mundial será a mais atingida durante a desaceleração atual. Segundo o órgão, as economias da OCDE como um todo entraram em recessão e irão encolher 0,3% no próximo ano e se recuperar em 2010, com um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,5%. A OCDE projeta que tanto os EUA quanto a zona do euro podem experimentar quatro trimestres consecutivos de contração. A OCDE reúne 30 países, que produzem mais da metade de toda a riqueza do mundo. O Brasil não faz parte da organização.
A economia dos EUA encolherá 2,8% no último trimestre deste ano e 2% nos primeiros três meses de 2009, e voltará a ter crescimento apenas no terceiro trimestre do próximo ano, prevê a OCDE.
A zona do euro terá uma recessão mais amena, com contração de 1% e 0,8% do PIB no último trimestre deste ano e no primeiro de 2009, respectivamente, acredita a OCDE. A economia japonesa irá encolher por apenas seis meses e se recuperar novamente no primeiro trimestre de 2009.
Segundo o órgão, os problemas duradouros nos mercados financeiros mundiais e o declínio dos preços de moradias são os principais motivos da desaceleração, e a volta ao crescimento não acontecerá de forma rápida. "Essa certamente não é uma recessão em formato V", disse Jorgen Elmeskov, economista-chefe da OCDE, em entrevista, alertando que a turbulência nos mercados irá pesar sobre a economia até 2010.
Juros
Os países desenvolvidos dependerão de pacotes de estímulo fiscal para minimizar o impacto do sofrimento econômico, uma vez que os juros já estão em níveis baixos, deixando os bancos centrais com pouco espaço de manobra, afirmou a OCDE. Em suas projeções, a OCDE prevê que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) cortará o juro em 0,50 ponto porcentual e o Banco Central Europeu (BCE) em 1,25 ponto porcentual até o começo do próximo ano. O Banco do Japão deixará o juro em 0,3% ao ano.
Segundo a OCDE, a situação é bem diferente nas maiores economias mundiais e no Japão e nos EUA o espaço para mais cortes de juro é limitado. Já a Europa está em situação um pouco melhor, com espaço para manobra tanto na parte do juro quanto na política orçamentária.
A organização alertou hoje que os equilíbrios fiscais irão piorar em todos os países desenvolvidos, à medida que os países fazem esforços para evitar a recessão. Mas isso pode não ser suficiente. "Contra um pano de fundo de desaceleração econômica profunda, estímulo macroeconômico adicional é necessário", diz a OCDE, em relatório.
Para os mercados financeiros, a OCDE acredita que o cenário pode piorar no próximo ano. "Em 2009, os riscos estão inclinados para o lado negativo", aponta o relatório do órgão. Esses riscos incluem mais falências de instituições financeira e as economias emergentes sendo atingidas mais duramente pela desaceleração no comércio global e por uma reavaliação de risco entre os investidores. "Mais medidas para estabilizar os mercados financeiros não podem ser excluídas", diz a OCDE.
Elmeskov disse que o setor financeiro mereceu ser resgatado por conta de sua "importância sistêmica", mas a OCDE não é a favor de ajuda direta do governo a outros setores, tais como a indústria automotiva, devido ao risco de "perpetuar alguns problemas, como o excesso de capacidade corporativa".
Fonte: informações da Dow Jones, com Nathália Ferreira
Superavit comercial brasileiro cai 40% nos dez meses de 2008 com relação ao mesmo período de 2007 14.11.08
14.11.08
De acordo com informações divulgadas ontem (10) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o saldo comercial acumulado do ano – 216 dias úteis até a primeira semana de novembro – atingiu US$ 21,322 bilhões, com média diária de US$ 98,7 milhões. Dessa forma, o superávit comercial ficou 39,9% menor que o registrado no mesmo período do ano passado, quando foi verificada média diária de US$ 164,2 milhões.
As exportações somaram US$ 173,536 bilhões, com média diária de US$ 803,4 milhões, um incremento de 27,2% sobre o desempenho médio diário apresentado no mesmo período de 2007 (US$ 631,7 milhões).
Na mesma comparação, observou-se um crescimento de 50,7% nas importações brasileiras, que saíram de uma média diária de US$ 467,5 milhões de janeiro, até a primeira semana de novembro ano passado, para US$ 704,7 milhões no mesmo período de 2008. As importações até a primeira semana de novembro somaram US$ 152,214 bilhões.
Saldo cai também na primeira semana de novembro
Em relação ao valor médio diário exportado em outubro de 2008 (US$ 841,5 milhões), o resultado da primeira semana de novembro foi 1% menor, por conta de retração nas exportações de básicos (-1,9%) e manufaturados (-1,3%). As exportações de semimanufaturados apresentaram alta de 5,4%.
Na primeira semana de novembro, entre os dias 1º e 9 do mês (cinco dias úteis), a balança comercial brasileira registrou exportações de US$ 4,164 bilhões (média diária de US$ 832,8 milhões) e importações de US$ 3,687 bilhões (média diária de US$ 737,4 milhões), desempenhos que resultaram num superávit comercial (diferença entre as exportações e as importações) de US$ 477 milhões (média diária de US$ 95,4 milhões). No período, foi registrada uma corrente de comércio (soma das exportações com as importações) de US$ 7,851 bilhões, o que significou negociações de US$ 1,570 bilhão por dia.
Exportações
Pelo critério da média diária, as exportações brasileiras, na primeira semana de novembro, ficaram 18,5% acima do desempenho médio diário registrado em todo mês de novembro do ano passado (US$ 702,6 milhões). Nessa comparação, verificou-se aumento das vendas de básicos (+49,8%) – destaque para farelo de soja, fumo em folhas, minério de ferro, petróleo em bruto, soja em grão, café em grão e carne de frango – e de semimanufaturados (+37,4%) – por conta de semimanufaturados de ferro e aço, ferro fundido, ouro em forma semimanufaturada, açúcar em bruto, ferro-ligas e óleo de soja em bruto. As exportações de produtos manufaturados apresentaram queda de 4,9%.
Importações
As importações, na primeira semana de novembro, apresentaram desempenho médio diário 22,6% maior que o registrado em todo mês de novembro de 2007 (US$ 601,5 milhões), principalmente em função dos gastos com químicos orgânicos e inorgânicos (+74,5%), produtos plásticos (+48,2%), siderúrgicos (+48%), aeronaves e peças (+38,2%), produtos farmacêuticos (+32,6%), equipamentos mecânicos (+31,1%) e produtos de borracha (+28,6%).
Sobre o desempenho médio diário das importações em outubro de 2008, observou-se uma retração de 6,3% na primeira semana de novembro em função das compras de adubos e fertilizantes (-56,3%), aeronaves e peças (-26,4%), produtos siderúrgicos (-20,1%), combustíveis e lubrificantes (-16,5%), veículos automóveis e partes (-10,3%) e equipamentos eletroeletrônicos (-6,2%).
O saldo comercial brasileiro registrado na primeira semana de novembro, pela média diária, ficou 5,6% menor que o apresentado em novembro de 2007 (US$ 101,1 milhões) e 73,9% maior que o superávit médio diário registrado em outubro último (US$ 54,9 milhões).
Fonte: Rachel Porfirio, Assessoria de Comunicação Social do MDIC
De acordo com informações divulgadas ontem (10) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o saldo comercial acumulado do ano – 216 dias úteis até a primeira semana de novembro – atingiu US$ 21,322 bilhões, com média diária de US$ 98,7 milhões. Dessa forma, o superávit comercial ficou 39,9% menor que o registrado no mesmo período do ano passado, quando foi verificada média diária de US$ 164,2 milhões.
As exportações somaram US$ 173,536 bilhões, com média diária de US$ 803,4 milhões, um incremento de 27,2% sobre o desempenho médio diário apresentado no mesmo período de 2007 (US$ 631,7 milhões).
Na mesma comparação, observou-se um crescimento de 50,7% nas importações brasileiras, que saíram de uma média diária de US$ 467,5 milhões de janeiro, até a primeira semana de novembro ano passado, para US$ 704,7 milhões no mesmo período de 2008. As importações até a primeira semana de novembro somaram US$ 152,214 bilhões.
Saldo cai também na primeira semana de novembro
Em relação ao valor médio diário exportado em outubro de 2008 (US$ 841,5 milhões), o resultado da primeira semana de novembro foi 1% menor, por conta de retração nas exportações de básicos (-1,9%) e manufaturados (-1,3%). As exportações de semimanufaturados apresentaram alta de 5,4%.
Na primeira semana de novembro, entre os dias 1º e 9 do mês (cinco dias úteis), a balança comercial brasileira registrou exportações de US$ 4,164 bilhões (média diária de US$ 832,8 milhões) e importações de US$ 3,687 bilhões (média diária de US$ 737,4 milhões), desempenhos que resultaram num superávit comercial (diferença entre as exportações e as importações) de US$ 477 milhões (média diária de US$ 95,4 milhões). No período, foi registrada uma corrente de comércio (soma das exportações com as importações) de US$ 7,851 bilhões, o que significou negociações de US$ 1,570 bilhão por dia.
Exportações
Pelo critério da média diária, as exportações brasileiras, na primeira semana de novembro, ficaram 18,5% acima do desempenho médio diário registrado em todo mês de novembro do ano passado (US$ 702,6 milhões). Nessa comparação, verificou-se aumento das vendas de básicos (+49,8%) – destaque para farelo de soja, fumo em folhas, minério de ferro, petróleo em bruto, soja em grão, café em grão e carne de frango – e de semimanufaturados (+37,4%) – por conta de semimanufaturados de ferro e aço, ferro fundido, ouro em forma semimanufaturada, açúcar em bruto, ferro-ligas e óleo de soja em bruto. As exportações de produtos manufaturados apresentaram queda de 4,9%.
Importações
As importações, na primeira semana de novembro, apresentaram desempenho médio diário 22,6% maior que o registrado em todo mês de novembro de 2007 (US$ 601,5 milhões), principalmente em função dos gastos com químicos orgânicos e inorgânicos (+74,5%), produtos plásticos (+48,2%), siderúrgicos (+48%), aeronaves e peças (+38,2%), produtos farmacêuticos (+32,6%), equipamentos mecânicos (+31,1%) e produtos de borracha (+28,6%).
Sobre o desempenho médio diário das importações em outubro de 2008, observou-se uma retração de 6,3% na primeira semana de novembro em função das compras de adubos e fertilizantes (-56,3%), aeronaves e peças (-26,4%), produtos siderúrgicos (-20,1%), combustíveis e lubrificantes (-16,5%), veículos automóveis e partes (-10,3%) e equipamentos eletroeletrônicos (-6,2%).
O saldo comercial brasileiro registrado na primeira semana de novembro, pela média diária, ficou 5,6% menor que o apresentado em novembro de 2007 (US$ 101,1 milhões) e 73,9% maior que o superávit médio diário registrado em outubro último (US$ 54,9 milhões).
Fonte: Rachel Porfirio, Assessoria de Comunicação Social do MDIC
Companhia Albertina é a 1ª vítima entre as usinas de álcool 14.11.08
14.11.08
Araçatuba, SP - A Companhia Albertina, usina localizada em Sertãozinho, na região de Ribeirão Preto (SP), foi a primeira empresa do setor sucroalcooleiro a sucumbir às crises de preços e de liquidez e entrou com pedido de recuperação judicial. A empresa informou, por meio de um comunicado, que entrou com o pedido para tornar viável a concretização do acordo de repactuação da dívida financeira, “em linha com as negociações que vêm se desenrolando ao longo dos últimos três meses com os seus credores (bancos, fundos e outros agentes financeiros)”.
O comunicado informa ainda que a recuperação judicial permitirá que as atividades da empresa sigam “em regime de normalidade”, bem como possibilitará, ao longo do tempo, o equacionamento dos problemas de liquidez pontuais ocorridos durante esta safra. “Ao mesmo tempo, a empresa e seus principais credores continuarão a trabalhar em um acordo que permitirá o alongamento das obrigações, de forma a adequar o vencimento da dívida à capacidade de geração de caixa.”
Na empresa, ninguém quis se manifestar sobre o assunto, nem informar a situação financeira da Companhia Albertina. O contato apresentado à Agência Estado para informações complementares foi da Arsenal Investimentos, empresa especializada, entre outras coisas, em administração de fundos e reestruturações financeiras.
A Companhia Albertina, segundo dados da União da Indústria da Cana-de-Açúcar, processou, na safra passada, 1,511 milhão de toneladas de cana, produzindo 148,56 mil toneladas de açúcar e 33,77 milhões de litros de álcool. Além de uma greve de cortadores de cana, enfrentou outros problemas na safra atual, como o atraso no pagamento de fornecedores.
Fonte: Gustavo Porto, Agência Estado
Araçatuba, SP - A Companhia Albertina, usina localizada em Sertãozinho, na região de Ribeirão Preto (SP), foi a primeira empresa do setor sucroalcooleiro a sucumbir às crises de preços e de liquidez e entrou com pedido de recuperação judicial. A empresa informou, por meio de um comunicado, que entrou com o pedido para tornar viável a concretização do acordo de repactuação da dívida financeira, “em linha com as negociações que vêm se desenrolando ao longo dos últimos três meses com os seus credores (bancos, fundos e outros agentes financeiros)”.
O comunicado informa ainda que a recuperação judicial permitirá que as atividades da empresa sigam “em regime de normalidade”, bem como possibilitará, ao longo do tempo, o equacionamento dos problemas de liquidez pontuais ocorridos durante esta safra. “Ao mesmo tempo, a empresa e seus principais credores continuarão a trabalhar em um acordo que permitirá o alongamento das obrigações, de forma a adequar o vencimento da dívida à capacidade de geração de caixa.”
Na empresa, ninguém quis se manifestar sobre o assunto, nem informar a situação financeira da Companhia Albertina. O contato apresentado à Agência Estado para informações complementares foi da Arsenal Investimentos, empresa especializada, entre outras coisas, em administração de fundos e reestruturações financeiras.
A Companhia Albertina, segundo dados da União da Indústria da Cana-de-Açúcar, processou, na safra passada, 1,511 milhão de toneladas de cana, produzindo 148,56 mil toneladas de açúcar e 33,77 milhões de litros de álcool. Além de uma greve de cortadores de cana, enfrentou outros problemas na safra atual, como o atraso no pagamento de fornecedores.
Fonte: Gustavo Porto, Agência Estado
Norte de Minas contabiliza perdas e começa a se preparar para próxima seca 14.11.08
14.11.08
Veja mais abaixo:
Associação defende ampliação do cultivo de algodão como alternativa à seca
Montes Claros (MG) - A seca prolongada que atingiu o norte de Minas Gerais, região mais pobre do estado, nos últimos dois anos, provocou a perda de pelo menos 190 mil cabeças de gado e a redução de culturas, levou diversos municípios a decretar situação de emergência e fez despertar maior preocupação das autoridades públicas estaduais em relação aos próximos períodos de estiagem.
Nesta semana, começaram os primeiros pingos de chuva no extremo norte, depois de seis meses. Nos últimos 23 meses, foram praticamente 15 de seca ou de chuvas bem abaixo da média histórica. De março a novembro de 2007, praticamente não choveu na região.
“ Foram dois anos muito ruins que levaram a uma situação de seca gravíssima. Deve chover bastante nos próximos dias, mas não será suficiente para recuperar as perdas”, afirmou à Agência Brasil o climatologista Ruibran dos Reis, do Instituto MGTempo- Cemig/PUC-Minas, um dos maiores especialistas em regime de chuvas no estado.
Os números do instituto mostram, por exemplo, que em dezembro de 2007, quando se esperava 180 milímetros de chuva no norte de Minas, o índice registrado não chegou a 90. Em janeiro de 2008 choveu 86 milímetros, bem abaixo da média histórica de 140. Neste mês, até agora, choveu 5 milímetros ante uma média esperada de 120. Entre os municípios mais afetados estão Pai Pedro e Catuti (com baixos Índices de Desenvolvimento Humano), e Espinosa, localizados na direção da divisa com o sertão da Bahia.
Segundo o climatologista, o pior ainda está por vir. O norte de Minas tem sobre si uma massa de ar quente que dificulta a formação de nuvens e bloqueia as frentes frias. “Com o aquecimento global, as regiões secas tendem a ficar assim cada vez mais. A previsão de volume de precipitação é meio catastrófica nessa região, devendo cair nos próximos anos de 10 a 15 % em relação à média histórica anual [em torno de 700 milímetros]”, assinalou Reis.
O especialista acredita que a minimização dos efeitos negativos da seca prolongada passa, sobretudo, por uma mudança cultural de toda a sociedade. Um média pluviométrica anual de 500 milímetros não é algo muito diferente do que se registra em países europeus.
“Tem que aprender a conviver, pensar em sistemas para aproveitar a água que cai, como as barraginhas, e tentar desenvolver culturas que dependam menos de água”, orientou.
Relatório agroclimatológico divulgado no final de outubro pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) de Minas Gerais apontou a perda de 197.725 cabeças de gado no norte de Minas ( 49.283 cabeças morreram e 148.442 foram vendidas por falta de pastagens). O documento revelou ainda a queda de 50% na produção de leite e carne. Cerca de 1.900 poços estavam sem água e 50% das barragens secaram. O fato é que os prejuízos e a falta de água potável em localidades motivaram uma reação dos órgãos públicos.
Hoje, o governador em exercício, Antonio Anastasia, está em Montes Claros – que tem status de capital do norte de Minas - para anunciar, em reunião com prefeitos da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams), medidas para melhorar o enfrentamento da seca no semi-árido. O plano que o governo pretende colocar em prática inclui ações de saneamento, abastecimento de água, construção de barramentos, melhoria da qualidade da água e abertura de linhas de crédito a produtores rurais.
Está em curso ainda, também em Montes claros, a construção do Centro de Convivência com a Seca, no parque tecnológico do Distrito Industrial municipal.
Associação defende ampliação do cultivo de algodão como alternativa à seca
Montes Claros (MG) - A escassez de chuvas no norte de Minas Gerais, com média pluviométrica anual em torno de 700 milímetros, prejudica as pastagens, leva à perda de cabeças de gado e exige o desenvolvimento de projetos agrícolas com a menor dependência possível de água. Ciente deste cenário, a Associação de Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams) defende a cultura do algodão sequeiro como a melhor opção de agricultura familiar na região. As condições climáticas permitiriam uma colheita mais rápida do que em outras localidades.
“Isto é possível porque a luminosidade aqui é intensa. Enquanto a região do cerrado em Minas Gerais gasta 250 ou mais dias para fechar o ciclo do algodão, temos no norte de Minas um tempo de 100 a 110 dias com a mesma semente. Estamos utilizando tecnologia de sub-solagem, onde a raiz aprofunda mais na terra e resiste à falta de água. Encontramos a solução, mas precisamos que o governo nos ajude, porque tem muitos produtores inadimplentes, sem possibilidade de pegar novos empréstimos junto aos bancos”, argumentou, em entrevista à Agência Brasil, o presidente da Amams, José Barbosa Filho, prefeito de Catuti.
Barbosa ainda aponta como justificativa para sua tese o fato de a maior cidade da região, Montes Claros, ser um pólo estadual da indústria têxtil. Uma das fábricas instaladas no município é a Coteminas, de propriedade do vice-presidente da República José Alencar. O caroço do algodão também poderia ser utilizado como matéria-prima para produção de óleo.
Segundo o prefeito de Catuti, com maior fomento financeiro, a produção local de algodão sequeiro poderia saltar de 30 a 40 arrobas por hectare para 200 arrobas por hectare. Bastariam chuvas de anuais de 300 a 400 milimetros para viabilizar a colheita.
Fonte: Marco Antonio Soalheiro, enviado especial, Agência Brasil
Veja mais abaixo:
Associação defende ampliação do cultivo de algodão como alternativa à seca
Montes Claros (MG) - A seca prolongada que atingiu o norte de Minas Gerais, região mais pobre do estado, nos últimos dois anos, provocou a perda de pelo menos 190 mil cabeças de gado e a redução de culturas, levou diversos municípios a decretar situação de emergência e fez despertar maior preocupação das autoridades públicas estaduais em relação aos próximos períodos de estiagem.
Nesta semana, começaram os primeiros pingos de chuva no extremo norte, depois de seis meses. Nos últimos 23 meses, foram praticamente 15 de seca ou de chuvas bem abaixo da média histórica. De março a novembro de 2007, praticamente não choveu na região.
“ Foram dois anos muito ruins que levaram a uma situação de seca gravíssima. Deve chover bastante nos próximos dias, mas não será suficiente para recuperar as perdas”, afirmou à Agência Brasil o climatologista Ruibran dos Reis, do Instituto MGTempo- Cemig/PUC-Minas, um dos maiores especialistas em regime de chuvas no estado.
Os números do instituto mostram, por exemplo, que em dezembro de 2007, quando se esperava 180 milímetros de chuva no norte de Minas, o índice registrado não chegou a 90. Em janeiro de 2008 choveu 86 milímetros, bem abaixo da média histórica de 140. Neste mês, até agora, choveu 5 milímetros ante uma média esperada de 120. Entre os municípios mais afetados estão Pai Pedro e Catuti (com baixos Índices de Desenvolvimento Humano), e Espinosa, localizados na direção da divisa com o sertão da Bahia.
Segundo o climatologista, o pior ainda está por vir. O norte de Minas tem sobre si uma massa de ar quente que dificulta a formação de nuvens e bloqueia as frentes frias. “Com o aquecimento global, as regiões secas tendem a ficar assim cada vez mais. A previsão de volume de precipitação é meio catastrófica nessa região, devendo cair nos próximos anos de 10 a 15 % em relação à média histórica anual [em torno de 700 milímetros]”, assinalou Reis.
O especialista acredita que a minimização dos efeitos negativos da seca prolongada passa, sobretudo, por uma mudança cultural de toda a sociedade. Um média pluviométrica anual de 500 milímetros não é algo muito diferente do que se registra em países europeus.
“Tem que aprender a conviver, pensar em sistemas para aproveitar a água que cai, como as barraginhas, e tentar desenvolver culturas que dependam menos de água”, orientou.
Relatório agroclimatológico divulgado no final de outubro pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) de Minas Gerais apontou a perda de 197.725 cabeças de gado no norte de Minas ( 49.283 cabeças morreram e 148.442 foram vendidas por falta de pastagens). O documento revelou ainda a queda de 50% na produção de leite e carne. Cerca de 1.900 poços estavam sem água e 50% das barragens secaram. O fato é que os prejuízos e a falta de água potável em localidades motivaram uma reação dos órgãos públicos.
Hoje, o governador em exercício, Antonio Anastasia, está em Montes Claros – que tem status de capital do norte de Minas - para anunciar, em reunião com prefeitos da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams), medidas para melhorar o enfrentamento da seca no semi-árido. O plano que o governo pretende colocar em prática inclui ações de saneamento, abastecimento de água, construção de barramentos, melhoria da qualidade da água e abertura de linhas de crédito a produtores rurais.
Está em curso ainda, também em Montes claros, a construção do Centro de Convivência com a Seca, no parque tecnológico do Distrito Industrial municipal.
Associação defende ampliação do cultivo de algodão como alternativa à seca
Montes Claros (MG) - A escassez de chuvas no norte de Minas Gerais, com média pluviométrica anual em torno de 700 milímetros, prejudica as pastagens, leva à perda de cabeças de gado e exige o desenvolvimento de projetos agrícolas com a menor dependência possível de água. Ciente deste cenário, a Associação de Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams) defende a cultura do algodão sequeiro como a melhor opção de agricultura familiar na região. As condições climáticas permitiriam uma colheita mais rápida do que em outras localidades.
“Isto é possível porque a luminosidade aqui é intensa. Enquanto a região do cerrado em Minas Gerais gasta 250 ou mais dias para fechar o ciclo do algodão, temos no norte de Minas um tempo de 100 a 110 dias com a mesma semente. Estamos utilizando tecnologia de sub-solagem, onde a raiz aprofunda mais na terra e resiste à falta de água. Encontramos a solução, mas precisamos que o governo nos ajude, porque tem muitos produtores inadimplentes, sem possibilidade de pegar novos empréstimos junto aos bancos”, argumentou, em entrevista à Agência Brasil, o presidente da Amams, José Barbosa Filho, prefeito de Catuti.
Barbosa ainda aponta como justificativa para sua tese o fato de a maior cidade da região, Montes Claros, ser um pólo estadual da indústria têxtil. Uma das fábricas instaladas no município é a Coteminas, de propriedade do vice-presidente da República José Alencar. O caroço do algodão também poderia ser utilizado como matéria-prima para produção de óleo.
Segundo o prefeito de Catuti, com maior fomento financeiro, a produção local de algodão sequeiro poderia saltar de 30 a 40 arrobas por hectare para 200 arrobas por hectare. Bastariam chuvas de anuais de 300 a 400 milimetros para viabilizar a colheita.
Fonte: Marco Antonio Soalheiro, enviado especial, Agência Brasil
FAO: queda na demanda e oferta apertada devem restringir comércio mundial de farelo 14.11.08
14.11.08
Kuala Lumpur, 13 - Após quatro anos seguidos de crescimento, o comércio global de farelo de soja e outras oleaginosas comestíveis, como canola e girassol, não deve crescer em 2008/09, devido principalmente ao enfraquecimento da demanda global e uma provável queda de 10% nos embarques dos Estados Unidos. O comércio mundial é previsto em 62,8 milhões de toneladas, quase inalterado em relação a 62,6 milhões em 2007/08, segundo relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
O aumento de transações de alguns farelos, como o de colza e o de girassol, em 2008/09 deve ser ofuscado por uma queda incomum no comércio de farelo de soja.
A produção mundial de farelo deve ultrapassar o consumo em 2008 em apenas 1,1 milhão de toneladas, ou 1%, segundo a FAO.
"Este ano, a produtividade de soja abaixo da média, forte consumo doméstico e a necessidade de reabastecer os estoques devem reduzir as exportações dos EUA em mais de 10%", afirmou a FAO.
Fonte: informações da Dow Jones, com Deise Vieira, Agência Estado, e com o Observatório
Kuala Lumpur, 13 - Após quatro anos seguidos de crescimento, o comércio global de farelo de soja e outras oleaginosas comestíveis, como canola e girassol, não deve crescer em 2008/09, devido principalmente ao enfraquecimento da demanda global e uma provável queda de 10% nos embarques dos Estados Unidos. O comércio mundial é previsto em 62,8 milhões de toneladas, quase inalterado em relação a 62,6 milhões em 2007/08, segundo relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
O aumento de transações de alguns farelos, como o de colza e o de girassol, em 2008/09 deve ser ofuscado por uma queda incomum no comércio de farelo de soja.
A produção mundial de farelo deve ultrapassar o consumo em 2008 em apenas 1,1 milhão de toneladas, ou 1%, segundo a FAO.
"Este ano, a produtividade de soja abaixo da média, forte consumo doméstico e a necessidade de reabastecer os estoques devem reduzir as exportações dos EUA em mais de 10%", afirmou a FAO.
Fonte: informações da Dow Jones, com Deise Vieira, Agência Estado, e com o Observatório
CMN prorroga para 12 de dezembro prazo para agricultores renegociarem dívidas 14.11.08
14.11.08
Os agricultores com dificuldades para quitar seus débitos com instituições financeiras ganharam mais tempo para renegociar a dívida. Em reunião extraordinária na quarta-feira (12) à noite, o Conselho Monetário Nacional (CMN) prorrogou para 12 de dezembro o prazo para os produtores aderirem à renegociação da dívida rural.
A informação foi confirmada há pouco pelo secretário-adjunto de Política Agrícola do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt.
Segundo ele, o governo decidiu prorrogar o prazo devido à greve que ocorreu no sistema bancário e atrapalhou a adesão de boa parte dos produtores.
Originalmente, o prazo para aderir à renegociação venceria em 30 de setembro, mas a data havia sido prorrogada para hoje (14).
Na ocasião, o CMN informou que o adiamento ocorreu porque o percentual de adesão dos produtores com dívidas nos Bancos do Nordeste e da Amazônia estava em torno de 20%.
Enviada ao Congresso na forma de medida provisória no dia 28 de maio, a renegociação foi convertida em lei no dia 18 de setembro. Ao todo, o governo aceitou renegociar R$ 75 bilhões de dívidas dos produtores rurais. A medida beneficia até 2,8 milhões de contratos.
A renegociação concede descontos que vão de 5% a 45% sobre o saldo devedor, com juros variando entre 3% a 12% ao ano. Neste caso específico, as dívidas foram contraídas por agricultores familiares, assentados da reforma agrária, médios produtores e os chamados agricultores empresariais.
Bitencourt disse ainda que, na mesma reunião do CMN, foi ampliado o limite máximo que cada instituição financeira pode renegociar nas operações de investimentos com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
“Tínhamos um limite de 10%, mas fizemos uma avaliação com as instituições financeiras e a demanda estava um pouco superior a esse limite. Então, estamos ampliando o limite para 20%”, afirmou.
Segundo ele, esse limite não se aplica aos estados do Mato Grosso, Rio Grande do Sul e a municípios do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul que decretaram estado de emergência. Para esses, o limite estabelecido era de 60% do saldo de cada instituição financeira e foi mantido no mesmo patamar.
Fonte: Danilo Macedo e Wellton Máximo, repórteres da Agência Brasil
Os agricultores com dificuldades para quitar seus débitos com instituições financeiras ganharam mais tempo para renegociar a dívida. Em reunião extraordinária na quarta-feira (12) à noite, o Conselho Monetário Nacional (CMN) prorrogou para 12 de dezembro o prazo para os produtores aderirem à renegociação da dívida rural.
A informação foi confirmada há pouco pelo secretário-adjunto de Política Agrícola do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt.
Segundo ele, o governo decidiu prorrogar o prazo devido à greve que ocorreu no sistema bancário e atrapalhou a adesão de boa parte dos produtores.
Originalmente, o prazo para aderir à renegociação venceria em 30 de setembro, mas a data havia sido prorrogada para hoje (14).
Na ocasião, o CMN informou que o adiamento ocorreu porque o percentual de adesão dos produtores com dívidas nos Bancos do Nordeste e da Amazônia estava em torno de 20%.
Enviada ao Congresso na forma de medida provisória no dia 28 de maio, a renegociação foi convertida em lei no dia 18 de setembro. Ao todo, o governo aceitou renegociar R$ 75 bilhões de dívidas dos produtores rurais. A medida beneficia até 2,8 milhões de contratos.
A renegociação concede descontos que vão de 5% a 45% sobre o saldo devedor, com juros variando entre 3% a 12% ao ano. Neste caso específico, as dívidas foram contraídas por agricultores familiares, assentados da reforma agrária, médios produtores e os chamados agricultores empresariais.
Bitencourt disse ainda que, na mesma reunião do CMN, foi ampliado o limite máximo que cada instituição financeira pode renegociar nas operações de investimentos com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
“Tínhamos um limite de 10%, mas fizemos uma avaliação com as instituições financeiras e a demanda estava um pouco superior a esse limite. Então, estamos ampliando o limite para 20%”, afirmou.
Segundo ele, esse limite não se aplica aos estados do Mato Grosso, Rio Grande do Sul e a municípios do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul que decretaram estado de emergência. Para esses, o limite estabelecido era de 60% do saldo de cada instituição financeira e foi mantido no mesmo patamar.
Fonte: Danilo Macedo e Wellton Máximo, repórteres da Agência Brasil
Goiás e Alagoas têm maior número de trabalhadores escravos resgatados este ano 14.11.08
14.11.08
Em 2008 foram identificados 867 trabalhadores escravos em sete fazendas do estado de Goiás, o maior número nacional. Os dados foram divulgados ontem (13) pelo Ministério de Trabalho e Emprego (MTE), durante reunião da Subcomissão Temporária de Combate ao Trabalho Escravo, que integra a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado.
Alagoas teve o segundo maior número de trabalhadores escravos resgatados este ano: foram 656, em três fazendas.
A chefe da Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo do MTE, Juliana Cassiano, atribuiu esses números ao crescimento da produção de cana-de-açúcar nos dois estados. “Alagoas, por exemplo, não teve registro do problema em 2007 e neste ano está em segundo lugar.”
A presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho, Rosa Maria Campos Jorge, disse que, além de incentivar o biodiesel, o governo precisa de um controle mais rígido das condições do trabalhador. “As plantações de cana-de-açúcar têm tido um grande número de trabalhadores escravos. O biodiesel é considerado um combustível limpo, mas deve ser limpo também nas suas relações de trabalho.”
O Estado do Pará, em função da fronteira agrícola, do extrativismo e das carvoarias, permanece com os piores índices totais. Apesar de aparecer em terceiro lugar com 592 trabalhadores escravos libertados, neste ano, somam-se, ainda, 725 trabalhadores que foram encontrados sem registro e em más condições de trabalho, totalizando 1317 trabalhadores.
Na reunião, foi discutido o 2º Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo, produzido pela Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo. O plano, com 66 metas, estabelece ações de enfrentamento, repressão e prevenção, reinserção e capacitação dos trabalhadores libertados.
“Esse plano tem ênfase na prevenção e reinserção das pessoas libertadas. A idéia é fechar a porta de entrada para que pessoas não sejam aliciadas e para que não sejam recolocadas as que foram resgatadas”, explicou José Guerra, assessor da Secretaria Especial dos Direitos Humanos.
O procurador do Trabalho e coordenador nacional de Erradicação do Trabalho Escravo do Ministério Público do Trabalho, Jonas Moreno, reforçou a necessidade de se viabilizarem formas alternativas de trabalho para as pessoas libertadas.
“Precisamos de políticas governamentais de prevenção e reinserção. Estamos falando de impunidade, de miséria e de trabalhadores sem formação educacional que são retidos por dívidas, moram em barracos de lona e são obrigados a beber a mesma água servida ao gado. Isto precisa mudar.”
Fonte: Lisiane Wandscheer, repórter da Agência Brasil
Em 2008 foram identificados 867 trabalhadores escravos em sete fazendas do estado de Goiás, o maior número nacional. Os dados foram divulgados ontem (13) pelo Ministério de Trabalho e Emprego (MTE), durante reunião da Subcomissão Temporária de Combate ao Trabalho Escravo, que integra a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado.
Alagoas teve o segundo maior número de trabalhadores escravos resgatados este ano: foram 656, em três fazendas.
A chefe da Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo do MTE, Juliana Cassiano, atribuiu esses números ao crescimento da produção de cana-de-açúcar nos dois estados. “Alagoas, por exemplo, não teve registro do problema em 2007 e neste ano está em segundo lugar.”
A presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho, Rosa Maria Campos Jorge, disse que, além de incentivar o biodiesel, o governo precisa de um controle mais rígido das condições do trabalhador. “As plantações de cana-de-açúcar têm tido um grande número de trabalhadores escravos. O biodiesel é considerado um combustível limpo, mas deve ser limpo também nas suas relações de trabalho.”
O Estado do Pará, em função da fronteira agrícola, do extrativismo e das carvoarias, permanece com os piores índices totais. Apesar de aparecer em terceiro lugar com 592 trabalhadores escravos libertados, neste ano, somam-se, ainda, 725 trabalhadores que foram encontrados sem registro e em más condições de trabalho, totalizando 1317 trabalhadores.
Na reunião, foi discutido o 2º Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo, produzido pela Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo. O plano, com 66 metas, estabelece ações de enfrentamento, repressão e prevenção, reinserção e capacitação dos trabalhadores libertados.
“Esse plano tem ênfase na prevenção e reinserção das pessoas libertadas. A idéia é fechar a porta de entrada para que pessoas não sejam aliciadas e para que não sejam recolocadas as que foram resgatadas”, explicou José Guerra, assessor da Secretaria Especial dos Direitos Humanos.
O procurador do Trabalho e coordenador nacional de Erradicação do Trabalho Escravo do Ministério Público do Trabalho, Jonas Moreno, reforçou a necessidade de se viabilizarem formas alternativas de trabalho para as pessoas libertadas.
“Precisamos de políticas governamentais de prevenção e reinserção. Estamos falando de impunidade, de miséria e de trabalhadores sem formação educacional que são retidos por dívidas, moram em barracos de lona e são obrigados a beber a mesma água servida ao gado. Isto precisa mudar.”
Fonte: Lisiane Wandscheer, repórter da Agência Brasil
MTE resgata dez trabalhadores em condições degradantes em carvoarias no Piauí 13.11.08
13.11.08
Ação do Grupo Especial de Fiscalização Rural da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no estado inspecionou carvoarias do município de Parnaguá. As verbas rescisórias somaram R$ 17 mil
O Ministério do Trabalho e Emprego, por meio do Grupo Especial de Fiscalização Rural da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Piauí, resgatou dez homens de condições degradantes no exercício de atividades com carvão vegetal. A ação foi realizada no município de Parnaguá, a 823 km da capital Teresina, e terminou na última quarta-feira (5). Os empregados eram oriundos de Barreiras, no Estado da Bahia.
Quando encontrados, os trabalhadores reclamaram do excesso de jornada, das 7h às 18h, com intervalo somente de meia hora para o almoço. Segundo relato dos auditores, a alimentação era preparada de maneira precária e sem qualquer padrão de higiene, em um fogareiro improvisado, sob um barraco sem cobertura. Além disso, a água servida aos trabalhadores era armazenada em um tambor metálico enferrujado e em recipientes vazios de produtos químicos.
Todos estavam alojados precariamente em um pequeno barraco de piso de chão bruto, sem instalações sanitárias, dormindo em redes armadas ou em finíssimos colchonetes sobre camas improvisadas com tábuas. "Por falta de instalações sanitárias, os trabalhadores tinham de fazer suas necessidades fisiológicas a céu aberto, sem nenhum asseio ou condições de higiene", conta Robson Waldeck Silva, coordenador da ação.
A empresa, além de não submeter os trabalhadores a exame médico admissional antes do início das atividades, não mantinha materiais destinados à prestação de primeiros socorros. "O pessoal estava sem registro, trabalhava sem Equipamentos de Proteção Individual, o que tornava mais grave o fato de não haver material para atendimentos de urgência", relata o coordenador.
Direitos trabalhistas - Somente um dos empregados trabalhava com carteira assinada, por isso foram emitidas nove carteiras de trabalho (CTPS) e solicitados dez seguros-desemprego. O estabelecimento foi notificado e os trabalhadores receberam as verbas rescisórias devidas, que somaram R$ 17 mil.
Foi firmado, ainda, um Termo de Ajuste e Conduta com a representante da Procuradoria Regional do Trabalho, na qual, a empresa teve que pagar, a título de dano moral individual, o valor de R$ 2 mil para cada trabalhador prejudicado. E lavrados seis autos de infração.
A operação contou com a colaboração da Procuradoria do Trabalho, Polícia Militar do Estado e representantes da Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Piauí. O Grupo de Fiscalização segue com o trabalho no sul do estado para verificar outras possíveis irregularidades.
Fonte: Assessoria de Imprensa SRTE/PI
Ação do Grupo Especial de Fiscalização Rural da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no estado inspecionou carvoarias do município de Parnaguá. As verbas rescisórias somaram R$ 17 mil
O Ministério do Trabalho e Emprego, por meio do Grupo Especial de Fiscalização Rural da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Piauí, resgatou dez homens de condições degradantes no exercício de atividades com carvão vegetal. A ação foi realizada no município de Parnaguá, a 823 km da capital Teresina, e terminou na última quarta-feira (5). Os empregados eram oriundos de Barreiras, no Estado da Bahia.
Quando encontrados, os trabalhadores reclamaram do excesso de jornada, das 7h às 18h, com intervalo somente de meia hora para o almoço. Segundo relato dos auditores, a alimentação era preparada de maneira precária e sem qualquer padrão de higiene, em um fogareiro improvisado, sob um barraco sem cobertura. Além disso, a água servida aos trabalhadores era armazenada em um tambor metálico enferrujado e em recipientes vazios de produtos químicos.
Todos estavam alojados precariamente em um pequeno barraco de piso de chão bruto, sem instalações sanitárias, dormindo em redes armadas ou em finíssimos colchonetes sobre camas improvisadas com tábuas. "Por falta de instalações sanitárias, os trabalhadores tinham de fazer suas necessidades fisiológicas a céu aberto, sem nenhum asseio ou condições de higiene", conta Robson Waldeck Silva, coordenador da ação.
A empresa, além de não submeter os trabalhadores a exame médico admissional antes do início das atividades, não mantinha materiais destinados à prestação de primeiros socorros. "O pessoal estava sem registro, trabalhava sem Equipamentos de Proteção Individual, o que tornava mais grave o fato de não haver material para atendimentos de urgência", relata o coordenador.
