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MMX usa carvão produzido em Reserva Indígena no Pantanal 29.11.07
29.11.07
Operação promovida pelo IBAMA do Mato Grosso do Sul interrompe ilícitos ambientais no Bioma Pantanal
Mais de 900 hectares da Reserva Indígena (TI) Kadweu, no município de Corumbá, Mato Grosso do Sul, foram transformados ilegalmente em carvão vegetal – com licença (para 1.090ha) que não poderia ter sido concedida pelo órgão ambiental do Estado – e pelo menos as últimas cinco partidas dessa produção foram compradas pela siderúrgica MMX Metálicos Corumbá Ltda, de acordo com fontes do Escritório Regional do Ibama, que coordenou a operação de repressão.
As denúncias desse desmatamento em TI foram levadas ao Ibama pelos próprios indígenas, no começo de novembro passado, tendo o órgão ambiental federal inspecionado a região em meados do mês passado. Nessa ocasião, a empresa responsável pelo carvoejamento foi notificada, multada e teve a continuidade da produção embargada.
Desrespeito ao embargo
No dia 27 pp., após verificar o desrespeito à determinação de paralisação da produção e comercializacão, o Ibama montou uma operação conjunta com a Polícia Federal - PF, o Ministério Público do Trabalho - MPT e o Ministério do Trabalho e Emprego - MTE. Esse trabalho coordenado, denominado “Operações Ouro Negro”, foi iniciado em 2.006, foca o mercado Carvoeiro-Siderúrgico, apoiando-se em informações e análises oriundas do Sistema DOF (sistema eletrônico de controle da atividade florestal implantado pelo IBAMA).
Com apoio do Sistema DOF foi possível detectar que cargas de carvão apreendidas e depositadas na área de produção, na primeira inspeção do Ibama na empresa carvoeira, foram retiradas e recebidas pela MMX. Como resultado, a Siderúrgica MMX poderá ser multada por receptacão, de acordo com a legislação, por negligência – não ter verificado a origem do carvão que adquiria – caso não consiga provar que seu fornecedor a enganou quanto à origem da material prima. De toda forma, por se tratar de Patrimônio da União – árvores em terras indíginas assim são legalmente classificadas – o mesmo volume de carvão vegetal que originou-se da TI, será confiscado do depósito da MMX e recolhido ao patio da Superintendência do Ibama, em Campo Grande.
Espécies protegidas foram destruídas
De acordo com o Ibama, “interrompeu-se definitivamente o desmatamento de um extenso fragmento florestal de importância ambiental ímpar, visto que contempla espécies da flora da Mata Atlântica, Cerrado e Pantanal.”
O conjunto das multas aplicadas na última operação já supera R$1.000.000,00 e aguarda-se a conclusão de análises ambientais para aplicação de outras sanções administrativas ambientais, pois foi detectado que parte do material lenhoso convertido em carvão era composto das essências florestais aroeira e quebracho, espécies protegidas por lei, e que ocorreu um incêndio florestal provocado pelo empreendedor. Salienta-se que os problemas trabalhistas detectados estão sendo tratados pelo MPT e MTE e que a PF abriu inquérito policial para apurar os crimes observados.
O material lenhoso obtido era convertido em carvão por uma empresa de carvoejamento da região e parte da produção era comercializada para a MMX Metálicos Corumbá Ltda., um complexo siderúrgico de grande porte recentemente instalado no principal município pantaneiro. Ressalta-se que a MMX assinou um Termo de Compromisso de Conduta - TCC em que se compromete a não consumir carvão obtido através de novos desmatamentos em Corumbá e outros municípios do Pantanal e Serra da Bodoquena a partir de agosto de 2.006. Sobre esse assunto, veja ainda notícia a seguir, e o comentário do Editor.
Fonte: Ibama, MS, com o Observatório
Operação promovida pelo IBAMA do Mato Grosso do Sul interrompe ilícitos ambientais no Bioma Pantanal
Mais de 900 hectares da Reserva Indígena (TI) Kadweu, no município de Corumbá, Mato Grosso do Sul, foram transformados ilegalmente em carvão vegetal – com licença (para 1.090ha) que não poderia ter sido concedida pelo órgão ambiental do Estado – e pelo menos as últimas cinco partidas dessa produção foram compradas pela siderúrgica MMX Metálicos Corumbá Ltda, de acordo com fontes do Escritório Regional do Ibama, que coordenou a operação de repressão.
As denúncias desse desmatamento em TI foram levadas ao Ibama pelos próprios indígenas, no começo de novembro passado, tendo o órgão ambiental federal inspecionado a região em meados do mês passado. Nessa ocasião, a empresa responsável pelo carvoejamento foi notificada, multada e teve a continuidade da produção embargada.
Desrespeito ao embargo
No dia 27 pp., após verificar o desrespeito à determinação de paralisação da produção e comercializacão, o Ibama montou uma operação conjunta com a Polícia Federal - PF, o Ministério Público do Trabalho - MPT e o Ministério do Trabalho e Emprego - MTE. Esse trabalho coordenado, denominado “Operações Ouro Negro”, foi iniciado em 2.006, foca o mercado Carvoeiro-Siderúrgico, apoiando-se em informações e análises oriundas do Sistema DOF (sistema eletrônico de controle da atividade florestal implantado pelo IBAMA).
Com apoio do Sistema DOF foi possível detectar que cargas de carvão apreendidas e depositadas na área de produção, na primeira inspeção do Ibama na empresa carvoeira, foram retiradas e recebidas pela MMX. Como resultado, a Siderúrgica MMX poderá ser multada por receptacão, de acordo com a legislação, por negligência – não ter verificado a origem do carvão que adquiria – caso não consiga provar que seu fornecedor a enganou quanto à origem da material prima. De toda forma, por se tratar de Patrimônio da União – árvores em terras indíginas assim são legalmente classificadas – o mesmo volume de carvão vegetal que originou-se da TI, será confiscado do depósito da MMX e recolhido ao patio da Superintendência do Ibama, em Campo Grande.
Espécies protegidas foram destruídas
De acordo com o Ibama, “interrompeu-se definitivamente o desmatamento de um extenso fragmento florestal de importância ambiental ímpar, visto que contempla espécies da flora da Mata Atlântica, Cerrado e Pantanal.”
O conjunto das multas aplicadas na última operação já supera R$1.000.000,00 e aguarda-se a conclusão de análises ambientais para aplicação de outras sanções administrativas ambientais, pois foi detectado que parte do material lenhoso convertido em carvão era composto das essências florestais aroeira e quebracho, espécies protegidas por lei, e que ocorreu um incêndio florestal provocado pelo empreendedor. Salienta-se que os problemas trabalhistas detectados estão sendo tratados pelo MPT e MTE e que a PF abriu inquérito policial para apurar os crimes observados.
O material lenhoso obtido era convertido em carvão por uma empresa de carvoejamento da região e parte da produção era comercializada para a MMX Metálicos Corumbá Ltda., um complexo siderúrgico de grande porte recentemente instalado no principal município pantaneiro. Ressalta-se que a MMX assinou um Termo de Compromisso de Conduta - TCC em que se compromete a não consumir carvão obtido através de novos desmatamentos em Corumbá e outros municípios do Pantanal e Serra da Bodoquena a partir de agosto de 2.006. Sobre esse assunto, veja ainda notícia a seguir, e o comentário do Editor.
Fonte: Ibama, MS, com o Observatório
Promotor pede que licença da EBX seja suspensa
29.11.07
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul pediu na Justiça a suspensão da licença de instalação concedida em 2006 à empresa EBX Siderurgia Ltda., do empresário Eike Batista, para um projeto de siderurgia e laminação na zona rural de Corumbá (426 km de Campo Grande).
O promotor Ricardo de Melo Alves diz que o licenciamento contraria o Termo de Compromisso de Conduta - TCC assinado pela empresa com o MP em agosto de 2006, no qual ficou acertado que os empreendimentos do setor só poderiam ser autorizados após a conclusão do licenciamento ambiental de todo o pólo siderúrgico de Corumbá.
Fonte: Agência Folha, em Campo Grande
Comentário do Editor: O absurdo de instalar um complexo siderúrgico no meio do Pantanal, na cidade de Corumbá, começa a aparecer aos olhos de toda a população. As organizações que combateram esse projeto apresentaram diversos estudos e argumentos que foram inteiramente desconsiderados pelos governos, que só pensavam em utilizar o minério de ferro existente em Corumbá com o gás da Bolívia, que viria pelo gasoduto. Negligenciaram totalmente a questão ambiental, o grande problema que estavam criando, e instalaram “na lei ou na marra”, para evocar velho refrão de outro contexto, mas que se aplica bem aqui pois tudo indica que “a marra” amordaçou e amoldou "as leis”, conforme indica essa ação do MP. A destruição provocada não tem possibilidade alguma de recuperação; não poderia ter acontecido, mas um órgão estadual licenciou o desmatamento e carvoejamento sem sequer verificar sua localização, pois tratando-se de Terra Indígena, 1º, a competência é Federal e, 2º não pode ser, definitivamente, autorizado por quem quer que seja. Será preciso punir rigorosamente o órgão ambiental (não sei bem o que poderia ser essa "punição"), cassar a inscrição no Conselho Regional de técnicos(?) que assinaram essa autorização e afastar e processar os dirigentes do órgão.
Como não obtive retorno via email (veja mais abaixo, o comentário do dia 27 pp, Cerrado e Pantanal queimam nos alto-fornos siderúrgicos de MS) da empresa Cargill Ferrous International, que comercializa o ferro-gusa da MMX pelo mundo afora, telefonei para seu escritório, em Belo Horizonte, Minas Gerais. A informação foi de que o responsável pela empresa, sr. Júlio Gonzaga, está na sede, em Minneapolis, Estados Unidos. Liguei para lá, e consegui conversar com ele. Não havia visto o email de três dias atrás, imagino eu que certamente recebe muito spam e tem pouco tempo para correr a lista nas várias caixas postais que maneja. Isso já aconteceu comigo também. Feita a leitura do meu email, ele respondeu que - por norma da empresa - todo contato com a imprensa é realizado através de um Relações Públicas, em São Paulo, e que reendereçaria meus questionamentos para ele responder. Até o momento do fechamento dessa edição (1h 50 minutos da madrugada do dia 30.11.07) nada chegou… De toda forma, consegui apurar que eles buscam sempre - em todos os ramos da Cargill e nesse de ferrosos não seria diferente – se resguardar exigindo dos fornecedores declarações formais que não houve trabalho infantil e/ou semelhante a escravo na produção. Mas vamos aguardar os esclarecimentos formais e, principalmente, a reação da Cargill aos fatos constatados pelo Ibama, MPT, MTE e PF na Terra Indígena Kadweu.
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul pediu na Justiça a suspensão da licença de instalação concedida em 2006 à empresa EBX Siderurgia Ltda., do empresário Eike Batista, para um projeto de siderurgia e laminação na zona rural de Corumbá (426 km de Campo Grande).
O promotor Ricardo de Melo Alves diz que o licenciamento contraria o Termo de Compromisso de Conduta - TCC assinado pela empresa com o MP em agosto de 2006, no qual ficou acertado que os empreendimentos do setor só poderiam ser autorizados após a conclusão do licenciamento ambiental de todo o pólo siderúrgico de Corumbá.
Fonte: Agência Folha, em Campo Grande
Comentário do Editor: O absurdo de instalar um complexo siderúrgico no meio do Pantanal, na cidade de Corumbá, começa a aparecer aos olhos de toda a população. As organizações que combateram esse projeto apresentaram diversos estudos e argumentos que foram inteiramente desconsiderados pelos governos, que só pensavam em utilizar o minério de ferro existente em Corumbá com o gás da Bolívia, que viria pelo gasoduto. Negligenciaram totalmente a questão ambiental, o grande problema que estavam criando, e instalaram “na lei ou na marra”, para evocar velho refrão de outro contexto, mas que se aplica bem aqui pois tudo indica que “a marra” amordaçou e amoldou "as leis”, conforme indica essa ação do MP. A destruição provocada não tem possibilidade alguma de recuperação; não poderia ter acontecido, mas um órgão estadual licenciou o desmatamento e carvoejamento sem sequer verificar sua localização, pois tratando-se de Terra Indígena, 1º, a competência é Federal e, 2º não pode ser, definitivamente, autorizado por quem quer que seja. Será preciso punir rigorosamente o órgão ambiental (não sei bem o que poderia ser essa "punição"), cassar a inscrição no Conselho Regional de técnicos(?) que assinaram essa autorização e afastar e processar os dirigentes do órgão.
Como não obtive retorno via email (veja mais abaixo, o comentário do dia 27 pp, Cerrado e Pantanal queimam nos alto-fornos siderúrgicos de MS) da empresa Cargill Ferrous International, que comercializa o ferro-gusa da MMX pelo mundo afora, telefonei para seu escritório, em Belo Horizonte, Minas Gerais. A informação foi de que o responsável pela empresa, sr. Júlio Gonzaga, está na sede, em Minneapolis, Estados Unidos. Liguei para lá, e consegui conversar com ele. Não havia visto o email de três dias atrás, imagino eu que certamente recebe muito spam e tem pouco tempo para correr a lista nas várias caixas postais que maneja. Isso já aconteceu comigo também. Feita a leitura do meu email, ele respondeu que - por norma da empresa - todo contato com a imprensa é realizado através de um Relações Públicas, em São Paulo, e que reendereçaria meus questionamentos para ele responder. Até o momento do fechamento dessa edição (1h 50 minutos da madrugada do dia 30.11.07) nada chegou… De toda forma, consegui apurar que eles buscam sempre - em todos os ramos da Cargill e nesse de ferrosos não seria diferente – se resguardar exigindo dos fornecedores declarações formais que não houve trabalho infantil e/ou semelhante a escravo na produção. Mas vamos aguardar os esclarecimentos formais e, principalmente, a reação da Cargill aos fatos constatados pelo Ibama, MPT, MTE e PF na Terra Indígena Kadweu.