Direitos trabalhistas - Somente um dos empregados trabalhava com carteira assinada, por isso foram emitidas nove carteiras de trabalho (CTPS) e solicitados dez seguros-desemprego. O estabelecimento foi notificado e os trabalhadores receberam as verbas rescisórias devidas, que somaram R$ 17 mil.
Foi firmado, ainda, um Termo de Ajuste e Conduta com a representante da Procuradoria Regional do Trabalho, na qual, a empresa teve que pagar, a título de dano moral individual, o valor de R$ 2 mil para cada trabalhador prejudicado. E lavrados seis autos de infração.
A operação contou com a colaboração da Procuradoria do Trabalho, Polícia Militar do Estado e representantes da Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Piauí. O Grupo de Fiscalização segue com o trabalho no sul do estado para verificar outras possíveis irregularidades.
Fonte: Assessoria de Imprensa SRTE/PI
Estados do Sudeste exportam 57,1% e importam 57,5% do total brasileiro em outubro 13.11.08
13.11.08
Os dados do desempenho comercial internacional das 27 unidades da federação brasileiras em outubro de 2008 foram divulgados ontem (12) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). No período, as exportações brasileiras somaram US$ 18,512 bilhões, cifra 17,4% maior que a verificada no mesmo mês do ano passado. Na mesma comparação, as importações apresentaram alta de 40,3% e totalizaram US$ 17,305 bilhões.
Exportação
As exportações dos estados da região Sudeste – São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo – somaram US$ 10,566 bilhões em outubro, valor correspondente a 57,1% do total exportado pelo Brasil no mês. Na região, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo apresentaram crescimento das exportações acima da média nacional: 44%, 34,3% e 51,5%, respectivamente. O principal estado exportador da região e, conseqüentemente do país, foi São Paulo que, sozinho, embarcou 26,92% das exportações nacionais no período (US$ 4,983 bilhões).
Na região Sul, as vendas ao mercado internacional somaram US$ 3,617 bilhões, valor 1,4% maior que o registrado em outubro do ano passado. Rio Grande do Sul registrou os principais embarques da região: US$ 1,659 bilhão (+3,3%). As exportações do Paraná somaram US$ 1,213 bilhão, valor 2,5% menor que o apresentado em 2007 (US$ 1,243 bilhão). No mês, Santa Catarina registrou embarques de US$ 745 milhões, desempenho 3,8% maior que o valor exportado em outubro de 2007.
Os nove estados do Nordeste exportaram, em outubro, US$ 1,420 bilhão, valor 13,9% maior que o registrado no mesmo mês de ano passado. Na região, a Bahia foi o estado que mais exportou (US$ 729 milhões). Em seguida vieram Maranhão, Pernambuco e Ceará e com embarques de US$ 340 milhões, US$ 127 milhões e US$ 103 milhões, respectivamente.
Os embarques da região Norte apresentaram, em outubro, crescimento de 44,4% sobre o mesmo mês do ano passado. Essa foi a melhor performance regional registrada no período. As empresas nortistas embarcaram para o exterior US$ 1,372 bilhão no mês. O Pará foi o grande exportador da região, com vendas de US$ 1,152 bilhão, seguido pelo Amazonas (US$ 139 milhões), Rondônia (US$ 31 milhões) e Tocantins (US$ 27,6 milhões).
Em outubro, as exportações do Centro-Oeste aumentaram 11,9% em relação ao mesmo mês do ano passado. As vendas da região ao mercado internacional totalizaram US$ 1,218 bilhão. Mato Grosso exportou US$ 661 milhões; Goiás US$ 357 milhões; Mato Grosso do Sul US$ 193 milhões e Distrito Federal US$ 7,3 milhões.
Importação
As importações do Sudeste em outubro totalizaram US$ 9,943 bilhões, uma alta de 36,5%, na comparação com o mesmo mês do ano passado. A região teve a maior participação nas importações de todo o Brasil (57,5%). O estado que mais importou foi São Paulo (US$ 6,662 bilhões).
Os estados do Sul importaram US$ 3,761 bilhões, uma alta de 41,8% sobre outubro de 2007. A participação da região no total de importações brasileiras foi de 21,7%, sendo o Paraná o estado que mais comprou produtos do mercado internacional (US$ 1,577 bilhão), seguido do Rio Grande do Sul (US$ 1,427 bilhão) e Santa Catarina (US$ 757 milhões).
Os registros de importação da região Nordeste totalizaram US$ 1,535 bilhão em outubro deste ano. A participação da região no total brasileiro de desembarques foi de 8,9% e o crescimento foi de 61,1% sobre os valores importados no mês em 2007. Os estados que mais importaram foram Bahia (US$ 717) e Maranhão (US$ 390 milhões).
O Norte do país registrou uma elevação de 51,1% das importações, na comparação com outubro do ano passado. O total desembarcado por empresas da região foi de US$ 1,233 bilhão,o que correspondeu a uma participação de 7,1% no total do país. O Amazonas, em função das compras da Zona Franca de Manaus, registrou as principais compras da região: US$ 1,102 bilhão.
As importações do Centro-Oeste, no período, somaram US$ 822 milhões, o que representou uma participação de 4,8% nas compras internacionais brasileiras. O estado que mais importou foi Mato Grosso do Sul (US$ 326 milhões). Goiás importou US$ 272 milhões Mato Grosso, US$ 152 milhões e o Distrito Federal, US$ 70 milhões. Acesse os números.
Fonte: Rachel Porfírio, Assessoria de Comunicação Social do MDIC
Os dados do desempenho comercial internacional das 27 unidades da federação brasileiras em outubro de 2008 foram divulgados ontem (12) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). No período, as exportações brasileiras somaram US$ 18,512 bilhões, cifra 17,4% maior que a verificada no mesmo mês do ano passado. Na mesma comparação, as importações apresentaram alta de 40,3% e totalizaram US$ 17,305 bilhões.
Exportação
As exportações dos estados da região Sudeste – São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo – somaram US$ 10,566 bilhões em outubro, valor correspondente a 57,1% do total exportado pelo Brasil no mês. Na região, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo apresentaram crescimento das exportações acima da média nacional: 44%, 34,3% e 51,5%, respectivamente. O principal estado exportador da região e, conseqüentemente do país, foi São Paulo que, sozinho, embarcou 26,92% das exportações nacionais no período (US$ 4,983 bilhões).
Na região Sul, as vendas ao mercado internacional somaram US$ 3,617 bilhões, valor 1,4% maior que o registrado em outubro do ano passado. Rio Grande do Sul registrou os principais embarques da região: US$ 1,659 bilhão (+3,3%). As exportações do Paraná somaram US$ 1,213 bilhão, valor 2,5% menor que o apresentado em 2007 (US$ 1,243 bilhão). No mês, Santa Catarina registrou embarques de US$ 745 milhões, desempenho 3,8% maior que o valor exportado em outubro de 2007.
Os nove estados do Nordeste exportaram, em outubro, US$ 1,420 bilhão, valor 13,9% maior que o registrado no mesmo mês de ano passado. Na região, a Bahia foi o estado que mais exportou (US$ 729 milhões). Em seguida vieram Maranhão, Pernambuco e Ceará e com embarques de US$ 340 milhões, US$ 127 milhões e US$ 103 milhões, respectivamente.
Os embarques da região Norte apresentaram, em outubro, crescimento de 44,4% sobre o mesmo mês do ano passado. Essa foi a melhor performance regional registrada no período. As empresas nortistas embarcaram para o exterior US$ 1,372 bilhão no mês. O Pará foi o grande exportador da região, com vendas de US$ 1,152 bilhão, seguido pelo Amazonas (US$ 139 milhões), Rondônia (US$ 31 milhões) e Tocantins (US$ 27,6 milhões).
Em outubro, as exportações do Centro-Oeste aumentaram 11,9% em relação ao mesmo mês do ano passado. As vendas da região ao mercado internacional totalizaram US$ 1,218 bilhão. Mato Grosso exportou US$ 661 milhões; Goiás US$ 357 milhões; Mato Grosso do Sul US$ 193 milhões e Distrito Federal US$ 7,3 milhões.
Importação
As importações do Sudeste em outubro totalizaram US$ 9,943 bilhões, uma alta de 36,5%, na comparação com o mesmo mês do ano passado. A região teve a maior participação nas importações de todo o Brasil (57,5%). O estado que mais importou foi São Paulo (US$ 6,662 bilhões).
Os estados do Sul importaram US$ 3,761 bilhões, uma alta de 41,8% sobre outubro de 2007. A participação da região no total de importações brasileiras foi de 21,7%, sendo o Paraná o estado que mais comprou produtos do mercado internacional (US$ 1,577 bilhão), seguido do Rio Grande do Sul (US$ 1,427 bilhão) e Santa Catarina (US$ 757 milhões).
Os registros de importação da região Nordeste totalizaram US$ 1,535 bilhão em outubro deste ano. A participação da região no total brasileiro de desembarques foi de 8,9% e o crescimento foi de 61,1% sobre os valores importados no mês em 2007. Os estados que mais importaram foram Bahia (US$ 717) e Maranhão (US$ 390 milhões).
O Norte do país registrou uma elevação de 51,1% das importações, na comparação com outubro do ano passado. O total desembarcado por empresas da região foi de US$ 1,233 bilhão,o que correspondeu a uma participação de 7,1% no total do país. O Amazonas, em função das compras da Zona Franca de Manaus, registrou as principais compras da região: US$ 1,102 bilhão.
As importações do Centro-Oeste, no período, somaram US$ 822 milhões, o que representou uma participação de 4,8% nas compras internacionais brasileiras. O estado que mais importou foi Mato Grosso do Sul (US$ 326 milhões). Goiás importou US$ 272 milhões Mato Grosso, US$ 152 milhões e o Distrito Federal, US$ 70 milhões. Acesse os números.
Fonte: Rachel Porfírio, Assessoria de Comunicação Social do MDIC
Crise afeta demanda por semente de milho 13.11.08
13.11.08
Os reflexos da escassez de recursos e os menores preços pagos pelo milho já devem ser notados na safra de verão pela indústria de sementes. Até meados deste ano, o setor esperava superar a safra do ano passado em volume de vendas, mas o agravamento do cenário com a restrição ao crédito e a maior oferta da commodity no mercado interno fez o setor rever as metas e projetar uma redução de 5% até o final do plantio. Dados da Associação Paulista dos Produtores de Sementes (Apps) mostram que, até setembro deste ano, cerca de 4,17 milhões de sacos de sementes foram vendidos, número 2,2% inferior ao período anterior. No ano passado, em torno de 6,75 milhões de sacos de semente de milho foram comercializadas na safra de verão. A expectativa é que esses produtores migrem para a soja, que oferece menores custos com sementes e adubação das lavouras, além de oferecer boa liquidez no momento da venda.
A consultoria Céleres estima redução um pouco mais intensa na demanda de sementes do milho (6%), o que confere uma queda de 400 mil hectares na área total da primeira safra, recuando de 9,6 milhões de hectares para 9,2 milhões de hectares (-4%). "O segundo semestre deve terminar com estoques elevados porque a safrinha foi maior que o previsto. Com isso, a soja oferece renda mais interessante ao produtor com menores custos de produção", avalia Leonardo Sologuren, diretor da consultoria.
O cenário fica ainda mais incerto para a safra de inverno do milho (conhecida como safrinha), segundo Cássio Cruz Camargo, secretário-executivo da Apps. Ele diz que ainda não é possível mensurar a redução de área ou demanda, mas o nível tecnológico empregado com certeza será menor. "Esperávamos um cenário positivo para o verão e a safrinha. Mas a crise acabou mu-dando o panorama", observa. Elton Ramer, presidente da Associação dos Produtores de Semente do Mato Grosso (Aprosmat), revela que os produtores têm dificuldades para acessar o crédito, o que prejudica o andamento da colheita. "Na safra de verão já esperamos redução na demanda, pois os produtore migraram para soja. A maior incógnita fica para o inverno. Se ocorrer uma redução na área e na demanda de semente de milho acima de 60% não será novidade alguma".
Iwao Miyamoto, presidente da Associação Brasileira de Mudas e Sementes (Abrasem), confirma a maior demanda por sementes de soja. Segundo disse, as vendas devem crescer 10% neste ano. Em 2007, foram comercializadas 15 milhões de sacas de 40 quilos. "A crise que abalou o milho não deve prejudicar na mesma intensidade a soja", explica. Ele lembra que o custo da saca de semente da oleaginosa favorece o movimento, pois custa cerca de R$ 40, enquanto a do milho fica acima dos R$ 100.
No Rio Grande do Sul, os produtores estão cancelando as compras de sementes de milho para adquirir a de soja. Narciso Barison Neto, presidente da Associação dos Produtores e Comerciantes de Sementes e Mudas do Rio Grande do Sul (Apassul), afirma que a demanda pela soja está 10% superior à do ano passado. "A queda do milho deve ficar nessa mesma proporção". No estado, a área deve cair 200 mil hectares e ficar em 1,4 milhões de hectares, conforme previsão da associação.
O plantio de milho primeira safra no Paraná já atingiu a mais de 90% da área programada, segundo levantamento do Departamento de Economia Rural ( Deral), da Secretaria de Agricultura do estado. A primeira safra do Paraná tem área estimada em 1,303 milhão de hectares, o que é 5,3% inferior à de 1,376 milhão de hectares plantados em 2007/08. Já a produção segue estimada em 9,2 milhões de toneladas, volume 9,4% inferior à de 9,725 milhões de toneladas da última temporada, se as condições de safra forem normais. A queda é explicada pelo Deral pela necessidade de uso de intenso de fertilizantes na cultura, cujos preços aumentaram em mais de 50% em poucos meses, mas essa queda pode ser compensada na safrinha conforme a evolução dos preços o mercado. Segundo informações da Safras & Mercado, o plantio da safra 2008/09 no Centro-Sul atinge 57% do total, estimado em 5,8 milhões de hectares.
O movimento de recuo na produção pode favorecer os preços do milho no próximo ano. O grão, que baixou 52% após um auge sem precedentes, poderá tornar a registrar preços recorde no próximo ano devido à crescente demanda para seu uso em combustível, disse David Dawe, economista da Divisão de Economia Agrícola e Desenvolvimento da Organização para a Agricultora e a Alimentação das Nações Unidas (FAO). "Possivelmente veremos uma certa queda na produção", disse na entrevista em Yokohama, Japão. "Por outro lado, há um crescimento sustentável na demanda por biocombustíveis."
"É possível que os investidores, no momento preocupados com a força do dólar e a crise do mercado financeiro, voltem a se concentrar no milho no ano próximo", disse por telefone Kenji Kobayashi, analista da Kanetsu Asset Management de Tóquio.
Fonte: Gazeta Mercantil
Os reflexos da escassez de recursos e os menores preços pagos pelo milho já devem ser notados na safra de verão pela indústria de sementes. Até meados deste ano, o setor esperava superar a safra do ano passado em volume de vendas, mas o agravamento do cenário com a restrição ao crédito e a maior oferta da commodity no mercado interno fez o setor rever as metas e projetar uma redução de 5% até o final do plantio. Dados da Associação Paulista dos Produtores de Sementes (Apps) mostram que, até setembro deste ano, cerca de 4,17 milhões de sacos de sementes foram vendidos, número 2,2% inferior ao período anterior. No ano passado, em torno de 6,75 milhões de sacos de semente de milho foram comercializadas na safra de verão. A expectativa é que esses produtores migrem para a soja, que oferece menores custos com sementes e adubação das lavouras, além de oferecer boa liquidez no momento da venda.
A consultoria Céleres estima redução um pouco mais intensa na demanda de sementes do milho (6%), o que confere uma queda de 400 mil hectares na área total da primeira safra, recuando de 9,6 milhões de hectares para 9,2 milhões de hectares (-4%). "O segundo semestre deve terminar com estoques elevados porque a safrinha foi maior que o previsto. Com isso, a soja oferece renda mais interessante ao produtor com menores custos de produção", avalia Leonardo Sologuren, diretor da consultoria.
O cenário fica ainda mais incerto para a safra de inverno do milho (conhecida como safrinha), segundo Cássio Cruz Camargo, secretário-executivo da Apps. Ele diz que ainda não é possível mensurar a redução de área ou demanda, mas o nível tecnológico empregado com certeza será menor. "Esperávamos um cenário positivo para o verão e a safrinha. Mas a crise acabou mu-dando o panorama", observa. Elton Ramer, presidente da Associação dos Produtores de Semente do Mato Grosso (Aprosmat), revela que os produtores têm dificuldades para acessar o crédito, o que prejudica o andamento da colheita. "Na safra de verão já esperamos redução na demanda, pois os produtore migraram para soja. A maior incógnita fica para o inverno. Se ocorrer uma redução na área e na demanda de semente de milho acima de 60% não será novidade alguma".
Iwao Miyamoto, presidente da Associação Brasileira de Mudas e Sementes (Abrasem), confirma a maior demanda por sementes de soja. Segundo disse, as vendas devem crescer 10% neste ano. Em 2007, foram comercializadas 15 milhões de sacas de 40 quilos. "A crise que abalou o milho não deve prejudicar na mesma intensidade a soja", explica. Ele lembra que o custo da saca de semente da oleaginosa favorece o movimento, pois custa cerca de R$ 40, enquanto a do milho fica acima dos R$ 100.
No Rio Grande do Sul, os produtores estão cancelando as compras de sementes de milho para adquirir a de soja. Narciso Barison Neto, presidente da Associação dos Produtores e Comerciantes de Sementes e Mudas do Rio Grande do Sul (Apassul), afirma que a demanda pela soja está 10% superior à do ano passado. "A queda do milho deve ficar nessa mesma proporção". No estado, a área deve cair 200 mil hectares e ficar em 1,4 milhões de hectares, conforme previsão da associação.
O plantio de milho primeira safra no Paraná já atingiu a mais de 90% da área programada, segundo levantamento do Departamento de Economia Rural ( Deral), da Secretaria de Agricultura do estado. A primeira safra do Paraná tem área estimada em 1,303 milhão de hectares, o que é 5,3% inferior à de 1,376 milhão de hectares plantados em 2007/08. Já a produção segue estimada em 9,2 milhões de toneladas, volume 9,4% inferior à de 9,725 milhões de toneladas da última temporada, se as condições de safra forem normais. A queda é explicada pelo Deral pela necessidade de uso de intenso de fertilizantes na cultura, cujos preços aumentaram em mais de 50% em poucos meses, mas essa queda pode ser compensada na safrinha conforme a evolução dos preços o mercado. Segundo informações da Safras & Mercado, o plantio da safra 2008/09 no Centro-Sul atinge 57% do total, estimado em 5,8 milhões de hectares.
O movimento de recuo na produção pode favorecer os preços do milho no próximo ano. O grão, que baixou 52% após um auge sem precedentes, poderá tornar a registrar preços recorde no próximo ano devido à crescente demanda para seu uso em combustível, disse David Dawe, economista da Divisão de Economia Agrícola e Desenvolvimento da Organização para a Agricultora e a Alimentação das Nações Unidas (FAO). "Possivelmente veremos uma certa queda na produção", disse na entrevista em Yokohama, Japão. "Por outro lado, há um crescimento sustentável na demanda por biocombustíveis."
"É possível que os investidores, no momento preocupados com a força do dólar e a crise do mercado financeiro, voltem a se concentrar no milho no ano próximo", disse por telefone Kenji Kobayashi, analista da Kanetsu Asset Management de Tóquio.
Fonte: Gazeta Mercantil
Criadores de suínos pedem fim da cobrança do Funrural no abate 13.11.08
13.11.08
Os criadores de suínos defendem o fim da cobrança adicional de 2,3% de Funrural no abate de animais. Eles alegam que o fundo, destinado à previdência social no meio rural e fixado nos mesmos 2,3%, já é cobrado na compra de animais. A reivindicação foi apresentada hoje aos ministros da Previdência, José Pimentel, e da Agricultura, Reinhold Stephanes, segundo assessoria de imprensa de imprensa da Frente Parlamentar da Agropecuária.
Na opinião do presidente da Associação Catarinense dos Criadores de Suínos, Wolmir de Souza, a proposta mais justa seria cobrar sobre todos os animais, mas somente no abate. "Assim evitaríamos a bitributação e a sonegação fiscal", disse. Wolmir calcula que, em Santa Catarina, a arrecadação do tributo vai ter um aumento de cerca de 23 milhões de reais por mês", explicou.
Fonte: Fabíola Salvador, Agência Estado
Os criadores de suínos defendem o fim da cobrança adicional de 2,3% de Funrural no abate de animais. Eles alegam que o fundo, destinado à previdência social no meio rural e fixado nos mesmos 2,3%, já é cobrado na compra de animais. A reivindicação foi apresentada hoje aos ministros da Previdência, José Pimentel, e da Agricultura, Reinhold Stephanes, segundo assessoria de imprensa de imprensa da Frente Parlamentar da Agropecuária.
Na opinião do presidente da Associação Catarinense dos Criadores de Suínos, Wolmir de Souza, a proposta mais justa seria cobrar sobre todos os animais, mas somente no abate. "Assim evitaríamos a bitributação e a sonegação fiscal", disse. Wolmir calcula que, em Santa Catarina, a arrecadação do tributo vai ter um aumento de cerca de 23 milhões de reais por mês", explicou.
Fonte: Fabíola Salvador, Agência Estado
USDA acredita em crescimento das exportações de carne bovina em 2009 13.11.08
13.11.08
As exportações brasileiras deverão crescer em torno de 5%, após o recuo esperado para este ano.
As exportações mundiais de carne bovina deverão crescer 2% em 2009, em função do aumento das vendas de Argentina, Brasil e Estados Unidos, apesar da retração esperada para os embarques de Austrália e Nova Zelândia. As informações são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
As exportações brasileiras deverão crescer em torno de 5%, após o recuo esperado para este ano (o primeiro desde 1996). O USDA espera que a retomada do mercado chileno e a liberação de novas fazendas para atender a UE auxiliem positivamente o desempenho do Brasil.
As exportações da Argentina poderão crescer em torno de 20% (mas é preciso avaliar as ações do governo local), sendo que o crescimento esperado para os embarques norte-americanos é de 10%. Os EUA serão beneficiados pelas compras de México e Canadá, contando também com o aumento das vendas para a Ásia.
Já as exportações australianas deverão recuar 3%, graças à retração da produção e à concorrência da carne norte-americana na Ásia. Os norte-americanos também afetarão negativamente os embarques da Nova Zelândia, que tendem a recuar 4%.
Com base no relatório do USDA é possível concluir que o Brasil manterá a hegemonia no mercado internacional. E que, apesar da crise econômica, as estimativas não apontam um cenário tão pessimista para as exportações de carne bovina.
Fonte: Scot Consultoria
As exportações brasileiras deverão crescer em torno de 5%, após o recuo esperado para este ano.
As exportações mundiais de carne bovina deverão crescer 2% em 2009, em função do aumento das vendas de Argentina, Brasil e Estados Unidos, apesar da retração esperada para os embarques de Austrália e Nova Zelândia. As informações são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
As exportações brasileiras deverão crescer em torno de 5%, após o recuo esperado para este ano (o primeiro desde 1996). O USDA espera que a retomada do mercado chileno e a liberação de novas fazendas para atender a UE auxiliem positivamente o desempenho do Brasil.
As exportações da Argentina poderão crescer em torno de 20% (mas é preciso avaliar as ações do governo local), sendo que o crescimento esperado para os embarques norte-americanos é de 10%. Os EUA serão beneficiados pelas compras de México e Canadá, contando também com o aumento das vendas para a Ásia.
Já as exportações australianas deverão recuar 3%, graças à retração da produção e à concorrência da carne norte-americana na Ásia. Os norte-americanos também afetarão negativamente os embarques da Nova Zelândia, que tendem a recuar 4%.
Com base no relatório do USDA é possível concluir que o Brasil manterá a hegemonia no mercado internacional. E que, apesar da crise econômica, as estimativas não apontam um cenário tão pessimista para as exportações de carne bovina.
Fonte: Scot Consultoria
Governo estuda liberar recursos para financiar estocagem do álcool 13.11.08
13.11.08
Araçatuba, SP - O secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Manoel Vicente Bertone, afirmou ontem (12) que o governo federal estuda medidas de financiamento de estocagem para o setor sucroalcooleiro. Segundo ele, o assunto é avaliado pelos ministros Reinhold Stephanes e Guido Mantega, da Fazenda, além do Banco do Brasil. "(Recursos para) estocagem podem acontecer agora, pois o Banco do Brasil tem o recurso e estamos estudando o dimensionamento que poderemos liberar para o setor", disse Bertone durante evento em Araçatuba (SP).
O secretário, no entanto, salientou que a prioridade dos recursos liberados pelo governo para ajudar os produtores durante a atual crise de liquidez é para o financiamento da safra de grãos. "A safra agrícola também é prioridade absoluta. Mas existe possibilidade de financiamento (para estocagem) a partir desses recursos", explicou. Bertone lembrou que o setor sucroalcooleiro também é beneficiado por outras políticas do governo para todos os setores, como os recursos de financiamento liberados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e ainda com o retorno dos créditos de exportação, o que beneficiam principalmente as vendas externas de açúcar.
Além das medidas pontuais, o governo avalia ainda a inclusão no orçamento de uma nova linha de financiamento para estocagem de álcool, o que ajudaria usineiros a não venderem os produtos em época de preços baixos. "Procuramos recursos para financiar estocagens para permitir que essas empresas não vendam de forma descoordenada, agressivamente", disse. "Tomamos medidas para o próximo ano, que não vão socorrer o problema pontual. Coisa que irá acontecer para 2010, porque depende do Orçamento", completou.
Bertone não divulgou valores estudados para o auxílio ao setor e citou que a crise enfrentada pelas usinas advém dos problemas de crédito recentes, juntamente com dois anos de preços de açúcar e álcool depreciados. Mas ele salientou que muitas empresas fizeram investimentos com fontes de financiamento inadequadas. "Teve gente que entrou em projeto que matura em dez anos com financiamento de dois anos. O governo não vai conseguir resolver aspectos pontuais, conjunturais e financeiros como esses, que aparecem por causa da crise financeira internacional", afirmou. Fonte: Gustavo Porto, Agência Estado
Araçatuba, SP - O secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Manoel Vicente Bertone, afirmou ontem (12) que o governo federal estuda medidas de financiamento de estocagem para o setor sucroalcooleiro. Segundo ele, o assunto é avaliado pelos ministros Reinhold Stephanes e Guido Mantega, da Fazenda, além do Banco do Brasil. "(Recursos para) estocagem podem acontecer agora, pois o Banco do Brasil tem o recurso e estamos estudando o dimensionamento que poderemos liberar para o setor", disse Bertone durante evento em Araçatuba (SP).
O secretário, no entanto, salientou que a prioridade dos recursos liberados pelo governo para ajudar os produtores durante a atual crise de liquidez é para o financiamento da safra de grãos. "A safra agrícola também é prioridade absoluta. Mas existe possibilidade de financiamento (para estocagem) a partir desses recursos", explicou. Bertone lembrou que o setor sucroalcooleiro também é beneficiado por outras políticas do governo para todos os setores, como os recursos de financiamento liberados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e ainda com o retorno dos créditos de exportação, o que beneficiam principalmente as vendas externas de açúcar.
Além das medidas pontuais, o governo avalia ainda a inclusão no orçamento de uma nova linha de financiamento para estocagem de álcool, o que ajudaria usineiros a não venderem os produtos em época de preços baixos. "Procuramos recursos para financiar estocagens para permitir que essas empresas não vendam de forma descoordenada, agressivamente", disse. "Tomamos medidas para o próximo ano, que não vão socorrer o problema pontual. Coisa que irá acontecer para 2010, porque depende do Orçamento", completou.
Bertone não divulgou valores estudados para o auxílio ao setor e citou que a crise enfrentada pelas usinas advém dos problemas de crédito recentes, juntamente com dois anos de preços de açúcar e álcool depreciados. Mas ele salientou que muitas empresas fizeram investimentos com fontes de financiamento inadequadas. "Teve gente que entrou em projeto que matura em dez anos com financiamento de dois anos. O governo não vai conseguir resolver aspectos pontuais, conjunturais e financeiros como esses, que aparecem por causa da crise financeira internacional", afirmou. Fonte: Gustavo Porto, Agência Estado
China deve produzir 16,5 milhões de toneladas de soja em 2008/09 13.11.08
13.11.08
Pequim - A produção de soja na China pode atingir 16,50 milhões de toneladas em 2008/09, estimou hoje o Centro Nacional de Grãos e Oleaginosas. O número representa uma redução de 1 milhão de toneladas em comparação ao levantamento anterior, resultado de perdas na produtividade. A previsão de área foi mantida em relação à estimativa anterior, em 9.650.000 hectares.
Fonte: informações da Dow Jones, com Deise Vieira, Agência Estado
Pequim - A produção de soja na China pode atingir 16,50 milhões de toneladas em 2008/09, estimou hoje o Centro Nacional de Grãos e Oleaginosas. O número representa uma redução de 1 milhão de toneladas em comparação ao levantamento anterior, resultado de perdas na produtividade. A previsão de área foi mantida em relação à estimativa anterior, em 9.650.000 hectares.
Fonte: informações da Dow Jones, com Deise Vieira, Agência Estado
Ministro do Desenvolvimento Agrário confirma que agricultores brasileiros estão reféns dos transgênicos 12.11.08
12.11.08
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, disse ontem (11) que o pacote tecnológico de transgênicos mantém o produtor brasileiro refém das indústrias e que o custo desse tipo de produção tem crescido mais do que o das lavouras convencionais.
“Os preços de custo dos [produtos agrícolas] transgênicos certamente aumentarão com a alta do dólar e isso acabará estourando no produtor. Por isso, temos defendido cada vez mais o uso de lavouras convencionais, com fertilizantes e adubos convencionais, que hoje estão muto mais baratos”, disse Cassel.
O ministro avalia que a crise não está repercutindo nas atividades dos pequenos e médios produtores, especialmente na obtenção de créditos.
“Essas fontes ainda não foram atingidas e têm sido preservadas. Faz parte da estratégia do governo garantir a produção de alimentos para atravessar o período de crise, e a população mais pobre do campo produz 70% dos alimentos consumidos no país", explicou Cassel.
Segundo o ministro, apesar da crise, a falta de crédito não atingiu a agricultura familiar. “A oferta e a tomada de crédito cresceram em relação ao mesmo período do ano passado. No primeiro trimestre, esse crescimento foi próximo de 11%. Há números muito positivos que confirmam isso”.
“Enquanto a venda de automóveis caía em todo país, durante o mês de outubro, a venda de tratores crescia. Nesse mesmo período, que coincide com o primeiro mês de funcionamento do Mais Alimento [programa que visa a ampliar a oferta de alimentos do país por meio do aumento da produção e da produtividade da agricultura familiar], foram vendidos 6.227 tratores”, informou.
Fonte: Pedro Peduzzi, repórter da Agência Brasil
Veja também:
Dependência de sementes transgênicas torna produção 70% mais cara, afirma agricultor familiar 11.11.08
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, disse ontem (11) que o pacote tecnológico de transgênicos mantém o produtor brasileiro refém das indústrias e que o custo desse tipo de produção tem crescido mais do que o das lavouras convencionais.
“Os preços de custo dos [produtos agrícolas] transgênicos certamente aumentarão com a alta do dólar e isso acabará estourando no produtor. Por isso, temos defendido cada vez mais o uso de lavouras convencionais, com fertilizantes e adubos convencionais, que hoje estão muto mais baratos”, disse Cassel.
O ministro avalia que a crise não está repercutindo nas atividades dos pequenos e médios produtores, especialmente na obtenção de créditos.
“Essas fontes ainda não foram atingidas e têm sido preservadas. Faz parte da estratégia do governo garantir a produção de alimentos para atravessar o período de crise, e a população mais pobre do campo produz 70% dos alimentos consumidos no país", explicou Cassel.
Segundo o ministro, apesar da crise, a falta de crédito não atingiu a agricultura familiar. “A oferta e a tomada de crédito cresceram em relação ao mesmo período do ano passado. No primeiro trimestre, esse crescimento foi próximo de 11%. Há números muito positivos que confirmam isso”.
“Enquanto a venda de automóveis caía em todo país, durante o mês de outubro, a venda de tratores crescia. Nesse mesmo período, que coincide com o primeiro mês de funcionamento do Mais Alimento [programa que visa a ampliar a oferta de alimentos do país por meio do aumento da produção e da produtividade da agricultura familiar], foram vendidos 6.227 tratores”, informou.
Fonte: Pedro Peduzzi, repórter da Agência Brasil
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Dependência de sementes transgênicas torna produção 70% mais cara, afirma agricultor familiar 11.11.08
Prazo curto e juros altos inibem crédito para agricultores, diz Stephanes 12.11.08
12.11.08
O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, elencou na noite de ontem (11) duas causas para que recursos disponibilizados pelo governo por intermédio de Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC) e de Cédula do Produtor Rural (CPR) não estejam sendo acessados pelas tradings e pelo agricultores. Segundo ele, o prazo para o ACC é curto e os juros da CPR são muito altos. Stephanes se reuniu com representantes das trandings, de bancos e dos produtores rurais para analisar a questão.
Segundo ele, os bancos estão dando um prazo de apenas 90 dias para a quitação do ACC, o que é um período muito curto para o setor agrícola. Em relação à CPR, o ministro disse que esse tipo de crédito acabou ficando muito caro por causa das taxas de juros. “É uma questão que temos que ter em vista e inclui o Banco do Brasil como agente do governo. Agora, vamos discutir esses problemas nas áreas competentes”, afirmou.
Por trás dessas barreiras, está o risco de investimento, explica o ministro. As tradings, empresas que que costumavam financiar cerca de um terço da produção adiantando dinheiro ou fornecendo insumos aos produtores, não aumentaram seus investimentos e algumas, sem infra-estrutura no país, saíram do mercado. Além disso, “os bancos privados simplesmente pararam [de financiar os agricultores], esqueceram de seus parceiros”, disse Stephanes.
O percentual da safra financiado pelas tradings teve forte queda porque foram mantidos os investimentos da safra passada, mas os custos de produção subiram cerca de 50%. Os preços das commodities também têm caído, o que eleva ainda mais o risco de financiamento do setor agrícola. Para tentar diminuir o problema do risco, tanto produtores quando o ministro da Agricultura consideram importante o fortalecimento de políticas como a de garantia de preço mínimo, que poderiam garantir o pagamento dos empréstimos.
O presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), João Carlos Jacobsen, afirmou que as três tradings presentes na reunião (Bunge, ADM e Dreyfus) disseram ter dinheiro, mas não querem assumir novos riscos. Os representantes das empresas saíram sem conversar com a imprensa.
Fonte: Danilo Macedo, repórter da Agência Brasil
O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, elencou na noite de ontem (11) duas causas para que recursos disponibilizados pelo governo por intermédio de Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC) e de Cédula do Produtor Rural (CPR) não estejam sendo acessados pelas tradings e pelo agricultores. Segundo ele, o prazo para o ACC é curto e os juros da CPR são muito altos. Stephanes se reuniu com representantes das trandings, de bancos e dos produtores rurais para analisar a questão.
Segundo ele, os bancos estão dando um prazo de apenas 90 dias para a quitação do ACC, o que é um período muito curto para o setor agrícola. Em relação à CPR, o ministro disse que esse tipo de crédito acabou ficando muito caro por causa das taxas de juros. “É uma questão que temos que ter em vista e inclui o Banco do Brasil como agente do governo. Agora, vamos discutir esses problemas nas áreas competentes”, afirmou.
Por trás dessas barreiras, está o risco de investimento, explica o ministro. As tradings, empresas que que costumavam financiar cerca de um terço da produção adiantando dinheiro ou fornecendo insumos aos produtores, não aumentaram seus investimentos e algumas, sem infra-estrutura no país, saíram do mercado. Além disso, “os bancos privados simplesmente pararam [de financiar os agricultores], esqueceram de seus parceiros”, disse Stephanes.
O percentual da safra financiado pelas tradings teve forte queda porque foram mantidos os investimentos da safra passada, mas os custos de produção subiram cerca de 50%. Os preços das commodities também têm caído, o que eleva ainda mais o risco de financiamento do setor agrícola. Para tentar diminuir o problema do risco, tanto produtores quando o ministro da Agricultura consideram importante o fortalecimento de políticas como a de garantia de preço mínimo, que poderiam garantir o pagamento dos empréstimos.
O presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), João Carlos Jacobsen, afirmou que as três tradings presentes na reunião (Bunge, ADM e Dreyfus) disseram ter dinheiro, mas não querem assumir novos riscos. Os representantes das empresas saíram sem conversar com a imprensa.
Fonte: Danilo Macedo, repórter da Agência Brasil
Plantio da soja custou mais 33,5% e do milho subiu 38,5% em relação à safra passada 12.11.08
12.11.08
Conforme os indicadores avaliados pela Expedição Safra, o desembolso nesse ano pelo produtor foi 33,5% maior na soja e 38,5% superior no milho, na comparação com a safra 2007/08. O custo operacional por hectare, de acordo com a Organização das Cooperativas (Ocepar), chegou a R$ 1,1 mil na oleaginosa e a R$ 1,7 mil no cereal.
O desembolso, no entanto, varia muito de produtor para produtor. Paulo Bertolini, de Castro, nos Campos Gerais, que teve elevação dentro das médias apuradas pela Expedição, contou que aplicou R$ 1,9 mil por hectare de soja e R$ 2 mil por hectare de milho. Ele produz grãos rastreados e também alcança preço acima da média. Como não levou em conta os custos no planejamento da safra, reduziu o plantio da oleaginosa em 16% e ampliou o do cereal em 12%.
Quem não conseguiu fazer compra antecipada teve elevação de custo maior, em índices que passam de 50%. Com notas fiscais nas mãos, o produtor André Bubniak Montrucchio, da Lapa, afirma que as despesas da soja – considerando só o desembolso – passaram de R$ 680 para R$ 1.155 por hectare, com elevação de 69% em um ano.
O aumento nas despesas põe os produtores “contra a parede”, afirma Montrucchio. Ele considera que as dívidas de anos anteriores reduziram o acesso ao crédito e dificultaram a produção. Mesmo que o produtor endividado invista o mesmo valor que o produtor sem pendências, terá um custo maior, uma vez que pagará à iniciativa privada juros acima do padrão de 6,75%.
O economista da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), Pedro Loyola, que participou da Expedição Safra, disse que a elevação dos custos foi maior que a média para boa parte dos produtores já comprometidos com financiamentos antigos. Ele avalia que essa questão vai alongar o problema das dívidas. Com margem reduzida e juros maiores, o produtor entra num círculo vicioso e passa a depender de uma safra com lucros fora do comum para se recuperar.
Essa contradição inflamou os produtores numa das reuniões realizadas pela Expedição Safra no interior do estado do Paraná. Cerca de 30 agricultores e líderes sindicais da região de Ponta Grossa manifestaram que, mesmo com boa produtividade nesta safra, o campo está longe de deslanchar financeiramente. “O produtor planta de olhos fechados, sem saber como vai se sair”, disse o presidente do Núcleo Sindical Rural dos Campos Gerais, João Conrado Schmidt.
Consumo
Os preços dos insumos seguem estáveis, com queda em alguns itens, segundo os distribuidores. O consumo de fertilizantes, item que puxou os custos para cima, deve ser menor que o esperado pela Associação Nacional para a Difusão de Adubos (Anda). A entidade previa a distribuição de 26 milhões de toneladas em todo o Brasil de janeiro a dezembro. A nova estimativa é de 24,6 milhões, igual à do ano passado. A preocupação da Anda é com 2009, pela tendência de queda nas vendas. Os preços praticados pelo setor passaram a ser monitorados neste mês pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, que têm representantes do setor e dos poderes Executivo e Legislativo.
Chuva diminui ritmo do plantio
As chuvas das últimas semanas impuseram pausas no plantio da safra de verão no Paraná. Para não transformar a lavoura em atoleiro, os produtores precisam interromper o trabalho seguidamente. Mesmo assim, como a tarefa foi adiantada, a semeadura segue em dia, dentro do prazo agroclimático. O plantio de milho e soja ainda pode durar um mês.
O plantio de milho atinge nesta semana 95% das lavouras e o de soja 60%, avalia o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab). “Não se avança mais tão rápido porque chove muito. Não em todo o estado, mas o suficiente para molhar demais parte das lavouras”, afirma Otmar Hübner, do Deral.
A situação se inverteu em relação ao ano passado, quando o plantio foi iniciado tardiamente e se adiantou no final de outubro, observa. Desta vez, quem saiu na frente não foi muito longe e deve terminar o cultivo no prazo normal.
Fonte: Gazeta do Povo
Conforme os indicadores avaliados pela Expedição Safra, o desembolso nesse ano pelo produtor foi 33,5% maior na soja e 38,5% superior no milho, na comparação com a safra 2007/08. O custo operacional por hectare, de acordo com a Organização das Cooperativas (Ocepar), chegou a R$ 1,1 mil na oleaginosa e a R$ 1,7 mil no cereal.
O desembolso, no entanto, varia muito de produtor para produtor. Paulo Bertolini, de Castro, nos Campos Gerais, que teve elevação dentro das médias apuradas pela Expedição, contou que aplicou R$ 1,9 mil por hectare de soja e R$ 2 mil por hectare de milho. Ele produz grãos rastreados e também alcança preço acima da média. Como não levou em conta os custos no planejamento da safra, reduziu o plantio da oleaginosa em 16% e ampliou o do cereal em 12%.
Quem não conseguiu fazer compra antecipada teve elevação de custo maior, em índices que passam de 50%. Com notas fiscais nas mãos, o produtor André Bubniak Montrucchio, da Lapa, afirma que as despesas da soja – considerando só o desembolso – passaram de R$ 680 para R$ 1.155 por hectare, com elevação de 69% em um ano.
O aumento nas despesas põe os produtores “contra a parede”, afirma Montrucchio. Ele considera que as dívidas de anos anteriores reduziram o acesso ao crédito e dificultaram a produção. Mesmo que o produtor endividado invista o mesmo valor que o produtor sem pendências, terá um custo maior, uma vez que pagará à iniciativa privada juros acima do padrão de 6,75%.
O economista da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), Pedro Loyola, que participou da Expedição Safra, disse que a elevação dos custos foi maior que a média para boa parte dos produtores já comprometidos com financiamentos antigos. Ele avalia que essa questão vai alongar o problema das dívidas. Com margem reduzida e juros maiores, o produtor entra num círculo vicioso e passa a depender de uma safra com lucros fora do comum para se recuperar.
Essa contradição inflamou os produtores numa das reuniões realizadas pela Expedição Safra no interior do estado do Paraná. Cerca de 30 agricultores e líderes sindicais da região de Ponta Grossa manifestaram que, mesmo com boa produtividade nesta safra, o campo está longe de deslanchar financeiramente. “O produtor planta de olhos fechados, sem saber como vai se sair”, disse o presidente do Núcleo Sindical Rural dos Campos Gerais, João Conrado Schmidt.
Consumo
Os preços dos insumos seguem estáveis, com queda em alguns itens, segundo os distribuidores. O consumo de fertilizantes, item que puxou os custos para cima, deve ser menor que o esperado pela Associação Nacional para a Difusão de Adubos (Anda). A entidade previa a distribuição de 26 milhões de toneladas em todo o Brasil de janeiro a dezembro. A nova estimativa é de 24,6 milhões, igual à do ano passado. A preocupação da Anda é com 2009, pela tendência de queda nas vendas. Os preços praticados pelo setor passaram a ser monitorados neste mês pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, que têm representantes do setor e dos poderes Executivo e Legislativo.
Chuva diminui ritmo do plantio
As chuvas das últimas semanas impuseram pausas no plantio da safra de verão no Paraná. Para não transformar a lavoura em atoleiro, os produtores precisam interromper o trabalho seguidamente. Mesmo assim, como a tarefa foi adiantada, a semeadura segue em dia, dentro do prazo agroclimático. O plantio de milho e soja ainda pode durar um mês.
O plantio de milho atinge nesta semana 95% das lavouras e o de soja 60%, avalia o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab). “Não se avança mais tão rápido porque chove muito. Não em todo o estado, mas o suficiente para molhar demais parte das lavouras”, afirma Otmar Hübner, do Deral.
A situação se inverteu em relação ao ano passado, quando o plantio foi iniciado tardiamente e se adiantou no final de outubro, observa. Desta vez, quem saiu na frente não foi muito longe e deve terminar o cultivo no prazo normal.
Fonte: Gazeta do Povo
Caem preços de alguns insumos agrícolas 12.11.08
12.11.08
Já se notam quedas dos preços dos insumos para milho e girassol, como conseqüência da forte queda das cotações dos grãos e da redução da área de semeadura.
Assim, o valor da atrazina caiu a US$ 3,60 por litro, depois de ter chegado à US$ 4,60 nos meses de pré-campanha. "O mercado de herbicidas para o milho e girassol está fraco e sobram muitos produtos, o que faz com que alguns sejam vendidos a preço de custo", afirma Enrique Bayá Casal, presidente de empresa de agronomia que leva seu nome.
Um fenômeno similar se dá com a uréia, que já se consegue a US$ 500 por tonelada, como conseqüência da forte baixa do petróleo. Os fertilizantes fosforados também mostram queda, mas em ritmo menos acentuado: caiu a US$ 1.200 por tonelada. "Em geral há muita quantidade de fertilizantes armazenados que se aplicam no trigo e milho, porque os produtores administraram com conta-gotas frente à seca e aos baixos preços", reconhece Bayá Casal.
O glifosato também teve queda, de 7,20 para 5,20 dólares por litro, porque foi reduzido o preço do princípio ativo fabricado na China e também porque muitos agricultores pularam a aplicação na preparação da terra, já que a falta de umidade impediu o desenvolvimento de doenças. Por outro lado, os preços das sementes de oleaginosas não mostram tendência de queda.
Para a compra destes insumos, existe pouco financiamento bancário e comercial, exceto para os produtores associados aos cultivos menos semeados. No horizonte dos vendedores de insumos está aparecendo outro problema: a cobrança. "Os baixos preços dos cereais determinam que os produtores não vendam e, portanto, se atrasa o pagamento de contas", disse Bayá Casal.
Fonte: E-campo
Já se notam quedas dos preços dos insumos para milho e girassol, como conseqüência da forte queda das cotações dos grãos e da redução da área de semeadura.
Assim, o valor da atrazina caiu a US$ 3,60 por litro, depois de ter chegado à US$ 4,60 nos meses de pré-campanha. "O mercado de herbicidas para o milho e girassol está fraco e sobram muitos produtos, o que faz com que alguns sejam vendidos a preço de custo", afirma Enrique Bayá Casal, presidente de empresa de agronomia que leva seu nome.
Um fenômeno similar se dá com a uréia, que já se consegue a US$ 500 por tonelada, como conseqüência da forte baixa do petróleo. Os fertilizantes fosforados também mostram queda, mas em ritmo menos acentuado: caiu a US$ 1.200 por tonelada. "Em geral há muita quantidade de fertilizantes armazenados que se aplicam no trigo e milho, porque os produtores administraram com conta-gotas frente à seca e aos baixos preços", reconhece Bayá Casal.
O glifosato também teve queda, de 7,20 para 5,20 dólares por litro, porque foi reduzido o preço do princípio ativo fabricado na China e também porque muitos agricultores pularam a aplicação na preparação da terra, já que a falta de umidade impediu o desenvolvimento de doenças. Por outro lado, os preços das sementes de oleaginosas não mostram tendência de queda.
Para a compra destes insumos, existe pouco financiamento bancário e comercial, exceto para os produtores associados aos cultivos menos semeados. No horizonte dos vendedores de insumos está aparecendo outro problema: a cobrança. "Os baixos preços dos cereais determinam que os produtores não vendam e, portanto, se atrasa o pagamento de contas", disse Bayá Casal.
Fonte: E-campo
Adequações na legislação ambiental devem tratar regiões distintamente, apontam ministros 12.11.08
12.11.08
Em reunião realizada ontem (11), os ministros da Agricultura, Reinhold Stephanes, do Meio Ambiente, Carlos Minc, e do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, disseram que a legislação ambiental brasileira deverá ser adequada considerando as diferenças entre as regiões. Segundo eles, é preciso considerar as peculiaridades do lugar para que se alcance o “desmatamento zero”.
Após três horas de reunião, o ministro do Meio Ambiente disse que “não se pode tratar com a mesma fórmula realidades regionais completamente diferentes”, e explicou que algumas leis são importantes, mas têm que se “modernizar”.
Stephanes disse que alguns pontos de acordo nesse sentido são em relação ao tratamento diferenciado que será dado às áreas consolidadas de plantio do Centro-Sul do país e aquelas de topos de morros e encostas, como é o caso de grande parte das plantações de café de Minas Gerais, que garantem ao estado a condição de maior produtor nacional do grão. Segundo especialistas, a legislação ambiental em vigor torna a atividade agrícola nessas áreas ilegal.
Na avaliação de Guilherme Cassel, o encontro de hoje, que também reuniu representantes do setor rural, deixou claro que há muitas divergências entre as áreas ambiental e a produtiva e que elas devem ser analisadas com cautela.
Cassel acredita, no entanto, que é importante garantir ainda mais o controle do desmatamento e a legislação ambiental. Para isso, ele aponta que é preciso “estabelecer diferenças entre pequenos e grandes, [acelerar a] regularização fundiária na Amazônia e garantir renda às populações ribeirinhas, quilombolas”, entre outras populações dependentes da floresta.
Um dos pontos de divergência entre os setores ambiental e produtivo que voltou a ser abordado durante o encontro foi o Decreto Presidencial 6.514/08, publicado no final de julho, que regulamenta o processo administrativo para apuração de infrações contra o meio ambiente.
Para os produtores a medida desconsidera as diversidades geopolíticas e econômicas do território nacional e, principalmente, o setor agropecuário. Alguns deles chegaram a afirmar que o decreto inibia a atividade rural. Uma das instisfações era o prazo de quatro meses estabelecido para que os produtores rurais se adaptassem a legislação ambiental, sob pena de ficar sem acesso ao crédito rural.
Carlos Minc informou que a atualização do decreto deve sair ainda esta semana, estendendo o prazo para um ano o período fixado para a adequação ambiental. Na avaliação do ministro, o prazo inicialmente previsto pelo decreto criou uma certa preocupação para fazendeiros porque os obrigava a cumprir em meses o que, segundo ele, não era vinha sendo atendido em 30 anos.
Fonte: Danilo Macedo, repórter da Agência Brasil
Em reunião realizada ontem (11), os ministros da Agricultura, Reinhold Stephanes, do Meio Ambiente, Carlos Minc, e do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, disseram que a legislação ambiental brasileira deverá ser adequada considerando as diferenças entre as regiões. Segundo eles, é preciso considerar as peculiaridades do lugar para que se alcance o “desmatamento zero”.
Após três horas de reunião, o ministro do Meio Ambiente disse que “não se pode tratar com a mesma fórmula realidades regionais completamente diferentes”, e explicou que algumas leis são importantes, mas têm que se “modernizar”.
Stephanes disse que alguns pontos de acordo nesse sentido são em relação ao tratamento diferenciado que será dado às áreas consolidadas de plantio do Centro-Sul do país e aquelas de topos de morros e encostas, como é o caso de grande parte das plantações de café de Minas Gerais, que garantem ao estado a condição de maior produtor nacional do grão. Segundo especialistas, a legislação ambiental em vigor torna a atividade agrícola nessas áreas ilegal.
Na avaliação de Guilherme Cassel, o encontro de hoje, que também reuniu representantes do setor rural, deixou claro que há muitas divergências entre as áreas ambiental e a produtiva e que elas devem ser analisadas com cautela.
Cassel acredita, no entanto, que é importante garantir ainda mais o controle do desmatamento e a legislação ambiental. Para isso, ele aponta que é preciso “estabelecer diferenças entre pequenos e grandes, [acelerar a] regularização fundiária na Amazônia e garantir renda às populações ribeirinhas, quilombolas”, entre outras populações dependentes da floresta.
Um dos pontos de divergência entre os setores ambiental e produtivo que voltou a ser abordado durante o encontro foi o Decreto Presidencial 6.514/08, publicado no final de julho, que regulamenta o processo administrativo para apuração de infrações contra o meio ambiente.
Para os produtores a medida desconsidera as diversidades geopolíticas e econômicas do território nacional e, principalmente, o setor agropecuário. Alguns deles chegaram a afirmar que o decreto inibia a atividade rural. Uma das instisfações era o prazo de quatro meses estabelecido para que os produtores rurais se adaptassem a legislação ambiental, sob pena de ficar sem acesso ao crédito rural.
Carlos Minc informou que a atualização do decreto deve sair ainda esta semana, estendendo o prazo para um ano o período fixado para a adequação ambiental. Na avaliação do ministro, o prazo inicialmente previsto pelo decreto criou uma certa preocupação para fazendeiros porque os obrigava a cumprir em meses o que, segundo ele, não era vinha sendo atendido em 30 anos.
Fonte: Danilo Macedo, repórter da Agência Brasil
Valor das exportações de cooperativas cresce 27,5% de janeiro a setembro 12.11.08
12.11.08
O valor das exportações diretas das cooperativas brasileiras cresceram 27,5% no acumulado de janeiro a setembro deste ano na comparação com igual período de 2007. Os embarques renderam US$ 3,13 bilhões no período, contra US$ 2,46 bilhões no acumulado de 2007. Já o volume exportado foi de 5,63 milhões de toneladas, contra 6,48 milhões de toneladas em 2007. Os dados foram divulgados ontem (11) pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
A análise indica que a balança comercial do setor apresentou um superávit de US$ 2,71 bilhões, com crescimento de 20,46% em relação aos meses de janeiro a setembro do ano anterior. Nesse mesmo período, as cooperativas brasileiras gastaram US$ 419,49 milhões. A soja continuou sendo o destaque no período, com vendas de US$ 1,1 bilhão, o que representa 36,12% do total exportado pelas cooperativas.
Em segundo lugar aparece o complexo sucroalcooleiro, com 27,21% das exportações. Os produtos que compõem este grupo somaram US$ 830,01 milhões, com volume de 2,07 milhões de toneladas. No ano passado, foram US$ 931,02 milhões e 3,11 milhões de toneladas. Esta redução pode ser explicada pelas quedas nas vendas de açúcar, que apresentaram uma diminuição de 47,18% entre os dois períodos analisados. Esse segmento havia mostrado maior destaque entre os produtos exportados pelas cooperativas nos meses de janeiro a setembro de 2007 (US$ 656,48 milhões).
O segmento das carnes aparece em seguida, com total de US$ 641,39 milhões e volume exportado de 290,90 mil toneladas. A participação nos valores obtidos com as vendas externas foi de 21,02%. Neste segmento, as carnes de aves ficaram na liderança, respondendo por 56% do total das carnes nos meses de janeiro a setembro de 2008.
O principal mercado de destino dos produtos das cooperativas brasileiras foi a China, que representou 12,04% do total das exportações, com um total de US$ 377,21 milhões. Ainda segundo a OCB, no acumulado de janeiro a setembro de 2008, o Estado do Paraná liderou nas exportações dos produtos cooperativistas, com uma parcela de 36,88% do total e um valor absoluto de US$ 1,6 bilhão.
Fonte: Fabíola Salvador, Agência Estado
O valor das exportações diretas das cooperativas brasileiras cresceram 27,5% no acumulado de janeiro a setembro deste ano na comparação com igual período de 2007. Os embarques renderam US$ 3,13 bilhões no período, contra US$ 2,46 bilhões no acumulado de 2007. Já o volume exportado foi de 5,63 milhões de toneladas, contra 6,48 milhões de toneladas em 2007. Os dados foram divulgados ontem (11) pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
A análise indica que a balança comercial do setor apresentou um superávit de US$ 2,71 bilhões, com crescimento de 20,46% em relação aos meses de janeiro a setembro do ano anterior. Nesse mesmo período, as cooperativas brasileiras gastaram US$ 419,49 milhões. A soja continuou sendo o destaque no período, com vendas de US$ 1,1 bilhão, o que representa 36,12% do total exportado pelas cooperativas.
Em segundo lugar aparece o complexo sucroalcooleiro, com 27,21% das exportações. Os produtos que compõem este grupo somaram US$ 830,01 milhões, com volume de 2,07 milhões de toneladas. No ano passado, foram US$ 931,02 milhões e 3,11 milhões de toneladas. Esta redução pode ser explicada pelas quedas nas vendas de açúcar, que apresentaram uma diminuição de 47,18% entre os dois períodos analisados. Esse segmento havia mostrado maior destaque entre os produtos exportados pelas cooperativas nos meses de janeiro a setembro de 2007 (US$ 656,48 milhões).
O segmento das carnes aparece em seguida, com total de US$ 641,39 milhões e volume exportado de 290,90 mil toneladas. A participação nos valores obtidos com as vendas externas foi de 21,02%. Neste segmento, as carnes de aves ficaram na liderança, respondendo por 56% do total das carnes nos meses de janeiro a setembro de 2008.
O principal mercado de destino dos produtos das cooperativas brasileiras foi a China, que representou 12,04% do total das exportações, com um total de US$ 377,21 milhões. Ainda segundo a OCB, no acumulado de janeiro a setembro de 2008, o Estado do Paraná liderou nas exportações dos produtos cooperativistas, com uma parcela de 36,88% do total e um valor absoluto de US$ 1,6 bilhão.
Fonte: Fabíola Salvador, Agência Estado
Pistoleiros agridem trabalhadores rurais no Maranhão 12.11.08
12.11.08
A situação na Fazenda Cipó Cortado, em Senador La Roque, no Maranhão, é muito crítica. O clima de tensão aumentou nestes últimos dias, depois que pistoleiros que aterrorizam há quase um ano as famílias do acampamento Roseli Nunes seqüestraram dois trabalhadores acampados.
O caso aconteceu na última quarta-feira (5/11). Após serem sequestrados, os trabalhadores foram levados até a sede da fazenda, onde foram foram interrogados sob a mira de armas de fogo apontadas para suas cabeças. Os jagunços procuravam obter informações sobre as lideranças do acampamento e do MST na região.
A Cipó Cortado está ocupada por 250 famílias Sem Terra desde novembro de 2007. A fazenda é uma das 12 propriedades que compõem a Gleba Boca da Mata Berreirão. Em junho deste ano, a Justiça Federal decretou a desapropriação da gleba de 114 mil hectares e cedeu sua posse ao Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). Porém, até hoje a área não foi retomada pelo órgão por conta resistência impune dos latifundiários.
Risco de Conflito
Os fazendeiros das áreas Cipó Cortado, Rollete, Boca da Mata e Barreirão contrataram um grupo de pistoleiros que tem como chefe Zé Bomfim, jagunço responsável pela morte de muitos trabalhadores em conflitos de terra na região, durante as décadas de poderio da UDR (União Democrática Ruralista). Há ainda informações de que um sargento e três policiais reformados estão orientando a milícia.
O Incra e o Comando da Polícia já foram comunicados sobre os últimos acontecimentos e sabem que há muito a situação é tensa, porém até agora ninguém agiu.
O decreto que reintegra a posse da gleba ao Incra deu 30 dias para que os fazendeiros desocupassem a área. Livres pela cegueira da Justiça, armaram-se e mandaram um recado para o acampamento: podiam perder as terras, mas as lideranças do acampamento perderiam a vida.
Fonte: MST, http://www.mst.org.br/mst/pagina.php?cd=5992
A situação na Fazenda Cipó Cortado, em Senador La Roque, no Maranhão, é muito crítica. O clima de tensão aumentou nestes últimos dias, depois que pistoleiros que aterrorizam há quase um ano as famílias do acampamento Roseli Nunes seqüestraram dois trabalhadores acampados.
O caso aconteceu na última quarta-feira (5/11). Após serem sequestrados, os trabalhadores foram levados até a sede da fazenda, onde foram foram interrogados sob a mira de armas de fogo apontadas para suas cabeças. Os jagunços procuravam obter informações sobre as lideranças do acampamento e do MST na região.
A Cipó Cortado está ocupada por 250 famílias Sem Terra desde novembro de 2007. A fazenda é uma das 12 propriedades que compõem a Gleba Boca da Mata Berreirão. Em junho deste ano, a Justiça Federal decretou a desapropriação da gleba de 114 mil hectares e cedeu sua posse ao Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). Porém, até hoje a área não foi retomada pelo órgão por conta resistência impune dos latifundiários.
Risco de Conflito
Os fazendeiros das áreas Cipó Cortado, Rollete, Boca da Mata e Barreirão contrataram um grupo de pistoleiros que tem como chefe Zé Bomfim, jagunço responsável pela morte de muitos trabalhadores em conflitos de terra na região, durante as décadas de poderio da UDR (União Democrática Ruralista). Há ainda informações de que um sargento e três policiais reformados estão orientando a milícia.
O Incra e o Comando da Polícia já foram comunicados sobre os últimos acontecimentos e sabem que há muito a situação é tensa, porém até agora ninguém agiu.
O decreto que reintegra a posse da gleba ao Incra deu 30 dias para que os fazendeiros desocupassem a área. Livres pela cegueira da Justiça, armaram-se e mandaram um recado para o acampamento: podiam perder as terras, mas as lideranças do acampamento perderiam a vida.
Fonte: MST, http://www.mst.org.br/mst/pagina.php?cd=5992
País exportou US$ 4,6 bi em carne bovina no ano 12.11.08
12.11.08
A receita com as exportações brasileiras de carne bovina cresceu 26,1% no acumulado do ano até o mês passado, para US$ 4,6 bilhões, informou ontem (11) a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). Já o volume exportado de janeiro a outubro de 2008, teve queda de 12,5% para 1,21 milhão de toneladas.
Apenas no mês de outubro, as exportações brasileiras aumentaram em 33,8% para US$ 549,5 milhões na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo a Abiec. O volume embarcado no mês passado, no entanto, recuou para 7,2% para 124,5 mil toneladas na comparação com outubro de 2007.
Segundo estimativa apresentada ontem (11) pelo presidente da Abiec, Roberto Gianetti da Fonseca, as exportações brasileiras de carne bovina devem encerrar este ano somando US$ 5,7 bilhões. O novo número supera em US$ 200 milhões a estimativa anterior, que era de US 5,5 bilhões. "A crise ainda não deu sinal nas estatísticas das exportações do setor. As ordens de vendas, em sua maioria, não estão sendo canceladas", disse Gianetti.
Europa
O representante das indústrias exportadoras aposta na recuperação do mercado europeu em 2009 e acredita que o Brasil poderá exportar cerca de US$ 1,5 bilhão para os 27 países da União Européia (UE) no próximo ano. "Hoje, as vendas do Brasil representam apenas 20% das importações européias de carne bovina. Acreditamos que podermos ampliar a participação já em 2009".
Entre janeiro e outubro do ano passado, o Brasil exportou para a Europa 359 mil toneladas de carne bovina, que representava na época 65% das importações do bloco. Entre janeiro e outubro deste ano, foram embarcadas apenas 80 mil toneladas. A forte queda nas exportações se deve a suspensão das compras européias por conta de restrição ao sistema de rastreabilidade da carne bovina implantado no Brasil.
Fonte: Alexandre Inácio, Agência Estado
A receita com as exportações brasileiras de carne bovina cresceu 26,1% no acumulado do ano até o mês passado, para US$ 4,6 bilhões, informou ontem (11) a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). Já o volume exportado de janeiro a outubro de 2008, teve queda de 12,5% para 1,21 milhão de toneladas.
Apenas no mês de outubro, as exportações brasileiras aumentaram em 33,8% para US$ 549,5 milhões na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo a Abiec. O volume embarcado no mês passado, no entanto, recuou para 7,2% para 124,5 mil toneladas na comparação com outubro de 2007.
Segundo estimativa apresentada ontem (11) pelo presidente da Abiec, Roberto Gianetti da Fonseca, as exportações brasileiras de carne bovina devem encerrar este ano somando US$ 5,7 bilhões. O novo número supera em US$ 200 milhões a estimativa anterior, que era de US 5,5 bilhões. "A crise ainda não deu sinal nas estatísticas das exportações do setor. As ordens de vendas, em sua maioria, não estão sendo canceladas", disse Gianetti.
Europa
O representante das indústrias exportadoras aposta na recuperação do mercado europeu em 2009 e acredita que o Brasil poderá exportar cerca de US$ 1,5 bilhão para os 27 países da União Européia (UE) no próximo ano. "Hoje, as vendas do Brasil representam apenas 20% das importações européias de carne bovina. Acreditamos que podermos ampliar a participação já em 2009".
Entre janeiro e outubro do ano passado, o Brasil exportou para a Europa 359 mil toneladas de carne bovina, que representava na época 65% das importações do bloco. Entre janeiro e outubro deste ano, foram embarcadas apenas 80 mil toneladas. A forte queda nas exportações se deve a suspensão das compras européias por conta de restrição ao sistema de rastreabilidade da carne bovina implantado no Brasil.
Fonte: Alexandre Inácio, Agência Estado
Norte e Nordeste terão ajuda do governo para compra de milho 12.11.08
12.11.08
Indústrias e comerciantes de milho do Norte e Nordeste poderão contar com a ajuda do governo federal para comprar milho de outras regiões. A Conab vai leiloar nesta sexta-feira (14) Prêmios para o Escoamento (PEP) de 50 mil toneladas do Mato Grosso. Esta é a primeira operação deste tipo no ano para o produto.
Segundo o superintendente da Conab, João Paulo de Moraes, além de abastecer o Norte/Nordeste o leilão também vai ajudar os agricultores mato-grossenses. “Em algumas praças do Mato Grosso a saca de 60 quilos de milho está sendo comercializada muito próxima ou abaixo de R$ 11, valor de referência utilizado pelo governo. O leilão deve contribuir na sustentação do preço”.
Neste ano a estatal ofertou PEP para o mercado de trigo e de uva. No Rio Grande do Sul, o instrumento apoiou a venda de cerca de 12 milhões de litros de vinho. Para os triticultores a estatal ofereceu prêmios para 300 mil toneladas de cereal, mas os leilões terminaram sem nenhuma oferta.
PEP – O prêmio é uma ajuda concedida pelo governo para custear o transporte de alimentos para regiões consumidores e apoiar a comercialização em pólos produtores. Os interessados em participar da operação desta semana terão que comprar o milho cultivado no norte do Mato Grosso e transportar para o Norte e Nordeste, exceto para os estados de Rondônia, Pará, Piauí e Maranhão.
Fonte: Willians Fausto/Conab
Indústrias e comerciantes de milho do Norte e Nordeste poderão contar com a ajuda do governo federal para comprar milho de outras regiões. A Conab vai leiloar nesta sexta-feira (14) Prêmios para o Escoamento (PEP) de 50 mil toneladas do Mato Grosso. Esta é a primeira operação deste tipo no ano para o produto.
Segundo o superintendente da Conab, João Paulo de Moraes, além de abastecer o Norte/Nordeste o leilão também vai ajudar os agricultores mato-grossenses. “Em algumas praças do Mato Grosso a saca de 60 quilos de milho está sendo comercializada muito próxima ou abaixo de R$ 11, valor de referência utilizado pelo governo. O leilão deve contribuir na sustentação do preço”.
Neste ano a estatal ofertou PEP para o mercado de trigo e de uva. No Rio Grande do Sul, o instrumento apoiou a venda de cerca de 12 milhões de litros de vinho. Para os triticultores a estatal ofereceu prêmios para 300 mil toneladas de cereal, mas os leilões terminaram sem nenhuma oferta.
PEP – O prêmio é uma ajuda concedida pelo governo para custear o transporte de alimentos para regiões consumidores e apoiar a comercialização em pólos produtores. Os interessados em participar da operação desta semana terão que comprar o milho cultivado no norte do Mato Grosso e transportar para o Norte e Nordeste, exceto para os estados de Rondônia, Pará, Piauí e Maranhão.
Fonte: Willians Fausto/Conab
Dependência de sementes transgênicas torna produção 70% mais cara, afirma agricultor familiar 11.11.08
11.11.08
O problema não é crédito: o que sentimos é a ausência de sementes que não sejam transgênicas.
Para o coordenador de Política Agrária da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Brasil (Fetraf), Gilmar Pastório, as sementes transgênicas são os maiores responsáveis por levar a crise internacional à agricultura familiar na Região Sul.
“Ainda não sentimos falta de linhas de crédito. O que sentimos, principalmente no Sul, é a ausência de sementes que não sejam transgênicas. O Brasil caiu numa armadilha, e nós havíamos antecipado ela desde o governo Fernando Henrique Cardoso até o atual”. Segundo Pastório, “98% das sementes no Sul são transgênicas, o que torna a produção, no mínimo, 70% mais cara”.
“Não se compra apenas sementes para plantar transgênicos. São necessários adubos e venenos específicos para elas, e os preços destes estão associados ao dólar, bem como os royalties que pagamos. E com o dólar baixo na hora da comercialização dos produtos, a coisa piorará ainda mais”, alegou.
“Se os produtores rurais tivessem em mãos as sementes de dez anos atrás, os impactos da crise seriam minimizados”, avaliou Pastório.
Preços baixos prejudicam, diz presidente da Contag
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Manoel José dos Santos, disse ontem (10) que, para a agricultura familiar, a crise internacional não representa uma crise de créditos, mas de preços.
“O crédito disponibilizado para a agricultura familiar é satisfatório. Para o nosso setor, os problemas decorrentes da crise são outros. Pagamos preços muito altos por insumos, em decorrência da alta do dólar. Já produtos como milho e leite tiveram os preços muito reduzidos, e isso pesará na hora de vendê-los”, disse Santos.
“Em termos de crédito, o que nos preocupa está associado à Lei de Crimes Ambientais, porque o Brasil passou séculos financiando desmatamentos, sem qualquer tipo de controle ambiental e, de uma hora para a outra, resolve tirar o crédito de pequenos e médios agricultores que não conseguirem cumprir a nova lei, sem dar a eles qualquer condição de adaptação gradativa”, argumentou.
Fonte: Pedro Peduzzi, repórter da Agência Brasil
O problema não é crédito: o que sentimos é a ausência de sementes que não sejam transgênicas.
Para o coordenador de Política Agrária da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Brasil (Fetraf), Gilmar Pastório, as sementes transgênicas são os maiores responsáveis por levar a crise internacional à agricultura familiar na Região Sul.
“Ainda não sentimos falta de linhas de crédito. O que sentimos, principalmente no Sul, é a ausência de sementes que não sejam transgênicas. O Brasil caiu numa armadilha, e nós havíamos antecipado ela desde o governo Fernando Henrique Cardoso até o atual”. Segundo Pastório, “98% das sementes no Sul são transgênicas, o que torna a produção, no mínimo, 70% mais cara”.
“Não se compra apenas sementes para plantar transgênicos. São necessários adubos e venenos específicos para elas, e os preços destes estão associados ao dólar, bem como os royalties que pagamos. E com o dólar baixo na hora da comercialização dos produtos, a coisa piorará ainda mais”, alegou.
“Se os produtores rurais tivessem em mãos as sementes de dez anos atrás, os impactos da crise seriam minimizados”, avaliou Pastório.
Preços baixos prejudicam, diz presidente da Contag
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Manoel José dos Santos, disse ontem (10) que, para a agricultura familiar, a crise internacional não representa uma crise de créditos, mas de preços.
“O crédito disponibilizado para a agricultura familiar é satisfatório. Para o nosso setor, os problemas decorrentes da crise são outros. Pagamos preços muito altos por insumos, em decorrência da alta do dólar. Já produtos como milho e leite tiveram os preços muito reduzidos, e isso pesará na hora de vendê-los”, disse Santos.
“Em termos de crédito, o que nos preocupa está associado à Lei de Crimes Ambientais, porque o Brasil passou séculos financiando desmatamentos, sem qualquer tipo de controle ambiental e, de uma hora para a outra, resolve tirar o crédito de pequenos e médios agricultores que não conseguirem cumprir a nova lei, sem dar a eles qualquer condição de adaptação gradativa”, argumentou.
Fonte: Pedro Peduzzi, repórter da Agência Brasil
USDA reduz estimativa de produção de soja dos EUA em 2008/09 11.11.08
11.11.08
Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, divulgou ontem (10) o relatório de novembro para oferta e demanda mundial e norte-americana de soja.
O USDA reduziu as suas estimativas para produção e esmagamento dos Estados Unidos e manteve inalteradas as projeções de estoques finais e exportações em 2008/09.
Para a temporada 2008/09, a projeção inicial é de que a produção fique em 2,921 bilhões de bushels - 79,49 milhões de toneladas. No relatório anterior, a previsão era de safra de 2,938 bilhões de bushels, o equivalente a 79,96 milhões de toneladas.
O esmagamento está estimado em 1,745 bilhão (1,760 bilhão no relatório anterior) e as exportações em 1,020 bilhão de bushels, repetindo o dado de outubro.
Os estoques finais deverão ficar em 205 milhões de bushels, inalterado na comparação com o relatório anterior. O preço médio está estimado entre US$ 9,10 e US$ 10,60 por bushel.
A safra 2007/08 dos Estados Unidos está estimada em 2,676 bilhões de bushels - 72,83 milhões de toneladas. Os estoques finais estão projetados em 205 milhões de bushels. Em relação ao esmagamento, o USDA prevê número de 1,801 bilhão. As exportações estão projetadas em 1,161 bilhão.
Fonte: Safras & Mercado
Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, divulgou ontem (10) o relatório de novembro para oferta e demanda mundial e norte-americana de soja.
O USDA reduziu as suas estimativas para produção e esmagamento dos Estados Unidos e manteve inalteradas as projeções de estoques finais e exportações em 2008/09.
Para a temporada 2008/09, a projeção inicial é de que a produção fique em 2,921 bilhões de bushels - 79,49 milhões de toneladas. No relatório anterior, a previsão era de safra de 2,938 bilhões de bushels, o equivalente a 79,96 milhões de toneladas.
O esmagamento está estimado em 1,745 bilhão (1,760 bilhão no relatório anterior) e as exportações em 1,020 bilhão de bushels, repetindo o dado de outubro.
Os estoques finais deverão ficar em 205 milhões de bushels, inalterado na comparação com o relatório anterior. O preço médio está estimado entre US$ 9,10 e US$ 10,60 por bushel.
A safra 2007/08 dos Estados Unidos está estimada em 2,676 bilhões de bushels - 72,83 milhões de toneladas. Os estoques finais estão projetados em 205 milhões de bushels. Em relação ao esmagamento, o USDA prevê número de 1,801 bilhão. As exportações estão projetadas em 1,161 bilhão.
Fonte: Safras & Mercado
Crise reduz exportação de suínos em outubro, mas aumenta valor arrecadado 11.11.08
11.11.08
Computados os resultados das exportações no mês de outubro, a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) concluiu que houve uma pequena queda nas vendas, de 6,65%, mas que foi compensada pelo crescimento de 51,72% em valor, comparado ao mesmo mês do ano passado.
Em nota, a Abipecs informa que “o mês de outubro será lembrado como o que revelou ao mundo a dimensão da crise financeira global de 2008, semelhante à de 1929”, mas que o resultado do setor não foi ruim, “apesar da enorme flutuação cambial no mês passado [outubro], com um componente de incerteza sobre o valor do real, o que inibiu contratações e embarques”.
O país exportou, em outubro, 46,93 mil toneladas de carne suína, no valor de US$ 144,5 milhões, enquanto no mesmo mês do ano passado foram 50,27 mil toneladas por US$ 95,23 milhões. A grande diferença no total arrecadado se deu porque enquanto em 2007 a média de preço foi de US$ 1.894 por tonelada, este ano foi de US$ 3.079, um aumento de 62,53%.
Para o presidente da associação, Pedro de Camargo Neto, os importadores têm tentado renegociar os valores, “porém, a ausência de estoques no Brasil e no exterior, bem como a chegada do fim do ano, são fatores produtivos”. Ele explicou que o fim do ano, principalmente pelas festividades natalinas, é um bom período de vendas e tem fortalecido a suinocultura.
No acumulado dos dez primeiros meses do ano, as exportações caíram 3,91% em volume, mas aumentaram seu valor em 39,47%. A diferença foi de 490,1 mil toneladas e US$ 950,72 milhões em 2007 para 470,9 mil toneladas e US$ 1,32 bilhão neste ano. A Rússia é o principal importador da carne suína brasileira, comprando 43% do total.
Apesar dos resultados positivos, Camargo Neto reclama que a contínua restrição ao crédito afeta as empresas do setor. “As medidas anunciadas pelo governo federal apontam na direção correta, porém, infelizmente, não chegam ao caixa das empresas. Todo o setor bancário, inclusive o oficial, vem aumentando as exigências e as garantias na renovação de linhas de crédito, praticamente inviabilizando o mesmo volume de contratações, impondo novos custos ao setor”, analisou.
O presidente da Abipecs considera que “é preciso criar novos instrumentos financeiros para aprofundar o apoio do governo à economia, pois a simples manutenção do que existia antes da crise mostra-se insuficiente”.
Hoje (11), o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, se reunirá com representantes de bancos, cooperativas e tradings (empresas que financiam o setor agrícola) para avaliar por que recursos de Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC) disponibilizados pelo governo não estão sendo acessados.
Fonte: Danilo Macedo, repórter da Agência Brasil
Computados os resultados das exportações no mês de outubro, a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) concluiu que houve uma pequena queda nas vendas, de 6,65%, mas que foi compensada pelo crescimento de 51,72% em valor, comparado ao mesmo mês do ano passado.
Em nota, a Abipecs informa que “o mês de outubro será lembrado como o que revelou ao mundo a dimensão da crise financeira global de 2008, semelhante à de 1929”, mas que o resultado do setor não foi ruim, “apesar da enorme flutuação cambial no mês passado [outubro], com um componente de incerteza sobre o valor do real, o que inibiu contratações e embarques”.
O país exportou, em outubro, 46,93 mil toneladas de carne suína, no valor de US$ 144,5 milhões, enquanto no mesmo mês do ano passado foram 50,27 mil toneladas por US$ 95,23 milhões. A grande diferença no total arrecadado se deu porque enquanto em 2007 a média de preço foi de US$ 1.894 por tonelada, este ano foi de US$ 3.079, um aumento de 62,53%.
Para o presidente da associação, Pedro de Camargo Neto, os importadores têm tentado renegociar os valores, “porém, a ausência de estoques no Brasil e no exterior, bem como a chegada do fim do ano, são fatores produtivos”. Ele explicou que o fim do ano, principalmente pelas festividades natalinas, é um bom período de vendas e tem fortalecido a suinocultura.
No acumulado dos dez primeiros meses do ano, as exportações caíram 3,91% em volume, mas aumentaram seu valor em 39,47%. A diferença foi de 490,1 mil toneladas e US$ 950,72 milhões em 2007 para 470,9 mil toneladas e US$ 1,32 bilhão neste ano. A Rússia é o principal importador da carne suína brasileira, comprando 43% do total.
Apesar dos resultados positivos, Camargo Neto reclama que a contínua restrição ao crédito afeta as empresas do setor. “As medidas anunciadas pelo governo federal apontam na direção correta, porém, infelizmente, não chegam ao caixa das empresas. Todo o setor bancário, inclusive o oficial, vem aumentando as exigências e as garantias na renovação de linhas de crédito, praticamente inviabilizando o mesmo volume de contratações, impondo novos custos ao setor”, analisou.
O presidente da Abipecs considera que “é preciso criar novos instrumentos financeiros para aprofundar o apoio do governo à economia, pois a simples manutenção do que existia antes da crise mostra-se insuficiente”.
Hoje (11), o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, se reunirá com representantes de bancos, cooperativas e tradings (empresas que financiam o setor agrícola) para avaliar por que recursos de Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC) disponibilizados pelo governo não estão sendo acessados.
Fonte: Danilo Macedo, repórter da Agência Brasil
Exportação de grãos também vai sentir efeito da crise 11.11.08
11.11.08
A crise vai afetar as exportações do agronegócio.
Mesmo que no ano que vem os volumes de exportação permaneçam os mesmos que em 2008, os preços, que já estão caindo, ficarão ainda menores. Isto porque o mercado lá fora estará em recessão. E vale lembrar que, na última quinta-feira (06), IBGE e Conab previram quedas na produção agrícola para 2009.
- Em 2008, as exportações não devem ter um impacto negativo tão grande, porque muitos contratos já estão fechados. Pode haver um ou outro contrato sendo cancelado. Mas para 2009, mesmo que a gente exporte o mesmo volume, e pode ter diminuição no volume, o valor vai cair, com certeza. A soja, por exemplo, estava cotada a US$ 16 e agora está em US$ 9. O milho caiu de US$ 7 para US$ 4. Se for o mesmo volume, a exportação diminui quase a metade em valor no ano que vem - disse o presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), José Mário Schreiner.