Deputada de Mato Grosso propõe moratória para queimadas
29.11.07
A deputada Thelma de Oliveira (PSDB) protocola nesta quinta-feira na Câmara Federal, projeto de lei que suspende por três anos a emissão de autorizações para queimadas e desmatamentos na área da Amazônia Legal. "A moratória de três anos para as novas concessões poderá minimizar os impactos ambientais e possibilitar a discussão de alternativas que considerem a preservação ambiental uma atividade rentável no processo de desenvolvimento sustentável da Amazônia", argumenta ela.
Thelma diz que estados como Mato Grosso vivem uma situação de caos em relação ao Meio Ambiente. "Os governantes perderam o controle da questão ambiental. É preciso por um freio na destruição e planejar o futuro com responsabilidade ambiental", afirma.
O projeto tem caráter emergencial e faz parte de um projeto legislativo que contempla a reorganização da legislação ambiental e a criação de uma lei de responsabilidade ambiental que será apresentada ainda este ano.
Segundo Thelma de Oliveira, o Brasil tem boas leis ambientais, mas, apesar disso, prevalecem os crimes ambientais e a impunidade. Para a deputada é preciso responsabilizar o gestor público que por conivência ou omissão deixam de adotar programas e políticas públicas ambientais, não investem na fiscalização, controle e repressão dos crimes contra o meio ambiente.
"Cumpre ao Poder Executivo, em todos os níveis da administração pública, assegurar os meios necessários à aplicação da legislação ambiental vigente, compreendendo a conscientização, a conservação, a prevenção, a fiscalização, o controle do patrimônio ambiental, bem como a repressão aos crimes ambientais, no âmbito de suas respectivas jurisdições", defende Thelma.
Fonte: Agronotícias
A deputada Thelma de Oliveira (PSDB) protocola nesta quinta-feira na Câmara Federal, projeto de lei que suspende por três anos a emissão de autorizações para queimadas e desmatamentos na área da Amazônia Legal. "A moratória de três anos para as novas concessões poderá minimizar os impactos ambientais e possibilitar a discussão de alternativas que considerem a preservação ambiental uma atividade rentável no processo de desenvolvimento sustentável da Amazônia", argumenta ela.
Thelma diz que estados como Mato Grosso vivem uma situação de caos em relação ao Meio Ambiente. "Os governantes perderam o controle da questão ambiental. É preciso por um freio na destruição e planejar o futuro com responsabilidade ambiental", afirma.
O projeto tem caráter emergencial e faz parte de um projeto legislativo que contempla a reorganização da legislação ambiental e a criação de uma lei de responsabilidade ambiental que será apresentada ainda este ano.
Segundo Thelma de Oliveira, o Brasil tem boas leis ambientais, mas, apesar disso, prevalecem os crimes ambientais e a impunidade. Para a deputada é preciso responsabilizar o gestor público que por conivência ou omissão deixam de adotar programas e políticas públicas ambientais, não investem na fiscalização, controle e repressão dos crimes contra o meio ambiente.
"Cumpre ao Poder Executivo, em todos os níveis da administração pública, assegurar os meios necessários à aplicação da legislação ambiental vigente, compreendendo a conscientização, a conservação, a prevenção, a fiscalização, o controle do patrimônio ambiental, bem como a repressão aos crimes ambientais, no âmbito de suas respectivas jurisdições", defende Thelma.
Fonte: Agronotícias
Cana-de-açúcar avança em áreas prioritárias do Cerrado
29.11.07
Em contraste com a notícia acima, hoje às 9 horas da manhã, em Brasília, o ISPN –Instituto Sociedade, População e Natureza apresentará seu mais recente estudo, comprovando que importantes áreas para a conservação e uso sustentável da biodiversidade do Cerrado - que deveriam ser protegidas - estão sendo tomadas pelas lavouras de cana-de-açúcar para produção de etanol.
O resultado dessa transformação certamente levará ao comprometimento dos recursos naturais, das populações rurais e da segurança alimentar na região. O estudo foi financiado com recursos da Comunidade Européia.
Na manhã de hoje esse estudo ficará disponível para download na seção “Documentos” do Observatório.
Fonte: Assessoria de Imprensa do ISPN, com o Observatório.
Em contraste com a notícia acima, hoje às 9 horas da manhã, em Brasília, o ISPN –Instituto Sociedade, População e Natureza apresentará seu mais recente estudo, comprovando que importantes áreas para a conservação e uso sustentável da biodiversidade do Cerrado - que deveriam ser protegidas - estão sendo tomadas pelas lavouras de cana-de-açúcar para produção de etanol.
O resultado dessa transformação certamente levará ao comprometimento dos recursos naturais, das populações rurais e da segurança alimentar na região. O estudo foi financiado com recursos da Comunidade Européia.
Na manhã de hoje esse estudo ficará disponível para download na seção “Documentos” do Observatório.
Fonte: Assessoria de Imprensa do ISPN, com o Observatório.
Safra de cana vai bater terceiro recorde de produção
29.11.07
A última pesquisa da safra nacional de cana-de-açúcar 2007/08, divulgada nesta quinta-feira pela Conab, mostra que a indústria brasileira vai esmagar 475,1 milhões de toneladas do produto, aumento de 10,6% sobre o período anterior. Isso corresponde a 86,4% da colheita total de 549,9 milhões t do ciclo atual. Este número é recorde pela terceira safra consecutiva e 15,8% superior à passada. O crescimento deve-se à expectativa do mercado pela demanda de álcool na época do plantio.
O estado de São Paulo confirma a sua posição de maior produtor de cana, respondendo por 58% da colheita. Segundo o diretor de Logística e Gestão Empresarial da estatal, Sílvio Porto, a destinação para o setor sucroalcooleiro ficou assim: 223,5 milhões t vão para a fabricação de açúcar e 251,6 milhões t para a indústria do álcool hidratado (usado nas bombas dos postos) e anidro (que é misturado na gasolina). O restante, 74,8 milhões t, é para outros fins, como cachaça, rapadura, alimentação animal e semente.
Plantio
A área cultivada também aumentou 13%, saindo de 6,2 milhões de hectares na última safra para 7 milhões ha, resultado principalmente da ocupação da cultura em áreas com pastagens degradadas. A expansão ocorreu em todo país, com destaque para os estados de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás, Mato Grosso e Paraná.
A pesquisa de campo, realizada entre os dias 5 e 16 de novembro, mobilizou 47 técnicos, nos principais estados produtores. Eles conversaram com 355 representantes de usinas/destilarias e de 60 entidades, entre sindicatos, associações, órgãos públicos e privados.
Fonte: Agronotícias (as informações são da assessoria de imprensa da Conab).
A última pesquisa da safra nacional de cana-de-açúcar 2007/08, divulgada nesta quinta-feira pela Conab, mostra que a indústria brasileira vai esmagar 475,1 milhões de toneladas do produto, aumento de 10,6% sobre o período anterior. Isso corresponde a 86,4% da colheita total de 549,9 milhões t do ciclo atual. Este número é recorde pela terceira safra consecutiva e 15,8% superior à passada. O crescimento deve-se à expectativa do mercado pela demanda de álcool na época do plantio.
O estado de São Paulo confirma a sua posição de maior produtor de cana, respondendo por 58% da colheita. Segundo o diretor de Logística e Gestão Empresarial da estatal, Sílvio Porto, a destinação para o setor sucroalcooleiro ficou assim: 223,5 milhões t vão para a fabricação de açúcar e 251,6 milhões t para a indústria do álcool hidratado (usado nas bombas dos postos) e anidro (que é misturado na gasolina). O restante, 74,8 milhões t, é para outros fins, como cachaça, rapadura, alimentação animal e semente.
Plantio
A área cultivada também aumentou 13%, saindo de 6,2 milhões de hectares na última safra para 7 milhões ha, resultado principalmente da ocupação da cultura em áreas com pastagens degradadas. A expansão ocorreu em todo país, com destaque para os estados de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás, Mato Grosso e Paraná.
A pesquisa de campo, realizada entre os dias 5 e 16 de novembro, mobilizou 47 técnicos, nos principais estados produtores. Eles conversaram com 355 representantes de usinas/destilarias e de 60 entidades, entre sindicatos, associações, órgãos públicos e privados.
Fonte: Agronotícias (as informações são da assessoria de imprensa da Conab).
Repórter Brasil conta a realidade das cadeias produtivas
29.11.07
Duas grandes reportagens, realizadas pelo repórter Maurício Hashizume, da ONG Repórter Brasil, foram disponibilizadas hoje. Em suas andanças pelo Norte/Nordeste do país, o repórter pode constatar os impactos ambientais e sociais ao longo das referidas cadeias de produção, geralmente dirigidas para exportação de produtos baratos deixando aqui a devastação ambiental e social.
Vale a pena conferir o que Maurício registrou para nos contar. Os links são:
Parte 1 - O Ferro
Parte 2 - As Cadeias (Ferro-gusa, Carvão, Gado e Madeira)
Duas grandes reportagens, realizadas pelo repórter Maurício Hashizume, da ONG Repórter Brasil, foram disponibilizadas hoje. Em suas andanças pelo Norte/Nordeste do país, o repórter pode constatar os impactos ambientais e sociais ao longo das referidas cadeias de produção, geralmente dirigidas para exportação de produtos baratos deixando aqui a devastação ambiental e social.
Vale a pena conferir o que Maurício registrou para nos contar. Os links são:
Parte 1 - O Ferro
Parte 2 - As Cadeias (Ferro-gusa, Carvão, Gado e Madeira)
Agronegócio pede para importar milho transgênico
29.11.07
A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos, ABIPECS – Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína, SINDIRAÇÕES – Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal e UBA – União Brasileira de Avicultura protocolaram ontem junto à CTNBio – Comissão Técnica Nacional de Biosegurança ofício em que pedem, em caráter de urgência, a emissão de Parecer Técnico Prévio Conclusivo visando à obtenção de licença de importação de dois milhões de toneladas de milho comercial geneticamente modificado, que será utilizado exclusivamente em rações animais.
Paralelamente, as quatro entidades emitiram comunicado conjunto (texto abaixo) em que alertam autoridades e consumidores para as alterações de preços que aves, ovos e suínos sofrerão em função da “crise inédita por que passa o mercado de milho”, de graves e permanentes conseqüências caso persista a proibição de importação do produto.
Fonte: Avisite
A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos, ABIPECS – Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína, SINDIRAÇÕES – Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal e UBA – União Brasileira de Avicultura protocolaram ontem junto à CTNBio – Comissão Técnica Nacional de Biosegurança ofício em que pedem, em caráter de urgência, a emissão de Parecer Técnico Prévio Conclusivo visando à obtenção de licença de importação de dois milhões de toneladas de milho comercial geneticamente modificado, que será utilizado exclusivamente em rações animais.
Paralelamente, as quatro entidades emitiram comunicado conjunto (texto abaixo) em que alertam autoridades e consumidores para as alterações de preços que aves, ovos e suínos sofrerão em função da “crise inédita por que passa o mercado de milho”, de graves e permanentes conseqüências caso persista a proibição de importação do produto.
Fonte: Avisite
Cerrado e Pantanal queimam nos alto-fornos de MS
27.11.07
Um levantamento preliminar da professora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Dra. Sônia Hess, mostra que somente no corrente ano foram 129 os pedidos de autorização para funcionamento de fornos para produção de carvão vegetal em MS.
Comentário do Editor: buscando ouvir a Cargill, o Observatório enviou email às 9h30 para Marcello Moreira, representante da empresa no Grupo de Trabalho da Soja, que supervisiona o processo da Moratória da Soja na Amazônia Legal. Foi solicitado que indicasse o contato mais adequado para falar sobre a questão.
Às 14h e 12 minutos, foi enviado um email para a Abiove, aos cuidados do sr. Fábio Trigueirinho, pedindo ajuda na identificação de alguém que se pronunciasse pela Cargill.
Às 14h e 32 minutos, um email foi dirigido ao endereço de contato da imprensa indicado no sítio da Cargill do Brasil, (imprensa@cargill.com), já alinhando as seguintes perguntas básicas:
“Gostaria de colocar no site, ainda hoje, a posição da empresa quanto a:
1- se seu contrato com a MMX exige desta empresa o cumprimento de toda a legislação ambiental e trabalhista, incluindo seus fornecedores de carvão-vegetal, em especial;
2- se concorda que seu fornecedor (MMX) utilize em seus alto-fornos carvão vegetal produzido com o corte de espécies nativas do Pantanal e do Cerrado;
3- se exerce algum controle, ou se exige algum demonstrativo da MMX ou seus auditores, garantindo que todo carvão vegetal utilizado provém de desmatamentos e carvoejamentos autorizados pelos órgãos ambientais responsáveis;
4- se tem conhecimento da origem (Municípios, Estados e país de origem do carvão vegetal utilizado na produção do ferro gusa que comercializa em todo mundo; e, finalmente,
5- se tem alguma cláusula no contrato com a MMX que a responsabilize por ocorrências de trabalho infantil ou degradante/semelhante à condição de escravo na produção do carvão vegetal que adquire.
Se quiserem esclarecer outros pontos, além dessses acima, basta enviar a informação.”
Depois de uma busca no site da Cargill Inc, matriz, encontrei a Cargill Ferrous International, que comercializa ferro-gusa e outros produtos siderúrgicos, com dois escritórios no Brasil, em Belo Horizonte e em São Paulo. Enviei, às 14h e 44 minutos, emails para os nomes indicados no site, aparentemente responsáveis pelos contatos dos escritórios, com o mesmo conteúdo do email acima descrito.
Até o fechamento desta edição não havia obtido qualquer retorno. Espero que amanhã já seja possível transmitir aos leitores do Observatório as respostas da Cargill.
Um levantamento preliminar da professora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Dra. Sônia Hess, mostra que somente no corrente ano foram 129 os pedidos de autorização para funcionamento de fornos para produção de carvão vegetal em MS.
Comentário do Editor: buscando ouvir a Cargill, o Observatório enviou email às 9h30 para Marcello Moreira, representante da empresa no Grupo de Trabalho da Soja, que supervisiona o processo da Moratória da Soja na Amazônia Legal. Foi solicitado que indicasse o contato mais adequado para falar sobre a questão.
Às 14h e 12 minutos, foi enviado um email para a Abiove, aos cuidados do sr. Fábio Trigueirinho, pedindo ajuda na identificação de alguém que se pronunciasse pela Cargill.
Às 14h e 32 minutos, um email foi dirigido ao endereço de contato da imprensa indicado no sítio da Cargill do Brasil, (imprensa@cargill.com), já alinhando as seguintes perguntas básicas:
“Gostaria de colocar no site, ainda hoje, a posição da empresa quanto a:
1- se seu contrato com a MMX exige desta empresa o cumprimento de toda a legislação ambiental e trabalhista, incluindo seus fornecedores de carvão-vegetal, em especial;
2- se concorda que seu fornecedor (MMX) utilize em seus alto-fornos carvão vegetal produzido com o corte de espécies nativas do Pantanal e do Cerrado;
3- se exerce algum controle, ou se exige algum demonstrativo da MMX ou seus auditores, garantindo que todo carvão vegetal utilizado provém de desmatamentos e carvoejamentos autorizados pelos órgãos ambientais responsáveis;
4- se tem conhecimento da origem (Municípios, Estados e país de origem do carvão vegetal utilizado na produção do ferro gusa que comercializa em todo mundo; e, finalmente,
5- se tem alguma cláusula no contrato com a MMX que a responsabilize por ocorrências de trabalho infantil ou degradante/semelhante à condição de escravo na produção do carvão vegetal que adquire.
Se quiserem esclarecer outros pontos, além dessses acima, basta enviar a informação.”
Depois de uma busca no site da Cargill Inc, matriz, encontrei a Cargill Ferrous International, que comercializa ferro-gusa e outros produtos siderúrgicos, com dois escritórios no Brasil, em Belo Horizonte e em São Paulo. Enviei, às 14h e 44 minutos, emails para os nomes indicados no site, aparentemente responsáveis pelos contatos dos escritórios, com o mesmo conteúdo do email acima descrito.
Até o fechamento desta edição não havia obtido qualquer retorno. Espero que amanhã já seja possível transmitir aos leitores do Observatório as respostas da Cargill.
Novo premiê australiano diz que ratificará Kyoto
27.11.07
Acordo foi rejeitado pelo governante derrotado nas eleições
O premiê eleito da Austrália, o trabalhista Kevin Rudd, começou ontem seu mandato com a promessa de ratificar o Protocolo de Kyoto, o acordo internacional contra os gases de efeito estufa rejeitado por seu antecessor, o conservador John Howard.
No domingo, após uma vitória avassaladora que pôs fim a 11 anos de governo Howard, Rudd prometeu "ação e ação imediata" no combate ao aquecimento global e aceitou o convite do presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, para comparecer à reunião das Nações Unidas sobre o clima em Bali, no mês que vem. A Austrália quer assumir um papel de liderança no encontro.
Com isso, os EUA de George W. Bush ficarão isolados como o único país industrializado do planeta a rejeitar o acordo do clima. Outro sinal do afastamento entre Canberra e Washington foi a decisão de Rudd de retirar os 550 soldados australianos do Iraque.
Maior exportador de carvão mineral (o combustível fóssil mais sujo) do mundo, a Austrália havia rechaçado o acordo de Kyoto por razões econômicas. O país tem abastecido o crescimento chinês e indiano, faminto de carvão e outros minérios.
No entanto, o clima acabou se tornando um dos principais focos da eleição, em parte devido às secas anormais que têm assolado o país. A maioria dos australianos defende ações rígidas de combate a emissões.
Fonte: Folha de São Paulo
Acordo foi rejeitado pelo governante derrotado nas eleições
O premiê eleito da Austrália, o trabalhista Kevin Rudd, começou ontem seu mandato com a promessa de ratificar o Protocolo de Kyoto, o acordo internacional contra os gases de efeito estufa rejeitado por seu antecessor, o conservador John Howard.
No domingo, após uma vitória avassaladora que pôs fim a 11 anos de governo Howard, Rudd prometeu "ação e ação imediata" no combate ao aquecimento global e aceitou o convite do presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, para comparecer à reunião das Nações Unidas sobre o clima em Bali, no mês que vem. A Austrália quer assumir um papel de liderança no encontro.
Com isso, os EUA de George W. Bush ficarão isolados como o único país industrializado do planeta a rejeitar o acordo do clima. Outro sinal do afastamento entre Canberra e Washington foi a decisão de Rudd de retirar os 550 soldados australianos do Iraque.
Maior exportador de carvão mineral (o combustível fóssil mais sujo) do mundo, a Austrália havia rechaçado o acordo de Kyoto por razões econômicas. O país tem abastecido o crescimento chinês e indiano, faminto de carvão e outros minérios.
No entanto, o clima acabou se tornando um dos principais focos da eleição, em parte devido às secas anormais que têm assolado o país. A maioria dos australianos defende ações rígidas de combate a emissões.
Fonte: Folha de São Paulo
Sobra semente transgênica em GO e no MT
27.11.07
Um avanço tímido na área plantada de soja transgênica em Mato Grosso e em Goiás fez com que produtores de sementes tivessem sobras de cultivares geneticamente modificadas. No caso mato-grossense, o volume equivale a cerca de 16% de toda produção de sementes para a safra 2007/08, disse Elton Hamer, presidente da Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat), que preferiu não divulgar números absolutos. Em Goiás, esse percentual fica entre 12% e 15%, de acordo com estimativa do presidente da Associação Goiana de Sementes (Agrosem), Aldino Rosso.
"Se criou uma grande expectativa sobre crescimento de área transgênica de soja, que não se concretizou", avalia Hamer. A estimativa era de que 45% da área de 5,6 milhões de hectares de soja fossem cultivados com grão geneticamente modificado em Mato Grosso, percentual que deve fechar o plantio entre 35% e 38%, praticamente o mesmo da safra passada (35%).
Já em Goiás, segundo Rosso, a área de soja transgênica se repetiu nesta safra, na comparação com o período anterior. "As sementes geneticamente modificadas estão em 45% da área de soja de Goiás, quando o setor produtor de sementes esperava que houvesse avanço para 55% do total", diz Rosso.
O que ocorre, segundo Daniel Sebben, da consultoria AgRural, é que os prêmios para soja convencional em Mato Grosso estão sendo fortalecidos, principalmente nas regiões Parecis e Médio Norte do Estado. Juntas, essas localidades somam área plantada de soja 3,7 milhões de hectares, o equivalente a 67% da área do estado. Neste ano, por exemplo, no mês de abril (época de safra), a saca de soja convencional no Médio Norte valia R$22,57, o que representava prêmio de R$ 1,50 por saca em relação ao grão transgênico. Em Sapezal (região do Parecis) tal prêmio chegava a R$ 1,70.
"No caso do Parecis, o prêmio se deve ao destino do grão, que geralmente é o mercado europeu, que tem restrições quanto ao consumo de transgênicos. No Médio Norte, desde a safra passada, há esmagadoras que começaram a segregar o produto convencional, criando um nicho que não havia".
fonte: Gazeta Mercantil
Um avanço tímido na área plantada de soja transgênica em Mato Grosso e em Goiás fez com que produtores de sementes tivessem sobras de cultivares geneticamente modificadas. No caso mato-grossense, o volume equivale a cerca de 16% de toda produção de sementes para a safra 2007/08, disse Elton Hamer, presidente da Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat), que preferiu não divulgar números absolutos. Em Goiás, esse percentual fica entre 12% e 15%, de acordo com estimativa do presidente da Associação Goiana de Sementes (Agrosem), Aldino Rosso.
"Se criou uma grande expectativa sobre crescimento de área transgênica de soja, que não se concretizou", avalia Hamer. A estimativa era de que 45% da área de 5,6 milhões de hectares de soja fossem cultivados com grão geneticamente modificado em Mato Grosso, percentual que deve fechar o plantio entre 35% e 38%, praticamente o mesmo da safra passada (35%).
Já em Goiás, segundo Rosso, a área de soja transgênica se repetiu nesta safra, na comparação com o período anterior. "As sementes geneticamente modificadas estão em 45% da área de soja de Goiás, quando o setor produtor de sementes esperava que houvesse avanço para 55% do total", diz Rosso.
O que ocorre, segundo Daniel Sebben, da consultoria AgRural, é que os prêmios para soja convencional em Mato Grosso estão sendo fortalecidos, principalmente nas regiões Parecis e Médio Norte do Estado. Juntas, essas localidades somam área plantada de soja 3,7 milhões de hectares, o equivalente a 67% da área do estado. Neste ano, por exemplo, no mês de abril (época de safra), a saca de soja convencional no Médio Norte valia R$22,57, o que representava prêmio de R$ 1,50 por saca em relação ao grão transgênico. Em Sapezal (região do Parecis) tal prêmio chegava a R$ 1,70.
"No caso do Parecis, o prêmio se deve ao destino do grão, que geralmente é o mercado europeu, que tem restrições quanto ao consumo de transgênicos. No Médio Norte, desde a safra passada, há esmagadoras que começaram a segregar o produto convencional, criando um nicho que não havia".
fonte: Gazeta Mercantil
Servidores afastados do INCRA retornam aos cargos 27.11.07
27.11.07
O Superintendente do INCRA de Santarém, Pedro Aquino de Santana, voltou ao cargo juntamente com: Silvio Carneiro de Carvalho,(superintendente Adjunto), Luiz Edimundo Leite Magalhães (chefe da Divisão de Desenvolvimento) Bruno Lourenço Kempner (executor de Altamira) e Dilton Rego Tapajós, chefe da Procuradoria Jurídica.
Os cinco estavam suspensos, desde do dia 17 de outubro por uma decisão Judicial que os acusava de praticas de improbidade
administrativa, dentre as quais, a criação de assentamentos de forma irregular, para se atingir metas favoráveis ao plano de reforma agrária do Governo Federal.
A decisão de afastamento foi tomada pelo juiz federal substituto da 5ª Vara, Antonio Carlos Almeida Campelo, que responde pela Subseção Judiciária de Altamira.
A volta dos funcionários foi concedida por uma Liminar assinada em 22 de novembro, pelo Juiz Nei Melo,do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Brasília Distrito Federal.
De acordo com o Juiz, se os servidores em questão continuassem afastados, a região Oeste do Pará poderia sofrer danos irreparáveis ao processo de regulamentação fundiária e assentamentos que vinham sendo conduzidos pelo INCRA.
A nossa reportagem procurou Pedro Aquino, para dar mais detalhes de seu retorno, mas fomos informados pela assessoria de Imprensa, que o superintendente só se pronunciaria após voltar de viagem marcada em Brasília com o Presidente do INCRA, Holff Hacbart nesta semana
Fonte: Jornal da Manhã- Rádio Rural de Santarém
O Superintendente do INCRA de Santarém, Pedro Aquino de Santana, voltou ao cargo juntamente com: Silvio Carneiro de Carvalho,(superintendente Adjunto), Luiz Edimundo Leite Magalhães (chefe da Divisão de Desenvolvimento) Bruno Lourenço Kempner (executor de Altamira) e Dilton Rego Tapajós, chefe da Procuradoria Jurídica.
Os cinco estavam suspensos, desde do dia 17 de outubro por uma decisão Judicial que os acusava de praticas de improbidade
administrativa, dentre as quais, a criação de assentamentos de forma irregular, para se atingir metas favoráveis ao plano de reforma agrária do Governo Federal.
A decisão de afastamento foi tomada pelo juiz federal substituto da 5ª Vara, Antonio Carlos Almeida Campelo, que responde pela Subseção Judiciária de Altamira.
A volta dos funcionários foi concedida por uma Liminar assinada em 22 de novembro, pelo Juiz Nei Melo,do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Brasília Distrito Federal.
De acordo com o Juiz, se os servidores em questão continuassem afastados, a região Oeste do Pará poderia sofrer danos irreparáveis ao processo de regulamentação fundiária e assentamentos que vinham sendo conduzidos pelo INCRA.
A nossa reportagem procurou Pedro Aquino, para dar mais detalhes de seu retorno, mas fomos informados pela assessoria de Imprensa, que o superintendente só se pronunciaria após voltar de viagem marcada em Brasília com o Presidente do INCRA, Holff Hacbart nesta semana
Fonte: Jornal da Manhã- Rádio Rural de Santarém
Cargill compra ferro-gusa da Siderúrgica MMX-Pantanal 26.11.07
26.11.07
Em 5 de janeiro de 2007, a MMX Metálicos Corumbá e a Cargill, Incorporated ("Cargill") assinaram acordo de longo prazo para o fornecimento da produção de ferro-gusa do Sistema MMX Corumbá, com garantia firme de retirada e entrega.
Com o compromisso de comprar o volume acordado a partir de agosto de 2007, a Cargill passará a ter exclusividade, com exceção para a América do Sul, na comercialização da produção de ferro-gusa adquirida da MMX Metálicos Corumbá proveniente do Sistema MMX Corumbá.
Essa informação consta no ítem “04-01-Notas Explicativas”, na página 14 do “Relatório de Informações Trimestrais” da empresa MMX enviado à Comissão de Valores Mobiliários –CVM, com data-referência de 30.09.2007.
Fonte: “Relatório de Informações Trimestrais” da empresa MMX enviado à Comissão de Valores Mobiliários –CVM, com data-referência de 30.09.2007, com o Observatório.
Comentário do Editor: ontem publicamos a entrevista da Dra. Sônia Hess, professora UFMS, alertando sobre a devastação que está ocorrendo no Pantanal, onde as árvores nativas estão virando carvão vegetal para alimentar alto-fornos das siderúrgicas (a propósito, veja o artigo da Dra. Hess na seção Opinião). A MMX, que pertence ao sr. Elke Batista, já havia sido literalmente expulsa da Bolívia, onde se instalara aparentemente sem cumprir a legislação ambiental local, e está funcionando em Corumbá, bem no centro do Pantanal (formalmente licenciada ambientalmente, deve-se registrar). Agora, temos essa ligação comercial com a Cargill, Inc, empresa norte-americana com filial no Brasil, uma das líderes mundiais do agronegócio. De acordo com os dados do EIA/Rima da MMX, que divulgamos ontem, esta siderúrgica consume diariamente pelo menos 1.027 t/dia de arvores. A avidez com que as empresas avançam nos recursos naturais do Brasil (e outros países similares) impressiona pelo rastro de destruição implacável e pela sinergia, vamos chamar assim, que encontram em seus múltiplos negócios dos mais variados ramos de atuação. Era difícil imaginar, antes de ler esse relatório, que uma empresa de alimentos desejasse ter exclusividade na distribuição mundial de ferro-gusa (certamente o mercado mais promissor é a China...). Aos poucos vamos juntando as informações e tendo o quadro efetivo do processo de globalização e concentração do capital que estamos passando. O recebimento do material após as 20h de ontem e fechamento desta edição após a meia noite impossibilitaram o contato do Observatório com as empresas citadas, o que será realizado nesta terça-feira, dia 27, para que ouçamos o outro lado, especialmente a respeito da questão dos fornecedores de carvão vegetal.