O volume das exportações de grãos, por exemplo, já vem caindo desde 2007. Neste ano, o milho teve queda na exportação. A estimativa da CNA era exportar 10 milhões de toneladas e eles devem fechar 2008 com cinco milhões de toneladas exportadas.
- Em setembro, a exportação estava em quatro milhões de toneladas. A Europa já se fechou para o milho do Brasil. Era um mercado que a gente tinha uma boa aceitação. Mas eles tiveram boa safra este ano. Além disso, o preço vem caindo - explicou Schreiner.
Acontece com as exportações de grãos e da safra o que nós já mostramos aqui no blog, com análise de economistas e da AEB: o preço das commodities lá fora está caindo, por causa da crise na economia real dos países. Só isso vai reduzir o valor das exportações. Como também pode haver queda no volume, o cenário para 2009 não é nada positivo.
Fonte: O Globo
A crise vai afetar as exportações do agronegócio.
Mesmo que no ano que vem os volumes de exportação permaneçam os mesmos que em 2008, os preços, que já estão caindo, ficarão ainda menores. Isto porque o mercado lá fora estará em recessão. E vale lembrar que, na última quinta-feira (06), IBGE e Conab previram quedas na produção agrícola para 2009.
- Em 2008, as exportações não devem ter um impacto negativo tão grande, porque muitos contratos já estão fechados. Pode haver um ou outro contrato sendo cancelado. Mas para 2009, mesmo que a gente exporte o mesmo volume, e pode ter diminuição no volume, o valor vai cair, com certeza. A soja, por exemplo, estava cotada a US$ 16 e agora está em US$ 9. O milho caiu de US$ 7 para US$ 4. Se for o mesmo volume, a exportação diminui quase a metade em valor no ano que vem - disse o presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), José Mário Schreiner.
O volume das exportações de grãos, por exemplo, já vem caindo desde 2007. Neste ano, o milho teve queda na exportação. A estimativa da CNA era exportar 10 milhões de toneladas e eles devem fechar 2008 com cinco milhões de toneladas exportadas.
- Em setembro, a exportação estava em quatro milhões de toneladas. A Europa já se fechou para o milho do Brasil. Era um mercado que a gente tinha uma boa aceitação. Mas eles tiveram boa safra este ano. Além disso, o preço vem caindo - explicou Schreiner.
Acontece com as exportações de grãos e da safra o que nós já mostramos aqui no blog, com análise de economistas e da AEB: o preço das commodities lá fora está caindo, por causa da crise na economia real dos países. Só isso vai reduzir o valor das exportações. Como também pode haver queda no volume, o cenário para 2009 não é nada positivo.
Fonte: O Globo
Banco do Brasil amplia linha de crédito a mini e pequenos produtores rurais 11.11.08
11.11.08
Uma parceria firmada ontem (10) entre o Banco do Brasil (BB) e a Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp) disponibilizará uma linha de crédito de até R$ 500 milhões para mini e pequenos produtores rurais de todo o país, via Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf).
A expectativa da Ocesp é aumentar o volume de recursos que chegarão aos cooperativados em 50%, na próxima safra. “Foram quatro meses de negociações até chegarmos a um acordo. Um cronograma foi elaborado e, a partir de hoje, iniciado. O primeiro passo será proporcionar treinamento a gerentes do banco e a técnicos das cooperativas, a fim de permitir que os cooperados utilizem todo o potencial de crédito do banco para o setor”, explicou o presidente da Ocesp, Edivaldo Del Grande.
"Muitas vezes, as cooperativas têm linhas de financiamento específicas disponíveis no BB, mas faltam a elas informações sobre como se adequar ao perfil exigido e conseguir esses recursos", observou Del Grande.
Ele disse que a cada dois meses um grupo de trabalho se reunirá, com o objetivo de supervisionar a parceria e estreitar o relacionamento entre o banco e as cooperativas, visando ao objetivo social comum das duas entidades.
"Na safra 2007/2008, as cooperativas de São Paulo acessaram R$ 330 milhões em crédito rural no BB, de forma independente ao Pronaf. Com esta parceria, esperamos que alguns entraves encontrados pelos produtores no relacionamento com o banco sejam removidos e, desta maneira, permitir que o volume acessado tenha um expressivo crescimento."
A parceria também permitirá aos produtores associados no Pronaf a implantação do Banco do Canal Facilitador de Crédito (CFC) nas cooperativas interessadas.
Fonte: Pedro Peduzzi, repórter da Agência Brasil
Uma parceria firmada ontem (10) entre o Banco do Brasil (BB) e a Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp) disponibilizará uma linha de crédito de até R$ 500 milhões para mini e pequenos produtores rurais de todo o país, via Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf).
A expectativa da Ocesp é aumentar o volume de recursos que chegarão aos cooperativados em 50%, na próxima safra. “Foram quatro meses de negociações até chegarmos a um acordo. Um cronograma foi elaborado e, a partir de hoje, iniciado. O primeiro passo será proporcionar treinamento a gerentes do banco e a técnicos das cooperativas, a fim de permitir que os cooperados utilizem todo o potencial de crédito do banco para o setor”, explicou o presidente da Ocesp, Edivaldo Del Grande.
"Muitas vezes, as cooperativas têm linhas de financiamento específicas disponíveis no BB, mas faltam a elas informações sobre como se adequar ao perfil exigido e conseguir esses recursos", observou Del Grande.
Ele disse que a cada dois meses um grupo de trabalho se reunirá, com o objetivo de supervisionar a parceria e estreitar o relacionamento entre o banco e as cooperativas, visando ao objetivo social comum das duas entidades.
"Na safra 2007/2008, as cooperativas de São Paulo acessaram R$ 330 milhões em crédito rural no BB, de forma independente ao Pronaf. Com esta parceria, esperamos que alguns entraves encontrados pelos produtores no relacionamento com o banco sejam removidos e, desta maneira, permitir que o volume acessado tenha um expressivo crescimento."
A parceria também permitirá aos produtores associados no Pronaf a implantação do Banco do Canal Facilitador de Crédito (CFC) nas cooperativas interessadas.
Fonte: Pedro Peduzzi, repórter da Agência Brasil
Usina de biodiesel construída por produtores começa operar em MT 11.11.08
11.11.08
Começou a operar ontem (10) em Cuiabá, a Cooperbio, usina de biodiesel construída pelos produtores de algodão e soja do Estado. A planta, com tecnologia 100% brasileira, tem capacidade para produzir 400 mil litros do combustível ao dia. A maior fábrica de Mato Grosso vai injetar no mercado 12 milhões de litros de biodiesel todos os meses, e o destino deles quem decide é o produtor.
A planta "flex" permite o uso de vários tipos de álcool como reagentes e deve alcançar a produtividade pretendida usando 30% de algodão e 70% de soja como matéria-prima – proporção que pode variar de acordo com a sazonalidade. De acordo com o presidente da cooperativa, João Luiz Pessa, à usina só falta a licença de comercialização concedida pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), mas até lá os 400 grupos de produtores associados podem usar o biodiesel nas lavouras.
A Cooperbio nasceu a partir da preocupação dos agricultores com os custos de produção. Ao longo de dois anos foram investidos cerca de R$ 30 milhões para viabilizar a usina e o combustível demandado pelas máquinas agrícolas. De acordo com os cálculos da Associação Mato-grossenses dos Pro-dutores de Algodão (AMPA), o combustível representa hoje 12% do custo variável de uma lavoura de algodão — há quatro anos não passava de 4%.
A Cooperbio está preparada para processar qualquer oleaginosa animal ou vegetal, e o custo industrial desse processamento é faturado ao produtor, cerca de R$ 0,40 por litro.
"Os produtores entram com a matéria-prima, que eles têm de sobra. A idéia é ter produção o ano inteiro para abastecer as lavouras daqui e negociar o combustível nos leilões da ANP", explica Pessa.
O projeto da planta da Cooperbio foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Campinas (Unicamp), que se associaram à Lucato para executá-lo. Projeto sustentável, processa sem resíduos. Candido Lopes, um dos pesquisadores, explica que a idéia inicial era acabar com a dependência externa em relação aos equipamentos importados, e eles conseguiram.
"Não lavamos o biodiesel, o que traz ganhos ambientais e econômicos por eliminar os custos energéticos".
No Mato Grosso, maior produtor do País, são cultivados 550 mil hectares com algodão, de onde saem 51% da produção nacional da fibra. O custo de cada hectare chega a US$ 2500 – três vezes superior ao da soja. O diretor-executivo Ampa, Décio Tocantins, diz que a expectativa dos 353 grupos associados à Cooperbio é de uma boa redução nos custos.
"Queremos que o produtor faça uma lavoura barata", diz
Fonte: Gilmara Botelho/JB
Começou a operar ontem (10) em Cuiabá, a Cooperbio, usina de biodiesel construída pelos produtores de algodão e soja do Estado. A planta, com tecnologia 100% brasileira, tem capacidade para produzir 400 mil litros do combustível ao dia. A maior fábrica de Mato Grosso vai injetar no mercado 12 milhões de litros de biodiesel todos os meses, e o destino deles quem decide é o produtor.
A planta "flex" permite o uso de vários tipos de álcool como reagentes e deve alcançar a produtividade pretendida usando 30% de algodão e 70% de soja como matéria-prima – proporção que pode variar de acordo com a sazonalidade. De acordo com o presidente da cooperativa, João Luiz Pessa, à usina só falta a licença de comercialização concedida pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), mas até lá os 400 grupos de produtores associados podem usar o biodiesel nas lavouras.
A Cooperbio nasceu a partir da preocupação dos agricultores com os custos de produção. Ao longo de dois anos foram investidos cerca de R$ 30 milhões para viabilizar a usina e o combustível demandado pelas máquinas agrícolas. De acordo com os cálculos da Associação Mato-grossenses dos Pro-dutores de Algodão (AMPA), o combustível representa hoje 12% do custo variável de uma lavoura de algodão — há quatro anos não passava de 4%.
A Cooperbio está preparada para processar qualquer oleaginosa animal ou vegetal, e o custo industrial desse processamento é faturado ao produtor, cerca de R$ 0,40 por litro.
"Os produtores entram com a matéria-prima, que eles têm de sobra. A idéia é ter produção o ano inteiro para abastecer as lavouras daqui e negociar o combustível nos leilões da ANP", explica Pessa.
O projeto da planta da Cooperbio foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Campinas (Unicamp), que se associaram à Lucato para executá-lo. Projeto sustentável, processa sem resíduos. Candido Lopes, um dos pesquisadores, explica que a idéia inicial era acabar com a dependência externa em relação aos equipamentos importados, e eles conseguiram.
"Não lavamos o biodiesel, o que traz ganhos ambientais e econômicos por eliminar os custos energéticos".
No Mato Grosso, maior produtor do País, são cultivados 550 mil hectares com algodão, de onde saem 51% da produção nacional da fibra. O custo de cada hectare chega a US$ 2500 – três vezes superior ao da soja. O diretor-executivo Ampa, Décio Tocantins, diz que a expectativa dos 353 grupos associados à Cooperbio é de uma boa redução nos custos.
"Queremos que o produtor faça uma lavoura barata", diz
Fonte: Gilmara Botelho/JB
Agora são 545 fazendas habilitadas a exportar carne bovina para Europa 11.11.08
11.11.08
O Brasil voltou a ampliar o número de fazendas cadastradas a abater seus animais para abastecer o mercado de carne bovina da Europa. Na nova lista divulgada ontem (10) pela Comissão Européia, o Brasil ampliou em 19 propriedades o número de fazendas habilitadas, que conta agora com 545 propriedades, ante as 526 da semana passada.
Das 19 novas fazendas, 15 estão em Minas Gerais, Estado que possui maior número de habilitações e conta agora com 269 propriedades. Goiás incluiu uma fazenda e possui atualmente 104 propriedades cadastradas. As outras três inclusões foram feitas por São Paulo, que elevou o número de fazendas para 18, sendo o quinto maior Estado em habilitações.
Fonte: Alexandre Inacio, Agência Estado
O Brasil voltou a ampliar o número de fazendas cadastradas a abater seus animais para abastecer o mercado de carne bovina da Europa. Na nova lista divulgada ontem (10) pela Comissão Européia, o Brasil ampliou em 19 propriedades o número de fazendas habilitadas, que conta agora com 545 propriedades, ante as 526 da semana passada.
Das 19 novas fazendas, 15 estão em Minas Gerais, Estado que possui maior número de habilitações e conta agora com 269 propriedades. Goiás incluiu uma fazenda e possui atualmente 104 propriedades cadastradas. As outras três inclusões foram feitas por São Paulo, que elevou o número de fazendas para 18, sendo o quinto maior Estado em habilitações.
Fonte: Alexandre Inacio, Agência Estado
Redução de emissões de CO2 com etanol é anulada pelo desmatamento da Amazônia e do Cerrado 10.11.08
10.11.08
Em cinco anos, desde que a tecnologia de motores bicombustíveis chegou ao mercado de automóveis, o Brasil "economizou" 42,5 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2), que deixaram de ser emitidas para a atmosfera graças à substituição de gasolina por álcool combustível, segundo cálculos da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). Isso equivale a três anos e meio de emissões de CO2 da cidade de São Paulo, como se todos os veículos e fábricas da metrópole tivessem parado de funcionar durante esse período.
Segundo o físico José Goldemberg, do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo, os 42,5 milhões de toneladas poupados representam quase 20% das emissões brasileiras do gás - excluindo o que é emitido via desmatamento e queimadas. "É um número muito significativo", afirma Goldemberg. Essa é a boa notícia.
A má notícia é que, quando se leva em conta as emissões por desmatamento e queimadas na Amazônia, essa economia do álcool se desvaloriza quase que instantaneamente na atmosfera. Em um único mês, a combustão da floresta tropical lança na atmosfera a mesma quantidade de gás carbônico que deixou de ser emitida nos cinco anos de tecnologia flex fuel. A comparação foi feita com base em informações fornecidas por especialistas da academia e da indústria.
Pesquisadores estimam que cada quilômetro quadrado de floresta derrubada e queimada na Amazônia libera para a atmosfera, em média, 44 mil toneladas de CO2. Em 2007, por exemplo, foram derrubados 11.532 km² de floresta amazônica, segundo dados oficiais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Pelos cálculos dos cientistas, isso implicou na emissão de 507,4 milhões de toneladas de CO2, o que dá uma média de 42,3 milhões de toneladas por mês - quase o mesmo que os 42,5 milhões de toneladas evitadas pelo uso de álcool em motores flex fuel em cinco anos.
Além disso, deve-se acrescentar que um estudo (Fargione, 2008) divulgado no primeiro semestre do corrente ano, demonstra que se a cana-de-açúcar utilizada para produzir etanol for plantada em uma área do Cerrado antes coberta por vegetação natural, a emissão de carbono resultante desse desmatamento fará com que o uso do respectivo etanol leve 32 anos apenas para compensar as emissões originadas do desmatamento para o plantio.
Fonte: Herton Escobar, informações do jornal O Estado de S. Paulo, com o Observatório.
Em cinco anos, desde que a tecnologia de motores bicombustíveis chegou ao mercado de automóveis, o Brasil "economizou" 42,5 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2), que deixaram de ser emitidas para a atmosfera graças à substituição de gasolina por álcool combustível, segundo cálculos da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). Isso equivale a três anos e meio de emissões de CO2 da cidade de São Paulo, como se todos os veículos e fábricas da metrópole tivessem parado de funcionar durante esse período.
Segundo o físico José Goldemberg, do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo, os 42,5 milhões de toneladas poupados representam quase 20% das emissões brasileiras do gás - excluindo o que é emitido via desmatamento e queimadas. "É um número muito significativo", afirma Goldemberg. Essa é a boa notícia.
A má notícia é que, quando se leva em conta as emissões por desmatamento e queimadas na Amazônia, essa economia do álcool se desvaloriza quase que instantaneamente na atmosfera. Em um único mês, a combustão da floresta tropical lança na atmosfera a mesma quantidade de gás carbônico que deixou de ser emitida nos cinco anos de tecnologia flex fuel. A comparação foi feita com base em informações fornecidas por especialistas da academia e da indústria.
Pesquisadores estimam que cada quilômetro quadrado de floresta derrubada e queimada na Amazônia libera para a atmosfera, em média, 44 mil toneladas de CO2. Em 2007, por exemplo, foram derrubados 11.532 km² de floresta amazônica, segundo dados oficiais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Pelos cálculos dos cientistas, isso implicou na emissão de 507,4 milhões de toneladas de CO2, o que dá uma média de 42,3 milhões de toneladas por mês - quase o mesmo que os 42,5 milhões de toneladas evitadas pelo uso de álcool em motores flex fuel em cinco anos.
Além disso, deve-se acrescentar que um estudo (Fargione, 2008) divulgado no primeiro semestre do corrente ano, demonstra que se a cana-de-açúcar utilizada para produzir etanol for plantada em uma área do Cerrado antes coberta por vegetação natural, a emissão de carbono resultante desse desmatamento fará com que o uso do respectivo etanol leve 32 anos apenas para compensar as emissões originadas do desmatamento para o plantio.
Fonte: Herton Escobar, informações do jornal O Estado de S. Paulo, com o Observatório.
Comércio global cairá pela 1ª vez em 27 anos, diz Bird 10.11.08
10.11.08
A crise financeira atual provocará a primeira queda no comércio internacional em 27 anos, afirmou no sábado (08) o presidente do Banco Mundial (Bird), Roberto Zoellick. Segundo ele, os problemas no mercado de crédito já causaram uma "impressionante" retração no comércio global que deve atravessar 2009.
Durante o encontro do G-20, em São Paulo, Zoellick observou que a crise de crédito global provocou uma grande lacuna nos financiamentos para o comércio. "O Banco Mundial vai expandir sua linha de financiamento em US$ 1,5 bilhão para ajudar a diminuir essa lacuna", afirmou.
Zoellick considera que os países desenvolvidos terão uma participação determinante para a resolução da crise financeira atual.
O presidente do Banco Mundial disse ainda que reformas no sistema financeiro global, incluindo melhora na regulação, serão implementadas nos próximos dois anos. No entanto, ressaltou que o preço a ser pago por uma melhor regulação financeira será a perda de empregos. "O processo de ajuste significará redução de empregos em muitos países", disse.
Fonte: informações da Dow Jones, com Tatiana Freitas, Agência Estado
A crise financeira atual provocará a primeira queda no comércio internacional em 27 anos, afirmou no sábado (08) o presidente do Banco Mundial (Bird), Roberto Zoellick. Segundo ele, os problemas no mercado de crédito já causaram uma "impressionante" retração no comércio global que deve atravessar 2009.
Durante o encontro do G-20, em São Paulo, Zoellick observou que a crise de crédito global provocou uma grande lacuna nos financiamentos para o comércio. "O Banco Mundial vai expandir sua linha de financiamento em US$ 1,5 bilhão para ajudar a diminuir essa lacuna", afirmou.
Zoellick considera que os países desenvolvidos terão uma participação determinante para a resolução da crise financeira atual.
O presidente do Banco Mundial disse ainda que reformas no sistema financeiro global, incluindo melhora na regulação, serão implementadas nos próximos dois anos. No entanto, ressaltou que o preço a ser pago por uma melhor regulação financeira será a perda de empregos. "O processo de ajuste significará redução de empregos em muitos países", disse.
Fonte: informações da Dow Jones, com Tatiana Freitas, Agência Estado
MMX paralisa operações da siderurgia em Corumbá, MS 10.11.08
10.11.08
A mineradora MMX, do empresário Eike Batista, anunciou na noite de ontem a suspensão temporária, a partir do final de novembro, das atividades da mineradora e da siderúrgica de Corumbá (MS). A empresa alegou, em nota, necessidade de "se adequar à nova realidade do mercado" e ressalta a desaceleração da economia mundial e a menor demanda por matérias-primas por parte da indústria siderúrgica mundial.
A MMX também afirmou que não haverá demissões e que os empregados de Corumbá serão mantidos em licença remunerada, "respeitando os acordos coletivos".
Por conta da crise, a empresa adiou indefinidamente os investimentos na usina de tarugos [usados na fabricação de barras, arames e vergalhões para a construção] de Corumbá, que previa desembolsos de cerca de US$ 200 milhões. A meta, diz a empresa, é reduzir os custos das operações e evitar o aumento de estoques.
Problemas
A MMX tem um histórico de autuações pelo Ibama -MS por consumo de carvão vegetal produzido ilegalmente, e em alguns casos originado de terras indígenas, o que resultou em milhões de reais em multas, que foram contestadas pela empresa e encontram-se em processo de análise administrativa desses recursos.
Além disso, seu proprietário, Eike Batista, afirmou recentemente que e MMX só estava dando "dor de cabeça" e desgastando a imagem de seu conjunto de empresas, e que uma alternativa era fechá-la.
Fonte: Folha de São Paulo, com o Observatório
Veja as notícias:
Eike diz que multas ambientais prejudicaram suas empresas e doa R$ 11 milhões para três parques nacionais 15.10.08
MMX suspende compras de carvão 04.12.07
MMX usa carvão produzido em Reserva Indígena no Pantanal 29.11.07
A mineradora MMX, do empresário Eike Batista, anunciou na noite de ontem a suspensão temporária, a partir do final de novembro, das atividades da mineradora e da siderúrgica de Corumbá (MS). A empresa alegou, em nota, necessidade de "se adequar à nova realidade do mercado" e ressalta a desaceleração da economia mundial e a menor demanda por matérias-primas por parte da indústria siderúrgica mundial.
A MMX também afirmou que não haverá demissões e que os empregados de Corumbá serão mantidos em licença remunerada, "respeitando os acordos coletivos".
Por conta da crise, a empresa adiou indefinidamente os investimentos na usina de tarugos [usados na fabricação de barras, arames e vergalhões para a construção] de Corumbá, que previa desembolsos de cerca de US$ 200 milhões. A meta, diz a empresa, é reduzir os custos das operações e evitar o aumento de estoques.
Problemas
A MMX tem um histórico de autuações pelo Ibama -MS por consumo de carvão vegetal produzido ilegalmente, e em alguns casos originado de terras indígenas, o que resultou em milhões de reais em multas, que foram contestadas pela empresa e encontram-se em processo de análise administrativa desses recursos.
Além disso, seu proprietário, Eike Batista, afirmou recentemente que e MMX só estava dando "dor de cabeça" e desgastando a imagem de seu conjunto de empresas, e que uma alternativa era fechá-la.
Fonte: Folha de São Paulo, com o Observatório
Veja as notícias:
Eike diz que multas ambientais prejudicaram suas empresas e doa R$ 11 milhões para três parques nacionais 15.10.08
MMX suspende compras de carvão 04.12.07
MMX usa carvão produzido em Reserva Indígena no Pantanal 29.11.07
Mapa quer incluir no PAC a construção da hidrovia Teles Pires-Tapajós 10.11.08
10.11.08
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) está se mobilizando, junto a outras instituições do governo federal, para incluir o rio Teles Pires-Tapajós no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A hidrovia tem grande potencial para o trânsito fluvial de grãos, especialmente a soja.
De acordo com o diretor do departamento de Infra-Estrutura e Logística do Mapa, Biramar Nunes, o Brasil possui, no mínimo, sete grandes rios navegáveis: Rio Madeira, Paranaíba-Tietê-Paraná, Araguaia-Tocantins, Parnaíba, São Francisco, Paraguai-Paraná e Teles Pires-Tapajós. Apenas os dois primeiros são utilizados para o transporte de produtos agrícolas.
As obras requisitadas para o Teles Pires-Tapajós contribuirão para o escoamento da produção de grãos do Mato Grosso, a custos altamente competitivos. A estimativa de produção de grãos nessa área de abrangência é de 12 milhões de toneladas, com grande potencial de crescimento.
Impactos
Os impactos ambientais, sociais e culturais previsíveis, caso esse projeto seja implantado, são muito grandes. A navegação passará por áreas indeigenas, várias quedas d'água terão que ser transpostas, o estoque pesqueiro tenderá a se reduzir, sendo esta a fonte básica de proteína para populações indígenas e ribeirinhas.
De acordo com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), a diferença economizada pelo agricultor, ao escoar sua produção pela hidrovia até o porto de Santarém, chega a US$ 93/tonelada.
Ressalte-se que esses números são teóricos, já que normalmente a economia de custos de transporte é apropriada, em sua maior parte, pelas tranding companies.
Fonte: Cristiane Araujo, Assessoria de Comunicação Social do Mapa, com o Observatório
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) está se mobilizando, junto a outras instituições do governo federal, para incluir o rio Teles Pires-Tapajós no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A hidrovia tem grande potencial para o trânsito fluvial de grãos, especialmente a soja.
De acordo com o diretor do departamento de Infra-Estrutura e Logística do Mapa, Biramar Nunes, o Brasil possui, no mínimo, sete grandes rios navegáveis: Rio Madeira, Paranaíba-Tietê-Paraná, Araguaia-Tocantins, Parnaíba, São Francisco, Paraguai-Paraná e Teles Pires-Tapajós. Apenas os dois primeiros são utilizados para o transporte de produtos agrícolas.
As obras requisitadas para o Teles Pires-Tapajós contribuirão para o escoamento da produção de grãos do Mato Grosso, a custos altamente competitivos. A estimativa de produção de grãos nessa área de abrangência é de 12 milhões de toneladas, com grande potencial de crescimento.
Impactos
Os impactos ambientais, sociais e culturais previsíveis, caso esse projeto seja implantado, são muito grandes. A navegação passará por áreas indeigenas, várias quedas d'água terão que ser transpostas, o estoque pesqueiro tenderá a se reduzir, sendo esta a fonte básica de proteína para populações indígenas e ribeirinhas.
De acordo com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), a diferença economizada pelo agricultor, ao escoar sua produção pela hidrovia até o porto de Santarém, chega a US$ 93/tonelada.
Ressalte-se que esses números são teóricos, já que normalmente a economia de custos de transporte é apropriada, em sua maior parte, pelas tranding companies.
Fonte: Cristiane Araujo, Assessoria de Comunicação Social do Mapa, com o Observatório
Pesquisa projeta renda agrícola de 2008 em R$ 165 bilhões, crescendo 16.7% sobre 2007 10.11.08
10.11.08
A projeção de renda agrícola de 2008, indicada pelo Valor Bruto da Produção de 20 lavouras, ficará em R$ 165,3 bilhões, um reajuste de 16,7% em relação ao ano passado (R$ 141,6 bilhões). Este aumento se deve a alguns ajustes que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) fizeram em relação à produção esperada para este ano, e também a ligeiras alterações nos preços recebidos pelos agricultores. A avaliação é do coordenador-geral de Planejamento Estratégico, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Garcia Gasques.
Os maiores aumentos reais de renda na safra 2008, já descontada a inflação, ocorrem no feijão (79,6%), cebola (65,8%), trigo (55,6%), amendoim (39,2%), soja (32,3%) e milho (26,8%). Outros produtos que também têm apresentados aumento de renda em relação a 2007 são arroz (22,9%), café em grão (19,6%), tomate(17,5%), cacau (14,2%), batata-inglesa (8%), banana (5%), mandioca (4,2%) e laranja (3,4%).
Os preços dos produtos agrícolas mostraram redução no trigo, milho, batata-inglesa e café. Os demais analisados na pesquisa de renda apontam os mesmos preços do mês anterior ou tendência de alta.
Entre as culturas que apresentam queda de renda em 2008, Gasques destaca a cana-de-açúcar, com uma produção recorde esperada de 643,7 milhões toneladas. A conjuntura de redução de preços do açúcar tem levado ao menor nível de renda em relação a 2007, analisa.
Cálculo da renda - A renda agrícola refere-se ao Valor Bruto da Produção de 20 lavouras e é obtida multiplicando a quantidade produzida pelo preço recebido pelos agricultores. A metodologia de cálculo da renda do café mudou em setembro. Os preços utilizados são do Cepea/Esalq/USP para o café Arábica tipo 6 e, no caso do Espírito Santo, foi utilizado o preço do café Conillon tipo 6, também do Cepea. Os demais preços continuam com a fonte da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Fonte: Inez De Podestà, Assessoria de Comunicação Social do Mapa
A projeção de renda agrícola de 2008, indicada pelo Valor Bruto da Produção de 20 lavouras, ficará em R$ 165,3 bilhões, um reajuste de 16,7% em relação ao ano passado (R$ 141,6 bilhões). Este aumento se deve a alguns ajustes que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) fizeram em relação à produção esperada para este ano, e também a ligeiras alterações nos preços recebidos pelos agricultores. A avaliação é do coordenador-geral de Planejamento Estratégico, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Garcia Gasques.
Os maiores aumentos reais de renda na safra 2008, já descontada a inflação, ocorrem no feijão (79,6%), cebola (65,8%), trigo (55,6%), amendoim (39,2%), soja (32,3%) e milho (26,8%). Outros produtos que também têm apresentados aumento de renda em relação a 2007 são arroz (22,9%), café em grão (19,6%), tomate(17,5%), cacau (14,2%), batata-inglesa (8%), banana (5%), mandioca (4,2%) e laranja (3,4%).
Os preços dos produtos agrícolas mostraram redução no trigo, milho, batata-inglesa e café. Os demais analisados na pesquisa de renda apontam os mesmos preços do mês anterior ou tendência de alta.
Entre as culturas que apresentam queda de renda em 2008, Gasques destaca a cana-de-açúcar, com uma produção recorde esperada de 643,7 milhões toneladas. A conjuntura de redução de preços do açúcar tem levado ao menor nível de renda em relação a 2007, analisa.
Cálculo da renda - A renda agrícola refere-se ao Valor Bruto da Produção de 20 lavouras e é obtida multiplicando a quantidade produzida pelo preço recebido pelos agricultores. A metodologia de cálculo da renda do café mudou em setembro. Os preços utilizados são do Cepea/Esalq/USP para o café Arábica tipo 6 e, no caso do Espírito Santo, foi utilizado o preço do café Conillon tipo 6, também do Cepea. Os demais preços continuam com a fonte da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Fonte: Inez De Podestà, Assessoria de Comunicação Social do Mapa
Publicadas recomendações oficiais sobre bem-estar animal 10.11.08
10.11.08
O uso de transporte e manejo adequados para redução do estresse e sofrimento dos animais e a adoção de dieta satisfatória, apropriada e segura em suas diversas fases de vida são algumas das orientações da Instrução Normativa nº 56, publicada, na sexta-feira (7), no Diário Oficial da União. Ela representa mais um marco legal do setor e traz recomendações gerais de boas práticas para o bem-estar animal.
Na quinta-feira (13), será realizado ato oficial de divulgação da instrução, no Auditório Maior do Mapa, às 15h. Estarão presentes o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Mapa, Márcio Portocarrero, membros da Comissão Técnica Permanente de Bem-Estar Animal do ministério, associações de produtores, representantes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), organizações não-governamentais e outras entidades do setor.
Bem-estar no Brasil
Desde a década de 30, o Brasil atende a princípios de bem-estar animal. Um decreto, publicado em 1934, estabelece medidas de proteção aos animais, prevenindo maus tratos. Em 1950, foi criado o Serviço de Inspeção Federal, regulamentado pelo decreto 30.691/52, que cria normas para o processamento de produtos de origem animal em estabelecimentos inspecionados pelo governo federal.
Mais recentemente, foi publicada a Instrução Normativa nº 3, que traz regulamentações técnicas sobre métodos de insensibilização para o abate humanitário, ou seja, procedimentos que permitem o abate evitando o sofrimento do animal. Essas regras, que estão em vigor, são referência para o setor produtivo e contribuem para o bom desempenho do País no mercado internacional.
Fonte: Cristiane Araujo, Assessoria de Comunicação Social do Mapa
O uso de transporte e manejo adequados para redução do estresse e sofrimento dos animais e a adoção de dieta satisfatória, apropriada e segura em suas diversas fases de vida são algumas das orientações da Instrução Normativa nº 56, publicada, na sexta-feira (7), no Diário Oficial da União. Ela representa mais um marco legal do setor e traz recomendações gerais de boas práticas para o bem-estar animal.
Na quinta-feira (13), será realizado ato oficial de divulgação da instrução, no Auditório Maior do Mapa, às 15h. Estarão presentes o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Mapa, Márcio Portocarrero, membros da Comissão Técnica Permanente de Bem-Estar Animal do ministério, associações de produtores, representantes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), organizações não-governamentais e outras entidades do setor.
Bem-estar no Brasil
Desde a década de 30, o Brasil atende a princípios de bem-estar animal. Um decreto, publicado em 1934, estabelece medidas de proteção aos animais, prevenindo maus tratos. Em 1950, foi criado o Serviço de Inspeção Federal, regulamentado pelo decreto 30.691/52, que cria normas para o processamento de produtos de origem animal em estabelecimentos inspecionados pelo governo federal.
Mais recentemente, foi publicada a Instrução Normativa nº 3, que traz regulamentações técnicas sobre métodos de insensibilização para o abate humanitário, ou seja, procedimentos que permitem o abate evitando o sofrimento do animal. Essas regras, que estão em vigor, são referência para o setor produtivo e contribuem para o bom desempenho do País no mercado internacional.
Fonte: Cristiane Araujo, Assessoria de Comunicação Social do Mapa
Abiove prevê crescimento de 2,5% na produção de soja para 2009/10 10.11.08
10.11.08
A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) divulgou sexta-feira (07) sua estimativa para a safra do ano comercial 2009/10, que vai de fevereiro de 2009 até janeiro do ano seguinte. A entidade prevê um crescimento na produção brasileira de soja, que deverá ser 61,4 milhões de toneladas, um crescimento de 2,5% em comparação ao resultado da safra 2008/09, quando serão produzidas 59,9 milhões de toneladas.
Com o aumento da oferta de grão, a entidade estima que tanto as exportações nacionais quanto o processamento das indústrias do setor apresentem crescimento na próxima safra. Os embarques de soja deverão crescer 7,7% para 26,7 milhões de toneladas sobre as 24,8 milhões de toneladas exportadas na safra 2008/09. No caso do processamento das empresas, o crescimento será de 2,8% e deve chegar a 33 milhões de toneladas. A nova safra também começa com um estoque inicial 26% inferior ao registrado no passado, com 1,5 milhão de toneladas armazenadas nas indústrias.
Em relação aos subprodutos da soja, a Abiove prevê aumento de 2,9% na produção de farelo de soja, para 25,2 milhões de toneladas. Além disso, o consumo interno pode chegar a 12 milhões de toneladas e superar em 4,3% o resultado da safra anterior. Mesmo com o aumento da demanda internas, as exportações terão um crescimento de 1,5% e irão somar 13,3 milhões de toneladas. A produção de óleo de soja irá alcançar na safra 2009/10 um volume de 6,3 milhões de toneladas, 2,4% a mais que na safra anterior e o consumo doméstico será de 4,3 milhões de toneladas, desempenho 4,9% maior do que na safra 2008/09.
Fonte: Alexandre Inacio, Agência Estado
A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) divulgou sexta-feira (07) sua estimativa para a safra do ano comercial 2009/10, que vai de fevereiro de 2009 até janeiro do ano seguinte. A entidade prevê um crescimento na produção brasileira de soja, que deverá ser 61,4 milhões de toneladas, um crescimento de 2,5% em comparação ao resultado da safra 2008/09, quando serão produzidas 59,9 milhões de toneladas.
Com o aumento da oferta de grão, a entidade estima que tanto as exportações nacionais quanto o processamento das indústrias do setor apresentem crescimento na próxima safra. Os embarques de soja deverão crescer 7,7% para 26,7 milhões de toneladas sobre as 24,8 milhões de toneladas exportadas na safra 2008/09. No caso do processamento das empresas, o crescimento será de 2,8% e deve chegar a 33 milhões de toneladas. A nova safra também começa com um estoque inicial 26% inferior ao registrado no passado, com 1,5 milhão de toneladas armazenadas nas indústrias.
Em relação aos subprodutos da soja, a Abiove prevê aumento de 2,9% na produção de farelo de soja, para 25,2 milhões de toneladas. Além disso, o consumo interno pode chegar a 12 milhões de toneladas e superar em 4,3% o resultado da safra anterior. Mesmo com o aumento da demanda internas, as exportações terão um crescimento de 1,5% e irão somar 13,3 milhões de toneladas. A produção de óleo de soja irá alcançar na safra 2009/10 um volume de 6,3 milhões de toneladas, 2,4% a mais que na safra anterior e o consumo doméstico será de 4,3 milhões de toneladas, desempenho 4,9% maior do que na safra 2008/09.
Fonte: Alexandre Inacio, Agência Estado
Produtores de etanol posicionam-se contra medidas de proteção socioambiental da UE 07.11.08
07.11.08
Genebra - O Brasil e sete outros países "emergentes" vão fazer uma queixa oficial contra a União Européia (UE) com base nas exigências ambientais que o bloco pretende implementar para a exportação do etanol, e ameaçam levar o caso aos tribunais da Organização Mundial de Comércio (OMC). O grupo alega que as barreiras que estão sendo preparadas na UE são "injustas" e congelariam a expansão da produção na América do Sul e na África.
Pela proposta européia, a expansão do etanol no Brasil não poderia ocorrer nem no cerrado nem nas matas. Segundo o Itamaraty, a nova lei impediria a ampliação das áreas de cultivo de cana.
O grupo formado por Argentina, Colômbia, Malawi, Moçambique, Serra Leoa, Indonésia, Malásia e Brasil - conhecido informalmente como a Opep dos Biocombustíveis, já que reúne os maiores produtores mundiais - vai entregar uma carta à Comissão européia sugerindo que o bloco não siga adiante com seu projeto. A ameaça vem em um momento de definição da política ambiental européia.
O bloco debate há um ano a criação de um selo ambiental para garantir que o etanol que entrar em seu mercado seja "ecologicamente correto". Os critérios são que o biocombustível contribua para a redução de emissões de CO2 e não destrua áreas de florestas.
O Itamaraty alega que parte da proposta é justificável. Mas se nega a aceitar a proposta de que as áreas de produção sejam limitadas. Na prática, a lei permitiria que apenas zonas no Rio Grande do Sul plantassem cana. Para o Parlamento Europeu, nenhuma zona que possa ser estoque de carbono deve ser cortada. Para os países emergentes, os argumentos ambientais são apenas justificativas para manter os mercados fechados. O chanceler Celso Amorim já deixou claro que não exclui levar o caso à OMC.
Fonte: informações do jornal O Estado de S.Paulo
Comentário do editor:
Trabalhando com a questão da soja desde 1995, tendo participado de inúmeros encontros com ONGs européias, sempre posicionei-me contra propostas de embargos e restrições legais por parte dos Estados nacionais como forma de combater os problemas ambientais e sociais causados pelo forma de produção dos monocultivos em nosso país. E esses argumentos sempre prevaleceram, pois mostravam que esses tipos de medidas poderiam ser inócuas, como o embargo, ou facilmente derrubáveis na OMC. Daí, a proposta da Articulação Soja -Brasil ter se orientado em influenciar o mercado, com critérios a serem adotados por empresas privadas, as "trading companies", não suscetíveis a ações junto à OMC. Até onde acompanho, a União Européia está discutindo medidas legais a serem cumpridas pelas empresas que importam produtos como o etanol, e as idéias que circulavam diziam respeito à não substituição de cobertura vegetal natural do Cerrado e Floresta Amazônica por cana-de-açúcar, o que está coerente com o discurso oficial brasileiro, que não será preciso derrubar uma árvore sequer para a expansão do etanol, apenas utilizar áreas já abertas e pastagens degrdadas. Mas talvez parte das medidas exponham a UE à legislação da OMC. Mas suponho que eles sejam muito mais conhecedores do assunto (e com muito mais recursos, obviamente, que eu) e caminhem para uma solução que não os sujeitem a tais mecanismos do comércio internacional. Como as medidas ainda não são oficiais, não sei a quem os países exportadores vão reclamar, talvez ao Papa. Vamos ver.
Genebra - O Brasil e sete outros países "emergentes" vão fazer uma queixa oficial contra a União Européia (UE) com base nas exigências ambientais que o bloco pretende implementar para a exportação do etanol, e ameaçam levar o caso aos tribunais da Organização Mundial de Comércio (OMC). O grupo alega que as barreiras que estão sendo preparadas na UE são "injustas" e congelariam a expansão da produção na América do Sul e na África.