Em 5 de janeiro de 2007, a MMX Metálicos Corumbá e a Cargill, Incorporated ("Cargill") assinaram acordo de longo prazo para o fornecimento da produção de ferro-gusa do Sistema MMX Corumbá, com garantia firme de retirada e entrega.
Com o compromisso de comprar o volume acordado a partir de agosto de 2007, a Cargill passará a ter exclusividade, com exceção para a América do Sul, na comercialização da produção de ferro-gusa adquirida da MMX Metálicos Corumbá proveniente do Sistema MMX Corumbá.
Essa informação consta no ítem “04-01-Notas Explicativas”, na página 14 do “Relatório de Informações Trimestrais” da empresa MMX enviado à Comissão de Valores Mobiliários –CVM, com data-referência de 30.09.2007.
Fonte: “Relatório de Informações Trimestrais” da empresa MMX enviado à Comissão de Valores Mobiliários –CVM, com data-referência de 30.09.2007, com o Observatório.
Comentário do Editor: ontem publicamos a entrevista da Dra. Sônia Hess, professora UFMS, alertando sobre a devastação que está ocorrendo no Pantanal, onde as árvores nativas estão virando carvão vegetal para alimentar alto-fornos das siderúrgicas (a propósito, veja o artigo da Dra. Hess na seção Opinião). A MMX, que pertence ao sr. Elke Batista, já havia sido literalmente expulsa da Bolívia, onde se instalara aparentemente sem cumprir a legislação ambiental local, e está funcionando em Corumbá, bem no centro do Pantanal (formalmente licenciada ambientalmente, deve-se registrar). Agora, temos essa ligação comercial com a Cargill, Inc, empresa norte-americana com filial no Brasil, uma das líderes mundiais do agronegócio. De acordo com os dados do EIA/Rima da MMX, que divulgamos ontem, esta siderúrgica consume diariamente pelo menos 1.027 t/dia de arvores. A avidez com que as empresas avançam nos recursos naturais do Brasil (e outros países similares) impressiona pelo rastro de destruição implacável e pela sinergia, vamos chamar assim, que encontram em seus múltiplos negócios dos mais variados ramos de atuação. Era difícil imaginar, antes de ler esse relatório, que uma empresa de alimentos desejasse ter exclusividade na distribuição mundial de ferro-gusa (certamente o mercado mais promissor é a China...). Aos poucos vamos juntando as informações e tendo o quadro efetivo do processo de globalização e concentração do capital que estamos passando. O recebimento do material após as 20h de ontem e fechamento desta edição após a meia noite impossibilitaram o contato do Observatório com as empresas citadas, o que será realizado nesta terça-feira, dia 27, para que ouçamos o outro lado, especialmente a respeito da questão dos fornecedores de carvão vegetal.
Rabobank financia e BNDES solta R$ 151 mi a usina de álcool
26.11.07
Um sindicato de bancos e agentes financeiros do BNDES, liderados pelo Rabobank International Brasil - e que inclui o ABN Amro Real, Unibanco, Itaú BBA, Bradesco e HSBC está financiando o projeto da empresa Angélica Agroenergia, do Grupo Adecoagro. O empreendimento é uma usina de açúcar e álcool, localizada no município de Angélica, leste do Estado do Mato Grosso do Sul. Além disso, o financiamento também será usado para formar uma lavoura de cana-de-açúcar e para instalação de cogeração de energia elétrica.
"A participação do BNDES no projeto equivale a 29% dos investimentos a serem realizados até 2009, de R$ 526,7 milhões". O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou comunicado hoje informando liberação de R$ 151 milhões do financiamento, recursos que serão usados na construção.
Esta usina de açúcar e álcool terá capacidade de moagem de 3,6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar e de unidade de co-geração - com capacidade de ofertar ao mercado 54 megawatts (MW) ao ano de energia elétrica. A previsão é que a usina entre em operação em 2008.
Segundo o BNDES, a Adecoagro foi criada em setembro de 2002 e suas atividades incluem agricultura, produção de leite, pecuária, açúcar e etanol. O grupo possui 230 mil hectares de terra própria entre Argentina, Brasil e Uruguai, além de uma unidade industrial de açúcar e álcool no Brasil com capacidade de moagem de um milhão de toneladas de cana-de-açúcar e um conjunto de moinhos na Argentina.
Fonte: BNDES, com o Observatório
Um sindicato de bancos e agentes financeiros do BNDES, liderados pelo Rabobank International Brasil - e que inclui o ABN Amro Real, Unibanco, Itaú BBA, Bradesco e HSBC está financiando o projeto da empresa Angélica Agroenergia, do Grupo Adecoagro. O empreendimento é uma usina de açúcar e álcool, localizada no município de Angélica, leste do Estado do Mato Grosso do Sul. Além disso, o financiamento também será usado para formar uma lavoura de cana-de-açúcar e para instalação de cogeração de energia elétrica.
"A participação do BNDES no projeto equivale a 29% dos investimentos a serem realizados até 2009, de R$ 526,7 milhões". O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou comunicado hoje informando liberação de R$ 151 milhões do financiamento, recursos que serão usados na construção.
Esta usina de açúcar e álcool terá capacidade de moagem de 3,6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar e de unidade de co-geração - com capacidade de ofertar ao mercado 54 megawatts (MW) ao ano de energia elétrica. A previsão é que a usina entre em operação em 2008.
Segundo o BNDES, a Adecoagro foi criada em setembro de 2002 e suas atividades incluem agricultura, produção de leite, pecuária, açúcar e etanol. O grupo possui 230 mil hectares de terra própria entre Argentina, Brasil e Uruguai, além de uma unidade industrial de açúcar e álcool no Brasil com capacidade de moagem de um milhão de toneladas de cana-de-açúcar e um conjunto de moinhos na Argentina.
Fonte: BNDES, com o Observatório
Grãos e Oleaginosas devem subir mais de 10% em 2008
26.11.07
Segundo o The Economist, de Londres, a demanda proveniente de grandes investimentos em biocombustíveis e para consumo no setor de ração elevará os preços das matérias primas.
Os preços dos grãos e das oleaginosas podem subir 10% no ano em 2008, depois de registrarem crescimento de 32,5% e 37,9% este ano, respectivamente, com a oferta tentando atender a demanda enquanto os estoques começam a se esgotar, segundo relatório da Economist Intelligence Unit (EIU), empresa de pesquisa e consultoria pertencente ao semanário econômico inglês The Economist.
Há crescimento da demanda proveniente de grandes investimentos em biocombustíveis, além do cultivo de grãos e oleaginosas para alimentação e para consumo no setor de ração, informa o relatório.
Fonte: Agência Estado
Segundo o The Economist, de Londres, a demanda proveniente de grandes investimentos em biocombustíveis e para consumo no setor de ração elevará os preços das matérias primas.
Os preços dos grãos e das oleaginosas podem subir 10% no ano em 2008, depois de registrarem crescimento de 32,5% e 37,9% este ano, respectivamente, com a oferta tentando atender a demanda enquanto os estoques começam a se esgotar, segundo relatório da Economist Intelligence Unit (EIU), empresa de pesquisa e consultoria pertencente ao semanário econômico inglês The Economist.
Há crescimento da demanda proveniente de grandes investimentos em biocombustíveis, além do cultivo de grãos e oleaginosas para alimentação e para consumo no setor de ração, informa o relatório.
Fonte: Agência Estado
Produção de ovos está em declínio na União Européia
26.11.07
O aumento do custo de produção, devido às novas leis de bem estar dos animais criados de forma industrial, e cuidados com o meio ambiente, fizeram com que as estruturas de mercado e competitividade europeus mudassem, resultando em queda de produção.
Com o crescente número de leis ambientais e de bem estar animal, os custos de produção na União Européia ficaram mais elevados, alterando as estruturas de comercialização e diminuindo a capacidade de produção e competitividade global.
Neste ano foi observado, na Europa, uma queda média de produção de 1,6%. Países como França e Espanha tiveram diminuição recorde. Tais fatos estão sendo ligados as novas normas de produção que entram em vigor em 2012, que incluem a troca do sistema de gaiolas na avicultura. Tal procedimento, que já vem sido feito por algumas industrias, diminui o número de aves dentro do aviário. Na Bélgica, muito produtores e fazendeiros já desistiram da produção.
A tendência de queda deve valer para os próximos anos. Atualmente a UE é auto-suficiente em sua produção, mas os números decrescentes devem atingir as importações e exportações da indústria avícola futuramente.
fonte: Avicultura Industrial (com dados World Poultry), com o Observatório
O aumento do custo de produção, devido às novas leis de bem estar dos animais criados de forma industrial, e cuidados com o meio ambiente, fizeram com que as estruturas de mercado e competitividade europeus mudassem, resultando em queda de produção.
Com o crescente número de leis ambientais e de bem estar animal, os custos de produção na União Européia ficaram mais elevados, alterando as estruturas de comercialização e diminuindo a capacidade de produção e competitividade global.
Neste ano foi observado, na Europa, uma queda média de produção de 1,6%. Países como França e Espanha tiveram diminuição recorde. Tais fatos estão sendo ligados as novas normas de produção que entram em vigor em 2012, que incluem a troca do sistema de gaiolas na avicultura. Tal procedimento, que já vem sido feito por algumas industrias, diminui o número de aves dentro do aviário. Na Bélgica, muito produtores e fazendeiros já desistiram da produção.
A tendência de queda deve valer para os próximos anos. Atualmente a UE é auto-suficiente em sua produção, mas os números decrescentes devem atingir as importações e exportações da indústria avícola futuramente.
fonte: Avicultura Industrial (com dados World Poultry), com o Observatório
Mais aves no Paraná
26.11.07
A Cooperativa Agroindustrial de São João (Coasul), anunciou R$ 80 milhões na instalação de um abatedouro de aves no município de São João, no Sudoeste do Paraná.
Segundo seu presidente, Paulino Capelin Fachin, a unidade industrial terá capacidade para abater 100 mil aves por dia. Na primeira fase , o projeto vai beneficiar cerca de 330 produtores rurais cooperados e suas famílias. Fachin diz que a indústria deverá entrar em funcionamento no primeiro semestre de 2009. Deverão ser produzidas 90 mil toneladas de carnes de aves por ano, sendo que 70% para a exportação . "O projeto é fundamental para a cooperativa, que agora vai atuar com mais força na agroindústria, buscando agregar valor à produção dos cooperados", disse o presidente da Coasul.
Fonte: Gazeta Mercantil
A Cooperativa Agroindustrial de São João (Coasul), anunciou R$ 80 milhões na instalação de um abatedouro de aves no município de São João, no Sudoeste do Paraná.
Segundo seu presidente, Paulino Capelin Fachin, a unidade industrial terá capacidade para abater 100 mil aves por dia. Na primeira fase , o projeto vai beneficiar cerca de 330 produtores rurais cooperados e suas famílias. Fachin diz que a indústria deverá entrar em funcionamento no primeiro semestre de 2009. Deverão ser produzidas 90 mil toneladas de carnes de aves por ano, sendo que 70% para a exportação . "O projeto é fundamental para a cooperativa, que agora vai atuar com mais força na agroindústria, buscando agregar valor à produção dos cooperados", disse o presidente da Coasul.
Fonte: Gazeta Mercantil
Seara/Cargill expande estrutura e produção no MS
26.11.07
Dirigentes do grupo Seara-Cargill reuniram-se na semana passada com o governador André Puccinelli, do Mato Grosso do Sul, para falar sobre a ampliação da empresa no Estado. A Seara pretende construir mais 200 aviários em Sidrolândia e viabilizar mais 50 propriedades de suínos em Dourados.
O presidente da empresa, Robert Zee, afirmou que neste ano o mercado tem apresentado reações positivas que incentivam novos investimentos. Zee lembrou ainda que a decisão da empresa foi de investir no Centro-Oeste, em especial, Mato Grosso do Sul, onde já conta com indústrias do grupo. Os investimentos futuros devem somar cerca de R$ 280 milhões.
Como resultado da reunião, o governador designou responsáveis do Governo para derrubar os entraves que estariam ocorrendo no processo, relativos à questão da rede de energia elétrica e o atraso no processo de licenciamento ambiental.
Somente após o encaminhamento dessas pendências, o governador deve voltar a se reunir com o grupo, estudar as propostas e definir os termos do acordo, que deve seguir o padrão de incentivos e compromissos oferecidos as demais empresas do setor em Mato Grosso do Sul.
Fonte: Diário MS, com o Observatório
Dirigentes do grupo Seara-Cargill reuniram-se na semana passada com o governador André Puccinelli, do Mato Grosso do Sul, para falar sobre a ampliação da empresa no Estado. A Seara pretende construir mais 200 aviários em Sidrolândia e viabilizar mais 50 propriedades de suínos em Dourados.
O presidente da empresa, Robert Zee, afirmou que neste ano o mercado tem apresentado reações positivas que incentivam novos investimentos. Zee lembrou ainda que a decisão da empresa foi de investir no Centro-Oeste, em especial, Mato Grosso do Sul, onde já conta com indústrias do grupo. Os investimentos futuros devem somar cerca de R$ 280 milhões.
Como resultado da reunião, o governador designou responsáveis do Governo para derrubar os entraves que estariam ocorrendo no processo, relativos à questão da rede de energia elétrica e o atraso no processo de licenciamento ambiental.
Somente após o encaminhamento dessas pendências, o governador deve voltar a se reunir com o grupo, estudar as propostas e definir os termos do acordo, que deve seguir o padrão de incentivos e compromissos oferecidos as demais empresas do setor em Mato Grosso do Sul.
Fonte: Diário MS, com o Observatório
Produtores de aves querem importar milho transgênico
26.11.07
Brasil exportou volume recorde de milho convencional e provocou escassez no mercado interno
A exportação recorde do milho - que pode chegar a 11,5 milhões de toneladas em 2007 - deixou o mercado desabastecido e o preço do produto a valores acima dos históricos: R$ 32 a saca (60 quilos), em São Paulo, com aumento de mais de 30% nos últimos três meses.
Como conseqüência, a indústria avícola vai reduzir a criação de animais no início de 2008 - em pelo menos 30% - e talvez tenha que abater os frangos com peso menor por falta de milho para alimentá-los, além de descartar matrizes e frear os investimentos até a entrada da nova safra.
Diante deste quadro, os produtores de aves pedem a intervenção do governo. Eles querem que as importações do milho transgênico sejam liberadas e as exportações limitadas. "Se o mercado é livre para exportação, tem de ser livre para importar também", afirma Érico Pozzer, presidente da União Brasileira de Avicultura (UBA). Segundo ele, o setor pediu um limite nas remessas do grão - 8 milhões de toneladas - que não foi atendido e a importação do cereal. No entanto, como eles querem importar transgênicos a compra depende da autorização da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio).
"Não adianta mais nada. É uma conseqüência reduzir o consumo", afirma Paulo Molinari, da Safras & Mercado. Pelas suas projeções, antes de janeiro não será mais possível adquirir o produto de outro país e, como as empresas não reduziram o alojamento para o final do ano - época em que a demanda aumenta - a estimativa é que falte alimento para os animais e, com isso, sejam levados ao abate menos pesados. Em média, para o mercado interno, o frango é abatido com 2,4 quilos. "Vai ter de reduzir o peso médio e matar pintinho", acredita o analista. Na prática, segundo o presidente da UBA, o consumidor brasileiro pagará mais caro por um frango mais leve. "Teremos de repassar o aumento de custo e, muito provavelmente abater os animais mais cedo", afirma Pozzer. De acordo com ele, as empresas estão com dificuldades de adquirir milho devido ao preço.
Pozzer diz que o pouco milho do mercado interno está nas mãos de atravessadores, que estariam especulando. Na sua avaliação, o preço chegou ao limite. Opinião contrária tem Molinari: "Não sabemos até que valor pode chegar". Para o analista Leonardo Sologuren, da Céleres, a limitação da venda externa é uma solução de curto prazo que não resolve o problema. "A plataforma de exportação estimula o preço e, conseqüentemente o aumento de área, gerando um equilíbrio futuro, como ocorre na soja", diz.
"O setor não tem certeza de nada. Não sabemos o quanto de estoque há nas mãos da Conab e das cooperativas. Por isso é melhor se precaver agora porque há previsão realmente de que em fevereiro falte milho no mercado brasileiro", argumentou o presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins. Segundo ele, mais uma vez o setor pediu a liberação da importação de milho da Argentina e do Paraguai. O produto dos países vizinhos chegaria ao Paraná a R$ 28 a saca. "Nós estamos recomendando ao produtor que quebre os ovos na máquina ou mesmo mate os pintinhos para não aumentar a produção e que cumpra somente os contratos já assumidos até março", disse.
Em Mato Grosso, segundo Alécio Domênico, presidente do Fórum Avicultura do estado, os produtores pedem que o governo siga ofertando seus estoques até março para que tenham alimento aos animais até a entrada da safrinha. "A indústria e produtor não têm dinheiro para estocar e pode entrar em colapso", afirma. Segundo ele, 80% da safra local foi exportada e, por isso, se o governo não mantiver os leilões, haverá redução de plantel de frango e de poedeiras.
Fonte: Gazeta Mercantil, com o Observatório
Brasil exportou volume recorde de milho convencional e provocou escassez no mercado interno
A exportação recorde do milho - que pode chegar a 11,5 milhões de toneladas em 2007 - deixou o mercado desabastecido e o preço do produto a valores acima dos históricos: R$ 32 a saca (60 quilos), em São Paulo, com aumento de mais de 30% nos últimos três meses.
Como conseqüência, a indústria avícola vai reduzir a criação de animais no início de 2008 - em pelo menos 30% - e talvez tenha que abater os frangos com peso menor por falta de milho para alimentá-los, além de descartar matrizes e frear os investimentos até a entrada da nova safra.
Diante deste quadro, os produtores de aves pedem a intervenção do governo. Eles querem que as importações do milho transgênico sejam liberadas e as exportações limitadas. "Se o mercado é livre para exportação, tem de ser livre para importar também", afirma Érico Pozzer, presidente da União Brasileira de Avicultura (UBA). Segundo ele, o setor pediu um limite nas remessas do grão - 8 milhões de toneladas - que não foi atendido e a importação do cereal. No entanto, como eles querem importar transgênicos a compra depende da autorização da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio).
"Não adianta mais nada. É uma conseqüência reduzir o consumo", afirma Paulo Molinari, da Safras & Mercado. Pelas suas projeções, antes de janeiro não será mais possível adquirir o produto de outro país e, como as empresas não reduziram o alojamento para o final do ano - época em que a demanda aumenta - a estimativa é que falte alimento para os animais e, com isso, sejam levados ao abate menos pesados. Em média, para o mercado interno, o frango é abatido com 2,4 quilos. "Vai ter de reduzir o peso médio e matar pintinho", acredita o analista. Na prática, segundo o presidente da UBA, o consumidor brasileiro pagará mais caro por um frango mais leve. "Teremos de repassar o aumento de custo e, muito provavelmente abater os animais mais cedo", afirma Pozzer. De acordo com ele, as empresas estão com dificuldades de adquirir milho devido ao preço.
Pozzer diz que o pouco milho do mercado interno está nas mãos de atravessadores, que estariam especulando. Na sua avaliação, o preço chegou ao limite. Opinião contrária tem Molinari: "Não sabemos até que valor pode chegar". Para o analista Leonardo Sologuren, da Céleres, a limitação da venda externa é uma solução de curto prazo que não resolve o problema. "A plataforma de exportação estimula o preço e, conseqüentemente o aumento de área, gerando um equilíbrio futuro, como ocorre na soja", diz.
"O setor não tem certeza de nada. Não sabemos o quanto de estoque há nas mãos da Conab e das cooperativas. Por isso é melhor se precaver agora porque há previsão realmente de que em fevereiro falte milho no mercado brasileiro", argumentou o presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins. Segundo ele, mais uma vez o setor pediu a liberação da importação de milho da Argentina e do Paraguai. O produto dos países vizinhos chegaria ao Paraná a R$ 28 a saca. "Nós estamos recomendando ao produtor que quebre os ovos na máquina ou mesmo mate os pintinhos para não aumentar a produção e que cumpra somente os contratos já assumidos até março", disse.
Em Mato Grosso, segundo Alécio Domênico, presidente do Fórum Avicultura do estado, os produtores pedem que o governo siga ofertando seus estoques até março para que tenham alimento aos animais até a entrada da safrinha. "A indústria e produtor não têm dinheiro para estocar e pode entrar em colapso", afirma. Segundo ele, 80% da safra local foi exportada e, por isso, se o governo não mantiver os leilões, haverá redução de plantel de frango e de poedeiras.
Fonte: Gazeta Mercantil, com o Observatório
Siderúrgicas Devastam o Pantanal e o Cerrado 25.11.07
25.11.07
Biodiversidade é incinerada nos alto-fornos
Parte da população que vive no Pantanal está em pânico diante da velocidade com que esta ocorrendo a destruição das matas nativas do Pantanal e do Cerrado do MS, depois que duas grandes siderúrgicas lá se instalaram, em 2007, denuncia a Dra. Sônia Hess, professora Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e coordenadora do curso de graduação em Engenharia Ambiental.
O deputado federal Fernando Gabeira já está agendando uma Audiência Pública, na Câmara Federal, para tratar do tema desmatamentos x siderúrgicas no MS, mas ainda não foi marcada a data dessa reunião.
“Enquanto isto, alerta a professora Hess, diariamente se vão mais de 3.500 toneladas das nossas árvores nativas, para alimentar os alto-fornos das siderúrgicas..
- O que se vê são filas de caminhões com carvão de mata nativa estacionados na frente das siderúrgicas, sem controle algum para verificação da sua procedência - a maior parte, provavelmente ilegal, reclama a Dra. Hess. Nas estradas que ligam MS a MG, sempre que a policia fiscaliza, apreende caminhões lotados com carvão proveniente da depredação das matas nativas.
Quem é Quem
No MS, as siderúrgicas estão utilizando carvão de mata nativa no processamento de minério de ferro, na proporção de mais de uma tonelada de árvores por tonelada de ferro produzida, informa a Dra. Hess.
De acordo com a Dra. Sônia Hess, o consumo de mata nativa pelas siderúrgicas instaladas Mato Grosso do Sul é o seguinte, por empresa:
1) Siderurgica MMX METÁLICOS - consome em torno de 375.000 t/ano de árvores nativas na forma de carvão vegetal, ou seja, pelo menos 1.027 t/dia de arvores são destruidas para atender a demanda desta siderúrgica (fonte: EIA/Rima da empresa);
2) SIDERÚRGICA SIDERUNA - 366.520 t de árvores/ano, 1.004 t/dia de árvores destruídas diariamente. (Fonte: Rima da empresa)
3) VETORIAL SIDERÚRGICA - 403.830 t de árvores/ano, 1.106 ton/dia. Em parte, este consumo é suprido por plantações de eucalipto mas, em 24/01/2006 esta empresa foi multada em R$ 21 milhoes, pelo IBAMA, devido ao uso de carvão de matas nativas de fontes irregulares, lembra a professora da UFMS.
4) SIDERURGICA COSIMA (Companhia Mato-grossense de Siderurgia ) - 280 ton/dia de árvores nativas;
5) Urucum Mineração (da Companhia Vale do Rio Doce) - 58.696 t/ano, 161 t/dia de árvores nativas na forma de carvão vegetal. Em 24/01/2006 esta empresa foi multada em R$ 3 milhões, pelo IBAMA, informa a profa. Hess, devido ao uso de carvão de matas nativas de fontes irregulares.
Portanto, conclui a Dra. Sônia Hess, da UFMS, somando a demanda por carvão vegetal pelas siderúrgicas instaladas no Mato Grosso do Sul, tem-se um consumo diário de 3.578 t/dia de árvores transformadas em carvão (a maioria absoluta, proveniente de matas nativas)
Fonte: entrevista com dra. Sônia Hess, Observatório do Agronegócio
Biodiversidade é incinerada nos alto-fornos
Parte da população que vive no Pantanal está em pânico diante da velocidade com que esta ocorrendo a destruição das matas nativas do Pantanal e do Cerrado do MS, depois que duas grandes siderúrgicas lá se instalaram, em 2007, denuncia a Dra. Sônia Hess, professora Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e coordenadora do curso de graduação em Engenharia Ambiental.
O deputado federal Fernando Gabeira já está agendando uma Audiência Pública, na Câmara Federal, para tratar do tema desmatamentos x siderúrgicas no MS, mas ainda não foi marcada a data dessa reunião.
“Enquanto isto, alerta a professora Hess, diariamente se vão mais de 3.500 toneladas das nossas árvores nativas, para alimentar os alto-fornos das siderúrgicas..
- O que se vê são filas de caminhões com carvão de mata nativa estacionados na frente das siderúrgicas, sem controle algum para verificação da sua procedência - a maior parte, provavelmente ilegal, reclama a Dra. Hess. Nas estradas que ligam MS a MG, sempre que a policia fiscaliza, apreende caminhões lotados com carvão proveniente da depredação das matas nativas.
Quem é Quem
No MS, as siderúrgicas estão utilizando carvão de mata nativa no processamento de minério de ferro, na proporção de mais de uma tonelada de árvores por tonelada de ferro produzida, informa a Dra. Hess.
De acordo com a Dra. Sônia Hess, o consumo de mata nativa pelas siderúrgicas instaladas Mato Grosso do Sul é o seguinte, por empresa:
1) Siderurgica MMX METÁLICOS - consome em torno de 375.000 t/ano de árvores nativas na forma de carvão vegetal, ou seja, pelo menos 1.027 t/dia de arvores são destruidas para atender a demanda desta siderúrgica (fonte: EIA/Rima da empresa);
2) SIDERÚRGICA SIDERUNA - 366.520 t de árvores/ano, 1.004 t/dia de árvores destruídas diariamente. (Fonte: Rima da empresa)
3) VETORIAL SIDERÚRGICA - 403.830 t de árvores/ano, 1.106 ton/dia. Em parte, este consumo é suprido por plantações de eucalipto mas, em 24/01/2006 esta empresa foi multada em R$ 21 milhoes, pelo IBAMA, devido ao uso de carvão de matas nativas de fontes irregulares, lembra a professora da UFMS.
4) SIDERURGICA COSIMA (Companhia Mato-grossense de Siderurgia ) - 280 ton/dia de árvores nativas;
5) Urucum Mineração (da Companhia Vale do Rio Doce) - 58.696 t/ano, 161 t/dia de árvores nativas na forma de carvão vegetal. Em 24/01/2006 esta empresa foi multada em R$ 3 milhões, pelo IBAMA, informa a profa. Hess, devido ao uso de carvão de matas nativas de fontes irregulares.
Portanto, conclui a Dra. Sônia Hess, da UFMS, somando a demanda por carvão vegetal pelas siderúrgicas instaladas no Mato Grosso do Sul, tem-se um consumo diário de 3.578 t/dia de árvores transformadas em carvão (a maioria absoluta, proveniente de matas nativas)
Fonte: entrevista com dra. Sônia Hess, Observatório do Agronegócio
Expansão do agronegócio esbarra no alto custo do transporte
25.11.07
"Com estradas ruins e falta de ferrovias, produtos viajam até 3 mil km
O agronegócio brasileiro é o mais competitivo do mundo. Natureza, tecnologia de produtos, altos índices de competitividade e 101 milhões de hectares sobrando para plantar, sem precisar arrancar uma única árvore da floresta amazônica.