Pela proposta européia, a expansão do etanol no Brasil não poderia ocorrer nem no cerrado nem nas matas. Segundo o Itamaraty, a nova lei impediria a ampliação das áreas de cultivo de cana.
O grupo formado por Argentina, Colômbia, Malawi, Moçambique, Serra Leoa, Indonésia, Malásia e Brasil - conhecido informalmente como a Opep dos Biocombustíveis, já que reúne os maiores produtores mundiais - vai entregar uma carta à Comissão européia sugerindo que o bloco não siga adiante com seu projeto. A ameaça vem em um momento de definição da política ambiental européia.
O bloco debate há um ano a criação de um selo ambiental para garantir que o etanol que entrar em seu mercado seja "ecologicamente correto". Os critérios são que o biocombustível contribua para a redução de emissões de CO2 e não destrua áreas de florestas.
O Itamaraty alega que parte da proposta é justificável. Mas se nega a aceitar a proposta de que as áreas de produção sejam limitadas. Na prática, a lei permitiria que apenas zonas no Rio Grande do Sul plantassem cana. Para o Parlamento Europeu, nenhuma zona que possa ser estoque de carbono deve ser cortada. Para os países emergentes, os argumentos ambientais são apenas justificativas para manter os mercados fechados. O chanceler Celso Amorim já deixou claro que não exclui levar o caso à OMC.
Fonte: informações do jornal O Estado de S.Paulo
Comentário do editor:
Trabalhando com a questão da soja desde 1995, tendo participado de inúmeros encontros com ONGs européias, sempre posicionei-me contra propostas de embargos e restrições legais por parte dos Estados nacionais como forma de combater os problemas ambientais e sociais causados pelo forma de produção dos monocultivos em nosso país. E esses argumentos sempre prevaleceram, pois mostravam que esses tipos de medidas poderiam ser inócuas, como o embargo, ou facilmente derrubáveis na OMC. Daí, a proposta da Articulação Soja -Brasil ter se orientado em influenciar o mercado, com critérios a serem adotados por empresas privadas, as "trading companies", não suscetíveis a ações junto à OMC. Até onde acompanho, a União Européia está discutindo medidas legais a serem cumpridas pelas empresas que importam produtos como o etanol, e as idéias que circulavam diziam respeito à não substituição de cobertura vegetal natural do Cerrado e Floresta Amazônica por cana-de-açúcar, o que está coerente com o discurso oficial brasileiro, que não será preciso derrubar uma árvore sequer para a expansão do etanol, apenas utilizar áreas já abertas e pastagens degrdadas. Mas talvez parte das medidas exponham a UE à legislação da OMC. Mas suponho que eles sejam muito mais conhecedores do assunto (e com muito mais recursos, obviamente, que eu) e caminhem para uma solução que não os sujeitem a tais mecanismos do comércio internacional. Como as medidas ainda não são oficiais, não sei a quem os países exportadores vão reclamar, talvez ao Papa. Vamos ver.
Para IBGE, crise financeira já se reflete na safra agrícola de 2009 07.11.08
07.11.08
Veja mais abaixo:
Diretor da Conab critica estimativas do IBGE, que considera "pessimista"
Posição que é desmentida pela própria Conab, que diz:
Produção de grãos deve cair
Mas há concordância que
Crescimento na produção de alimentos básicos deve marcar safra
A produção agrícola no Brasil começa a demonstrar sinais de impacto da crise financeira internacional. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a alta dos insumos e a redução do crédito vão afetar a safra de 2009, que deverá ser a menor desde o início da série, em 2002. A informação foi divulgada ontem (07).
“Depois de muitos anos, é a primeira vez que nosso prognóstico é inferior ao do ano anterior, o que denota conseqüências da crise, que já teve impactos importantes nos preços agrícolas”, afirmou o coordenador de Agropecuária do IBGE, Flavio Bolliger.
De acordo com ele, também influenciam nas projeções para a próxima safra o temor dos agricultores de não conseguir vender a produção por um bom preço, principalmente os grãos, que têm o preço atrelado ao dólar (commodities) como milho e soja.
“Tem a incerteza do valor da produção na época da venda. Isso faz com que os produtores gastem menos em tecnologia, em insumos”, disse ele. “O produtor não tem certeza de que vai recuperar o investimento feito e acaba reduzindo a produtividade.”
Aumenta oferta para soberania alimentar
O mercado interno, por outro lado, poderá ter um resultado melhor. Bolliger estima que a produção de arroz e feijão em 2009 supere a colheita de 2008. Devido àa escassez no mercado, ambos os produtos influenciaram a alta da inflação no começo do ano.
“As incertezas de preço estão nos produtos vinculados ao mercado externo. Em relação ao arroz e ao feijão, [os preços] estão bons, inclusive a área e produção prevista para a primeira safra de feijão em 2009 é superior à de 2008”, informou o coordenador de Agropecuária do IBGE, ao lembrar que o feijão sofreu este ano com a estiagem.
A produção agrícola em 2009 deverá ser de 140,8 milhões de toneladas, 3,3% menor que a de 2008. Este ano, a estimativa recorde é de 145,6 milhões de toneladas, a maior safra desde o início das pesquisas, em 1974. “A safra de 2008 foi excepcional. Não pode ser base de comparação. Foi um ano sem problemas climáticos e de crédito abundante”, concluiu.
Fonte: Isabela Vieira, repórter da Agência Brasil
Diretor da Conab critica estimativas do IBGE, que considera "pesssimista"
Os dados coletados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), relativos ao primeiro levantamento de safra, feito em setembro, e os relativos ao segundo levantamento de safra, feito em outubro, mostram que os efeitos da crise financeira mundial na agricultura brasileira estão “altamente minimizados”. Esta é a avaliação do diretor da estatal, Silvio Porto, que apresentou ontem (06) as estimativas atualizadas da safra 2008/2009.
“Nós temos uma expectativa de reproduzir a área do ano passado e, portanto, não foi ainda identificada uma transferência da crise financeira internacional para o setor agrícola brasileiro”, afirmou. Ele criticou a estimativa pessimista divulgada ontem (06) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e disse que o volume da produção desta safra dependerá muito do clima.
“A produção é um dado que nós só conseguiremos colher ao longo do ciclo produtivo, em função da questão do clima. Neste momento, o que podemos dizer é que, projetada a safra 2008/2009, em relação à área, teremos a mesma safra de 2007/2008”, destacou.
As divergências entre os dados divulgados pelo IBGE e pela Conab, se devem, principalmente, ao período em que os números são computados. Enquanto o IBGE considera a produção do ano, entre janeiro e dezembro, a Conab leva em conta o ano-safra, de agosto a agosto, período em que se desenvolve boa parte das culturas agrícolas.
Nos levantamentos divulgados ontem (06), a Conab prevê colheita de até 141,83 milhões de toneladas para a safra 2008/2009, volume 1,4% menor do que a produção recorde de 143,8 milhões de toneladas do ciclo 2007/2008. Já o IBGE estima produção de grãos, para 2009, em 140,8 milhões de toneladas, com forte redução frente aos mais de 145 milhões de toneladas estimadas para este ano.
Porto disse que as liberações de recursos para o setor, anunciados pelo governo, podem influenciar positivamente o resultado da próxima colheita. Em relação a uma possível queda acentuada na safra do estado de Mato Grosso, principal produtor de grãos do país, ele informou que o levantamento feito na região aponta para uma situação estável.
“O que estamos detectando é que em Mato Grosso, pelo que foi informado pelos produtores, houve redução muito pequena de área e crescimento de 3,5% na comercialização de fertilizantes na comparação com o ano passado, o que nos permite inferir que há um quadro relativamente de normalidade em relação à expectativa de plantio”, disse o diretor.
Fonte: Danilo Macedo, repórter da Agência Brasil
Crescimento na produção de alimentos básicos deve marcar safra, aponta Conab
Apesar do levantamento da safra 2008/2009 divulgado hoje (6) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicar uma pequena queda na produção total de grãos, as culturas de arroz, feijão e trigo, base da alimentação da maioria dos brasileiros, devem apresentar colheitas superiores às do ciclo anterior.
Segundo o presidente da estatal, Wagner Rossi, esse fato garantirá o abastecimento do país.
“A Conab avalia que, sem dúvida, nos produtos essenciais à mesa do brasileiro, e particularmente na dobradinha arroz e feijão, nós estamos muito bem. Devemos ter uma produção de feijão bem superior à anterior e devemos ter um pequeno crescimento na do arroz, garantindo o abastecimento com toda a tranqüilidade”, afirmou.
O arroz deve ter produção entre 1,7% e 3,5% acima da registrada no ano passado, atingindo 12,4 milhões de toneladas e ficando próximo aos 12,9 milhões de toneladas consumidos internamente. O trigo, que já tem cerca de 80% da safra colhida, é o produto que apresentará crescimento mais expressivo, partindo da produção de 3,8 milhões de toneladas no ciclo anterior para 5,7 milhões de toneladas no atual, um aumento de quase 50%.
O feijão primeira safra, semeado de agosto a dezembro, deve ter crescimento de até 9,8% na área plantada e de 15% na produção. Com esse resultado, mesmo com possíveis quedas nas outras duas colheitas do produto, a serem realizadas no próximo ano, deve haver crescimento de cerca de 2,6% em relação à safra 2007/2008, o que seria suficiente para atender ao consumo interno, estimado em aproximadamente 3,6 milhões de toneladas.
De acordo com a Conab, a expansão no cultivo do feijão se deve, além dos preços favoráveis do produto na época do plantio, à recomposição do preço mínimo da saca (de R$ 47 para R$ 80) garantido pelo governo.
Segundo Rossi, uma das maiores preocupações que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem demonstrado ao ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, é para que o o governo fortaleça seus estoques de alimentos básicos, garantindo abastecimento e preços acessíveis ao consumidor.
“A grande preocupação ao apoiar de maneira mais específica os produtos básicos de alimentação do brasileiro, é garantir, sim, que o produtor tenha a sua renda, mas que o consumidor brasileiro tenha garantia de preço justo no supermercado”, explicou Rossi.
Ele afirmou ainda que alguns desses produtos, como o feijão, já sofreram queda nos preços pagos ao produtor e que essa redução deve chegar, em breve, aos supermercados.
Fonte: Danilo Macedo, repórter da Agência Brasil
Produção de grãos deve cair, prevê Conab
Ao contrário do primeiro levantamento de safra de grãos 2008/2009, apresentado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) há um mês, que estimava um possível aumento da produção, os números divulgados hoje (6) pela estatal indicam queda. A estimativa é de uma colheita entre 139,66 milhões e 141,83 milhões de toneladas, menor do que a produção recorde de 143,8 milhões de toneladas da safra 2007/2008.
Caso confirmados esses números, a safra 2008/2009 seria de 1,4% a 2,9% inferior à do ciclo passado. A Conab diz, no entanto, que a nova safra deve ser marcada pela expansão do plantio de alimentos básicos, como arroz e feijão.
A estatal realizou o levantamento com base em consulta a produtores rurais, cooperativas, Secretarias de Agricultura, agentes financeiros e órgãos públicos e privados de assistência técnica.
A pesquisa apurou informações das culturas de inverno (aveia, centeio, cevada, trigo e triticale), amendoim, feijão e milho (primeira safra), além de algodão, arroz e soja.
Fonte: Danilo Macedo, repórter da Agência Brasil
Veja mais abaixo:
Diretor da Conab critica estimativas do IBGE, que considera "pessimista"
Posição que é desmentida pela própria Conab, que diz:
Produção de grãos deve cair
Mas há concordância que
Crescimento na produção de alimentos básicos deve marcar safra
A produção agrícola no Brasil começa a demonstrar sinais de impacto da crise financeira internacional. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a alta dos insumos e a redução do crédito vão afetar a safra de 2009, que deverá ser a menor desde o início da série, em 2002. A informação foi divulgada ontem (07).
“Depois de muitos anos, é a primeira vez que nosso prognóstico é inferior ao do ano anterior, o que denota conseqüências da crise, que já teve impactos importantes nos preços agrícolas”, afirmou o coordenador de Agropecuária do IBGE, Flavio Bolliger.
De acordo com ele, também influenciam nas projeções para a próxima safra o temor dos agricultores de não conseguir vender a produção por um bom preço, principalmente os grãos, que têm o preço atrelado ao dólar (commodities) como milho e soja.
“Tem a incerteza do valor da produção na época da venda. Isso faz com que os produtores gastem menos em tecnologia, em insumos”, disse ele. “O produtor não tem certeza de que vai recuperar o investimento feito e acaba reduzindo a produtividade.”
Aumenta oferta para soberania alimentar
O mercado interno, por outro lado, poderá ter um resultado melhor. Bolliger estima que a produção de arroz e feijão em 2009 supere a colheita de 2008. Devido àa escassez no mercado, ambos os produtos influenciaram a alta da inflação no começo do ano.
“As incertezas de preço estão nos produtos vinculados ao mercado externo. Em relação ao arroz e ao feijão, [os preços] estão bons, inclusive a área e produção prevista para a primeira safra de feijão em 2009 é superior à de 2008”, informou o coordenador de Agropecuária do IBGE, ao lembrar que o feijão sofreu este ano com a estiagem.
A produção agrícola em 2009 deverá ser de 140,8 milhões de toneladas, 3,3% menor que a de 2008. Este ano, a estimativa recorde é de 145,6 milhões de toneladas, a maior safra desde o início das pesquisas, em 1974. “A safra de 2008 foi excepcional. Não pode ser base de comparação. Foi um ano sem problemas climáticos e de crédito abundante”, concluiu.
Fonte: Isabela Vieira, repórter da Agência Brasil
Diretor da Conab critica estimativas do IBGE, que considera "pesssimista"
Os dados coletados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), relativos ao primeiro levantamento de safra, feito em setembro, e os relativos ao segundo levantamento de safra, feito em outubro, mostram que os efeitos da crise financeira mundial na agricultura brasileira estão “altamente minimizados”. Esta é a avaliação do diretor da estatal, Silvio Porto, que apresentou ontem (06) as estimativas atualizadas da safra 2008/2009.
“Nós temos uma expectativa de reproduzir a área do ano passado e, portanto, não foi ainda identificada uma transferência da crise financeira internacional para o setor agrícola brasileiro”, afirmou. Ele criticou a estimativa pessimista divulgada ontem (06) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e disse que o volume da produção desta safra dependerá muito do clima.
“A produção é um dado que nós só conseguiremos colher ao longo do ciclo produtivo, em função da questão do clima. Neste momento, o que podemos dizer é que, projetada a safra 2008/2009, em relação à área, teremos a mesma safra de 2007/2008”, destacou.
As divergências entre os dados divulgados pelo IBGE e pela Conab, se devem, principalmente, ao período em que os números são computados. Enquanto o IBGE considera a produção do ano, entre janeiro e dezembro, a Conab leva em conta o ano-safra, de agosto a agosto, período em que se desenvolve boa parte das culturas agrícolas.
Nos levantamentos divulgados ontem (06), a Conab prevê colheita de até 141,83 milhões de toneladas para a safra 2008/2009, volume 1,4% menor do que a produção recorde de 143,8 milhões de toneladas do ciclo 2007/2008. Já o IBGE estima produção de grãos, para 2009, em 140,8 milhões de toneladas, com forte redução frente aos mais de 145 milhões de toneladas estimadas para este ano.
Porto disse que as liberações de recursos para o setor, anunciados pelo governo, podem influenciar positivamente o resultado da próxima colheita. Em relação a uma possível queda acentuada na safra do estado de Mato Grosso, principal produtor de grãos do país, ele informou que o levantamento feito na região aponta para uma situação estável.
“O que estamos detectando é que em Mato Grosso, pelo que foi informado pelos produtores, houve redução muito pequena de área e crescimento de 3,5% na comercialização de fertilizantes na comparação com o ano passado, o que nos permite inferir que há um quadro relativamente de normalidade em relação à expectativa de plantio”, disse o diretor.
Fonte: Danilo Macedo, repórter da Agência Brasil
Crescimento na produção de alimentos básicos deve marcar safra, aponta Conab
Apesar do levantamento da safra 2008/2009 divulgado hoje (6) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicar uma pequena queda na produção total de grãos, as culturas de arroz, feijão e trigo, base da alimentação da maioria dos brasileiros, devem apresentar colheitas superiores às do ciclo anterior.
Segundo o presidente da estatal, Wagner Rossi, esse fato garantirá o abastecimento do país.
“A Conab avalia que, sem dúvida, nos produtos essenciais à mesa do brasileiro, e particularmente na dobradinha arroz e feijão, nós estamos muito bem. Devemos ter uma produção de feijão bem superior à anterior e devemos ter um pequeno crescimento na do arroz, garantindo o abastecimento com toda a tranqüilidade”, afirmou.
O arroz deve ter produção entre 1,7% e 3,5% acima da registrada no ano passado, atingindo 12,4 milhões de toneladas e ficando próximo aos 12,9 milhões de toneladas consumidos internamente. O trigo, que já tem cerca de 80% da safra colhida, é o produto que apresentará crescimento mais expressivo, partindo da produção de 3,8 milhões de toneladas no ciclo anterior para 5,7 milhões de toneladas no atual, um aumento de quase 50%.
O feijão primeira safra, semeado de agosto a dezembro, deve ter crescimento de até 9,8% na área plantada e de 15% na produção. Com esse resultado, mesmo com possíveis quedas nas outras duas colheitas do produto, a serem realizadas no próximo ano, deve haver crescimento de cerca de 2,6% em relação à safra 2007/2008, o que seria suficiente para atender ao consumo interno, estimado em aproximadamente 3,6 milhões de toneladas.
De acordo com a Conab, a expansão no cultivo do feijão se deve, além dos preços favoráveis do produto na época do plantio, à recomposição do preço mínimo da saca (de R$ 47 para R$ 80) garantido pelo governo.
Segundo Rossi, uma das maiores preocupações que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem demonstrado ao ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, é para que o o governo fortaleça seus estoques de alimentos básicos, garantindo abastecimento e preços acessíveis ao consumidor.
“A grande preocupação ao apoiar de maneira mais específica os produtos básicos de alimentação do brasileiro, é garantir, sim, que o produtor tenha a sua renda, mas que o consumidor brasileiro tenha garantia de preço justo no supermercado”, explicou Rossi.
Ele afirmou ainda que alguns desses produtos, como o feijão, já sofreram queda nos preços pagos ao produtor e que essa redução deve chegar, em breve, aos supermercados.
Fonte: Danilo Macedo, repórter da Agência Brasil
Produção de grãos deve cair, prevê Conab
Ao contrário do primeiro levantamento de safra de grãos 2008/2009, apresentado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) há um mês, que estimava um possível aumento da produção, os números divulgados hoje (6) pela estatal indicam queda. A estimativa é de uma colheita entre 139,66 milhões e 141,83 milhões de toneladas, menor do que a produção recorde de 143,8 milhões de toneladas da safra 2007/2008.
Caso confirmados esses números, a safra 2008/2009 seria de 1,4% a 2,9% inferior à do ciclo passado. A Conab diz, no entanto, que a nova safra deve ser marcada pela expansão do plantio de alimentos básicos, como arroz e feijão.
A estatal realizou o levantamento com base em consulta a produtores rurais, cooperativas, Secretarias de Agricultura, agentes financeiros e órgãos públicos e privados de assistência técnica.
A pesquisa apurou informações das culturas de inverno (aveia, centeio, cevada, trigo e triticale), amendoim, feijão e milho (primeira safra), além de algodão, arroz e soja.
Fonte: Danilo Macedo, repórter da Agência Brasil
Operação apreende soja pirata em Parque Nacional na Bahia 07.11.08
07.11.08
Veja mais abaixo, com o "outro lado":
Carvoeiros em situação semelhante à de escravidão são resgatados na Bahia
Depois do boi, o Ministério do Meio Ambiente começou a apreender e destinar a leilão também a soja pirata. Na manhã de ontem (6), uma ação de fiscalização no oeste da Bahia localizou 2.200 hectares de plantio de soja dentro dos limites do Parque Nacional Nascentes do Rio Parnaíba, no município Formosa de Rio Preto. O fazendeiro Haroldo Uemura foi autuado em flagrante e multado em R$ 440 mil. Toda a produção e os tratores encontrados no local foram apreendidos e serão postos à venda. O dinheiro arrecadado será aplicado na recuperação das áreas degradadas.
Há quatro anos fiscais do Ibama já haviam flagrado e embargado a plantação de soja no mesmo local e multado Uemura em idênticos R$ 440 mil. Ele não cumpriu a ordem do Instituto e nem pagou a multa, alegando que as terras - que ele chama de Fazenda Mauá - eram suas e não haviam sido desapropriadas. Só que o fazendeiro não apresentou os documentos para comprovar a propriedade. Agora ele terá que pagar as duas multas, perdeu a safra e a produção estocada e responderá por prática de crimes ambientais.
Com cerca de 700 mil hectares, correspondente a uma área superior à do Distrito Federal, o parque foi criado em 2002 para evitar a degradação ambiental da região. Para o ministro, o direito da propriedade não é mais importante do que o direito de garantir água para três bacias hidrográficas, ameaçadas pelo plantio da soja próximo às nascentes que abastecem os rios São Francisco, Parnaíba e Tocantins.
Também foram encontrados na fazenda Mauá dezenas de galões de agrotóxicos. O uso de agrotóxicos naquela área influencia diretamente a qualidade da água das nascentes do três rios do Parna das Nascentes. Uemura vai responder pelos crimes ambientais.
Carvão ilegal - Numa segunda ação na mesma região, o Ministro do Meio Ambiente presenciou o abate de aroeiras, angicos e pau d´arcos, entre outras árvores nativas e protegidas pelo Código Florestal, para a produção de carvão no município de Riachão das Neves. Numa área de Cerrado desmatado de 1.534 ha, os fiscais encontraram 320 fornos de carvão, que serão destruídos, e apreenderam 1.110 m3 de carvão e 1.700 m3 de lenha, que também vão a leilão.
Além dos crimes ambientais, os proprietários são acusados de prática de trabalho análogo à escravatura. Os trabalhadores eram mantidos em condições sub-humanas e operavam os fornos sem equipamento de segurança adequados. Equipamentos mínimos, como botas e luvas, quando utilizados, eram descontados dos salários .
As duas ações fazem parte da Operação Vereda, realizada pelo Ibama desde o início do mês passado em cinco municípios do Cerrado baiano, na região oeste do estado. Mais de 600 produtores já foram autuados por crimes ambientais.
No município do Riachão das Neves, Paulo José Theófilo, dono de fazenda na região, vai responder a processo por crime ambiental e trabalho escravo. O proprietário responderá por queimada, desmatamento e transformação em carvão de madeiras protegidas por lei.
Mesmo com autorização para desmatar, o trabalho na fazenda extrapola a permissão do Ibama ao utilizar espécies protegidas na produção do carvão.
Segundo o auditor fiscal do trabalho, Edvaldo Rocha, o Termo de Ajuste de Conduta, assinado no ano passado com os responsáveis pela propriedade, para melhores condições de trabalho no local foi desobedecido. Segundo ele, a situação encontrada hoje está pior que no ano de 2007. A maioria dos 37 trabalhadores da carvoaria foram encontrados sem botas, luvas e máscaras - equipamentos básicos necessários para o trabalho.
Eles também não têm a carteira de trabalho assinada. Segundo o auditor equipamentos mínimos, como botas e luvas, quando utilizados, eram descontados dos salários, o que caracteriza trabalho escravo.
Os responsáveis pela propriedade serão encaminhados à Delegacia de Polícia de Barreiras, onde responderão por crime ambiental e trabalhista. "Duplo crime: trabalho escravo e crime ambiental. Aroeira, angico e pau d'arco. O Cerrado virando carvão ilegal. Isso dá prisão e o dono vai ter que reconstituir todo o crime que cometeu" , disse o ministro .
Fonte: Carlos Américo, Assessoria de imprensa do MMA
07.11.08
Carvoeiros em situação semelhante à de escravidão são resgatados na Bahia 07.11.08
Riachão das Neves (Bahia) - Fiscais do Ministério do Trabalho resgataram nesta quinta-feira (6) 35 carvoeiros trabalhando em situação comparável à de escravidão em uma fazenda da cidade de Riachão das Neves, no noroeste da Bahia.
De acordo com o auditor do Trabalho Eduardo Santos da Costa, a maioria não tem carteira assinada e tem descontado do salário até as botinas usadas para proteção contra o calor dos fornos.
“Já pude avaliar que há desconto dos salários para comprar cigarros, gasolina e tudo para uma motoserra funcionar. Isso significa servidão por trabalho”, disse.
Paulo Francisco da Silva é carvoeiro da fazenda há quatro anos. Ele lamenta as próprias condições de trabalho e acusa o patrão de cobrar, inclusive, o sabonete e a pasta de dente.
“Eles descontam o que nós usarmos da propriedade. Sabonete, pasta de dente e até a botina. Ganho R$ 450, mas no final do mês fica cerca de R$ 300”, denunciou.
O trabalho semelhante à escravidão é apenas uma das irregularidades na fazenda, segundo o auditor. O proprietário tem autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para fazer queimadas. No entanto, os fiscais encontraram os fornos lotados com madeira de lei, como aroeira, protegida pela legislação ambiental.
O proprietário da fazenda, Waldemar Gertlen, disse que foi surpreendido pela fiscalização. Segundo ele, a fazenda está arrendada e ele não é responsável pelos crimes.
“Quando nós fazemos o arrendamento, a responsabilidade é do chefe da carvoaria. Eu tenho uma atividade produtiva e não tenho nada pra esconder”, disse.
O outro lado
O prejuízo ao Cerrado se estende até o Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba. Lá, em plena área de preservação ambiental, foi instalada a fazenda Mauá. São 2.200 hectares de plantações de soja e milho irregulares, segundo o ministro Minc.
O plantio dentro do parque já tinha sido embargado pelo Ibama em 2003. O proprietário, Haroldo Uemura, contesta o próprio decreto que criou o parque. Ele disse que jamais foi indenizado para sair da região.
“Estou aqui desde 2001. Estamos na Justiça contestando a existência do parque. Nunca recebi nada de indenização”, garantiu.
Como tinha duas espingardas de caça, sem registro, Uemura foi detido. Ele recebeu duas multas por crime ambiental, cada uma de R$ 440 mil. O proprietário disse que também vai contestar as autuações na Justiça.
Fonte: Roberto Maltchik, repórter da TV Brasil
Veja mais abaixo, com o "outro lado":
Carvoeiros em situação semelhante à de escravidão são resgatados na Bahia
Depois do boi, o Ministério do Meio Ambiente começou a apreender e destinar a leilão também a soja pirata. Na manhã de ontem (6), uma ação de fiscalização no oeste da Bahia localizou 2.200 hectares de plantio de soja dentro dos limites do Parque Nacional Nascentes do Rio Parnaíba, no município Formosa de Rio Preto. O fazendeiro Haroldo Uemura foi autuado em flagrante e multado em R$ 440 mil. Toda a produção e os tratores encontrados no local foram apreendidos e serão postos à venda. O dinheiro arrecadado será aplicado na recuperação das áreas degradadas.
Há quatro anos fiscais do Ibama já haviam flagrado e embargado a plantação de soja no mesmo local e multado Uemura em idênticos R$ 440 mil. Ele não cumpriu a ordem do Instituto e nem pagou a multa, alegando que as terras - que ele chama de Fazenda Mauá - eram suas e não haviam sido desapropriadas. Só que o fazendeiro não apresentou os documentos para comprovar a propriedade. Agora ele terá que pagar as duas multas, perdeu a safra e a produção estocada e responderá por prática de crimes ambientais.
Com cerca de 700 mil hectares, correspondente a uma área superior à do Distrito Federal, o parque foi criado em 2002 para evitar a degradação ambiental da região. Para o ministro, o direito da propriedade não é mais importante do que o direito de garantir água para três bacias hidrográficas, ameaçadas pelo plantio da soja próximo às nascentes que abastecem os rios São Francisco, Parnaíba e Tocantins.
Também foram encontrados na fazenda Mauá dezenas de galões de agrotóxicos. O uso de agrotóxicos naquela área influencia diretamente a qualidade da água das nascentes do três rios do Parna das Nascentes. Uemura vai responder pelos crimes ambientais.
Carvão ilegal - Numa segunda ação na mesma região, o Ministro do Meio Ambiente presenciou o abate de aroeiras, angicos e pau d´arcos, entre outras árvores nativas e protegidas pelo Código Florestal, para a produção de carvão no município de Riachão das Neves. Numa área de Cerrado desmatado de 1.534 ha, os fiscais encontraram 320 fornos de carvão, que serão destruídos, e apreenderam 1.110 m3 de carvão e 1.700 m3 de lenha, que também vão a leilão.
Além dos crimes ambientais, os proprietários são acusados de prática de trabalho análogo à escravatura. Os trabalhadores eram mantidos em condições sub-humanas e operavam os fornos sem equipamento de segurança adequados. Equipamentos mínimos, como botas e luvas, quando utilizados, eram descontados dos salários .
As duas ações fazem parte da Operação Vereda, realizada pelo Ibama desde o início do mês passado em cinco municípios do Cerrado baiano, na região oeste do estado. Mais de 600 produtores já foram autuados por crimes ambientais.
No município do Riachão das Neves, Paulo José Theófilo, dono de fazenda na região, vai responder a processo por crime ambiental e trabalho escravo. O proprietário responderá por queimada, desmatamento e transformação em carvão de madeiras protegidas por lei.
Mesmo com autorização para desmatar, o trabalho na fazenda extrapola a permissão do Ibama ao utilizar espécies protegidas na produção do carvão.
Segundo o auditor fiscal do trabalho, Edvaldo Rocha, o Termo de Ajuste de Conduta, assinado no ano passado com os responsáveis pela propriedade, para melhores condições de trabalho no local foi desobedecido. Segundo ele, a situação encontrada hoje está pior que no ano de 2007. A maioria dos 37 trabalhadores da carvoaria foram encontrados sem botas, luvas e máscaras - equipamentos básicos necessários para o trabalho.
Eles também não têm a carteira de trabalho assinada. Segundo o auditor equipamentos mínimos, como botas e luvas, quando utilizados, eram descontados dos salários, o que caracteriza trabalho escravo.
Os responsáveis pela propriedade serão encaminhados à Delegacia de Polícia de Barreiras, onde responderão por crime ambiental e trabalhista. "Duplo crime: trabalho escravo e crime ambiental. Aroeira, angico e pau d'arco. O Cerrado virando carvão ilegal. Isso dá prisão e o dono vai ter que reconstituir todo o crime que cometeu" , disse o ministro .
Fonte: Carlos Américo, Assessoria de imprensa do MMA
07.11.08
Carvoeiros em situação semelhante à de escravidão são resgatados na Bahia 07.11.08
Riachão das Neves (Bahia) - Fiscais do Ministério do Trabalho resgataram nesta quinta-feira (6) 35 carvoeiros trabalhando em situação comparável à de escravidão em uma fazenda da cidade de Riachão das Neves, no noroeste da Bahia.
De acordo com o auditor do Trabalho Eduardo Santos da Costa, a maioria não tem carteira assinada e tem descontado do salário até as botinas usadas para proteção contra o calor dos fornos.
“Já pude avaliar que há desconto dos salários para comprar cigarros, gasolina e tudo para uma motoserra funcionar. Isso significa servidão por trabalho”, disse.
Paulo Francisco da Silva é carvoeiro da fazenda há quatro anos. Ele lamenta as próprias condições de trabalho e acusa o patrão de cobrar, inclusive, o sabonete e a pasta de dente.
“Eles descontam o que nós usarmos da propriedade. Sabonete, pasta de dente e até a botina. Ganho R$ 450, mas no final do mês fica cerca de R$ 300”, denunciou.
O trabalho semelhante à escravidão é apenas uma das irregularidades na fazenda, segundo o auditor. O proprietário tem autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para fazer queimadas. No entanto, os fiscais encontraram os fornos lotados com madeira de lei, como aroeira, protegida pela legislação ambiental.
O proprietário da fazenda, Waldemar Gertlen, disse que foi surpreendido pela fiscalização. Segundo ele, a fazenda está arrendada e ele não é responsável pelos crimes.
“Quando nós fazemos o arrendamento, a responsabilidade é do chefe da carvoaria. Eu tenho uma atividade produtiva e não tenho nada pra esconder”, disse.
O outro lado
O prejuízo ao Cerrado se estende até o Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba. Lá, em plena área de preservação ambiental, foi instalada a fazenda Mauá. São 2.200 hectares de plantações de soja e milho irregulares, segundo o ministro Minc.
O plantio dentro do parque já tinha sido embargado pelo Ibama em 2003. O proprietário, Haroldo Uemura, contesta o próprio decreto que criou o parque. Ele disse que jamais foi indenizado para sair da região.
“Estou aqui desde 2001. Estamos na Justiça contestando a existência do parque. Nunca recebi nada de indenização”, garantiu.
Como tinha duas espingardas de caça, sem registro, Uemura foi detido. Ele recebeu duas multas por crime ambiental, cada uma de R$ 440 mil. O proprietário disse que também vai contestar as autuações na Justiça.
Fonte: Roberto Maltchik, repórter da TV Brasil
Comércio mundial de óleo de soja deve cair 4% 07.11.08
07.11.08
Kuala Lumpur - O comércio global de óleo de soja deve sofrer uma redução de 1 milhão de toneladas, ou 4%, na safra 2008/09, por causa da queda dos embarques dos Estados Unidos e do maior uso doméstico para a produção de biocombustíveis. Apesar disso, o movimento total de óleos vegetais deve crescer 3,2% no ciclo. A previsão foi divulgada hoje pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
"Na contramão dos óleos de palma, canola e girassol, o comércio mundial de óleo de soja deve cair, algo que aconteceu apenas uma vez nos últimos 10 anos", afirma relatório da entidade. O principal responsável pela contração no comércio são os Estados Unidos, que devem exportar seu menor volume em três anos - 6 milhões de toneladas. O dado inclui o óleo contido nos embarques de soja em grão.
De acordo com a FAO, o tamanho da safra e o menor conteúdo de óleo nos grãos, aliados à necessidade de recomposição dos estoques e à maior demanda pelos produtores de biodiesel, explicariam a queda das exportações americanas. Alguns desses fatores também poderiam provocar uma retração nas exportações de Brasil e Argentina.
Nos Estados Unidos e no Brasil, o participação dos biocombustíveis no consumo total de óleos vegetais deve crescer para 17% e 20%, respectivamente. Na Argentina, a produção de biodiesel, especialmente para exportação, responde por cerca da metade do consumo total de óleos vegetais.
A FAO disse que o crescimento de 6% nos estoques mundiais de óleos vegetais previsto para a safra 2008/09 será apenas uma recuperação parcial em relação ao ano passado, quando o volume armazenado ficou abaixo da média. Em contrapartida, os estoques de óleo de soja devem cair pelo segundo ano consecutivo.
Fonte: informações da Dow Jonesm com Gerson Freitas Jr.m Agência Estado
Kuala Lumpur - O comércio global de óleo de soja deve sofrer uma redução de 1 milhão de toneladas, ou 4%, na safra 2008/09, por causa da queda dos embarques dos Estados Unidos e do maior uso doméstico para a produção de biocombustíveis. Apesar disso, o movimento total de óleos vegetais deve crescer 3,2% no ciclo. A previsão foi divulgada hoje pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
"Na contramão dos óleos de palma, canola e girassol, o comércio mundial de óleo de soja deve cair, algo que aconteceu apenas uma vez nos últimos 10 anos", afirma relatório da entidade. O principal responsável pela contração no comércio são os Estados Unidos, que devem exportar seu menor volume em três anos - 6 milhões de toneladas. O dado inclui o óleo contido nos embarques de soja em grão.
De acordo com a FAO, o tamanho da safra e o menor conteúdo de óleo nos grãos, aliados à necessidade de recomposição dos estoques e à maior demanda pelos produtores de biodiesel, explicariam a queda das exportações americanas. Alguns desses fatores também poderiam provocar uma retração nas exportações de Brasil e Argentina.
Nos Estados Unidos e no Brasil, o participação dos biocombustíveis no consumo total de óleos vegetais deve crescer para 17% e 20%, respectivamente. Na Argentina, a produção de biodiesel, especialmente para exportação, responde por cerca da metade do consumo total de óleos vegetais.
A FAO disse que o crescimento de 6% nos estoques mundiais de óleos vegetais previsto para a safra 2008/09 será apenas uma recuperação parcial em relação ao ano passado, quando o volume armazenado ficou abaixo da média. Em contrapartida, os estoques de óleo de soja devem cair pelo segundo ano consecutivo.
Fonte: informações da Dow Jonesm com Gerson Freitas Jr.m Agência Estado
Fundo dos EUA processa Sadia por perdas com câmbio 07.11.08
07.11.08
Nova York - Um fundo de pensão de Nova York abriu um processo contra a Sadia depois que a companhia anunciou em setembro perdas de mais de US$ 360 milhões com operações com contratos derivativos de câmbio. O processo foi movido pelo fundo Westchester Putnam Counties Heavy & Highway Laborers Local 60 Benefit Funds, acionista da Sadia, em nome dos compradores de ações da companhia entre 30 de abril e 26 de setembro deste ano. O fundo pede à Justiça dos Estados Unidos que o processo seja transformado em ação coletiva.
A ação foi recebida por uma corte distrital em Manhattan ontem. No documento, o fundo alega que a companhia brasileira não informou sobre o uso dos contratos de derivativos usados para proteger sua exposição ao dólar. O fundo diz que os contratos de derivativos violam as políticas da empresa porque foram "muito maiores do que o necessário". "Os contratos cobriam a exposição para vendas equivalentes a 12 meses de exportações, quando a política interna de proteção exige proteção para um valor de vendas relativas a apenas seis meses de exportação", diz o texto da ação.
"Os contratos de derivativos de câmbio representaram pura especulação da parte da Sadia - um jogo de apostas altas, que não foi revelado pela companhia aos seus acionistas", continua o texto.
O texto da ação diz, ainda, que as ações da Sadia caíram para o nível mais baixo de 14 anos depois de anunciadas as perdas provocadas pela valorização do dólar ante o real. Vários ex-executivos e atuais dirigentes da empresa, incluindo o executivo-chefe, Gilberto Tomazoni, são acusados na ação.
Os recibos de depósitos de ações (ADRs) da Sadia, negociados na Bolsa de Nova York, recuaram cerca de 74% nos últimos três meses.
Fonte: informações da Dow Jones, com Ana Conceição, Agência Estado
Nova York - Um fundo de pensão de Nova York abriu um processo contra a Sadia depois que a companhia anunciou em setembro perdas de mais de US$ 360 milhões com operações com contratos derivativos de câmbio. O processo foi movido pelo fundo Westchester Putnam Counties Heavy & Highway Laborers Local 60 Benefit Funds, acionista da Sadia, em nome dos compradores de ações da companhia entre 30 de abril e 26 de setembro deste ano. O fundo pede à Justiça dos Estados Unidos que o processo seja transformado em ação coletiva.
A ação foi recebida por uma corte distrital em Manhattan ontem. No documento, o fundo alega que a companhia brasileira não informou sobre o uso dos contratos de derivativos usados para proteger sua exposição ao dólar. O fundo diz que os contratos de derivativos violam as políticas da empresa porque foram "muito maiores do que o necessário". "Os contratos cobriam a exposição para vendas equivalentes a 12 meses de exportações, quando a política interna de proteção exige proteção para um valor de vendas relativas a apenas seis meses de exportação", diz o texto da ação.
"Os contratos de derivativos de câmbio representaram pura especulação da parte da Sadia - um jogo de apostas altas, que não foi revelado pela companhia aos seus acionistas", continua o texto.
O texto da ação diz, ainda, que as ações da Sadia caíram para o nível mais baixo de 14 anos depois de anunciadas as perdas provocadas pela valorização do dólar ante o real. Vários ex-executivos e atuais dirigentes da empresa, incluindo o executivo-chefe, Gilberto Tomazoni, são acusados na ação.
Os recibos de depósitos de ações (ADRs) da Sadia, negociados na Bolsa de Nova York, recuaram cerca de 74% nos últimos três meses.