No entanto, a falta de infra-estrutura e logística, principalmente no Centro-Oeste — região que assiste à expansão das fronteiras agrícolas — pode impedir que o Brasil tenha força para atender à exponencial demanda global, devido ao crescimento das nações emergentes, como a China.
Os problemas são cada vez mais evidentes. No Centro-Oeste, onde a expansão de culturas como soja, cana-de-açúcar e milho ganha força, tudo vai bem até a porteira da fazenda. Só que, com as más condições das estradas, a ausência de investimentos em ferrovias e hidrovias e os ainda tímidos corredores para escoar a produção até o Norte, as mercadorias viajam até três mil quilômetros para, por exemplo, ir de Mato Grosso ao Porto de Paranaguá.
A dor do crescimento, portanto, é alta para os exportadores e para o próprio governo.
Estima-se que, dos cerca de R$ 2 bilhões que o Tesouro gastou em prêmios na safra 2005/06, pelo menos R$ 1 bilhão foi usado para compensar só custos com frete.
— Os problemas não afetam só a renda do produtor rural, refletem-se nas contas públicas — destacou o diretor de Infra-Estrutura e Logística do Ministério da Agricultura, Biramar Nunes de Lima
CNA: Brasil pode responder por 60% da demanda global Segundo Lima, 90% das propostas apresentadas pelo órgão relativas à criação de corredores de escoamento da safra do Centro-Oeste (o de São Luís é prioritário) estão no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Mas ele observou que isso adianta pouco sem que se invista em logística básica.
E deve ser para ontem. Segundo o consultor da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Luiz Antônio Fayet, hoje o Brasil exporta cerca de 90 milhões de toneladas por ano, com potencial de aumento de 70 milhões em uma década: — Isso levaria o Brasil a ser responsável pelo suprimento de 60% da demanda mundial.
Para os empresários, transporte é um custo alto: o equivalente a uma tonelada do produto transportado, se o meio for hidrovia; dez, no caso da ferrovia; e cem, no da rodovia. (veja comentário do Editor, ao final da matéria)
Lima disse que, excluídas áreas de pastagem degradadas, o país tem 101 milhões de hectares não explorados, enquanto os EUA não têm mais como se expandir. Fayet concorda. Os preços internacionais estão elevados não só por causa da demanda dos países emergentes, mas também pelo chamado “efeito Bush”. Com o maior interesse na produção de etanol, os EUA provocaram a disparada nas cotações de milho e soja."
Fonte: Eliane Oliveira, O Globo, com o Observatório
Comentário do Editor: você sabia que nós, contribuintes, pagamos R$ 2 bilhões em “prêmios” aos produtores agrícolas, na safra 2005/6? Eu não sei a que se refere essa compensação, mas vou buscar esclarecer, para conhecimento de tod@s nós. Nesse cipoal de subsídios fiscais e econômicos em que vivemos, nada é transparente, pois o risco de expor o benefício a críticas é muito grande. Mais de um bilhão de dólares! E repetem os “chavões”(não é aumentativo de Chavez, por favor...), “o agronegócio brasileiro é o mais competitivo do mundo”: sim, mas externalizando os custos ambientais, usando trabalho semelhante a “escravo” na derrubada e limpeza das terras anterior ao cultivo; e a ladainha de sempre, já desmentida várias vezes, mas isso não importa: que o transporte fluvial é mais barato que o ferroviário. Essa equação inverteu-se há quase 10 anos, com o avanço tecnológico das ferrovias. Outra questão relevante: derrubar o Cerrado não tem importância, não conta, pode-se fazer sem qualquer medo da opinião pública internacional ou nacional.
"Com estradas ruins e falta de ferrovias, produtos viajam até 3 mil km
O agronegócio brasileiro é o mais competitivo do mundo. Natureza, tecnologia de produtos, altos índices de competitividade e 101 milhões de hectares sobrando para plantar, sem precisar arrancar uma única árvore da floresta amazônica.
No entanto, a falta de infra-estrutura e logística, principalmente no Centro-Oeste — região que assiste à expansão das fronteiras agrícolas — pode impedir que o Brasil tenha força para atender à exponencial demanda global, devido ao crescimento das nações emergentes, como a China.
Os problemas são cada vez mais evidentes. No Centro-Oeste, onde a expansão de culturas como soja, cana-de-açúcar e milho ganha força, tudo vai bem até a porteira da fazenda. Só que, com as más condições das estradas, a ausência de investimentos em ferrovias e hidrovias e os ainda tímidos corredores para escoar a produção até o Norte, as mercadorias viajam até três mil quilômetros para, por exemplo, ir de Mato Grosso ao Porto de Paranaguá.
A dor do crescimento, portanto, é alta para os exportadores e para o próprio governo.
Estima-se que, dos cerca de R$ 2 bilhões que o Tesouro gastou em prêmios na safra 2005/06, pelo menos R$ 1 bilhão foi usado para compensar só custos com frete.
— Os problemas não afetam só a renda do produtor rural, refletem-se nas contas públicas — destacou o diretor de Infra-Estrutura e Logística do Ministério da Agricultura, Biramar Nunes de Lima
CNA: Brasil pode responder por 60% da demanda global Segundo Lima, 90% das propostas apresentadas pelo órgão relativas à criação de corredores de escoamento da safra do Centro-Oeste (o de São Luís é prioritário) estão no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Mas ele observou que isso adianta pouco sem que se invista em logística básica.
E deve ser para ontem. Segundo o consultor da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Luiz Antônio Fayet, hoje o Brasil exporta cerca de 90 milhões de toneladas por ano, com potencial de aumento de 70 milhões em uma década: — Isso levaria o Brasil a ser responsável pelo suprimento de 60% da demanda mundial.
Para os empresários, transporte é um custo alto: o equivalente a uma tonelada do produto transportado, se o meio for hidrovia; dez, no caso da ferrovia; e cem, no da rodovia. (veja comentário do Editor, ao final da matéria)
Lima disse que, excluídas áreas de pastagem degradadas, o país tem 101 milhões de hectares não explorados, enquanto os EUA não têm mais como se expandir. Fayet concorda. Os preços internacionais estão elevados não só por causa da demanda dos países emergentes, mas também pelo chamado “efeito Bush”. Com o maior interesse na produção de etanol, os EUA provocaram a disparada nas cotações de milho e soja."
Fonte: Eliane Oliveira, O Globo, com o Observatório
Comentário do Editor: você sabia que nós, contribuintes, pagamos R$ 2 bilhões em “prêmios” aos produtores agrícolas, na safra 2005/6? Eu não sei a que se refere essa compensação, mas vou buscar esclarecer, para conhecimento de tod@s nós. Nesse cipoal de subsídios fiscais e econômicos em que vivemos, nada é transparente, pois o risco de expor o benefício a críticas é muito grande. Mais de um bilhão de dólares! E repetem os “chavões”(não é aumentativo de Chavez, por favor...), “o agronegócio brasileiro é o mais competitivo do mundo”: sim, mas externalizando os custos ambientais, usando trabalho semelhante a “escravo” na derrubada e limpeza das terras anterior ao cultivo; e a ladainha de sempre, já desmentida várias vezes, mas isso não importa: que o transporte fluvial é mais barato que o ferroviário. Essa equação inverteu-se há quase 10 anos, com o avanço tecnológico das ferrovias. Outra questão relevante: derrubar o Cerrado não tem importância, não conta, pode-se fazer sem qualquer medo da opinião pública internacional ou nacional.
Leitão: aquecimento global derruba governo na Austrália
25.11.07
“O principal tema da campanha australiana foi o aquecimento global. E foi isso que derrotou John Howard que buscava o quinto mandato consecutivo, afirma a jornalista Miriam Leitão em seu blog (http://oglobo.globo.com/economia/miriam/). ... Howard está sendo considerado pelos comentaristas políticos ouvidos em vários órgãos da imprensa internacional como o primeiro governante vitimado aquecimento global.”
“Howard seguia em tudo seu amigo e orientador George Bush, lembra Leitão. Da guerra do Iraque aos temas climáticos. A Austrália não assinou o Protocolo de Kyoto e, além disso, Howard, como Bush, nega a existência do problema, apesar das fartas comprovações dos cientistas reunidos pela ONU de que os gases de efeito estufa estão ameaçando o planeta. A Austrália é considerada pelos cientistas uma vitima antecipada do problema climático: nos últimos quatro anos enfrentou uma severa seca que pode ter sido causada já pela mudança no clima do planeta. Isso mobilizou o eleitorado em torno da questão.
Fonte: MiriamLeitão.com (http://oglobo.globo.com/economia/miriam/)
“O principal tema da campanha australiana foi o aquecimento global. E foi isso que derrotou John Howard que buscava o quinto mandato consecutivo, afirma a jornalista Miriam Leitão em seu blog (http://oglobo.globo.com/economia/miriam/). ... Howard está sendo considerado pelos comentaristas políticos ouvidos em vários órgãos da imprensa internacional como o primeiro governante vitimado aquecimento global.”
“Howard seguia em tudo seu amigo e orientador George Bush, lembra Leitão. Da guerra do Iraque aos temas climáticos. A Austrália não assinou o Protocolo de Kyoto e, além disso, Howard, como Bush, nega a existência do problema, apesar das fartas comprovações dos cientistas reunidos pela ONU de que os gases de efeito estufa estão ameaçando o planeta. A Austrália é considerada pelos cientistas uma vitima antecipada do problema climático: nos últimos quatro anos enfrentou uma severa seca que pode ter sido causada já pela mudança no clima do planeta. Isso mobilizou o eleitorado em torno da questão.
Fonte: MiriamLeitão.com (http://oglobo.globo.com/economia/miriam/)
Brasil já vende mais industrializados para UE
25.11.07
Pela primeira vez em mais de duas décadas, a União Européia (UE) ultrapassa os Estados Unidos como um dos principais destinatários das exportações brasileiras de manufaturados este ano. As vendas desses produtos para o mercado europeu cresceram 28,5% até outubro, enquanto para os Estados Unidos recuaram 6,9%, principalmente em decorrência da valorização do real ante o dólar e também dos problemas derivados da crise imobiliária naquele país.
Os embarques de produtos industrializados do Brasil para a UE totalizaram US$ 13,478 bilhões entre janeiro e outubro deste ano, ante US$ 13,157 bilhões para os EUA. Os dados são do Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior e sugerem que a diferença tende a se ampliar nos próximos meses.
Com o dólar oscilando na faixa de R$ 1,70 a R$ 1,80, os produtos brasileiros perdem competitividade no mercado americano, que é abastecido cada vez mais por produtos chineses. Diante disso, os exportadores brasileiros buscam redirecionar os produtos antes vendidos nos EUA para países da Europa. Ao mesmo tempo, tentam substituir o dólar como moeda nessas transações, na medida em que o euro significa melhor remuneração por seus produtos. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
Fonte: AE - Agência Estado
Pela primeira vez em mais de duas décadas, a União Européia (UE) ultrapassa os Estados Unidos como um dos principais destinatários das exportações brasileiras de manufaturados este ano. As vendas desses produtos para o mercado europeu cresceram 28,5% até outubro, enquanto para os Estados Unidos recuaram 6,9%, principalmente em decorrência da valorização do real ante o dólar e também dos problemas derivados da crise imobiliária naquele país.
Os embarques de produtos industrializados do Brasil para a UE totalizaram US$ 13,478 bilhões entre janeiro e outubro deste ano, ante US$ 13,157 bilhões para os EUA. Os dados são do Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior e sugerem que a diferença tende a se ampliar nos próximos meses.
Com o dólar oscilando na faixa de R$ 1,70 a R$ 1,80, os produtos brasileiros perdem competitividade no mercado americano, que é abastecido cada vez mais por produtos chineses. Diante disso, os exportadores brasileiros buscam redirecionar os produtos antes vendidos nos EUA para países da Europa. Ao mesmo tempo, tentam substituir o dólar como moeda nessas transações, na medida em que o euro significa melhor remuneração por seus produtos. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
Fonte: AE - Agência Estado
Lucros recordes turbinam investimentos
25.11.07
Balanços de 220 das maiores empresas do país revelam alta de 46% nos ganhos, mas cenário externo em 2008 traz incerteza
As maiores empresas brasileiras de capital aberto (com ações na Bolsa) nunca lucraram tanto como em 2007. Os resultados do ano devem garantir fortes investimentos em 2008, apesar das incertezas no cenário internacional.
A aposta é que o mercado interno continuará sendo, como neste ano, o carro-chefe do crescimento. Uma crise externa de maior intensidade, porém, pode azedar o otimismo.
Balanços de 220 companhias publicados até a semana passada mostram que nos primeiros três trimestres deste ano essas empresas faturaram R$ 368,6 bilhões e tiveram lucro líquido de R$ 39,2 bilhões.
São recordes absolutos para essa amostra, realizada para a Folha pela Economática, empresa de consultas econômicas.
O lucro apurado entre essas 220 empresas, em nove meses, foi 45,6% maior do que em igual período de 2006. No ano, a Bolsa paulista, em que as ações dessas empresas são negociadas, subiu 37%.
...
Os resultados finais de 2007, que devem ser ainda mais robustos após as vendas do último trimestre, tendem a garantir fortes investimentos nos próximos anos.
"Devemos ter um bom ano em 2008, com aumento nos investimentos e clima de otimismo entre os empresários", afirma Armando Monteiro Neto, presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria).
...
...O setor privado aposta, apesar de ter ressalvas, que o mercado interno aquecido poderá compensar em boa medida um provável esfriamento da economia internacional, com considerável risco de uma recessão no maior mercado do planeta, os EUA.
Levantamento realizado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) nos setores industrial e de infra-estrutura, por exemplo, revela boa dose de otimismo com o futuro.
Os números e valores de novos empréstimos já analisados e aprovados pelo banco estatal confirmam, na prática, muitas dessas expectativas.
Entre janeiro e outubro, o BNDES aprovou mensalmente, em média, 10% mais verbas (R$ 7 bilhões ao mês) para empresas do que em 2006. O setor de alimentos e bebidas, chave para manter a inflação sob controle, teve 45% mais empréstimos aprovados em dez meses (R$ 6 bilhões) do que em 2006.
....
"O crescimento do mercado interno é quem puxa esses investimentos", afirma Fernando Puga, do BNDES.
...
Fonte: Fernando Canzian e Cristiane Barbieri, Folha de São Paulo
Balanços de 220 das maiores empresas do país revelam alta de 46% nos ganhos, mas cenário externo em 2008 traz incerteza
As maiores empresas brasileiras de capital aberto (com ações na Bolsa) nunca lucraram tanto como em 2007. Os resultados do ano devem garantir fortes investimentos em 2008, apesar das incertezas no cenário internacional.
A aposta é que o mercado interno continuará sendo, como neste ano, o carro-chefe do crescimento. Uma crise externa de maior intensidade, porém, pode azedar o otimismo.
Balanços de 220 companhias publicados até a semana passada mostram que nos primeiros três trimestres deste ano essas empresas faturaram R$ 368,6 bilhões e tiveram lucro líquido de R$ 39,2 bilhões.
São recordes absolutos para essa amostra, realizada para a Folha pela Economática, empresa de consultas econômicas.
O lucro apurado entre essas 220 empresas, em nove meses, foi 45,6% maior do que em igual período de 2006. No ano, a Bolsa paulista, em que as ações dessas empresas são negociadas, subiu 37%.
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Os resultados finais de 2007, que devem ser ainda mais robustos após as vendas do último trimestre, tendem a garantir fortes investimentos nos próximos anos.
"Devemos ter um bom ano em 2008, com aumento nos investimentos e clima de otimismo entre os empresários", afirma Armando Monteiro Neto, presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria).
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...O setor privado aposta, apesar de ter ressalvas, que o mercado interno aquecido poderá compensar em boa medida um provável esfriamento da economia internacional, com considerável risco de uma recessão no maior mercado do planeta, os EUA.
Levantamento realizado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) nos setores industrial e de infra-estrutura, por exemplo, revela boa dose de otimismo com o futuro.
Os números e valores de novos empréstimos já analisados e aprovados pelo banco estatal confirmam, na prática, muitas dessas expectativas.
Entre janeiro e outubro, o BNDES aprovou mensalmente, em média, 10% mais verbas (R$ 7 bilhões ao mês) para empresas do que em 2006. O setor de alimentos e bebidas, chave para manter a inflação sob controle, teve 45% mais empréstimos aprovados em dez meses (R$ 6 bilhões) do que em 2006.
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"O crescimento do mercado interno é quem puxa esses investimentos", afirma Fernando Puga, do BNDES.
...
Fonte: Fernando Canzian e Cristiane Barbieri, Folha de São Paulo
Produtores devem suspender a venda antecipada de soja
23.11.07
Até agora, em torno de 18 milhões de toneladas do insumo já foram negociadas.
Apesar de as cotações da soja estarem batendo sucessivos recordes na Bolsa de Chicago (CBOT) - atingiu no dia último dia 20 o valor de US$ 11 o bushel, o maior desde junho de 1988 - consultorias agroeconômicas orientam produtor a suspender as vendas antecipadas até janeiro, quando a confirmação de fundamentos altistas podem elevar as cotações do bushel a níveis entre 12 e 13 dólares.
Até agora, em torno de 18 milhões de toneladas de soja já foram negociadas, referentes à lavoura de soja que está sendo cultivada no Brasil, o que significa 30% da safra (2007/08), estimada em 59,4 milhões de toneladas por órgãos oficiais. Em dólar, o volume foi negociado muito próximo ou acima de 10 dólares por bushel, valor recorde para venda antecipada, segundo Anderson Galvão, diretor da Céleres.
"Mas, está nítido que os preços da soja estão mudando de patamar, e nada impede que a soja chegue a valer 13 dólares por bushel, o que vai alcançar US$ 24 (a saca de 60 quilos) no Brasil. Por essa circunstância, o produtor não pode mais vender até janeiro, quando essa definição vai ocorrer", alerta Galvão, que se refere à posição mais clara sobre a colheita na América do Sul.
Essa recomendação, pondera Galvão, é generalista e considera que cada produtor deve decidir o que vender garantindo sua margem de segurança. Apesar da alta, em alguns estados há casos em que a fixação de preços ficou baixa, na média, perto dos níveis em que o mercado fixou no segundo semestre. Em Mato Grosso, que costuma fixar preços mais cedo do que em outros estados, isso aconteceu. Na Cooperativa Agropecuária Industrial Celeiro do Norte (Coacen), em Sorriso (MT), houve negociação em 2006 para entrega com soja da safra 2007/08. Na época, Chicago estava em 6 dólares o bushel (atualmente está 11) , conta Argino Bedin, produtor e cooperado da Coacen, que deve produzir 6 milhões de sacas de soja nesta safra. "Na época, o preço parecia muito bom. Hoje vemos que não era", constata Bedin.
Mas, apesar de o mercado considerar fortemente a possibilidade de a soja bater 13 dólares por bushel, nenhum especialista "assina em baixo", afirma Gonzalo Terracini, analista de gerenciamento de risco da FCStone. Mas essa especulação tem uma forte razão para existir, segundo Galvão. E ela é a co-relação do comportamento dos preços do óleo de soja e do petróleo que, neste ano atingiu nível "conceitualmente bastante elevado".
"Até este momento de 2007, 87,3% da variação do petróleo foi transferida para as cotações do óleo de soja, comportamento que no ano passado foi nulo e que, em 2005, perto de 2%", argumenta Galvão. Para ele, isso mostra tendência de que preços da soja passarão a ser direcionados pela cotação do óleo (e, conseqüentemente do petróleo) e não mais do farelo, como até então vinha ocorrendo.
A falta de "limites" para o preço da soja ganha força com a firme demanda da China, que não arrefeceu mesmo diante dos altos preços da commodity. E essa sustentação também tem apoio no enfraquecimento mundial da moeda americana, que amortece a valorização forte dos preços da soja na CBOT, na avaliação de Terracini. "A tonelada do grão posto em território chinês custa US$ 540, valor muito elevado em dólar", completa.
fonte: Gazeta Mercantil, com o Observatório
Até agora, em torno de 18 milhões de toneladas do insumo já foram negociadas.
Apesar de as cotações da soja estarem batendo sucessivos recordes na Bolsa de Chicago (CBOT) - atingiu no dia último dia 20 o valor de US$ 11 o bushel, o maior desde junho de 1988 - consultorias agroeconômicas orientam produtor a suspender as vendas antecipadas até janeiro, quando a confirmação de fundamentos altistas podem elevar as cotações do bushel a níveis entre 12 e 13 dólares.
Até agora, em torno de 18 milhões de toneladas de soja já foram negociadas, referentes à lavoura de soja que está sendo cultivada no Brasil, o que significa 30% da safra (2007/08), estimada em 59,4 milhões de toneladas por órgãos oficiais. Em dólar, o volume foi negociado muito próximo ou acima de 10 dólares por bushel, valor recorde para venda antecipada, segundo Anderson Galvão, diretor da Céleres.
"Mas, está nítido que os preços da soja estão mudando de patamar, e nada impede que a soja chegue a valer 13 dólares por bushel, o que vai alcançar US$ 24 (a saca de 60 quilos) no Brasil. Por essa circunstância, o produtor não pode mais vender até janeiro, quando essa definição vai ocorrer", alerta Galvão, que se refere à posição mais clara sobre a colheita na América do Sul.
Essa recomendação, pondera Galvão, é generalista e considera que cada produtor deve decidir o que vender garantindo sua margem de segurança. Apesar da alta, em alguns estados há casos em que a fixação de preços ficou baixa, na média, perto dos níveis em que o mercado fixou no segundo semestre. Em Mato Grosso, que costuma fixar preços mais cedo do que em outros estados, isso aconteceu. Na Cooperativa Agropecuária Industrial Celeiro do Norte (Coacen), em Sorriso (MT), houve negociação em 2006 para entrega com soja da safra 2007/08. Na época, Chicago estava em 6 dólares o bushel (atualmente está 11) , conta Argino Bedin, produtor e cooperado da Coacen, que deve produzir 6 milhões de sacas de soja nesta safra. "Na época, o preço parecia muito bom. Hoje vemos que não era", constata Bedin.
Mas, apesar de o mercado considerar fortemente a possibilidade de a soja bater 13 dólares por bushel, nenhum especialista "assina em baixo", afirma Gonzalo Terracini, analista de gerenciamento de risco da FCStone. Mas essa especulação tem uma forte razão para existir, segundo Galvão. E ela é a co-relação do comportamento dos preços do óleo de soja e do petróleo que, neste ano atingiu nível "conceitualmente bastante elevado".
"Até este momento de 2007, 87,3% da variação do petróleo foi transferida para as cotações do óleo de soja, comportamento que no ano passado foi nulo e que, em 2005, perto de 2%", argumenta Galvão. Para ele, isso mostra tendência de que preços da soja passarão a ser direcionados pela cotação do óleo (e, conseqüentemente do petróleo) e não mais do farelo, como até então vinha ocorrendo.
A falta de "limites" para o preço da soja ganha força com a firme demanda da China, que não arrefeceu mesmo diante dos altos preços da commodity. E essa sustentação também tem apoio no enfraquecimento mundial da moeda americana, que amortece a valorização forte dos preços da soja na CBOT, na avaliação de Terracini. "A tonelada do grão posto em território chinês custa US$ 540, valor muito elevado em dólar", completa.
fonte: Gazeta Mercantil, com o Observatório
Morte de frangos em Nova Marilândia:prejuízo de R$800 mil
23.11.07
A Perdigão pode chegar a ter um prejuízo de R$ 800 mil com a morte de aproximadamente 100 mil frangos de aviários de Nova Marilândia que seriam destinados ao abate no frigorífico da empresa em Nova Mutum. Conforme informou o prefeito de Nova Marilândia, José Aparecido dos Santos (Cidinho), é o que lhe teriam dito representantes da Perdigão. Até ontem à tarde, o levantamento era de que 85 mil aves haviam morrido por conta da interrupção no fornecimento de energia por 7 horas e 41 minutos. O restante teria morrido, conforme o prefeito, durante o transporte para o frigorífico. Mas, ainda de acordo com o prefeito, a Cemat já teria procurado os aviários e a Perdigão para discutir uma possível indenização.
A empresa orienta aos consumidores que necessitem de fornecimento de energia sem interrupção, como é o caso dos aviários, para que mantenham gerador próprio para evitar problemas desse tipo.
Fonte: Agronotícias, A Gazeta, com o Observatório
A Perdigão pode chegar a ter um prejuízo de R$ 800 mil com a morte de aproximadamente 100 mil frangos de aviários de Nova Marilândia que seriam destinados ao abate no frigorífico da empresa em Nova Mutum. Conforme informou o prefeito de Nova Marilândia, José Aparecido dos Santos (Cidinho), é o que lhe teriam dito representantes da Perdigão. Até ontem à tarde, o levantamento era de que 85 mil aves haviam morrido por conta da interrupção no fornecimento de energia por 7 horas e 41 minutos. O restante teria morrido, conforme o prefeito, durante o transporte para o frigorífico. Mas, ainda de acordo com o prefeito, a Cemat já teria procurado os aviários e a Perdigão para discutir uma possível indenização.
A empresa orienta aos consumidores que necessitem de fornecimento de energia sem interrupção, como é o caso dos aviários, para que mantenham gerador próprio para evitar problemas desse tipo.
Fonte: Agronotícias, A Gazeta, com o Observatório
Recall de hambúrguer faz empresa declarar falência
23.11.07
Contaminação fez empresa recolher quase 10 milhões de quilos de carne há dois meses.
Após recolher mais de 9,8 milhões de quilos de carne de hambúrguer há cerca de dois meses, a empresa Topps Meat, do estado americano de Nova Jersey, declarou falência, segundo informações do "New York Times".
Em nota, a empresa justificou que “o severo impacto econômico do recall” forçou o encerramento das operações.
A Toops já havia fechado as portas e demitido a maioria dos funcionários no dia 5 de outubro, uma semana depois de iniciar um dos maiores recalls de hambúrguer.
Pelo menos 40 pessoas em oito estados americanos ficaram doentes após consumirem a carne, cujos testes detectaram a presença da bactéria Escherichia coli, segundo informações do Departamento de Agricultura.
O caso da Topps foi o mais sério envolvendo outros 16 recalls por contaminação de carne com a bactéria este ano.
No início deste mês, a gigante do setor agrícola Cargill informou a realização de recall de quase 500 mil kg de carne de hambúrguer distribuídos nos Estados Unidos devido a uma possível contaminação por coliformes fecais.
Fonte: Do G1
Registro: Cargill faz recall de quase 500 mil kg de carne de hambúrguer nos EUA
Teste em amostra deu resultado positivo para a bactéria Escherichia coli.
Empresa anuncia recall de pizzas congeladas nos EUA
A gigante do setor agrícola Cargill informou no dia 03.11.07 que está fazendo o recall de quase 500 mil kg de carne de hambúrguer distribuídos nos Estados Unidos devido a uma possível contaminação por coliformes fecais.
A Cargill Meat Solutions afirmou que uma amostra dos 491,7 mil kg de carne de hambúrguer distribuídos entre 8 e 11 de outubro deu resultado positivo para a bactéria Escherichia coli em teste realizado pelo Departamento de Agricultura do país.
Os sintomas associados à contaminação com a bactéria incluem fortes dores de barriga, diarréia e desidratação. Crianças, idosos e pessoas com baixa resistência são as mais vulneráveis.
"Nenhuma doença foi associada com o produto", disse John Keating, presidente da Cargill Regional Beef, em comunicado. "Estamos trabalhando junto com o Departamento de Agricultura para remover o produto do mercado."
O recall foi o segundo da companhia em um mês. Em 7 de outubro, a Cargill anunciou o recolhimento de quase 400 mil quilos de carne congelada processada em WinscEonsin.
Fontes; Efe, Reuters, AEstado
Contaminação fez empresa recolher quase 10 milhões de quilos de carne há dois meses.
Após recolher mais de 9,8 milhões de quilos de carne de hambúrguer há cerca de dois meses, a empresa Topps Meat, do estado americano de Nova Jersey, declarou falência, segundo informações do "New York Times".