Fonte: informações da Dow Jones, com Ana Conceição, Agência Estado
Agricultura familiar e empresas terão R$ 5,25 bi do FAT 07.11.08
07.11.08
O Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) aprovou ontem (06) a liberação de R$ 5,25 bilhões do FAT que vão reforçar as linhas de empréstimos operadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil (BB) e Caixa Econômica Federal (CEF) para financiar pequenos empresários e agricultura familiar. O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, informou que, de imediato, serão liberados R$ 1,25 bilhão. À medida em que os bancos oficiais conseguirem emprestar o dinheiro, terão acesso aos demais recursos.
De acordo com Lupi, a primeira parcela de R$ 1,25 bilhão será distribuída em R$ 614 milhões para a linha conhecida como Proger Urbano Empresarial, outros R$ 286 milhões às pequenas empresas e R$ 350 milhões para o Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf).
A maior parte desse recurso virá de um remanejamento de verbas do fundo que compõem uma reserva legal. Outra pequena parcela tem origem na arrecadação do PIS/Pasep que tem superado as expectativas iniciais deste início de ano. A reserva legal do FAT, por lei, deve ser suficiente para cobrir eventualmente o pagamento de seis meses do seguro-desemprego que representa hoje R$ 11,2 bilhões. Por força de um crescimento das receitas do PIS/Pasep (que incide sobre o faturamento das empresas), essa reserva legal hoje beira os R$ 16 bilhões. "O que o Codefat fez, portanto, foi liberar esse excedente para dinamizar os empréstimos ao setor produtivo", comentou Lupi.
Fonte: Isabel Sobral, Agência Estado
O Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) aprovou ontem (06) a liberação de R$ 5,25 bilhões do FAT que vão reforçar as linhas de empréstimos operadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil (BB) e Caixa Econômica Federal (CEF) para financiar pequenos empresários e agricultura familiar. O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, informou que, de imediato, serão liberados R$ 1,25 bilhão. À medida em que os bancos oficiais conseguirem emprestar o dinheiro, terão acesso aos demais recursos.
De acordo com Lupi, a primeira parcela de R$ 1,25 bilhão será distribuída em R$ 614 milhões para a linha conhecida como Proger Urbano Empresarial, outros R$ 286 milhões às pequenas empresas e R$ 350 milhões para o Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf).
A maior parte desse recurso virá de um remanejamento de verbas do fundo que compõem uma reserva legal. Outra pequena parcela tem origem na arrecadação do PIS/Pasep que tem superado as expectativas iniciais deste início de ano. A reserva legal do FAT, por lei, deve ser suficiente para cobrir eventualmente o pagamento de seis meses do seguro-desemprego que representa hoje R$ 11,2 bilhões. Por força de um crescimento das receitas do PIS/Pasep (que incide sobre o faturamento das empresas), essa reserva legal hoje beira os R$ 16 bilhões. "O que o Codefat fez, portanto, foi liberar esse excedente para dinamizar os empréstimos ao setor produtivo", comentou Lupi.
Fonte: Isabel Sobral, Agência Estado
Gigante do etanol dos EUA só paga milho anterior a 11 de outubro com ordem judicial 07.11.08
07.11.08
A gigante norte-americana do etanol VeraSun Energy Corp. avisou a seus fornecedores que continua operando sob supervisão da corte de falências e que está impossibilitada de pagar pelo milho entregue em suas usinas antes de 11 de outubro. Os vendedores terão de entrar com uma petição na corte para receber o dinheiro. "Nós sinceramente lamentamos qualquer dificuldade que isso possa causar", afirmou Barry Schaps, vice-presidente de vendas e logística da companhia, em carta aos clientes.
Uma das três maiores produtoras de etanol dos Estados Unidos, a VeraSun entrou com um pedido de concordata na sexta-feira, o que abalou a indústria de biocombustíveis dos Estados Unidos. A companhia foi afetada pela escalada dos preços do milho, que achatou as margens de lucro primeiro semestre. A empresa também teve problemas com posições assumidas no mercado futuro de milho antes que os preços das commodities desabassem, a partir de julho. O grão é a principal matéria-prima para a produção de etanol nos Estados Unidos.
Fonte: informações da Dow Jones., com Gerson Freitas Jr., Agência Estado
A gigante norte-americana do etanol VeraSun Energy Corp. avisou a seus fornecedores que continua operando sob supervisão da corte de falências e que está impossibilitada de pagar pelo milho entregue em suas usinas antes de 11 de outubro. Os vendedores terão de entrar com uma petição na corte para receber o dinheiro. "Nós sinceramente lamentamos qualquer dificuldade que isso possa causar", afirmou Barry Schaps, vice-presidente de vendas e logística da companhia, em carta aos clientes.
Uma das três maiores produtoras de etanol dos Estados Unidos, a VeraSun entrou com um pedido de concordata na sexta-feira, o que abalou a indústria de biocombustíveis dos Estados Unidos. A companhia foi afetada pela escalada dos preços do milho, que achatou as margens de lucro primeiro semestre. A empresa também teve problemas com posições assumidas no mercado futuro de milho antes que os preços das commodities desabassem, a partir de julho. O grão é a principal matéria-prima para a produção de etanol nos Estados Unidos.
Fonte: informações da Dow Jones., com Gerson Freitas Jr., Agência Estado
Ministro de C&T critica venda de empresas "jóias" da pesquisa brasileira para a Monsanto 06.11.08
06.11.08
O ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, se disse "surpreso e decepcionado" com a venda das empresas brasileiras de biotecnologia Alellyx e Canavialis para a americana Monsanto. A aquisição foi anunciada na segunda-feira (03) pela Monsanto e pela Votorantim Novos Negócios (VNN), fundo de capital de risco do Grupo Votorantim que criou e financiava as duas empresas desde 2002. "Não sei quanto a Votorantim colocou nessas empresas ao longo desses anos, mas o setor público colocou muito dinheiro", disse Rezende ao jornal O Estado de S. Paulo. "A venda para qualquer grupo estrangeiro é decepcionante. Como é que eles foram vender duas jóias como essas, tão importantes para o País?"
Segundo Rezende, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), aprovou R$ 49,4 milhões em subvenção econômica (investimento a fundo perdido) para pesquisas nas empresas nos últimos três anos - dos quais R$ 6,4 milhões já foram desembolsados. "São duas empresas que receberam investimentos do governo e, justo quando esse investimento estava amadurecendo, foram vendidas por um preço bastante módico", disse. A venda para a Monsanto foi fechada por US$ 290 milhões (R$ 616 milhões).
Alellyx e Canavialis são vistas como ícones de um movimento que busca incentivar a pesquisa e a inovação tecnológica dentro das empresas brasileiras, assim como fomentar um espírito empreendedor entre os cientistas da academia. Com sede em Campinas, ambas foram criadas por pesquisadores acadêmicos que participaram dos primeiros grandes projetos de genômica do País - em especial, o seqüenciamento da bactéria Xylella fastidiosa. As empresas trabalham com melhoramento genético de cana-de-açúcar e laranja, incluindo plantas transgênicas. Rezende ressaltou que é a favor que multinacionais invistam em pesquisa no País, mas preferia que Alellyx e Canavialis permanecessem como empresas brasileiras.
Fonte: O Estado de S. Paulo
Comentário do editor:
Não há dúvida que o ministro tem toda a razão e foi, até, muito diplomático ao usar palavras como "decepcionante". Todo um esforço nacional de desenvolvimento de tecnologia, de conhecimento, essencial para que o país alcance níveis de educação e bem estar da população, recursos governamentais são aplicados tanto na formação de pesquisadores quanto nas pesquisas em empresas "embriões", e tudo é vendido sem quaisquer considerações ou hesitação quando o preço torna-se atraente. Mais uma vez é reforçada a percepção que no Brasil não temos capitalistas mas, apenas, detentores de capital mercantil. O imediatismo persiste e não existem investimentos de longo prazo, qualquer coisa é comercializável desde que gere rapidamente algum lucro. Creio que o mínimo que a Finep e o MCT devem fazer, frente a essa venda, é considerá-la uma "quebra de contrato", suspender imediatamente seu financiamento às pesquisas dessas empresas e pedir o imediato ressarcimento do que já tenha sido liberado.
Veja Monsanto compra empresas brasileiras de tecnologia e avança rumo ao controle da cana brasileira
O ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, se disse "surpreso e decepcionado" com a venda das empresas brasileiras de biotecnologia Alellyx e Canavialis para a americana Monsanto. A aquisição foi anunciada na segunda-feira (03) pela Monsanto e pela Votorantim Novos Negócios (VNN), fundo de capital de risco do Grupo Votorantim que criou e financiava as duas empresas desde 2002. "Não sei quanto a Votorantim colocou nessas empresas ao longo desses anos, mas o setor público colocou muito dinheiro", disse Rezende ao jornal O Estado de S. Paulo. "A venda para qualquer grupo estrangeiro é decepcionante. Como é que eles foram vender duas jóias como essas, tão importantes para o País?"
Segundo Rezende, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), aprovou R$ 49,4 milhões em subvenção econômica (investimento a fundo perdido) para pesquisas nas empresas nos últimos três anos - dos quais R$ 6,4 milhões já foram desembolsados. "São duas empresas que receberam investimentos do governo e, justo quando esse investimento estava amadurecendo, foram vendidas por um preço bastante módico", disse. A venda para a Monsanto foi fechada por US$ 290 milhões (R$ 616 milhões).
Alellyx e Canavialis são vistas como ícones de um movimento que busca incentivar a pesquisa e a inovação tecnológica dentro das empresas brasileiras, assim como fomentar um espírito empreendedor entre os cientistas da academia. Com sede em Campinas, ambas foram criadas por pesquisadores acadêmicos que participaram dos primeiros grandes projetos de genômica do País - em especial, o seqüenciamento da bactéria Xylella fastidiosa. As empresas trabalham com melhoramento genético de cana-de-açúcar e laranja, incluindo plantas transgênicas. Rezende ressaltou que é a favor que multinacionais invistam em pesquisa no País, mas preferia que Alellyx e Canavialis permanecessem como empresas brasileiras.
Fonte: O Estado de S. Paulo
Comentário do editor:
Não há dúvida que o ministro tem toda a razão e foi, até, muito diplomático ao usar palavras como "decepcionante". Todo um esforço nacional de desenvolvimento de tecnologia, de conhecimento, essencial para que o país alcance níveis de educação e bem estar da população, recursos governamentais são aplicados tanto na formação de pesquisadores quanto nas pesquisas em empresas "embriões", e tudo é vendido sem quaisquer considerações ou hesitação quando o preço torna-se atraente. Mais uma vez é reforçada a percepção que no Brasil não temos capitalistas mas, apenas, detentores de capital mercantil. O imediatismo persiste e não existem investimentos de longo prazo, qualquer coisa é comercializável desde que gere rapidamente algum lucro. Creio que o mínimo que a Finep e o MCT devem fazer, frente a essa venda, é considerá-la uma "quebra de contrato", suspender imediatamente seu financiamento às pesquisas dessas empresas e pedir o imediato ressarcimento do que já tenha sido liberado.
Veja Monsanto compra empresas brasileiras de tecnologia e avança rumo ao controle da cana brasileira
OMC: Exportações brasileiras foram apenas 1,2% do comércio internacional em 2007 06.11.08
06.11.08
Brasil perdeu uma posição no ranking de exportadores
Genebra - A Organização Mundial do Comércio (OMC) alertou que as exportações brasileiras passarão por "tempos difíceis" diante da crise internacional e da queda nos preços das commodities. Hoje, a entidade divulgou seu relatório anual sobre comércio e refez seus cálculos gerais. Na revisão, o Brasil caiu uma posição no ranking dos maiores exportadores do planeta em 2007, em relação à classificação que havia sido elaborada em abril.
Pelo ranking divulgado em Genebra, o Brasil ocupa o 24º lugar entre os maiores exportadores, com 1,2% do comércio internacional. Em abril, a OMC havia colocado o Brasil na 23ª posição, mas a consolidação dos dados acabou rebaixando o País, que foi superado pelos Emirados Árabes Unidos. Países relativamente pequenos como Áustria, Suécia e Suíça continuam com maior participação no comércio mundial que a economia brasileira.
A OMC também apresentou uma revisão do crescimento do comércio de 2007, passando de 5,5% em sua versão de abril, para 6%. Já em 2008, a crise deve fazer com que a taxa de expansão seja de cerca de 3,5%, uma das menores em anos.
No caso do Brasil, a taxa de expansão das exportações em 2007 ficou abaixo da média do Mercosul, e a menor entre os Brics (Brasil, Rússia, Índia e China, os quatro principais emergentes do mundo). Em 2007, o País registrou um crescimento das exportações de 17% em valor, com US$ 160 bilhões. Em volume, porém, o Brasil teve uma alta de suas vendas de apenas 6,9% em 2007. Com a nova classificação, o País se mantém na mesma posição obtida em 2006. Em 2005, era o 23º colocado.
Fonte: Jamil Chade, Agência Estado
Brasil perdeu uma posição no ranking de exportadores
Genebra - A Organização Mundial do Comércio (OMC) alertou que as exportações brasileiras passarão por "tempos difíceis" diante da crise internacional e da queda nos preços das commodities. Hoje, a entidade divulgou seu relatório anual sobre comércio e refez seus cálculos gerais. Na revisão, o Brasil caiu uma posição no ranking dos maiores exportadores do planeta em 2007, em relação à classificação que havia sido elaborada em abril.
Pelo ranking divulgado em Genebra, o Brasil ocupa o 24º lugar entre os maiores exportadores, com 1,2% do comércio internacional. Em abril, a OMC havia colocado o Brasil na 23ª posição, mas a consolidação dos dados acabou rebaixando o País, que foi superado pelos Emirados Árabes Unidos. Países relativamente pequenos como Áustria, Suécia e Suíça continuam com maior participação no comércio mundial que a economia brasileira.
A OMC também apresentou uma revisão do crescimento do comércio de 2007, passando de 5,5% em sua versão de abril, para 6%. Já em 2008, a crise deve fazer com que a taxa de expansão seja de cerca de 3,5%, uma das menores em anos.
No caso do Brasil, a taxa de expansão das exportações em 2007 ficou abaixo da média do Mercosul, e a menor entre os Brics (Brasil, Rússia, Índia e China, os quatro principais emergentes do mundo). Em 2007, o País registrou um crescimento das exportações de 17% em valor, com US$ 160 bilhões. Em volume, porém, o Brasil teve uma alta de suas vendas de apenas 6,9% em 2007. Com a nova classificação, o País se mantém na mesma posição obtida em 2006. Em 2005, era o 23º colocado.
Fonte: Jamil Chade, Agência Estado
Comercialização da safra 2008/09 terá recursos para garantir preço mínimo 06.11.08
06.11.08
e Bancada ruralista pede mais US$ 3,1 bi para comercialização da safra
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, anunciou ontem (05) mais três medidas para garantir crédito para a Agricultura. Durante reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ficou acertada a criação de uma linha de crédito no valor inicial de R$ 1 bilhão para financiar a Cédula do Produto Rural (CPR). A linha será oferecida pelo Banco do Brasil aos produtores que já emitiram a Cédula e aos que pretendem utilizar esse recurso para financiar a safra.
Stephanes anunciou, também, que o governo irá garantir os preços mínimos dos produtos agrícolas durante a safra atual. O orçamento para a Política de Garantia de Preço Mínimo (PGPM) é de R$ 1,5 bilhão. “Se for necessário, o governo irá colocar mais recurso nessa política”, garantiu o ministro.
Representantes do governo também irão se reunir na próxima terça-feira (11) com as tradings e cooperativas, para avaliar o acesso a recursos para o Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC). Segundo o ministro, os recursos estão disponíveis e é necessário saber por que não estão sendo acessados por essas instituições. Esses ACC´s são usados, principalmente, pelo setor exportador de soja e algodão.
Além disso, será instituída uma outra linha de crédito para os bancos credores do setor rural financiarem as dívidas de investimento. A medida atinge os produtores do Centro-Oeste do País, com o financiamento de máquinas e equipamentos agrícolas.
Fonte: Assessoria de Imprensa do Mapa
Bancada ruralista pede mais US$ 3,1 bi para comercialização da safra
Parlamentares da bancada ruralista pediram ao governo, ontem (05), a liberação de R$ 3,1 bilhões para os mecanismos de apoio à comercialização da safra agrícola. Só para o leite, a necessidade é de R$ 500 milhões, disse o deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR). As informações são da assessoria de imprensa da Frente Parlamentar da Agropecuária. Os parlamentares da frente reuniram-se na noite de ontem com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Durante o encontro, o ministro disse, segundo relato de Micheletto, que não faltará dinheiro para o setor agrícola.
Outro pedido apresentado ao ministro foi o aumento da verba destinada ao Programa de Subvenção do Prêmio de Seguro Rural. A expectativa dos parlamentares é que a falta de crédito para plantio da safra é um dos assuntos que pode ser tratado amanhã, durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), no Palácio do Planalto.
Fonte: Fabíola Salvador, Agência Estado
e Bancada ruralista pede mais US$ 3,1 bi para comercialização da safra
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, anunciou ontem (05) mais três medidas para garantir crédito para a Agricultura. Durante reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ficou acertada a criação de uma linha de crédito no valor inicial de R$ 1 bilhão para financiar a Cédula do Produto Rural (CPR). A linha será oferecida pelo Banco do Brasil aos produtores que já emitiram a Cédula e aos que pretendem utilizar esse recurso para financiar a safra.
Stephanes anunciou, também, que o governo irá garantir os preços mínimos dos produtos agrícolas durante a safra atual. O orçamento para a Política de Garantia de Preço Mínimo (PGPM) é de R$ 1,5 bilhão. “Se for necessário, o governo irá colocar mais recurso nessa política”, garantiu o ministro.
Representantes do governo também irão se reunir na próxima terça-feira (11) com as tradings e cooperativas, para avaliar o acesso a recursos para o Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC). Segundo o ministro, os recursos estão disponíveis e é necessário saber por que não estão sendo acessados por essas instituições. Esses ACC´s são usados, principalmente, pelo setor exportador de soja e algodão.
Além disso, será instituída uma outra linha de crédito para os bancos credores do setor rural financiarem as dívidas de investimento. A medida atinge os produtores do Centro-Oeste do País, com o financiamento de máquinas e equipamentos agrícolas.
Fonte: Assessoria de Imprensa do Mapa
Bancada ruralista pede mais US$ 3,1 bi para comercialização da safra
Parlamentares da bancada ruralista pediram ao governo, ontem (05), a liberação de R$ 3,1 bilhões para os mecanismos de apoio à comercialização da safra agrícola. Só para o leite, a necessidade é de R$ 500 milhões, disse o deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR). As informações são da assessoria de imprensa da Frente Parlamentar da Agropecuária. Os parlamentares da frente reuniram-se na noite de ontem com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Durante o encontro, o ministro disse, segundo relato de Micheletto, que não faltará dinheiro para o setor agrícola.
Outro pedido apresentado ao ministro foi o aumento da verba destinada ao Programa de Subvenção do Prêmio de Seguro Rural. A expectativa dos parlamentares é que a falta de crédito para plantio da safra é um dos assuntos que pode ser tratado amanhã, durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), no Palácio do Planalto.
Fonte: Fabíola Salvador, Agência Estado
MPT resgata trabalhadores em condições degradantes no interior de SP 06.11.08
06.11.08
Ribeirão Preto, SP - Um grupo com 12 trabalhadores na colheita de laranja foi resgatado ontem (05) em condições consideradas de trabalho degradante, durante uma operação conjunta do Ministério Público do Trabalho (MPT) e Ministério do Trabalho e Emprego em uma fazenda em Engenheiro Coelho, interior paulista. Segundo o MPT, a empresa, administrada por um condomínio de proprietários rurais, mantinha os trabalhadores na colheita de laranja sem condições essenciais de segurança e fora das normas trabalhistas. Um deles receberia salário de apenas R$ 76 por semana.
A diligência, conduzida por auditores fiscais e pelo procurador Dimas Moreira da Silva, constatou irregularidades no ambiente de trabalho que caracterizam condições degradantes. A empresa não fornecia marmita ou galão de água e, segundo informado em depoimento, dois trabalhadores dividiam a mesma refeição, com os mesmos talheres. A empresa não forneceria ainda equipamentos de proteção individual para os empregados, obrigando-os a fazer a colheita fora dos padrões de segurança. Nenhum dos migrantes estava registrado e os empregadores retinham a carteira de trabalho de todos, de acordo com o procurador.
Os trabalhadores eram migrantes alagoanos e declararam ter a promessa que ganhariam salário mensal equivalente a R$ 1,5 mil. Os relatos apontam que, quando vieram para o Estado de São Paulo, eram 22 pessoas, transportadas em uma van, realizando parte do trajeto em pé e parte sentados, em sistema de revezamento. Segundo o depoimento de um dos trabalhadores, os empregadores não cumpriram com a promessa e eles passaram a receber salários bem abaixo do esperado.
O condomínio de empregadores firmou um acordo com o MPT e os auditores do Ministério do Trabalho no local da operação, em que a empresa se comprometeu a pagar as verbas rescisórias de todos, além de uma indenização por dano moral individual no valor de R$ 1 mil para cada trabalhador. Além disso, assumiu a responsabilidade de transportá-los de volta para o Alagoas, com todas as despesas pagas. O pagamento deve ser efetuado amanhã, no escritório do condomínio em Engenheiro Coelho.
Fonte: Gustavo Porto, Agência Estado
Ribeirão Preto, SP - Um grupo com 12 trabalhadores na colheita de laranja foi resgatado ontem (05) em condições consideradas de trabalho degradante, durante uma operação conjunta do Ministério Público do Trabalho (MPT) e Ministério do Trabalho e Emprego em uma fazenda em Engenheiro Coelho, interior paulista. Segundo o MPT, a empresa, administrada por um condomínio de proprietários rurais, mantinha os trabalhadores na colheita de laranja sem condições essenciais de segurança e fora das normas trabalhistas. Um deles receberia salário de apenas R$ 76 por semana.
A diligência, conduzida por auditores fiscais e pelo procurador Dimas Moreira da Silva, constatou irregularidades no ambiente de trabalho que caracterizam condições degradantes. A empresa não fornecia marmita ou galão de água e, segundo informado em depoimento, dois trabalhadores dividiam a mesma refeição, com os mesmos talheres. A empresa não forneceria ainda equipamentos de proteção individual para os empregados, obrigando-os a fazer a colheita fora dos padrões de segurança. Nenhum dos migrantes estava registrado e os empregadores retinham a carteira de trabalho de todos, de acordo com o procurador.
Os trabalhadores eram migrantes alagoanos e declararam ter a promessa que ganhariam salário mensal equivalente a R$ 1,5 mil. Os relatos apontam que, quando vieram para o Estado de São Paulo, eram 22 pessoas, transportadas em uma van, realizando parte do trajeto em pé e parte sentados, em sistema de revezamento. Segundo o depoimento de um dos trabalhadores, os empregadores não cumpriram com a promessa e eles passaram a receber salários bem abaixo do esperado.
O condomínio de empregadores firmou um acordo com o MPT e os auditores do Ministério do Trabalho no local da operação, em que a empresa se comprometeu a pagar as verbas rescisórias de todos, além de uma indenização por dano moral individual no valor de R$ 1 mil para cada trabalhador. Além disso, assumiu a responsabilidade de transportá-los de volta para o Alagoas, com todas as despesas pagas. O pagamento deve ser efetuado amanhã, no escritório do condomínio em Engenheiro Coelho.
Fonte: Gustavo Porto, Agência Estado
Agricultores do Reino Unido enfrentam endividamento recorde 06.11.08
06.11.08
Londres - Produtores do Reino Unido estão cada vez mais no vermelho, registrando dívidas recordes por causa da manutenção dos preços de insumos em níveis elevados e à redução de suas margens de lucro na produção, segundo reportagem do jornal britânico Financial Times.
Os empréstimos agrícolas estão em máximas histórias. No fim de setembro, os empréstimos chegaram a 11 bilhões de libras, segundo dados divulgados ontem pelo Banco da Inglaterra. Na mesma época do ano passado os produtores tinham dívidas que somavam 10,1 bilhões de libras.
No entanto, o fardo da dívida diminuiu por conta do aumento da renda agrícola, segundo o Departamento para o Meio Ambiente, Alimentos e Assuntos Rurais (Defra, na sigla em inglês). A renda média foi de 48.200 libras em 2007/08, quase 40% maior que no ano anterior, devido em grande parte aos preços mais altos dos cereais e do leite.
Fonte: informações da Dow Jones, com Deise Vieira, Agência Estado
Londres - Produtores do Reino Unido estão cada vez mais no vermelho, registrando dívidas recordes por causa da manutenção dos preços de insumos em níveis elevados e à redução de suas margens de lucro na produção, segundo reportagem do jornal britânico Financial Times.
Os empréstimos agrícolas estão em máximas histórias. No fim de setembro, os empréstimos chegaram a 11 bilhões de libras, segundo dados divulgados ontem pelo Banco da Inglaterra. Na mesma época do ano passado os produtores tinham dívidas que somavam 10,1 bilhões de libras.
No entanto, o fardo da dívida diminuiu por conta do aumento da renda agrícola, segundo o Departamento para o Meio Ambiente, Alimentos e Assuntos Rurais (Defra, na sigla em inglês). A renda média foi de 48.200 libras em 2007/08, quase 40% maior que no ano anterior, devido em grande parte aos preços mais altos dos cereais e do leite.
Fonte: informações da Dow Jones, com Deise Vieira, Agência Estado
Governo cria fundo garantidor de crédito agrícola 06.11.08
06.11.08
Em meio à crise internacional, que reduziu a oferta de crédito para o setor agrícola, o governo publicou ontem (05) no Diário Oficial um decreto que pode acelerar a renegociação das dívidas dos produtores rurais com as empresas fornecedoras de insumos. Estima-se que as dívidas acumuladas nas últimas safras somem R$ 8 bilhões. A medida cria o estatuto do Fundo Garantidor de Financiamentos (FGF), que é complementar a uma linha de crédito criada em setembro do ano passado. O Fundo de Recebíveis do Agronegócio (FRA) teve aplicação de R$ 2,2 bilhões para o pagamento dessas dívidas.
Com o decreto publicado ontem (05), fica definido que o Tesouro Nacional participará do fundo com a quantia de até R$ 286 milhões, o que corresponde a 13% do financiamento total. O fundo será composto também por recursos oriundos dos produtores e dos fornecedores de insumos, que terão participação de 10% do valor da dívida e de 20% do valor a ser recebido.
Os recursos do fundo poderão ser usados caso os produtores não paguem os financiamentos e o recurso aportado pelo Tesouro será o último a ser usado para essa finalidade. Com a publicação da medida, o governo acredita que será solucionado o problema do endividamento privado dos produtores rurais.
A criação do fundo já estava prevista na Lei 11.524, de setembro de 2007, que criou o FRA. Desde o ano passado, a aprovação do estatuto era reivindicada pelo setor produtivo, mas somente agora, em meio à crise financeira e ao temor de falta de crédito para o setor rural, o governo bateu o martelo e criou o estatuto.
Fonte: Fabíola Salvador, Agência Estado
Em meio à crise internacional, que reduziu a oferta de crédito para o setor agrícola, o governo publicou ontem (05) no Diário Oficial um decreto que pode acelerar a renegociação das dívidas dos produtores rurais com as empresas fornecedoras de insumos. Estima-se que as dívidas acumuladas nas últimas safras somem R$ 8 bilhões. A medida cria o estatuto do Fundo Garantidor de Financiamentos (FGF), que é complementar a uma linha de crédito criada em setembro do ano passado. O Fundo de Recebíveis do Agronegócio (FRA) teve aplicação de R$ 2,2 bilhões para o pagamento dessas dívidas.
Com o decreto publicado ontem (05), fica definido que o Tesouro Nacional participará do fundo com a quantia de até R$ 286 milhões, o que corresponde a 13% do financiamento total. O fundo será composto também por recursos oriundos dos produtores e dos fornecedores de insumos, que terão participação de 10% do valor da dívida e de 20% do valor a ser recebido.
Os recursos do fundo poderão ser usados caso os produtores não paguem os financiamentos e o recurso aportado pelo Tesouro será o último a ser usado para essa finalidade. Com a publicação da medida, o governo acredita que será solucionado o problema do endividamento privado dos produtores rurais.
A criação do fundo já estava prevista na Lei 11.524, de setembro de 2007, que criou o FRA. Desde o ano passado, a aprovação do estatuto era reivindicada pelo setor produtivo, mas somente agora, em meio à crise financeira e ao temor de falta de crédito para o setor rural, o governo bateu o martelo e criou o estatuto.
Fonte: Fabíola Salvador, Agência Estado
Bom desempenho nos EUA leva Friboi a lucro recorde 06.11.08
06.11.08
O frigorífico JBS-Friboi, maior processador mundial de carne bovina, anunciou um lucro líquido de R$ 694 milhões no terceiro trimestre, revertendo o prejuízo de R$ 78,3 milhões do mesmo período do ano passado. A receita líquida totalizou R$ 7,772 bilhões, uma alta de 48,5% na mesma comparação. O grupo também obteve, no terceiro trimestre, receita financeira líquida de R$ 408,7 milhões, ante despesas financeiras líquidas de R$ 189 milhões em igual período de 2007.
"Esse foi o melhor trimestre da história da empresa e seguiremos preparados para continuar crescendo. Não temos como pensar que passaremos ilesos por essa crise de liquidez, mas outros não vão sequer passar, e da crise podem sair oportunidades", disse o presidente do grupo, Joesley Mendonça Batista.
Um dos principais motivos para o bom resultado foi o desempenho das vendas nos Estados Unidos, onde a empresa comprou, no ano passado, a gigante Swift. A unidade americana é a maior geradora de receita do grupo, respondendo por 43% do faturamento total, e teve o melhor resultado da história. No terceiro trimestre, o faturamento da unidade americana chegou a US$ 2,75 bilhões, resultado que supera em 4,8% o faturamento do segundo trimestre, que foi de US$ 2,63 bilhões.
A Friboi fez este ano novas aquisições nos Estados Unidos. Já recebeu aprovação para a compra da Smithfiel Foods, mas enfrenta um processo que tenta barrar a aquisição de outra empresa, a National Beef. A alegação dos americanos é que haverá uma excessiva concentração no mercado de carne.
Rússia
As ameaças russas de queda na demanda, exigências para renegociar contratos e alegações de falta de pagamento não preocupam o presidente do grupo JBS-Friboi, Joesley Mendonça Batista.
Segundo ele, nos últimos três anos os importadores russos registram esse mesmo fenômeno e as importações sempre voltam. "Vindo da Rússia, isso é recorrente. Os russos vão se adequar e voltarão a comprar, porque o mercado interno vai continuar demandando carne", disse Batista. A Rússia é o maior cliente individual e absorve 18% das vendas do JBS-Friboi.
Fonte: Alexandre Inacio, Agência Estado
O frigorífico JBS-Friboi, maior processador mundial de carne bovina, anunciou um lucro líquido de R$ 694 milhões no terceiro trimestre, revertendo o prejuízo de R$ 78,3 milhões do mesmo período do ano passado. A receita líquida totalizou R$ 7,772 bilhões, uma alta de 48,5% na mesma comparação. O grupo também obteve, no terceiro trimestre, receita financeira líquida de R$ 408,7 milhões, ante despesas financeiras líquidas de R$ 189 milhões em igual período de 2007.
"Esse foi o melhor trimestre da história da empresa e seguiremos preparados para continuar crescendo. Não temos como pensar que passaremos ilesos por essa crise de liquidez, mas outros não vão sequer passar, e da crise podem sair oportunidades", disse o presidente do grupo, Joesley Mendonça Batista.
Um dos principais motivos para o bom resultado foi o desempenho das vendas nos Estados Unidos, onde a empresa comprou, no ano passado, a gigante Swift. A unidade americana é a maior geradora de receita do grupo, respondendo por 43% do faturamento total, e teve o melhor resultado da história. No terceiro trimestre, o faturamento da unidade americana chegou a US$ 2,75 bilhões, resultado que supera em 4,8% o faturamento do segundo trimestre, que foi de US$ 2,63 bilhões.
A Friboi fez este ano novas aquisições nos Estados Unidos. Já recebeu aprovação para a compra da Smithfiel Foods, mas enfrenta um processo que tenta barrar a aquisição de outra empresa, a National Beef. A alegação dos americanos é que haverá uma excessiva concentração no mercado de carne.
Rússia
As ameaças russas de queda na demanda, exigências para renegociar contratos e alegações de falta de pagamento não preocupam o presidente do grupo JBS-Friboi, Joesley Mendonça Batista.
Segundo ele, nos últimos três anos os importadores russos registram esse mesmo fenômeno e as importações sempre voltam. "Vindo da Rússia, isso é recorrente. Os russos vão se adequar e voltarão a comprar, porque o mercado interno vai continuar demandando carne", disse Batista. A Rússia é o maior cliente individual e absorve 18% das vendas do JBS-Friboi.
Fonte: Alexandre Inacio, Agência Estado
Governo deve destinar R$ 200 milhões para apoiar a comercialização do leite 05.11.08
05.11.08
O governo federal deve anunciar, nos próximos dias, medidas de apoio à comercialização de leite. Segundo o diretor de Geração de Renda e Agregação de Valor do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Arnoldo de Campos, a negociação, já avançada, visa à liberação de cerca de R$ 200 milhões por meio de leilões de Contratos Privados de Opção de Venda (Prop).
Os produtores de leite vêm enfrentando dificuldades porque a produção nacional aumentou muito e houve queda da demanda. O assessor técnico da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Marcelo Costa Martins, disse que o leite e seus derivados são os primeiros produtos a serem cortados quando o trabalhador se encontra em dificuldade. Como o preço da cesta básica vem aumentando mais que o poder de compra, o consumo de leite está diminuindo.
Para assegurar uma renda mínima ao produtor, seria necessário que ele recebesse pelo menos R$ 0,60 por litro, afirmou Martins em audiência pública realizada ontem (4) na Câmara dos Deputados para tratar da crise do setor de lácteos. O deputado Adão Pretto (PT-RS) reclamou, no entanto, que o produtor está recebendo, em algumas regiões do país, bem menos que isso.
“O produtor estava vendendo o litro por até R$ 1 e agora tem região que está pagando R$ 0,25. O consumidor, que estava pagando entre R$ 1,30 a R$ 1,50 pelo leite na embalagem de caixinha, continua pagando o mesmo preço. Não baixou um centavo para o consumidor. Então, para onde está indo isso?”, comentou.
A produção nacional de leite, segundo Arnoldo Campos, é de aproximadamente 30 bilhões de litros. Destes, cerca de 28 bilhões são consumidos internamente, 1 bilhão são exportados (depois de transformados em leite em pó) e o restante, mais 1 bilhão de litros, são o excedente, responsáveis pela atual crise no setor, que causa dor de cabeça a produtores e ao governo.
Apesar da sinalização de que o governo vai liberar R$ 200 milhões para operações de Prop, o deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR) disse que o setor precisa de mais recursos para apoiar a comercialização. “O governo federal poderia implementar os mecanismos de apoio à comercialização, como os Contratos Privados de Opção de Venda (Prop), Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro), além dos Empréstimos do Governo Federal (EGF) e Aquisição do Governo Federal (AGF), para salvar um setor típico da agricultura familiar que gera emprego, renda e divisas para o país”, afirmou.
O deputado se reúne esta noite com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e pedirá a liberação imediata de R$ 500 milhões para a comercialização do produto na forma de Empréstimos do Governo Federal (EGF). O diretor do MDA, Arnoldo de Campos, disse, durante a audiência da Câmara dos Deputados, que “é um momento bastante preocupante e não se tem noção de quanto tempo vão durar essas projeções de queda”.
Fonte: Danilo Macedo, repórter da Agência Brasil
O governo federal deve anunciar, nos próximos dias, medidas de apoio à comercialização de leite. Segundo o diretor de Geração de Renda e Agregação de Valor do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Arnoldo de Campos, a negociação, já avançada, visa à liberação de cerca de R$ 200 milhões por meio de leilões de Contratos Privados de Opção de Venda (Prop).
Os produtores de leite vêm enfrentando dificuldades porque a produção nacional aumentou muito e houve queda da demanda. O assessor técnico da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Marcelo Costa Martins, disse que o leite e seus derivados são os primeiros produtos a serem cortados quando o trabalhador se encontra em dificuldade. Como o preço da cesta básica vem aumentando mais que o poder de compra, o consumo de leite está diminuindo.
Para assegurar uma renda mínima ao produtor, seria necessário que ele recebesse pelo menos R$ 0,60 por litro, afirmou Martins em audiência pública realizada ontem (4) na Câmara dos Deputados para tratar da crise do setor de lácteos. O deputado Adão Pretto (PT-RS) reclamou, no entanto, que o produtor está recebendo, em algumas regiões do país, bem menos que isso.
“O produtor estava vendendo o litro por até R$ 1 e agora tem região que está pagando R$ 0,25. O consumidor, que estava pagando entre R$ 1,30 a R$ 1,50 pelo leite na embalagem de caixinha, continua pagando o mesmo preço. Não baixou um centavo para o consumidor. Então, para onde está indo isso?”, comentou.
A produção nacional de leite, segundo Arnoldo Campos, é de aproximadamente 30 bilhões de litros. Destes, cerca de 28 bilhões são consumidos internamente, 1 bilhão são exportados (depois de transformados em leite em pó) e o restante, mais 1 bilhão de litros, são o excedente, responsáveis pela atual crise no setor, que causa dor de cabeça a produtores e ao governo.
Apesar da sinalização de que o governo vai liberar R$ 200 milhões para operações de Prop, o deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR) disse que o setor precisa de mais recursos para apoiar a comercialização. “O governo federal poderia implementar os mecanismos de apoio à comercialização, como os Contratos Privados de Opção de Venda (Prop), Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro), além dos Empréstimos do Governo Federal (EGF) e Aquisição do Governo Federal (AGF), para salvar um setor típico da agricultura familiar que gera emprego, renda e divisas para o país”, afirmou.
O deputado se reúne esta noite com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e pedirá a liberação imediata de R$ 500 milhões para a comercialização do produto na forma de Empréstimos do Governo Federal (EGF). O diretor do MDA, Arnoldo de Campos, disse, durante a audiência da Câmara dos Deputados, que “é um momento bastante preocupante e não se tem noção de quanto tempo vão durar essas projeções de queda”.
Fonte: Danilo Macedo, repórter da Agência Brasil
Stephanes confirma CNA e BB, e diz que falta dinheiro para soja, milho e algodão 05.11.08
05.11.08
O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse ontem (04) que os agricultores precisam de dinheiro para concluir o plantio da safra de soja, iniciar o cultivo do algodão e semear as lavouras de milho safrinha. No caso do algodão, as lavouras são cultivadas entre dezembro e janeiro no Centro-Oeste, que é a principal região produtora do País. A safrinha de milho será plantada no primeiro semestre do ano que vem.
Para Stephanes, é "desejável" a liberação de mais R$ 5 bilhões para o financiamento da safra. Ele contou que deve se reunir nos próximos dias com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para tratar das medidas adicionais. A idéia é liberar dinheiro para os bancos, para empréstimos para o crédito rural, ou por meio de linhas de Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC). Segundo ele, os produtores de algodão só vão plantar se houver uma garantia de crédito, especialmente para o ACC.
O ministro também afirmou que o governo deu um prazo extra para pagamento das dívidas de investimento que venceram no mês passado. Do total de 5 bilhões, cerca de R$ 1 bilhão não foi pago. Mais da metade está concentrada em Mato Grosso. Se considerados os outros Estados do Centro-Oeste a inadimplência é de dois terços, diz ele.
Ele lembrou que os produtores desta região optaram por plantar, e não por pagar a dívida. "Houve um problema localizado. Estes Estados estão plantando. Eles compraram o adubo mesmo sem o financiamento das tradings", afirmou.
Stephanes confirmou também que o Banco do Brasil estuda a criação de uma linha de crédito de ate R$ 2,5 bilhões para financiar o capital de giro das tradings, agroindústrias e fornecedores de insumos. De acordo com uma fonte do governo, a idéia é fortalecer os mecanismos de CPR. Uma das alternativa é reduzir a alíquota de IOF incidente sobre estas operações.
Fonte: Fabíola Salvador, Agência Estado, com o Observatório
Veja, também, sobre essa questão:
CNA diz que menos de 20% da safra teve venda antecipada às traders 31.10.08
Centro-Oeste precisa mais de crédito rural, É o que diz vice-presidente de Agronegócio do BB 04.11.08
O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse ontem (04) que os agricultores precisam de dinheiro para concluir o plantio da safra de soja, iniciar o cultivo do algodão e semear as lavouras de milho safrinha. No caso do algodão, as lavouras são cultivadas entre dezembro e janeiro no Centro-Oeste, que é a principal região produtora do País. A safrinha de milho será plantada no primeiro semestre do ano que vem.
Para Stephanes, é "desejável" a liberação de mais R$ 5 bilhões para o financiamento da safra. Ele contou que deve se reunir nos próximos dias com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para tratar das medidas adicionais. A idéia é liberar dinheiro para os bancos, para empréstimos para o crédito rural, ou por meio de linhas de Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC). Segundo ele, os produtores de algodão só vão plantar se houver uma garantia de crédito, especialmente para o ACC.
O ministro também afirmou que o governo deu um prazo extra para pagamento das dívidas de investimento que venceram no mês passado. Do total de 5 bilhões, cerca de R$ 1 bilhão não foi pago. Mais da metade está concentrada em Mato Grosso. Se considerados os outros Estados do Centro-Oeste a inadimplência é de dois terços, diz ele.
Ele lembrou que os produtores desta região optaram por plantar, e não por pagar a dívida. "Houve um problema localizado. Estes Estados estão plantando. Eles compraram o adubo mesmo sem o financiamento das tradings", afirmou.
Stephanes confirmou também que o Banco do Brasil estuda a criação de uma linha de crédito de ate R$ 2,5 bilhões para financiar o capital de giro das tradings, agroindústrias e fornecedores de insumos. De acordo com uma fonte do governo, a idéia é fortalecer os mecanismos de CPR. Uma das alternativa é reduzir a alíquota de IOF incidente sobre estas operações.
Fonte: Fabíola Salvador, Agência Estado, com o Observatório
Veja, também, sobre essa questão:
CNA diz que menos de 20% da safra teve venda antecipada às traders 31.10.08
Centro-Oeste precisa mais de crédito rural, É o que diz vice-presidente de Agronegócio do BB 04.11.08
Venda de etanol no País já supera a de gasolina 05.11.08
05.11.08
As vendas de etanol continuam crescendo no Brasil e já superam as de gasolina no acumulado do ano até o fim de setembro. Balanço das vendas de combustíveis no País referente ao período, divulgado ontem (04) pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), aponta que no acumulado do ano até setembro, a diferença entre as vendas de álcool e de gasolina no País já atinge 1,6%, com vantagem para o combustível derivado da cana-de-açúcar.
Segundo a ANP, foram comercializados nos primeiros nove meses de 2008 14,053 bilhões de litros de álcool ante 10,834 bilhões entre janeiro e setembro de 2007, o que representa um aumento de 29,7%. No mesmo período, as vendas de gasolina - descontado o volume de 25% do álcool anidro adicionado - atingiram 13,831 bilhões de litros, volume praticamente equivalente aos 13,435 bilhões de litros no mesmo período no ano passado.
Ainda de acordo com os dados da ANP, a diferença nas vendas dos dois combustíveis, que dava uma vantagem para o álcool (anidro e hidratado) de 4% sobre a gasolina em agosto, aumentou para 6% no mês de setembro. Sobre setembro de 2007, as vendas de gasolina tiveram uma ligeira queda, de 0,06%, enquanto a comercialização do álcool aumentou 27%.
Do total das vendas de álcool, a maior concentração continua sendo o Estado de São Paulo, com 663,375 milhões de litros comercializados no mês de setembro, quase a metade do total no País.
Nas vendas de diesel, o combustível mais comercializado do País, o crescimento foi de 9,2% no acumulado do ano até setembro, passando de 30,621 bilhões de litros em igual período de 2007 para 33,464 bilhões de litros entre janeiro e setembro deste ano.
Considerando todos os combustíveis, os dados da ANP apontam para uma venda de 78,498 bilhões de litros entre janeiro e setembro de 2008, sobre 71,62 bilhões de litros no mesmo período em 2007, equivalente a um crescimento de 9,6%.
Fonte: Kelly Lima, Agência Estado
As vendas de etanol continuam crescendo no Brasil e já superam as de gasolina no acumulado do ano até o fim de setembro. Balanço das vendas de combustíveis no País referente ao período, divulgado ontem (04) pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), aponta que no acumulado do ano até setembro, a diferença entre as vendas de álcool e de gasolina no País já atinge 1,6%, com vantagem para o combustível derivado da cana-de-açúcar.
Segundo a ANP, foram comercializados nos primeiros nove meses de 2008 14,053 bilhões de litros de álcool ante 10,834 bilhões entre janeiro e setembro de 2007, o que representa um aumento de 29,7%. No mesmo período, as vendas de gasolina - descontado o volume de 25% do álcool anidro adicionado - atingiram 13,831 bilhões de litros, volume praticamente equivalente aos 13,435 bilhões de litros no mesmo período no ano passado.
Ainda de acordo com os dados da ANP, a diferença nas vendas dos dois combustíveis, que dava uma vantagem para o álcool (anidro e hidratado) de 4% sobre a gasolina em agosto, aumentou para 6% no mês de setembro. Sobre setembro de 2007, as vendas de gasolina tiveram uma ligeira queda, de 0,06%, enquanto a comercialização do álcool aumentou 27%.
Do total das vendas de álcool, a maior concentração continua sendo o Estado de São Paulo, com 663,375 milhões de litros comercializados no mês de setembro, quase a metade do total no País.
Nas vendas de diesel, o combustível mais comercializado do País, o crescimento foi de 9,2% no acumulado do ano até setembro, passando de 30,621 bilhões de litros em igual período de 2007 para 33,464 bilhões de litros entre janeiro e setembro deste ano.
Considerando todos os combustíveis, os dados da ANP apontam para uma venda de 78,498 bilhões de litros entre janeiro e setembro de 2008, sobre 71,62 bilhões de litros no mesmo período em 2007, equivalente a um crescimento de 9,6%.
Fonte: Kelly Lima, Agência Estado
Apoio a orgânicos já beneficiou mais de 13 mil produtores 05.11.08
05.11.08
No ano de 2008, as atividades de fomento à agricultura orgânica beneficiaram diretamente mais de 13 mil produtores, com ações voltadas ao uso de insumos e processos apropriados para produção dos orgânicos. O projeto Bancos Comunitários de Sementes de Adubos Verdes foi o carro-chefe do setor. Criado em 2007, já rendeu 16 toneladas de sementes, distribuídas a mais de mil agricultores do Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Pará.
De agosto de 2006 a setembro de 2008, o Brasil exportou um total de 37 mil toneladas em produtos orgânicos, que equivale a uma receita de US$ 26,7 milhões. Desse montante, destacam-se produtos como a soja orgânica, com mais de 8 mil toneladas em vendas externas, o açúcar, com quatro mil toneladas, e o café, com 209 toneladas. Juntos, registraram US$ 9,5 milhões em exportação. Os principais países de destino dos produtos foram Holanda, Suécia, Estados Unidos, Inglaterra e França.
Pró-Orgânico
O programa de incentivo à produção orgânica, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), está fundamentado em princípios agroecológicos que têm a preservação da vida como elemento básico para os sistemas produtivos. Ele é reconhecido pelas vantagens ambientais e benefícios para a saúde humana. O grande avanço do programa ocorreu com a publicação do Decreto 6.323/2007, que regulamenta os alimentos orgânicos e vai permitir a certificação dos produtos.
O Pró-Orgânico envolve ações ligadas à educação, fomento ao uso de produtos e processos apropriados, promoção do consumo responsável e organização da rede produtiva. Nove estados da federação e o Distrito Federal já estão incorporados: Pará, Acre, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.
Fonte: Cristiane Araujo, Assessoria de imprensa do Mapa
No ano de 2008, as atividades de fomento à agricultura orgânica beneficiaram diretamente mais de 13 mil produtores, com ações voltadas ao uso de insumos e processos apropriados para produção dos orgânicos. O projeto Bancos Comunitários de Sementes de Adubos Verdes foi o carro-chefe do setor. Criado em 2007, já rendeu 16 toneladas de sementes, distribuídas a mais de mil agricultores do Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Pará.
De agosto de 2006 a setembro de 2008, o Brasil exportou um total de 37 mil toneladas em produtos orgânicos, que equivale a uma receita de US$ 26,7 milhões. Desse montante, destacam-se produtos como a soja orgânica, com mais de 8 mil toneladas em vendas externas, o açúcar, com quatro mil toneladas, e o café, com 209 toneladas. Juntos, registraram US$ 9,5 milhões em exportação. Os principais países de destino dos produtos foram Holanda, Suécia, Estados Unidos, Inglaterra e França.
Pró-Orgânico
O programa de incentivo à produção orgânica, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), está fundamentado em princípios agroecológicos que têm a preservação da vida como elemento básico para os sistemas produtivos. Ele é reconhecido pelas vantagens ambientais e benefícios para a saúde humana. O grande avanço do programa ocorreu com a publicação do Decreto 6.323/2007, que regulamenta os alimentos orgânicos e vai permitir a certificação dos produtos.
O Pró-Orgânico envolve ações ligadas à educação, fomento ao uso de produtos e processos apropriados, promoção do consumo responsável e organização da rede produtiva. Nove estados da federação e o Distrito Federal já estão incorporados: Pará, Acre, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.
Fonte: Cristiane Araujo, Assessoria de imprensa do Mapa
Governo lança programa para cumprimento das leis trabalhistas na área rural 05.11.08
05.11.08
O Ministério do Trabalho e Emprego lançou segunda-feira (03) um programa para intermediar e capacitar a mão-de-obra rural com o intuito de extinguir o aliciador ilegal de trabalhadores, o chamado gato, e garantir o cumprimento das leis trabalhistas.
O programa Marco Zero do Trabalho Escravo vai atender empregadores e trabalhadores rurais. O empregador que quiser um funcionário terá de recorrer ao Sistema Nacional de Emprego (Sine). Caberá ao Sine verificar se o empregador assina a carteira e se as condições do ambiente de trabalho são adequadas.
O projeto conta com a parceria dos Estados do Maranhão, Pará, Piauí e de Mato Grosso - que concentram 25% da mão-de-obra libertada de trabalho análogo ao da escravidão. Os primeiros estados foram identificados como áreas de aliciamento de trabalhadores enquantos os dois últimos são áreas onde há trabalho escravo.
No meio rural, além das agências já existentes serão formadas equipes móveis. Elas vão visitar locais que ofertam empregos e também cadastrar empregados.
Os municípios onde serão executados os pilotos serão Paragominas (PA), Marabá (PA), Floriano (PI), Açailândia (MA), Bacabal (MA), Codó (MA), Sinop (MT) e Alta Floresta (MT).
A cerimônia de lançamento do programa foi realizada em Imperatriz do Maranhão e contou com a presença do ministro do trabalho, Carlos Lupi, dos governadores do Maranhão, Pará, Piauí e de Mato Grosso, além da representante do escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, Laís Abramo, de secretários estaduais e de dois ex-trabalhadores em situação análoga à escravidão.
Fonte: Agência Brasil
O Ministério do Trabalho e Emprego lançou segunda-feira (03) um programa para intermediar e capacitar a mão-de-obra rural com o intuito de extinguir o aliciador ilegal de trabalhadores, o chamado gato, e garantir o cumprimento das leis trabalhistas.
O programa Marco Zero do Trabalho Escravo vai atender empregadores e trabalhadores rurais. O empregador que quiser um funcionário terá de recorrer ao Sistema Nacional de Emprego (Sine). Caberá ao Sine verificar se o empregador assina a carteira e se as condições do ambiente de trabalho são adequadas.
O projeto conta com a parceria dos Estados do Maranhão, Pará, Piauí e de Mato Grosso - que concentram 25% da mão-de-obra libertada de trabalho análogo ao da escravidão. Os primeiros estados foram identificados como áreas de aliciamento de trabalhadores enquantos os dois últimos são áreas onde há trabalho escravo.
No meio rural, além das agências já existentes serão formadas equipes móveis. Elas vão visitar locais que ofertam empregos e também cadastrar empregados.
Os municípios onde serão executados os pilotos serão Paragominas (PA), Marabá (PA), Floriano (PI), Açailândia (MA), Bacabal (MA), Codó (MA), Sinop (MT) e Alta Floresta (MT).
A cerimônia de lançamento do programa foi realizada em Imperatriz do Maranhão e contou com a presença do ministro do trabalho, Carlos Lupi, dos governadores do Maranhão, Pará, Piauí e de Mato Grosso, além da representante do escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, Laís Abramo, de secretários estaduais e de dois ex-trabalhadores em situação análoga à escravidão.
Fonte: Agência Brasil
ADM aplica US$ 370 milhões em parceria para etanol com Grupo Cabrera 05.11.08
05.11.08
Ribeirão Preto, SP - A trading company norte-americana Archer Daniels Midland Co. (ADM) confirmou ontem (04) investimentos de US$ 500 milhões na joint venture com o Grupo Cabrera, do empresário e ex-ministro da Agricultura Antonio Cabrera. A parceria vai finalizar duas unidades sucroalcooleiras no País - uma em Limeira do Oeste (MG) e outra em Jataí (GO) - que deverão moer um total de 6 milhões de toneladas de cana até 2014. A ADM prevê investir US$ 370 milhões na produção e o grupo brasileiro US$ 130 milhões.
Em um comunicado, a gigante norte-americana admite ainda que estuda novos projetos para a produção de etanol, açúcar e bioeletricidade de cana no Brasil, e que os anúncios serão feitos assim forem formalizados. A produção total das duas plantas de cana no Brasil deve chegar a 270 milhões de litros de álcool, 417 mil toneladas de açúcar e 474 megawatts/hora de energia por safra. O álcool será destinado, segundo a ADM, exclusivamente para o mercado interno.
No comunicado da ADM, a multinacional informa que segue defendendo a tarifa norte-americana sobre o etanol brasileiro como forma de fortalecer aquele mercado e diz também que a escolha do Grupo Cabrera como parceiro ocorreu por uma série de fatores, principalmente a experiência na produção de cana-de-açúcar e também a intenção de dividir com o parceiro o compromisso com a sustentabilidade e com o desenvolvimento sustentável da agricultura.
A multinacional relata que incentivos fiscais serão dados pelos governos de Minas e Goiás, mas não informa quais são. Por fim, a ADM confirma que irá manter sua participação acionária no Grupo Cosan, sem revelar o porcentual. A empresa está no grupo de acionistas que tem até 4,99% das ações da companhia sucroalcooleira brasileira, ou seja, entre os que são desobrigados por lei a revelar a participação acionária.
Fonte: Gustavo Porto, Agência Estado
Ribeirão Preto, SP - A trading company norte-americana Archer Daniels Midland Co. (ADM) confirmou ontem (04) investimentos de US$ 500 milhões na joint venture com o Grupo Cabrera, do empresário e ex-ministro da Agricultura Antonio Cabrera. A parceria vai finalizar duas unidades sucroalcooleiras no País - uma em Limeira do Oeste (MG) e outra em Jataí (GO) - que deverão moer um total de 6 milhões de toneladas de cana até 2014. A ADM prevê investir US$ 370 milhões na produção e o grupo brasileiro US$ 130 milhões.
Em um comunicado, a gigante norte-americana admite ainda que estuda novos projetos para a produção de etanol, açúcar e bioeletricidade de cana no Brasil, e que os anúncios serão feitos assim forem formalizados. A produção total das duas plantas de cana no Brasil deve chegar a 270 milhões de litros de álcool, 417 mil toneladas de açúcar e 474 megawatts/hora de energia por safra. O álcool será destinado, segundo a ADM, exclusivamente para o mercado interno.
No comunicado da ADM, a multinacional informa que segue defendendo a tarifa norte-americana sobre o etanol brasileiro como forma de fortalecer aquele mercado e diz também que a escolha do Grupo Cabrera como parceiro ocorreu por uma série de fatores, principalmente a experiência na produção de cana-de-açúcar e também a intenção de dividir com o parceiro o compromisso com a sustentabilidade e com o desenvolvimento sustentável da agricultura.
A multinacional relata que incentivos fiscais serão dados pelos governos de Minas e Goiás, mas não informa quais são. Por fim, a ADM confirma que irá manter sua participação acionária no Grupo Cosan, sem revelar o porcentual. A empresa está no grupo de acionistas que tem até 4,99% das ações da companhia sucroalcooleira brasileira, ou seja, entre os que são desobrigados por lei a revelar a participação acionária.
Fonte: Gustavo Porto, Agência Estado
Monsanto compra empresas brasileiras de tecnologia e avança rumo ao controle da cana brasileira 04.11.08
04.11.08
De olho no mercado de combustíveis - no caso, do etanol - a multinacional norte-americana Monsanto anunciou ontem (03) que irá adicionar a cana-de-açúcar à sua linha de negócios principais, após comprar um grupo de empresas de pesquisa de sementes que vinha desenvolvendo pesquisas nessa área do agronegócio do Brasil, em um movimento que destaca a provável pressão de demanda para a produção de etanol.
A Monsanto, maior produtora mundial de sementes, acertou a aquisição, por US$ 290 milhões, da Aly Participações, do Votorantim Novos Negócios e de sua empresa irmã, a Votorantim Industrial, ambas parte do Grupo Votorantim. A Monsanto informou que, com o negócio, pretende utilizar a tecnologia desenvolvida pelas empresas brasileiras, que se somam aos seus conhecimentos na área, e colocar no mercado sementes de cana-de-açúcar de maior produtividade em 2016, quando deve começar o retorno do atual investimento.
Aly Participações controla as empresas CanaVialis S.A., de tecnologia de sementes de cana-de-açúcar, a maior empresa privada mundial nessa área, e a Alellyx S.A., uma companhia de genética aplicada que tem como foco o desenvolvimento de variedades para a cana-de-açúcar. Ambas eram iniciativas e companhias brasileiras.
O Brasil é o maior exportador mundial de etanol de cana-de-açúcar, e empresas como Archer Daniels Midland -ADM, e Bunge, estão disputando a aquisição de empresas brasileiras e o lançamento de projetos no País. Segundo a Monsanto, o crescimento na demanda global por cana-de-açúcar está começando a ultrapassar os níveis de produção.
"Vemos isso como uma oportunidade significativa no longo prazo para complementar nosso compromisso com o milho como matéria-prima para a produção de etanol, diversificar nosso portfólio de tecnologia e oferecer inovações para uma cultura tão importante como a cana", afirmou em um comunicado Carl Casale, vice-presidente-executivo de estratégia global e operações da Monsanto.
Fontes: informações da Dow Jones., com Deise Vieira, Agência Estado, Triangle Business Journal, com o Observatório
De olho no mercado de combustíveis - no caso, do etanol - a multinacional norte-americana Monsanto anunciou ontem (03) que irá adicionar a cana-de-açúcar à sua linha de negócios principais, após comprar um grupo de empresas de pesquisa de sementes que vinha desenvolvendo pesquisas nessa área do agronegócio do Brasil, em um movimento que destaca a provável pressão de demanda para a produção de etanol.
A Monsanto, maior produtora mundial de sementes, acertou a aquisição, por US$ 290 milhões, da Aly Participações, do Votorantim Novos Negócios e de sua empresa irmã, a Votorantim Industrial, ambas parte do Grupo Votorantim. A Monsanto informou que, com o negócio, pretende utilizar a tecnologia desenvolvida pelas empresas brasileiras, que se somam aos seus conhecimentos na área, e colocar no mercado sementes de cana-de-açúcar de maior produtividade em 2016, quando deve começar o retorno do atual investimento.
Aly Participações controla as empresas CanaVialis S.A., de tecnologia de sementes de cana-de-açúcar, a maior empresa privada mundial nessa área, e a Alellyx S.A., uma companhia de genética aplicada que tem como foco o desenvolvimento de variedades para a cana-de-açúcar. Ambas eram iniciativas e companhias brasileiras.
O Brasil é o maior exportador mundial de etanol de cana-de-açúcar, e empresas como Archer Daniels Midland -ADM, e Bunge, estão disputando a aquisição de empresas brasileiras e o lançamento de projetos no País. Segundo a Monsanto, o crescimento na demanda global por cana-de-açúcar está começando a ultrapassar os níveis de produção.
"Vemos isso como uma oportunidade significativa no longo prazo para complementar nosso compromisso com o milho como matéria-prima para a produção de etanol, diversificar nosso portfólio de tecnologia e oferecer inovações para uma cultura tão importante como a cana", afirmou em um comunicado Carl Casale, vice-presidente-executivo de estratégia global e operações da Monsanto.
Fontes: informações da Dow Jones., com Deise Vieira, Agência Estado, Triangle Business Journal, com o Observatório
Recessão mundial já reduz crescimento das exportações brasileiras 04.11.08
04.11.08
A redução da demanda mundial já impactou o resultado da balança comercial brasileira em outubro. Segundo o secretário de comércio exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Welber Barral, o crescimento das exportações e das importações "está sendo resfriado". "A queda nas exportações em relação a setembro foi maior que nos outros anos e o aumento das importações foi bem menor do que nos anos anteriores", afirmou.
Ele acrescentou que o governo esperava um aumento maior das importações em outubro por causa das compras de fim de ano. De acordo com os dados do ministério, nas importações, houve um crescimento de 0,2% em outubro na comparação com setembro, enquanto nos anos anteriores foi registrado um crescimento entre 2% e 3%. Já a queda das exportações em outubro ante setembro foi de 7,5%, enquanto nos dois anos anteriores a redução atingiu 3,9% na mesma comparação.
Barral disse que no caso das vendas externas a volatilidade cambial está levando os compradores de produtos brasileiros a evitarem o fechamento de contratos com pagamento futuro. Barral disse que é o caso, por exemplo, de produtos como telefone celular, caminhões e aço. "Há o receio das empresas em fechar contratos de médio prazo por causa da volatilidade do dólar. As empresas estão tentando renegociar preços para compensar o aumento do dólar no Brasil", disse o secretário.
Na comparação com setembro, houve uma queda também em volume de aviões, soja em grão e etanol, mas, segundo Barral, essa redução se deve a fatores sazonais. Em relação às commodities, o secretário informou que o alumínio foi o único produto da pauta exportadora brasileira que teve um grande decréscimo de preço em relação a setembro (9,3%).
Em relação às importações, o secretário informou que as compras de bens de consumo cresceram 30,2% em outubro ante outubro de 2007 e tiveram uma queda de 5,6% ante setembro do ano passado. Barral afirmou que o governo esperava um desempenho muito maior das importações em outubro, principalmente de produtos não-duráveis, por causa da ceia de Natal.
As importações de não-duráveis subiram 11,7% em relação a outubro de 2007 e caíram 13,4% na comparação com setembro de 2008. Barral informou que em outubro 2007 as importações de bens não-duráveis subiram 35,2% ante outubro de 2006 e 10,3% em relação a setembro. "Por causa do dólar, está havendo uma cautela maior do importador. O varejista corre o risco de o consumidor preferir o produto nacional", avaliou. "A ceia de Natal vai ter menos importados. A crise vai mostrar como tem produtos de qualidade produzidos no Brasil", completou.
Apesar do arrefecimento no crescimento em relação ao desempenho dos últimos meses, as exportações de US$ 18,512 bilhões registradas no mês passado foram recorde para meses de outubro. Da mesma forma, as importações, que somaram US$ 17,305 bilhões, também foram recorde para meses de outubro. A balança comercial registrou superávit de US$ 1,2 bilhão em outubro, acumulando no ano um saldo positivo de US$ 20,8 bilhões.
Fonte: Renata Veríssimo, Agência Estado
A redução da demanda mundial já impactou o resultado da balança comercial brasileira em outubro. Segundo o secretário de comércio exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Welber Barral, o crescimento das exportações e das importações "está sendo resfriado". "A queda nas exportações em relação a setembro foi maior que nos outros anos e o aumento das importações foi bem menor do que nos anos anteriores", afirmou.
Ele acrescentou que o governo esperava um aumento maior das importações em outubro por causa das compras de fim de ano. De acordo com os dados do ministério, nas importações, houve um crescimento de 0,2% em outubro na comparação com setembro, enquanto nos anos anteriores foi registrado um crescimento entre 2% e 3%. Já a queda das exportações em outubro ante setembro foi de 7,5%, enquanto nos dois anos anteriores a redução atingiu 3,9% na mesma comparação.
Barral disse que no caso das vendas externas a volatilidade cambial está levando os compradores de produtos brasileiros a evitarem o fechamento de contratos com pagamento futuro. Barral disse que é o caso, por exemplo, de produtos como telefone celular, caminhões e aço. "Há o receio das empresas em fechar contratos de médio prazo por causa da volatilidade do dólar. As empresas estão tentando renegociar preços para compensar o aumento do dólar no Brasil", disse o secretário.
Na comparação com setembro, houve uma queda também em volume de aviões, soja em grão e etanol, mas, segundo Barral, essa redução se deve a fatores sazonais. Em relação às commodities, o secretário informou que o alumínio foi o único produto da pauta exportadora brasileira que teve um grande decréscimo de preço em relação a setembro (9,3%).
Em relação às importações, o secretário informou que as compras de bens de consumo cresceram 30,2% em outubro ante outubro de 2007 e tiveram uma queda de 5,6% ante setembro do ano passado. Barral afirmou que o governo esperava um desempenho muito maior das importações em outubro, principalmente de produtos não-duráveis, por causa da ceia de Natal.
As importações de não-duráveis subiram 11,7% em relação a outubro de 2007 e caíram 13,4% na comparação com setembro de 2008. Barral informou que em outubro 2007 as importações de bens não-duráveis subiram 35,2% ante outubro de 2006 e 10,3% em relação a setembro. "Por causa do dólar, está havendo uma cautela maior do importador. O varejista corre o risco de o consumidor preferir o produto nacional", avaliou. "A ceia de Natal vai ter menos importados. A crise vai mostrar como tem produtos de qualidade produzidos no Brasil", completou.
Apesar do arrefecimento no crescimento em relação ao desempenho dos últimos meses, as exportações de US$ 18,512 bilhões registradas no mês passado foram recorde para meses de outubro. Da mesma forma, as importações, que somaram US$ 17,305 bilhões, também foram recorde para meses de outubro. A balança comercial registrou superávit de US$ 1,2 bilhão em outubro, acumulando no ano um saldo positivo de US$ 20,8 bilhões.
Fonte: Renata Veríssimo, Agência Estado
UE: economia da zona do euro está em recessão 04.11.08
04.11.08
Bruxelas - A economia na zona do euro (15 países europeus que compartilham a moeda) já está em recessão e deve permanecer estável na maior parte de 2009, de acordo com um relatório da Comissão Européia, braço executivo da União Européia (UE), divulgado ontem (03). A entidade acrescentou que os mercados financeiros ainda estão em condições "precárias", trazendo riscos significativos para as perspectivas econômicas.
Segundo a Comissão Européia, a zona do euro encontra-se tecnicamente em uma recessão, já que a economia da região sofreu uma retração no segundo e no terceiro trimestres deste ano, mas ainda deve encerrar 2008 com expansão de 1,2%, ante 1,7% previstos em abril. Para os 27 países da União Européia, a Comissão espera expansão de 1,4% este ano, em comparação à previsão anterior de 2%.
A economia da zona do euro deve crescer apenas 0,1% em 2009, enquanto na União Européia a expansão deve chegar a 0,2%. No entanto, caso o prêmio de risco aumente e a oferta de crédito para as famílias diminua, a economia da zona do euro pode entrar em uma "recessão absoluta", com retração de 1% no ano que vem. Em 2010, a Comissão prevê que a economia da zona do euro deve crescer 0,9%, enquanto a União Européia deve avançar 1,1%.
As projeções recentes mostram um forte impacto da crise financeira na UE, apesar das previsões de que o bloco sobreviveria à turbulência com menos seqüelas do que os Estados Unidos. Em abril, a Comissão Européia estimou crescimento econômico de 1,5% na zona do euro em 2009 e de 1,8% para a UE.
Fonte: informações da Dow Jones, com Gustavo Nicoletta, Agência Estado
Bruxelas - A economia na zona do euro (15 países europeus que compartilham a moeda) já está em recessão e deve permanecer estável na maior parte de 2009, de acordo com um relatório da Comissão Européia, braço executivo da União Européia (UE), divulgado ontem (03). A entidade acrescentou que os mercados financeiros ainda estão em condições "precárias", trazendo riscos significativos para as perspectivas econômicas.
Segundo a Comissão Européia, a zona do euro encontra-se tecnicamente em uma recessão, já que a economia da região sofreu uma retração no segundo e no terceiro trimestres deste ano, mas ainda deve encerrar 2008 com expansão de 1,2%, ante 1,7% previstos em abril. Para os 27 países da União Européia, a Comissão espera expansão de 1,4% este ano, em comparação à previsão anterior de 2%.
A economia da zona do euro deve crescer apenas 0,1% em 2009, enquanto na União Européia a expansão deve chegar a 0,2%. No entanto, caso o prêmio de risco aumente e a oferta de crédito para as famílias diminua, a economia da zona do euro pode entrar em uma "recessão absoluta", com retração de 1% no ano que vem. Em 2010, a Comissão prevê que a economia da zona do euro deve crescer 0,9%, enquanto a União Européia deve avançar 1,1%.
As projeções recentes mostram um forte impacto da crise financeira na UE, apesar das previsões de que o bloco sobreviveria à turbulência com menos seqüelas do que os Estados Unidos. Em abril, a Comissão Européia estimou crescimento econômico de 1,5% na zona do euro em 2009 e de 1,8% para a UE.
Fonte: informações da Dow Jones, com Gustavo Nicoletta, Agência Estado
Centro-Oeste precisa mais de crédito rural 04.11.08
04.11.08
É o que diz vice-presidente de Agronegócio do BB
Veja mais abaixo: Senadora defende maior participação do governo no crédito
O vice-presidente de Agronegócio do Banco do Brasil (BB), Luiz Carlos Guedes Pinto, divulgou ontem (3) que a instituição aumentou em 40% o financiamento da agricultura para a safra de 2008-2009, com relação à do ano anterior, mas que o percentual foi maior na Região Centro-Oeste, porque aquela área está precisando de mais de crédito rural.
Segundo Guedes, o aumento do percentual em relação ao do ano passado já estava previsto e, além disso, a crise provocou mudanças na economia mundial.
“Isso fez com que muitos agentes que financiavam a agricultura no Brasil, principalmente na Região Centro-Oeste, os revendedores, se retraíssem, e eles eram responsáveis por 30% do financiamento agrícola. Isso provocou falta de recursos, o que exige a ampliação das outras fontes financiadoras”, disse ele, depois de participar de reunião do Conselho Superior de Agricultura (Cosag) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp),
Mesmo com o aumento, Guedes reconheceu que ainda há carência de recursos para a agricultura, mas destacou que não há solução para isso a curto prazo, já que o aumento do financiamento para os produtores rurais depende não só de liberação de novos recursos, mas também da regularização de muitos produtores que tiveram que prorrogar suas dívidas em função das crises dos anos anteriores.
Guedes defendeu a construção de um novo modelo de financiamento para a agricultura, ampliando e diversificando as fontes de financiamento, com mecanismos que garantam a renda do produtor rural. “Precisamos ampliar muito o seguro rural e implementar mecanismos de proteção de renda para que o produtor tenha opções e garantias de preço para sua produção no mercado futuro”.
Para o dirigente do Banco do Brasil, da mesma forma que o governo subsidia o seguro rural, deveria subsidiar esses mecanismos de mercado futuro.
Para o presidente do Conselho Superior de Agricultura da Fiesp, Roberto Rodrigues, os recursos disponíveis para a agricultura não serão suficientes para a safra deste ano, mas ressaltou que esse não é o maior problema, e sim o futuro com relação à renda.
“Temos que olhar um programa que considere enfaticamente uma política de renda para o setor. Nos países desenvolvidos, as instituições não têm medo de emprestar para o agricultor, porque têm garantia de resultado com preços mínimos estipulados e cumpridos pelo governo”, afirmou Rodrigues.
Fonte: Flávia Albuquerque, repórter da Agência Brasil
Senadora defende maior participação do governo no crédito
A senadora Kátia Abreu defendeu ontem (03) uma maior participação estatal no financiamento do agronegócio brasileiro. Para ela, o ideal seria que o governo federal tivesse uma fatia de, pelo menos, 50% do crédito destinado ao setor produtivo, porcentual que deveria crescer ao longo do tempo. "O governo já teve uma participação superior a 80% no crédito rural e hoje tem menos de um terço. Precisamos aumentar essa participação, mesmo porque isso dá retorno para o governo", disse a senadora.
Para ela, é mais interessante para a União conceder um subsídio de renda aos produtores do que equalizar as taxas de juros e novas renegociações de dívida. "Hoje, a taxa de juros aplicada sobre o agronegócio é incompatível com a necessidade do setor", afirma a Senadora. Segundo ela, os 6,75% que o governo diz cobrar é aplicado para menos de um terço do setor produtivo. "A maior parte do agronegócio tem que pagar de 15% a 20% de juros para financiar o plantio", disse Kátia Abreu.
A senadora deve assumir a presidência da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em uma eleição que ocorre em chapa única, no próximo dia 12 de novembro, com a posse marcada para o dia 12 de dezembro.
Fonte: Alexandre Inacio, Agência Estado, com o Observatório
É o que diz vice-presidente de Agronegócio do BB
Veja mais abaixo: Senadora defende maior participação do governo no crédito
O vice-presidente de Agronegócio do Banco do Brasil (BB), Luiz Carlos Guedes Pinto, divulgou ontem (3) que a instituição aumentou em 40% o financiamento da agricultura para a safra de 2008-2009, com relação à do ano anterior, mas que o percentual foi maior na Região Centro-Oeste, porque aquela área está precisando de mais de crédito rural.
Segundo Guedes, o aumento do percentual em relação ao do ano passado já estava previsto e, além disso, a crise provocou mudanças na economia mundial.
“Isso fez com que muitos agentes que financiavam a agricultura no Brasil, principalmente na Região Centro-Oeste, os revendedores, se retraíssem, e eles eram responsáveis por 30% do financiamento agrícola. Isso provocou falta de recursos, o que exige a ampliação das outras fontes financiadoras”, disse ele, depois de participar de reunião do Conselho Superior de Agricultura (Cosag) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp),
Mesmo com o aumento, Guedes reconheceu que ainda há carência de recursos para a agricultura, mas destacou que não há solução para isso a curto prazo, já que o aumento do financiamento para os produtores rurais depende não só de liberação de novos recursos, mas também da regularização de muitos produtores que tiveram que prorrogar suas dívidas em função das crises dos anos anteriores.
Guedes defendeu a construção de um novo modelo de financiamento para a agricultura, ampliando e diversificando as fontes de financiamento, com mecanismos que garantam a renda do produtor rural. “Precisamos ampliar muito o seguro rural e implementar mecanismos de proteção de renda para que o produtor tenha opções e garantias de preço para sua produção no mercado futuro”.
Para o dirigente do Banco do Brasil, da mesma forma que o governo subsidia o seguro rural, deveria subsidiar esses mecanismos de mercado futuro.
Para o presidente do Conselho Superior de Agricultura da Fiesp, Roberto Rodrigues, os recursos disponíveis para a agricultura não serão suficientes para a safra deste ano, mas ressaltou que esse não é o maior problema, e sim o futuro com relação à renda.
“Temos que olhar um programa que considere enfaticamente uma política de renda para o setor. Nos países desenvolvidos, as instituições não têm medo de emprestar para o agricultor, porque têm garantia de resultado com preços mínimos estipulados e cumpridos pelo governo”, afirmou Rodrigues.
Fonte: Flávia Albuquerque, repórter da Agência Brasil
Senadora defende maior participação do governo no crédito
A senadora Kátia Abreu defendeu ontem (03) uma maior participação estatal no financiamento do agronegócio brasileiro. Para ela, o ideal seria que o governo federal tivesse uma fatia de, pelo menos, 50% do crédito destinado ao setor produtivo, porcentual que deveria crescer ao longo do tempo. "O governo já teve uma participação superior a 80% no crédito rural e hoje tem menos de um terço. Precisamos aumentar essa participação, mesmo porque isso dá retorno para o governo", disse a senadora.
Para ela, é mais interessante para a União conceder um subsídio de renda aos produtores do que equalizar as taxas de juros e novas renegociações de dívida. "Hoje, a taxa de juros aplicada sobre o agronegócio é incompatível com a necessidade do setor", afirma a Senadora. Segundo ela, os 6,75% que o governo diz cobrar é aplicado para menos de um terço do setor produtivo. "A maior parte do agronegócio tem que pagar de 15% a 20% de juros para financiar o plantio", disse Kátia Abreu.
A senadora deve assumir a presidência da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em uma eleição que ocorre em chapa única, no próximo dia 12 de novembro, com a posse marcada para o dia 12 de dezembro.
Fonte: Alexandre Inacio, Agência Estado, com o Observatório
Exportações de soja de outubro recuaram 47% 04.11.08
04.11.08
As exportações de soja tiveram uma forte desaceleração no mês de outubro. As vendas externas do Brasil recuaram 21% em receita e 47,6% em volume, em comparação a outubro de 2007. No mês passado, foram exportadas 1,06 milhão de toneladas, que renderam ao País uma receita de US$ 524,6 milhões, segundo dados divulgados hoje pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Em outubro do ano passado, as vendas externas foram de 2,02 milhões de toneladas, com receita de US$ 664,2 milhões.
Na comparação com setembro, o desempenho das exportações indica uma desaceleração. As vendas externas do mês passado mostram uma queda de 41,7% em receita, ante os US$ 900,4 milhões registrados em setembro de 2008. Em volume, a queda foi ainda mais expressiva, de 43%, ante as 1,86 milhão de toneladas exportadas em setembro.
Fonte: Alexandre Inacio, Agência Estado
As exportações de soja tiveram uma forte desaceleração no mês de outubro. As vendas externas do Brasil recuaram 21% em receita e 47,6% em volume, em comparação a outubro de 2007. No mês passado, foram exportadas 1,06 milhão de toneladas, que renderam ao País uma receita de US$ 524,6 milhões, segundo dados divulgados hoje pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Em outubro do ano passado, as vendas externas foram de 2,02 milhões de toneladas, com receita de US$ 664,2 milhões.
Na comparação com setembro, o desempenho das exportações indica uma desaceleração. As vendas externas do mês passado mostram uma queda de 41,7% em receita, ante os US$ 900,4 milhões registrados em setembro de 2008. Em volume, a queda foi ainda mais expressiva, de 43%, ante as 1,86 milhão de toneladas exportadas em setembro.
Fonte: Alexandre Inacio, Agência Estado
Comissão de Agricultura debate problemas na produção e venda do leite 04.11.08
04.11.08
A Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados promoverá uma audiência pública, hoje (04/11), às 14h, para debater os problemas que os agricultores estão enfrentando na produção e comercialização do leite. Representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário, da Via Campesina, da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, da Federação dos Agricultores na Agricultura Familiar e da Confederação Nacional da Agricultura deverão ser convidados para a audiência.
Segundo o deputado federal Adão Pretto (PT/RS), autor da proposta, o leite, atualmente, tem como principais fornecedores os agricultores familiares, sendo sua principal fonte de renda. “Nos últimos anos, com as secas e as dificuldades nos preços dos grãos, muitos produtores passaram a ter na produção do leite o seu sustento. O problema é que a própria imprensa já informa que a 'fase de ouro' do mercado deste produto está chegando ao fim e os preços aos produtores rurais já apresentam quedas significativas”, explicou.
Pretto ainda informou que, no Rio Grande do Sul, os produtores e cooperativas já realizam reuniões com representantes do governo para encontrar mecanismos para conter a queda do preço.
A audiência ocorrerá no Plenário 06 da Câmara dos Deputados, a partir das 14h
Fonte: Agência Câmara, com mst.org.br
A Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados promoverá uma audiência pública, hoje (04/11), às 14h, para debater os problemas que os agricultores estão enfrentando na produção e comercialização do leite. Representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário, da Via Campesina, da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, da Federação dos Agricultores na Agricultura Familiar e da Confederação Nacional da Agricultura deverão ser convidados para a audiência.
Segundo o deputado federal Adão Pretto (PT/RS), autor da proposta, o leite, atualmente, tem como principais fornecedores os agricultores familiares, sendo sua principal fonte de renda. “Nos últimos anos, com as secas e as dificuldades nos preços dos grãos, muitos produtores passaram a ter na produção do leite o seu sustento. O problema é que a própria imprensa já informa que a 'fase de ouro' do mercado deste produto está chegando ao fim e os preços aos produtores rurais já apresentam quedas significativas”, explicou.
Pretto ainda informou que, no Rio Grande do Sul, os produtores e cooperativas já realizam reuniões com representantes do governo para encontrar mecanismos para conter a queda do preço.
A audiência ocorrerá no Plenário 06 da Câmara dos Deputados, a partir das 14h
Fonte: Agência Câmara, com mst.org.br
Marfrig passa ser o 4º maior produtor mundial de carne bovina 04.11.08
04.11.08
O Grupo Marfrig comunicou ontem (03) que concluiu a aquisição das empresas da Moy Park, na Europa (Inglaterra, Irlanda do Norte, França e Holanda) e de outras empresas do Grupo OSI, no Brasil, após aprovação em 13 de outubro, pela Comissão Européia (braço executivo da União Européia), consolidando-se como o quarto maior produtor mundial de carne bovina, um dos dez maiores processadores de aves no mundo e a quinta maior organização de carne suína do Brasil.
Segundo a empresa, o valor acordado da transação foi de US$ 680 milhões, sendo US$ 270 milhões em moeda (com câmbio definido anteriormente), US$ 130 milhões mediante a assunção de dívidas e o restante por meio de 20.117.637 ações ordinárias do Grupo Marfrig, que foram emitidas na recente operação de aumento de capital privado realizada pela companhia e agora pertencem ao Grupo OSI, resultando em participação de 7,51% do capital social, além do direito deste de indicar um membro para o Conselho de Administração.
"Os investimentos reforçam a estratégia do Grupo Marfrig de acessar diretamente os mercados internacionais, diversificando e ampliando sua atuação com um portfólio variado em proteínas animais. A aquisição trará benefícios significativos aos nossos negócios uma vez que por um lado permitirá a expansão de nosso potencial em alimentos processados no Brasil e, por outro, abrirá uma via direta de acesso ao mercado europeu", afirma Ricardo Florence, Diretor de Relações com Investidores do Grupo Marfrig.
Uma das aquisições, a Moy Park (a quarta maior empresa da Irlanda do Norte) e seu conjunto de plantas na Irlanda do Norte, Inglaterra, França e Holanda, abrange o maior negócio verticalmente integrado de produtos industrializados in natura e de valor adicionado em frangos do Reino Unido, com operações de processados também na França. A Moy Park, em conjunto com a OSI-Brasil tem capacidade de produzir 814 toneladas diárias de processados e abastece as principais redes varejistas da Europa, como Tesco e Sainsbury's, além de ser um dos maiores fornecedores das redes McDonald's e KFC.
"A Moy Park possui uma invejável e sólida reputação junto aos consumidores e clientes. Temos grande expectativa em trabalhar com esta equipe e continuar construindo uma sólida base de negócios no mercado de alimentos europeu. A transação que concluímos hoje permite alcançar maior escala e vantagem competitiva em um mercado global em constante desenvolvimento", declara Marcos Molina, Presidente do Grupo Marfrig.
As empresas do Grupo OSI adquiridas pelo Grupo Marfrig no Brasil são a Braslo Produtos de Carnes, importante fornecedor de redes de fast food em produtos de valor adicionado de carne bovina e aves; a Penasul Alimentos (detentora da marca Pena Branca no sul do País), que produz industrializados de frangos e suínos; e a Agrofrango Indústria e Comércio de Alimentos, que opera plantas de abate de frangos com produção vertical integrada. A aquisição inclui ainda a Kitchen Range Foods, com atividades na produção e distribuição de produtos alimentícios, incluindo congelados, vegetais e panificação no Reino Unido, e também a Albert Van Zoonen, que produz e distribui produtos de valor adicionado congelados na Holanda.
Fonte: Agência Estado
O Grupo Marfrig comunicou ontem (03) que concluiu a aquisição das empresas da Moy Park, na Europa (Inglaterra, Irlanda do Norte, França e Holanda) e de outras empresas do Grupo OSI, no Brasil, após aprovação em 13 de outubro, pela Comissão Européia (braço executivo da União Européia), consolidando-se como o quarto maior produtor mundial de carne bovina, um dos dez maiores processadores de aves no mundo e a quinta maior organização de carne suína do Brasil.
Segundo a empresa, o valor acordado da transação foi de US$ 680 milhões, sendo US$ 270 milhões em moeda (com câmbio definido anteriormente), US$ 130 milhões mediante a assunção de dívidas e o restante por meio de 20.117.637 ações ordinárias do Grupo Marfrig, que foram emitidas na recente operação de aumento de capital privado realizada pela companhia e agora pertencem ao Grupo OSI, resultando em participação de 7,51% do capital social, além do direito deste de indicar um membro para o Conselho de Administração.
"Os investimentos reforçam a estratégia do Grupo Marfrig de acessar diretamente os mercados internacionais, diversificando e ampliando sua atuação com um portfólio variado em proteínas animais. A aquisição trará benefícios significativos aos nossos negócios uma vez que por um lado permitirá a expansão de nosso potencial em alimentos processados no Brasil e, por outro, abrirá uma via direta de acesso ao mercado europeu", afirma Ricardo Florence, Diretor de Relações com Investidores do Grupo Marfrig.
Uma das aquisições, a Moy Park (a quarta maior empresa da Irlanda do Norte) e seu conjunto de plantas na Irlanda do Norte, Inglaterra, França e Holanda, abrange o maior negócio verticalmente integrado de produtos industrializados in natura e de valor adicionado em frangos do Reino Unido, com operações de processados também na França. A Moy Park, em conjunto com a OSI-Brasil tem capacidade de produzir 814 toneladas diárias de processados e abastece as principais redes varejistas da Europa, como Tesco e Sainsbury's, além de ser um dos maiores fornecedores das redes McDonald's e KFC.
"A Moy Park possui uma invejável e sólida reputação junto aos consumidores e clientes. Temos grande expectativa em trabalhar com esta equipe e continuar construindo uma sólida base de negócios no mercado de alimentos europeu. A transação que concluímos hoje permite alcançar maior escala e vantagem competitiva em um mercado global em constante desenvolvimento", declara Marcos Molina, Presidente do Grupo Marfrig.
As empresas do Grupo OSI adquiridas pelo Grupo Marfrig no Brasil são a Braslo Produtos de Carnes, importante fornecedor de redes de fast food em produtos de valor adicionado de carne bovina e aves; a Penasul Alimentos (detentora da marca Pena Branca no sul do País), que produz industrializados de frangos e suínos; e a Agrofrango Indústria e Comércio de Alimentos, que opera plantas de abate de frangos com produção vertical integrada. A aquisição inclui ainda a Kitchen Range Foods, com atividades na produção e distribuição de produtos alimentícios, incluindo congelados, vegetais e panificação no Reino Unido, e também a Albert Van Zoonen, que produz e distribui produtos de valor adicionado congelados na Holanda.
Fonte: Agência Estado
Futuro do capitalismo está ligado a clima, diz cientista 04.11.08
04.11.08
Há 15 dias, a Agência Americana de Oceanos e Atmosfera soou o alarme: a temperatura no Ártico está 5°C acima da média, um recorde que demonstra uma forte diminuição do banco de gelo, provocada pelo aquecimento global. O fenômeno, divulgado em meio a crise econômica americana, preocupa o economista e cientista político alemão Elmar Altvater, de 70 anos. “Nenhum cientista imaginou aumento da temperatura nesse patamar. E todo mundo só fala da crise financeira”, lamenta. Para ele, futuro do capitalismo está relacionado com combate ao aquecimento global.
Segundo Altvater, “o fenômeno é tão terrível quanto a questão econômica e ninguém está dando atenção”, completa. Altvater está no Rio até amanhã para uma série de palestras. Não que a crise não seja preocupante. Mas o professor de ciência política da Universidade Livre de Berlim e autor do livro O fim do capitalismo como nós o conhecemos, lançado em 2006, ainda sem edição no Brasil, defende que os governos e a sociedade tenham a mesma atenção com a crise climática.
Altvater prega uma mudança radical na produção econômica e no estilo de vida moderno para reverter o aquecimento global. “Não há dúvida que precisamos nos adaptar rápido a um novo tipo de vida. O mundo vive dois dramas: a crise financeira e a crise climática. As duas estão interligadas”, defende Altvater, um estudioso das relações entre economia e ecologia.
Fonte: jornal O Estado de S. Paulo.
Há 15 dias, a Agência Americana de Oceanos e Atmosfera soou o alarme: a temperatura no Ártico está 5°C acima da média, um recorde que demonstra uma forte diminuição do banco de gelo, provocada pelo aquecimento global. O fenômeno, divulgado em meio a crise econômica americana, preocupa o economista e cientista político alemão Elmar Altvater, de 70 anos. “Nenhum cientista imaginou aumento da temperatura nesse patamar. E todo mundo só fala da crise financeira”, lamenta. Para ele, futuro do capitalismo está relacionado com combate ao aquecimento global.
Segundo Altvater, “o fenômeno é tão terrível quanto a questão econômica e ninguém está dando atenção”, completa. Altvater está no Rio até amanhã para uma série de palestras. Não que a crise não seja preocupante. Mas o professor de ciência política da Universidade Livre de Berlim e autor do livro O fim do capitalismo como nós o conhecemos, lançado em 2006, ainda sem edição no Brasil, defende que os governos e a sociedade tenham a mesma atenção com a crise climática.
Altvater prega uma mudança radical na produção econômica e no estilo de vida moderno para reverter o aquecimento global. “Não há dúvida que precisamos nos adaptar rápido a um novo tipo de vida. O mundo vive dois dramas: a crise financeira e a crise climática. As duas estão interligadas”, defende Altvater, um estudioso das relações entre economia e ecologia.
Fonte: jornal O Estado de S. Paulo.
Operações do MTE no Pará resgataram, na semana passada, 56 trabalhadores em situação degradante 03.11.08
03.11.08
O Grupo Móvel de Fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego encontrou cinco trabalhadores em situação degradante em uma fazenda no município de São Félix do Xingu, no Pará, em operação realizada na sexta-feira passada (31). Os trabalhadores estavam em instalações precárias, sem banheiros e sem água potável.
Além dos cinco trabalhadores localizados hoje, o Grupo Móvel de Fiscalização, em ação conjunta com a Polícia Federal, resgatou na quinta-feira (30), 51 trabalhadores em sete empresas rurais que lidavam com atividades de carvoaria.
Pagando para trabalhar
Os trabalhadores não tinham acesso a equipamentos de proteção individual, e os vaqueiros da fazenda eram obrigados a pagar por peneiras, selas, esporas e outros instrumentos necessários ao desempenho de suas funções, segundo o ministério. Alguns empregados já haviam manifestado interesse em ir embora, mas a proprietária da fazenda alegava que eles tinham débitos a ser quitados, caracterizando servidão por dívidas. Dos cinco, três não tinham registro em carteira de trabalho.
Os direitos dos trabalhadores resgatados estão sendo calculados, segundo o coordenador nacional do Grupo Especial de Fiscalização Móvel, Marcelo Campos, e o dono da fazenda será chamado a fazer os pagamentos.
O Ministério Público do Trabalho estipulou multa por dano moral individual no valor de R$ 10 mil por empregado. Também serão emitidas guias de seguro-desemprego para esses trabalhadores, que deverão rapidamente retornar aos seus locais de origem, informou o coordenador.
Em 2008 mais de 30 mil trabalhadores foram retirados de situação análoga a de escravidão, segundo Campos.
Fonte: Agência Brasil
O Grupo Móvel de Fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego encontrou cinco trabalhadores em situação degradante em uma fazenda no município de São Félix do Xingu, no Pará, em operação realizada na sexta-feira passada (31). Os trabalhadores estavam em instalações precárias, sem banheiros e sem água potável.
Além dos cinco trabalhadores localizados hoje, o Grupo Móvel de Fiscalização, em ação conjunta com a Polícia Federal, resgatou na quinta-feira (30), 51 trabalhadores em sete empresas rurais que lidavam com atividades de carvoaria.
Pagando para trabalhar
Os trabalhadores não tinham acesso a equipamentos de proteção individual, e os vaqueiros da fazenda eram obrigados a pagar por peneiras, selas, esporas e outros instrumentos necessários ao desempenho de suas funções, segundo o ministério. Alguns empregados já haviam manifestado interesse em ir embora, mas a proprietária da fazenda alegava que eles tinham débitos a ser quitados, caracterizando servidão por dívidas. Dos cinco, três não tinham registro em carteira de trabalho.
Os direitos dos trabalhadores resgatados estão sendo calculados, segundo o coordenador nacional do Grupo Especial de Fiscalização Móvel, Marcelo Campos, e o dono da fazenda será chamado a fazer os pagamentos.
O Ministério Público do Trabalho estipulou multa por dano moral individual no valor de R$ 10 mil por empregado. Também serão emitidas guias de seguro-desemprego para esses trabalhadores, que deverão rapidamente retornar aos seus locais de origem, informou o coordenador.
Em 2008 mais de 30 mil trabalhadores foram retirados de situação análoga a de escravidão, segundo Campos.
Fonte: Agência Brasil
6 milhões de sacas de café saem do mercado para estoque privado e segurar preços 03.11.08
03.11.08
O Conselho Deliberativo da Política do Café aprovou proposta do Conselho Nacional do Café (CNC) para a retirada de 6 milhões de sacas do mercado, com a finalidade de formar estoque estratégico por parte do setor privado.
Ao contrário do modelo de formação de estoques públicos, o programa permite o retorno antecipado de parte desses cafés ao mercado caso a cotação evolua para o nível de preço estabelecido, que é de R$ 306,34.
Utilizando como fonte de recursos o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), o setor privado renovará o volume de 6 milhões de sacas a cada dois anos, sempre no início (julho) do ano safra de bienalidade alta (safra cheia) do café.
Para o presidente do CNC, Gilson Ximenes, este programa é de suma importância, por não dar previsão de retorno do café ao mercado, conforme ocorre com os financiamentos de estocagem.
“Apesar de a estocagem objetivar a promoção de um efeito anticíclico na bienalidade da oferta brasileira, a previsibilidade do retorno desses cafés ao mercado tem gerado prejuízo ao produtor, considerando-se que há depreciação dos preços nos períodos em que se encontram os vencimentos das operações”, explicou Ximenes.
De acordo com Gilson Ximenes, os níveis de preço, nesse novo modelo, é que determinarão o fluxo de retorno do café. “Outra grande vantagem do programa é que não há depreciação do produto, como ocorria com os estoques públicos, visto que ele pode ser renovado a cada dois anos”, disse Ximenes, que completou lembrando que a iniciativa inovadora não gera ônus à União, além dos ganhos da valorização do estoque ficarem com o setor produtivo da cafeicultura brasileira.
O Ministério da Agricultura encaminhará voto à próxima reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN),que deverá ocorrer no final de novembro, para que seja efetuada a implantação do programa.
Fonte: Agência Brasil
O Conselho Deliberativo da Política do Café aprovou proposta do Conselho Nacional do Café (CNC) para a retirada de 6 milhões de sacas do mercado, com a finalidade de formar estoque estratégico por parte do setor privado.
Ao contrário do modelo de formação de estoques públicos, o programa permite o retorno antecipado de parte desses cafés ao mercado caso a cotação evolua para o nível de preço estabelecido, que é de R$ 306,34.
Utilizando como fonte de recursos o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), o setor privado renovará o volume de 6 milhões de sacas a cada dois anos, sempre no início (julho) do ano safra de bienalidade alta (safra cheia) do café.
Para o presidente do CNC, Gilson Ximenes, este programa é de suma importância, por não dar previsão de retorno do café ao mercado, conforme ocorre com os financiamentos de estocagem.
“Apesar de a estocagem objetivar a promoção de um efeito anticíclico na bienalidade da oferta brasileira, a previsibilidade do retorno desses cafés ao mercado tem gerado prejuízo ao produtor, considerando-se que há depreciação dos preços nos períodos em que se encontram os vencimentos das operações”, explicou Ximenes.
De acordo com Gilson Ximenes, os níveis de preço, nesse novo modelo, é que determinarão o fluxo de retorno do café. “Outra grande vantagem do programa é que não há depreciação do produto, como ocorria com os estoques públicos, visto que ele pode ser renovado a cada dois anos”, disse Ximenes, que completou lembrando que a iniciativa inovadora não gera ônus à União, além dos ganhos da valorização do estoque ficarem com o setor produtivo da cafeicultura brasileira.
O Ministério da Agricultura encaminhará voto à próxima reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN),que deverá ocorrer no final de novembro, para que seja efetuada a implantação do programa.
Fonte: Agência Brasil
Mercado de alimentos funcionais cresce no mundo 03.11.08
03.11.08
Mas veja também
Orçamentos apertados fazem famílias abandonarem alimentos orgânicos
Estima-se que o mercado de alimentos funcionais esteja em volta do 60 bilhões de dólares no mundo. É o que disse o presidente da Associação Brasileira da Industria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (Abiad), Carlos Gouvêa em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional.
Os alimentos funcionais, além da função de nutrição, também prometem ajudar na prevenção e tratamento de doenças. Carlos explica que há uma grande evolução no mercado de alimentos para fins especiais, como o diet e light, e os alimentos funcionais, que tem avançado em taxas de 20% ao ano. “Esses alimentos trazem grande benefício fisiológico e metabólico, proporcionando melhorias claras e visíveis”.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) está dando passos mais largos para poder facilitar o acesso da grande população a alimentos cada vez mais saudáveis, liberando registro de ingredientes que passam a compor a fórmula desses alimentos”, conta Carlos.
Para o presidente da Abiad, o preço ainda é uma barreira para o consumo: “Os alimentos só são liberados para o consumidor depois de muitos anos de pesquisa, o que os torna um pouco mais caros que os alimentos convencionais.” Ele explica também que isso é questão de tempo, e cita como exemplo o iogurte: “era um mercado em declínio e, a partir do momento em que saíram iogurtes light ou com adição de fibras, teve-se um crescimento considerável, mesmo ainda com preços um pouco mais elevados”.
Fonte: Agência Brasil
Mas veja também
Orçamentos apertados fazem famílias abandonarem alimentos orgânicos
Estima-se que o mercado de alimentos funcionais esteja em volta do 60 bilhões de dólares no mundo. É o que disse o presidente da Associação Brasileira da Industria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (Abiad), Carlos Gouvêa em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional.
Os alimentos funcionais, além da função de nutrição, também prometem ajudar na prevenção e tratamento de doenças. Carlos explica que há uma grande evolução no mercado de alimentos para fins especiais, como o diet e light, e os alimentos funcionais, que tem avançado em taxas de 20% ao ano. “Esses alimentos trazem grande benefício fisiológico e metabólico, proporcionando melhorias claras e visíveis”.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) está dando passos mais largos para poder facilitar o acesso da grande população a alimentos cada vez mais saudáveis, liberando registro de ingredientes que passam a compor a fórmula desses alimentos”, conta Carlos.
Para o presidente da Abiad, o preço ainda é uma barreira para o consumo: “Os alimentos só são liberados para o consumidor depois de muitos anos de pesquisa, o que os torna um pouco mais caros que os alimentos convencionais.” Ele explica também que isso é questão de tempo, e cita como exemplo o iogurte: “era um mercado em declínio e, a partir do momento em que saíram iogurtes light ou com adição de fibras, teve-se um crescimento considerável, mesmo ainda com preços um pouco mais elevados”.
Fonte: Agência Brasil
Orçamentos apertados fazem famílias abandonarem alimentos orgânicos 03.11.08
03.11.08
Há algum tempo as vendas de produtos orgânicos e naturais cresciam segundo índices de dois dígitos na maioria dos anos. Vendedores e investidores entusiasmados lotavam as feiras de comércio procurando a próxima grande onda do setor. Carne de bois alimentados exclusivamente com capim? Comida orgânica para bebês? Barras energéticas sem glúten?
Mas, agora, os gastos anêmicos dos consumidores estão acabando com este clima. Acontece que, em tempos difíceis, os consumidores podem estar menos interessados no que a vaca comeu antes de ser retalhada para o jantar, ou no fato de as cenouras terem sido ou não cultivadas com fertilizantes químicos - especialmente se esses produtos custarem o dobro dos alimentos convencionais.
...
O volume das vendas dos produtos orgânicos, que vinha crescendo ao índice anual de 20% nos últimos anos, registrou uma queda para um patamar de crescimento muito menor nos últimos meses, de acordo com dados da empresa de pesquisa de mercados Nielsen. Durante o período de quatro semanas encerrado em 4 de outubro, o volume de produtos orgânicos vendidos aumentou apenas 4%, comparado ao mesmo período do ano passado.
"Os orgânicos continuam crescendo e superando várias categorias de produtos", concluiu a Nielsen em um relatório de outubro. "No entanto, nas últimas semanas tem havido crescimentos menores, o que possivelmente é o início de uma curva horizontal de crescimento dos orgânicos".
Se esta desaceleração continuar, ela poderá ter conseqüências amplas, para além da indústria de orgânicos, cujo sucesso estimulou o crescimento de diversos outros produtos que são vendidos sob rótulos semelhantes, como café comercializado segundo o sistema "fair trade", a carne sem hormônios e as galinhas criadas "humanamente". Quase todos esses produtos são vendidos a preços elevados.
...
Entre os produtos orgânicos, aqueles voltados para as crianças provavelmente continuarão prosperando por atraírem os pais preocupados com a saúde dos filhos, afirma Laurie Demeritt, presidente e diretora de operações do Hartman Group, uma firma de pesquisa de mercado para a indústria de produtos de saúde e bem-estar. Mas os produtos cujos benefícios não são percebidos com tanta facilidade, como os alimentos processados para adultos, poderão enfrentar dificuldades.
"A economia cristalizou os sacrifícios que os consumidores estão dispostos a fazer", diz ela. "O fair trade é bom, mas ele pode sair da lista de prioridades do consumidor, enquanto o leite orgânico pode permanecer".
Thomas J. Blischok, presidente de consultoria e inovação da Information Resources, uma empresa de pesquisa de mercado, afirma que os compradores não estão afastando-se inteiramente de categorias como os produtos orgânicos nos supermercados. Mas, segundo Blischok, eles estão tornando-se mais seletivos, comprando quatro ou cinco produtos em vez de sete ou oito.
...
Fonte: Andrew Martin, jornal The New York Times
Tradução: UOL
Veja o artigo completo aqui (para asssinantes do UOL)
Em inglês, livre, no NYT
Há algum tempo as vendas de produtos orgânicos e naturais cresciam segundo índices de dois dígitos na maioria dos anos. Vendedores e investidores entusiasmados lotavam as feiras de comércio procurando a próxima grande onda do setor. Carne de bois alimentados exclusivamente com capim? Comida orgânica para bebês? Barras energéticas sem glúten?
Mas, agora, os gastos anêmicos dos consumidores estão acabando com este clima. Acontece que, em tempos difíceis, os consumidores podem estar menos interessados no que a vaca comeu antes de ser retalhada para o jantar, ou no fato de as cenouras terem sido ou não cultivadas com fertilizantes químicos - especialmente se esses produtos custarem o dobro dos alimentos convencionais.
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O volume das vendas dos produtos orgânicos, que vinha crescendo ao índice anual de 20% nos últimos anos, registrou uma queda para um patamar de crescimento muito menor nos últimos meses, de acordo com dados da empresa de pesquisa de mercados Nielsen. Durante o período de quatro semanas encerrado em 4 de outubro, o volume de produtos orgânicos vendidos aumentou apenas 4%, comparado ao mesmo período do ano passado.
"Os orgânicos continuam crescendo e superando várias categorias de produtos", concluiu a Nielsen em um relatório de outubro. "No entanto, nas últimas semanas tem havido crescimentos menores, o que possivelmente é o início de uma curva horizontal de crescimento dos orgânicos".
Se esta desaceleração continuar, ela poderá ter conseqüências amplas, para além da indústria de orgânicos, cujo sucesso estimulou o crescimento de diversos outros produtos que são vendidos sob rótulos semelhantes, como café comercializado segundo o sistema "fair trade", a carne sem hormônios e as galinhas criadas "humanamente". Quase todos esses produtos são vendidos a preços elevados.
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Entre os produtos orgânicos, aqueles voltados para as crianças provavelmente continuarão prosperando por atraírem os pais preocupados com a saúde dos filhos, afirma Laurie Demeritt, presidente e diretora de operações do Hartman Group, uma firma de pesquisa de mercado para a indústria de produtos de saúde e bem-estar. Mas os produtos cujos benefícios não são percebidos com tanta facilidade, como os alimentos processados para adultos, poderão enfrentar dificuldades.
"A economia cristalizou os sacrifícios que os consumidores estão dispostos a fazer", diz ela. "O fair trade é bom, mas ele pode sair da lista de prioridades do consumidor, enquanto o leite orgânico pode permanecer".
Thomas J. Blischok, presidente de consultoria e inovação da Information Resources, uma empresa de pesquisa de mercado, afirma que os compradores não estão afastando-se inteiramente de categorias como os produtos orgânicos nos supermercados. Mas, segundo Blischok, eles estão tornando-se mais seletivos, comprando quatro ou cinco produtos em vez de sete ou oito.
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Fonte: Andrew Martin, jornal The New York Times
Tradução: UOL
Veja o artigo completo aqui (para asssinantes do UOL)
Em inglês, livre, no NYT
Começa a valer medida que injeta R$ 2,6 bilhões na agricultura 03.11.08
03.11.08
Veja comentário do editor, mais abaixo
Em vigor desde sábado (01), na prática começa a valer nesta segunda-feira (03) a medida do Conselho Monetário Nacional (CMN) que, teoricamente, aumentará o crédito para a agricultura. A partir deste mês, os bancos têm de elevar de 65% para 70% o volume de recursos da poupança rural destinados ao financiamento dos produtores.
A medida vale até 30 de junho do próximo ano e tem como objetivo minimizar os efeitos da retração de crédito para o setor rural, afetado pelo agravamento da crise internacional. Segundo o Banco Central, o aumento da oferta de crédito injetará R$ 2,6 bilhões nos financiamentos à agricultura.
Essa é a terceira medida tomada pelo governo em um mês para estimular o crédito rural. Há 15 dias, o CMN aumentou de 25% para 30% a parcela dos depósitos bancários para o financiamento da safra. Com a medida, os bancos foram obrigados a destinar mais R$ 5,5 bilhões para o setor.
No início de outubro, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou que o Banco do Brasil antecipou a liberação de R$ 5 bilhões em financiamentos para a agricultura. Segundo ele, o banco antecipou o cronograma e remanejou recursos de alguns fundos para aumentar a oferta de crédito para o setor.
Fonte: Wellton Máximo, repórter da Agência Brasil, com o Observatório
Comentário do editor:
Na realidade, o governo não tem condições de obrigar os bancos privados a relaxarem seus critérios de análise de riscos na concessão de empréstimos, e as informações hoje disponíveis indicam dificuldades por parte dos tomadores de crédito rural. Ao que tudo indica, por exemplo, 90% dos devedores do crédito agrícola em Mato Grosso deixaram de renovar suas dívidas para beneficiarem-se das recentes concessões que o governo federal, sob pressão da bancada ruralista no Congresso, e assim permanecem no cadastro de inadimplentes. Caso o governo insista, os bancos farão o Tesouro Nacional, mais conhecido por "a viúva", assumir os altos riscos desses empréstimos. Isso, certamente, irá gerar mais uma onda de calotes e renegociações, realocando os recursos públicos em benefício do setor, e com seu custo sobrando para os contribuintes.
Veja comentário do editor, mais abaixo
Em vigor desde sábado (01), na prática começa a valer nesta segunda-feira (03) a medida do Conselho Monetário Nacional (CMN) que, teoricamente, aumentará o crédito para a agricultura. A partir deste mês, os bancos têm de elevar de 65% para 70% o volume de recursos da poupança rural destinados ao financiamento dos produtores.
A medida vale até 30 de junho do próximo ano e tem como objetivo minimizar os efeitos da retração de crédito para o setor rural, afetado pelo agravamento da crise internacional. Segundo o Banco Central, o aumento da oferta de crédito injetará R$ 2,6 bilhões nos financiamentos à agricultura.
Essa é a terceira medida tomada pelo governo em um mês para estimular o crédito rural. Há 15 dias, o CMN aumentou de 25% para 30% a parcela dos depósitos bancários para o financiamento da safra. Com a medida, os bancos foram obrigados a destinar mais R$ 5,5 bilhões para o setor.
No início de outubro, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou que o Banco do Brasil antecipou a liberação de R$ 5 bilhões em financiamentos para a agricultura. Segundo ele, o banco antecipou o cronograma e remanejou recursos de alguns fundos para aumentar a oferta de crédito para o setor.
Fonte: Wellton Máximo, repórter da Agência Brasil, com o Observatório
Comentário do editor:
Na realidade, o governo não tem condições de obrigar os bancos privados a relaxarem seus critérios de análise de riscos na concessão de empréstimos, e as informações hoje disponíveis indicam dificuldades por parte dos tomadores de crédito rural. Ao que tudo indica, por exemplo, 90% dos devedores do crédito agrícola em Mato Grosso deixaram de renovar suas dívidas para beneficiarem-se das recentes concessões que o governo federal, sob pressão da bancada ruralista no Congresso, e assim permanecem no cadastro de inadimplentes. Caso o governo insista, os bancos farão o Tesouro Nacional, mais conhecido por "a viúva", assumir os altos riscos desses empréstimos. Isso, certamente, irá gerar mais uma onda de calotes e renegociações, realocando os recursos públicos em benefício do setor, e com seu custo sobrando para os contribuintes.
Indonésia pode cortar embarque de bicombustível para 50% da produção 03.11.08
03.11.08
Jacarta - A Indonésia pode restringir as exportações de biocombustíveis para 50% da produção para garantir oferta suficiente do produto no mercado doméstico, segundo Purnomo Yusgiantoro, ministro de Energia e Recursos Minerais.
Segundo ele, quando os preços globais dos biocombustíveis estiverem altos, a restrição beneficiará a Indonésia, já que garantir oferta interna suficiente. Mas quando os preços estiverem baixos, o movimento beneficiará os produtores, pois eles terão um mercado pronto para absorver a produção.
O Ministério de Energia e Recursos Minerais irá discutir a proposta com o Ministério da Coordenação Econômica na semana que vem. As informações são da Dow Jones.
Fonte: Deise Vieira, Agência Estado
Jacarta - A Indonésia pode restringir as exportações de biocombustíveis para 50% da produção para garantir oferta suficiente do produto no mercado doméstico, segundo Purnomo Yusgiantoro, ministro de Energia e Recursos Minerais.
Segundo ele, quando os preços globais dos biocombustíveis estiverem altos, a restrição beneficiará a Indonésia, já que garantir oferta interna suficiente. Mas quando os preços estiverem baixos, o movimento beneficiará os produtores, pois eles terão um mercado pronto para absorver a produção.
O Ministério de Energia e Recursos Minerais irá discutir a proposta com o Ministério da Coordenação Econômica na semana que vem. As informações são da Dow Jones.
Fonte: Deise Vieira, Agência Estado
Jovens do campo se reúnem em Brasília para cobrar melhores condições de vida 03.11.08
03.11.08
Mais de 500 jovens agricultores de todo o país são esperados na Capital federal para a 1ª Plenária Nacional da Juventude, que será realizada durante esta semana , na Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). Eles vão reivindicar do Poder público melhores condições de vida nas áreas rurais, em especial em relação à educação, ao esporte e à cultura.
De acordo com a coordenadora da Comissão Nacional de Jovens Trabalhadores da Contag, Elenice Anastácio, em entrevista à Rádio Nacional, o jovem do meio rural gosta mais do campo que da cidade, e o que o faz deixar o local de origem é a falta de oportunidades de geração renda, a carência de escolas e espaços de lazer, entre outros.
Ela garante que a juventude gosta do campo e não deixa o local em que nasceu por qualquer razão. Na realidade, disse ela, “estamos sendo expulsos do campo, e queremos que o governo, de fato, faça chegar as políticas públicas ao campo para que tenhamos uma vida digna”.
Segundo Elenice, é preciso que todos os níveis de governo (federal, estadual e municipal) tenham ação coordenada nesse sentido e lembrou que o Congresso Nacional também “tem papel fundamental” com a aprovação do Plano Nacional da Juventude, que está parado naquela Casa desde o ano passado.
Ela menciona, ainda, que incentivos ao turismo rural e à formação de associações e cooperativas seriam de grande valia paraque o jovem fique no campo, em especial porque “são ações que contribuem com geração de trabalho e renda”. Isso deve chegar ao campo aliado com “educação de qualidade, que nos valorize enquanto sujeitos importantes para o desenvolvimento do país.”
Fonte: Stênio Ribeiro, repórter da Agência Brasil
Mais de 500 jovens agricultores de todo o país são esperados na Capital federal para a 1ª Plenária Nacional da Juventude, que será realizada durante esta semana , na Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). Eles vão reivindicar do Poder público melhores condições de vida nas áreas rurais, em especial em relação à educação, ao esporte e à cultura.
De acordo com a coordenadora da Comissão Nacional de Jovens Trabalhadores da Contag, Elenice Anastácio, em entrevista à Rádio Nacional, o jovem do meio rural gosta mais do campo que da cidade, e o que o faz deixar o local de origem é a falta de oportunidades de geração renda, a carência de escolas e espaços de lazer, entre outros.
Ela garante que a juventude gosta do campo e não deixa o local em que nasceu por qualquer razão. Na realidade, disse ela, “estamos sendo expulsos do campo, e queremos que o governo, de fato, faça chegar as políticas públicas ao campo para que tenhamos uma vida digna”.
Segundo Elenice, é preciso que todos os níveis de governo (federal, estadual e municipal) tenham ação coordenada nesse sentido e lembrou que o Congresso Nacional também “tem papel fundamental” com a aprovação do Plano Nacional da Juventude, que está parado naquela Casa desde o ano passado.
Ela menciona, ainda, que incentivos ao turismo rural e à formação de associações e cooperativas seriam de grande valia paraque o jovem fique no campo, em especial porque “são ações que contribuem com geração de trabalho e renda”. Isso deve chegar ao campo aliado com “educação de qualidade, que nos valorize enquanto sujeitos importantes para o desenvolvimento do país.”
Fonte: Stênio Ribeiro, repórter da Agência Brasil
Cepea: preços do leite seguem em queda e reduzem crescimento da produção 03.11.08
03.11.08
Belo Horizonte - A trajetória de queda nos preços do leite, que vem sendo observada desde o mês de julho, manteve-se em outubro, de acordo com o levantamento realizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/ESALQ-USP). No mês passado, porém, a combinação entre a retração nas cotações e o aumento dos custos de produção levou a uma diminuição no ritmo de crescimento da oferta.
Tradicionalmente, o segundo semestre do ano costuma apresentar um volume maior na produção, mas de acordo com o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-L), o total de leite recebido pelas empresas em setembro foi somente 1,25% superior ao de agosto e, desta forma, o Índice de setembro deste ano foi menor que o do mesmo mês do ano passado. Tal fato não ocorria desde abril de 2007.
De agosto para setembro, o menor aumento ocorreu no Rio Grande do Sul, de apenas 0,77%, e o maior, de 2,01%, em Goiás. No mesmo período de 2007, os gaúchos chegaram a apresentar aumento de quase 10%, e os goianos, de pouco mais de 8%. Nem mesmo em 2006, ano de preços estáveis em patamares considerados baixos, o volume de leite cresceu tão pouco. No acumulado de maio a setembro deste ano, o aumento foi de apenas 3,9%; no mesmo período de 2007, foi de 32% e de 2006, 15%.
Desde julho, quando os preços começaram a cair, a média ponderada nacional (RS, SC, PR, SP, MG, GO e BA) já perdeu 15 centavos por litro. Conforme o Cepea, em outubro, o preço médio bruto foi de R$ 0,6096/litro. Em junho, último mês de preços em alta, a média era R$ 0,7633/litro. Segundo o levantamento, o preço médio do leite pago ao produtor em outubro (referente ao leite entregue em setembro) caiu 7,3% ou 4,8 centavos por litro, em relação ao pagamento de setembro.
A menor retração, de 0,75%, ocorreu na Bahia, com o litro a R$ 0,6142; em situação oposta, esteve Santa Catarina, onde a retração chegou a 12%, com o preço médio a R$ 0,5156/litro, sem o desconto do frete e dos impostos. São Paulo, que até setembro apresentava quedas menores que os de Minas e Goiás, registraram um recuo de 6,8 centavos no preço do litro de leite, para R$ 0,6495/litro (bruto). Minas e Goiás apresentaram pouca variação de preços em outubro. Para os produtores mineiros, a queda por litro foi de pouco mais de 3 centavos e, para os goianos, pouco acima de 4 centavos, com as médias, respectivamente, a R$ 6314 e R$ 0,6293/litro (bruto).
Novembro
A pesquisa realizada pelo Centro com agentes de mercado para verificar as perspectivas para o próximo mês apontou a possibilidade de reversão da tendência de queda. Cerca de metade dos representantes de laticínios e cooperativas ouvidos pelo Cepea acreditam em manutenção dos atuais valores para o pagamento de novembro. A outra metade, no entanto, continua sinalizando mais um mês de queda. No Sul, 77,4% dos compradores consultados prevêem estabilidade dos preços, enquanto que para Minas, São Paulo e Goiás esta estimativa é compartilhada por 32% dos compradores.
Fonte: Raquel Massote, Agência Estado
Belo Horizonte - A trajetória de queda nos preços do leite, que vem sendo observada desde o mês de julho, manteve-se em outubro, de acordo com o levantamento realizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/ESALQ-USP). No mês passado, porém, a combinação entre a retração nas cotações e o aumento dos custos de produção levou a uma diminuição no ritmo de crescimento da oferta.
Tradicionalmente, o segundo semestre do ano costuma apresentar um volume maior na produção, mas de acordo com o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-L), o total de leite recebido pelas empresas em setembro foi somente 1,25% superior ao de agosto e, desta forma, o Índice de setembro deste ano foi menor que o do mesmo mês do ano passado. Tal fato não ocorria desde abril de 2007.
De agosto para setembro, o menor aumento ocorreu no Rio Grande do Sul, de apenas 0,77%, e o maior, de 2,01%, em Goiás. No mesmo período de 2007, os gaúchos chegaram a apresentar aumento de quase 10%, e os goianos, de pouco mais de 8%. Nem mesmo em 2006, ano de preços estáveis em patamares considerados baixos, o volume de leite cresceu tão pouco. No acumulado de maio a setembro deste ano, o aumento foi de apenas 3,9%; no mesmo período de 2007, foi de 32% e de 2006, 15%.
Desde julho, quando os preços começaram a cair, a média ponderada nacional (RS, SC, PR, SP, MG, GO e BA) já perdeu 15 centavos por litro. Conforme o Cepea, em outubro, o preço médio bruto foi de R$ 0,6096/litro. Em junho, último mês de preços em alta, a média era R$ 0,7633/litro. Segundo o levantamento, o preço médio do leite pago ao produtor em outubro (referente ao leite entregue em setembro) caiu 7,3% ou 4,8 centavos por litro, em relação ao pagamento de setembro.
A menor retração, de 0,75%, ocorreu na Bahia, com o litro a R$ 0,6142; em situação oposta, esteve Santa Catarina, onde a retração chegou a 12%, com o preço médio a R$ 0,5156/litro, sem o desconto do frete e dos impostos. São Paulo, que até setembro apresentava quedas menores que os de Minas e Goiás, registraram um recuo de 6,8 centavos no preço do litro de leite, para R$ 0,6495/litro (bruto). Minas e Goiás apresentaram pouca variação de preços em outubro. Para os produtores mineiros, a queda por litro foi de pouco mais de 3 centavos e, para os goianos, pouco acima de 4 centavos, com as médias, respectivamente, a R$ 6314 e R$ 0,6293/litro (bruto).
Novembro
A pesquisa realizada pelo Centro com agentes de mercado para verificar as perspectivas para o próximo mês apontou a possibilidade de reversão da tendência de queda. Cerca de metade dos representantes de laticínios e cooperativas ouvidos pelo Cepea acreditam em manutenção dos atuais valores para o pagamento de novembro. A outra metade, no entanto, continua sinalizando mais um mês de queda. No Sul, 77,4% dos compradores consultados prevêem estabilidade dos preços, enquanto que para Minas, São Paulo e Goiás esta estimativa é compartilhada por 32% dos compradores.
Fonte: Raquel Massote, Agência Estado