Em nota, a empresa justificou que “o severo impacto econômico do recall” forçou o encerramento das operações.
A Toops já havia fechado as portas e demitido a maioria dos funcionários no dia 5 de outubro, uma semana depois de iniciar um dos maiores recalls de hambúrguer.
Pelo menos 40 pessoas em oito estados americanos ficaram doentes após consumirem a carne, cujos testes detectaram a presença da bactéria Escherichia coli, segundo informações do Departamento de Agricultura.
O caso da Topps foi o mais sério envolvendo outros 16 recalls por contaminação de carne com a bactéria este ano.
No início deste mês, a gigante do setor agrícola Cargill informou a realização de recall de quase 500 mil kg de carne de hambúrguer distribuídos nos Estados Unidos devido a uma possível contaminação por coliformes fecais.
Fonte: Do G1
Registro: Cargill faz recall de quase 500 mil kg de carne de hambúrguer nos EUA
Teste em amostra deu resultado positivo para a bactéria Escherichia coli.
Empresa anuncia recall de pizzas congeladas nos EUA
A gigante do setor agrícola Cargill informou no dia 03.11.07 que está fazendo o recall de quase 500 mil kg de carne de hambúrguer distribuídos nos Estados Unidos devido a uma possível contaminação por coliformes fecais.
A Cargill Meat Solutions afirmou que uma amostra dos 491,7 mil kg de carne de hambúrguer distribuídos entre 8 e 11 de outubro deu resultado positivo para a bactéria Escherichia coli em teste realizado pelo Departamento de Agricultura do país.
Os sintomas associados à contaminação com a bactéria incluem fortes dores de barriga, diarréia e desidratação. Crianças, idosos e pessoas com baixa resistência são as mais vulneráveis.
"Nenhuma doença foi associada com o produto", disse John Keating, presidente da Cargill Regional Beef, em comunicado. "Estamos trabalhando junto com o Departamento de Agricultura para remover o produto do mercado."
O recall foi o segundo da companhia em um mês. Em 7 de outubro, a Cargill anunciou o recolhimento de quase 400 mil quilos de carne congelada processada em WinscEonsin.
Fontes; Efe, Reuters, AEstado
Investimento em 'comércio justo' multiplica renda
23.11.07
Segundo dados da ONG internacional FLO, que atua na área, 8,5 mil famílias brasileiras estão envolvidas na cadeia produtiva do comércio justo.
Essa é uma prática econômica que já movimenta mais de R$ 3 bilhões no mundo e começa, aos poucos, a influenciar positivamente a renda de agricultores e artesãos do interior do país.
É o movimento do comércio justo, capitaneado por organizações não-governamentais e pelo Sebrae, que prega a ética nas relações entre produtor e vendedor, com respeito ao meio ambiente, à sociedade e ao consumidor.
...
Por definição, o comércio justo tem a meta de garantir que todos os elos da cadeia produtiva sejam remunerados de forma justa por sua contribuição na produção de uma determinada mercadoria. Assim, é comum que as que têm o selo de comércio justo - ou fair trade, na definição em inglês - paguem a seus fornecedores de matéria-prima um "prêmio" pela produção que respeita as leis ambientais e trabalhistas.
Fonte: Fernando Scheller, do G1 (O Globo)
Segundo dados da ONG internacional FLO, que atua na área, 8,5 mil famílias brasileiras estão envolvidas na cadeia produtiva do comércio justo.
Essa é uma prática econômica que já movimenta mais de R$ 3 bilhões no mundo e começa, aos poucos, a influenciar positivamente a renda de agricultores e artesãos do interior do país.
É o movimento do comércio justo, capitaneado por organizações não-governamentais e pelo Sebrae, que prega a ética nas relações entre produtor e vendedor, com respeito ao meio ambiente, à sociedade e ao consumidor.
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Por definição, o comércio justo tem a meta de garantir que todos os elos da cadeia produtiva sejam remunerados de forma justa por sua contribuição na produção de uma determinada mercadoria. Assim, é comum que as que têm o selo de comércio justo - ou fair trade, na definição em inglês - paguem a seus fornecedores de matéria-prima um "prêmio" pela produção que respeita as leis ambientais e trabalhistas.
Fonte: Fernando Scheller, do G1 (O Globo)
Governo contra metas para a redução de emissões
22.11.07
Enquanto líderes mundiais se preparam para debater em dezembro, na ilha de Bali, na Indonésia (Conferência da Partes da Convenção do Clima – COP-13), uma estratégia mundial para enfrentar as mudanças climáticas, o Brasil discute se deve ou não se comprometer a diminuir a emissão de gases do efeito estufa com metas internacionais ou com acordos internos. Hoje (21), uma audiência pública na Comissão Mista Especial de Mudanças Climáticas no Senado Federal discutiu o assunto.
Segundo dados da organização não-governamental Greenpeace, pelo menos 20% das emissões globais de gases do efeito estufa são resultado da destruição de florestas tropicais. No Brasil, cerca de 75% das emissões brasileiras são decorrentes dos desmatamentos, principalmente os ocorridos na Amazônia, e de mudanças no uso do solo.
A técnica em mudanças climáticas da organização não-governamental WWF-Brasil, Karen Suassuna, defende que o Brasil demonstre algum tipo de compromisso em relação às emissões. Para ela, sem o estabelecimento de metas, não é possível analisar o progresso brasileiro na redução das emissões.
“A proposta de metas internas não aconteceu. O que nós temos é um plano de combate, mas esperamos que alguma coisa um pouco mais elaborada seja apresentada dessa vez em Bali”, afirmou.
Karen também chamou a atenção para a necessidade que o Brasil adote uma posição única de Estado, que envolva também os Ministérios da Agricultura e Pecuária, além da Ciência e Tecnologia e Meio Ambiente. “A pecuária é um dos impulsionantes do desmatamento. Não tratar a pecuária, e portanto não trazer os atores responsáveis por esse setor para a mesa de negociação, deixa o Brasil numa posição fragilizada”.
Brasil é o 4º maior emissor de gases efeito estufa, diz WRI
Para o ambientalista Luis Piva, responsável pela área de clima e energia do Greenpeace, o Brasil deve discutir metas nacionais e levar essa discussão para a conferência de Bali. Ele acredita que no futuro o Brasil deverá adotar compromissos internacionais.
“Eu acho que vai chegar um momento em que essa discussão terá que ser colocada na mesa para os mais de 100 países que são signatários da convenção e do protocolo [Protocolo de Kyoto] debaterem. Eu acho que isso é extremamente necessário”, defendeu.
Piva citou dados da entidade internacional World Research Institut (WRI), que afirmam que o Brasil é o quarto maior emissor de gases do efeito estufa na atualidade, ficando atrás apenas da China, Estados Unidos e Indonésia. Segundo ele, três quartos do problema são decorrentes de desmatamentos e queimadas, sobretudo da Floresta Amazônica, que já possui 17% de sua cobertura vegetal desmatada.
“Esse desmatamento até tem sido reduzido mas continua num ritmo muito agressivo, sobretudo quando analisamos as autorizações ilegais para desmatar áreas em função da expansão da fronteira agrícola, da soja, do gado e do comércio de madeira”, diz.
No mês passado, nove organizações não-governamentais (ONGs) apresentaram no Congresso Nacional o Pacto Nacional pela Valorização da Floresta e pelo Fim do Desmatamento na Amazônia, que propõe a adoção de metas de redução anual de emissões de gases do efeito estufa até que se chegue ao desmatamento zero em 2015, continuando a ser permitido apenas o que consta na legislação: até 20% para a Amazônia, 30% para a Mata Atlântica e 50% para o Cerrado.
Para a secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Thelma Krug, o Brasil não é obrigado a ter obrigações internacionais em relação à emissão de gases, mas já produz esforços nesse sentido, como a adoção do plano de prevenção e combate ao desmatamento em 2004.
“A primeira coisa é você entender se essas metas, caso fossem estabelecidas, seriam exequíveis, atingidas. Agora eu não acredito, honestamente, que o estabelecimento de uma meta faria o Brasil agir de maneira diferente daquela que já está agindo hoje”, afirma.
Fonte: Irene Lobo, Agência Brasil/Radiobrás
Enquanto líderes mundiais se preparam para debater em dezembro, na ilha de Bali, na Indonésia (Conferência da Partes da Convenção do Clima – COP-13), uma estratégia mundial para enfrentar as mudanças climáticas, o Brasil discute se deve ou não se comprometer a diminuir a emissão de gases do efeito estufa com metas internacionais ou com acordos internos. Hoje (21), uma audiência pública na Comissão Mista Especial de Mudanças Climáticas no Senado Federal discutiu o assunto.
Segundo dados da organização não-governamental Greenpeace, pelo menos 20% das emissões globais de gases do efeito estufa são resultado da destruição de florestas tropicais. No Brasil, cerca de 75% das emissões brasileiras são decorrentes dos desmatamentos, principalmente os ocorridos na Amazônia, e de mudanças no uso do solo.
A técnica em mudanças climáticas da organização não-governamental WWF-Brasil, Karen Suassuna, defende que o Brasil demonstre algum tipo de compromisso em relação às emissões. Para ela, sem o estabelecimento de metas, não é possível analisar o progresso brasileiro na redução das emissões.
“A proposta de metas internas não aconteceu. O que nós temos é um plano de combate, mas esperamos que alguma coisa um pouco mais elaborada seja apresentada dessa vez em Bali”, afirmou.
Karen também chamou a atenção para a necessidade que o Brasil adote uma posição única de Estado, que envolva também os Ministérios da Agricultura e Pecuária, além da Ciência e Tecnologia e Meio Ambiente. “A pecuária é um dos impulsionantes do desmatamento. Não tratar a pecuária, e portanto não trazer os atores responsáveis por esse setor para a mesa de negociação, deixa o Brasil numa posição fragilizada”.
Brasil é o 4º maior emissor de gases efeito estufa, diz WRI
Para o ambientalista Luis Piva, responsável pela área de clima e energia do Greenpeace, o Brasil deve discutir metas nacionais e levar essa discussão para a conferência de Bali. Ele acredita que no futuro o Brasil deverá adotar compromissos internacionais.
“Eu acho que vai chegar um momento em que essa discussão terá que ser colocada na mesa para os mais de 100 países que são signatários da convenção e do protocolo [Protocolo de Kyoto] debaterem. Eu acho que isso é extremamente necessário”, defendeu.
Piva citou dados da entidade internacional World Research Institut (WRI), que afirmam que o Brasil é o quarto maior emissor de gases do efeito estufa na atualidade, ficando atrás apenas da China, Estados Unidos e Indonésia. Segundo ele, três quartos do problema são decorrentes de desmatamentos e queimadas, sobretudo da Floresta Amazônica, que já possui 17% de sua cobertura vegetal desmatada.
“Esse desmatamento até tem sido reduzido mas continua num ritmo muito agressivo, sobretudo quando analisamos as autorizações ilegais para desmatar áreas em função da expansão da fronteira agrícola, da soja, do gado e do comércio de madeira”, diz.
No mês passado, nove organizações não-governamentais (ONGs) apresentaram no Congresso Nacional o Pacto Nacional pela Valorização da Floresta e pelo Fim do Desmatamento na Amazônia, que propõe a adoção de metas de redução anual de emissões de gases do efeito estufa até que se chegue ao desmatamento zero em 2015, continuando a ser permitido apenas o que consta na legislação: até 20% para a Amazônia, 30% para a Mata Atlântica e 50% para o Cerrado.
Para a secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Thelma Krug, o Brasil não é obrigado a ter obrigações internacionais em relação à emissão de gases, mas já produz esforços nesse sentido, como a adoção do plano de prevenção e combate ao desmatamento em 2004.
“A primeira coisa é você entender se essas metas, caso fossem estabelecidas, seriam exequíveis, atingidas. Agora eu não acredito, honestamente, que o estabelecimento de uma meta faria o Brasil agir de maneira diferente daquela que já está agindo hoje”, afirma.
Fonte: Irene Lobo, Agência Brasil/Radiobrás
TNC e Aprosoja implantam projeto "Soja Ecológica"
22.11.07
A The Nature Conservancy (TNC) reuniu-se dia 21 pp., em Brasília, com sua parceira, a Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja/MT), para desenvolver o projeto “Soja Ecológica”.
A reunião aconteceu na sede da TNC e estavam presentes, o presidente da Aprosoja, Glauber Silveira, o vice-presidente oeste, Ricardo Arioli, assessor de relações institucionais, João Henrique, a Secretária de Agricultura e Meio Ambiente do município de Lucas do Rio Verde, Luciane Copetti, e por parte da TNC estavam o diretor do programa Savanas Centrais, João Campari e Henrique Santos.
O projeto, ainda em fase de elaboração, consiste em criar um fundo para captação de recursos internacionais, para acelerar o processo de adequação e licenciamento ambiental das propriedades de soja no estado de Mato Grosso. Além da Aprosoja e TNC, o Instituto Ação Verde (criado pela Aprosoja) também é parceiro nessa iniciativa.
“Estamos fazendo a nossa parte. Colocando em prática princípios como o plantio direto, descarte responsável de embalagens de agrotóxico, uso racional de defensivos agrícolas, áreas de conservação ambiental como reservas legais, área de preservação permanente, entre outros” declarou Arioli.
Esse projeto é classificado por seus autores como pioneiro e deve ser lançado na Conferência de Bali (Indonésia), que acontecerá de 3 a 14 de dezembro próximos.
Fonte: Só Notícias com o Observatório
Comentário do Editor: apenas seguir as determinações das leis do pais tornará a soja “ecológica”? um tanto de exagero, não?
A The Nature Conservancy (TNC) reuniu-se dia 21 pp., em Brasília, com sua parceira, a Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja/MT), para desenvolver o projeto “Soja Ecológica”.
A reunião aconteceu na sede da TNC e estavam presentes, o presidente da Aprosoja, Glauber Silveira, o vice-presidente oeste, Ricardo Arioli, assessor de relações institucionais, João Henrique, a Secretária de Agricultura e Meio Ambiente do município de Lucas do Rio Verde, Luciane Copetti, e por parte da TNC estavam o diretor do programa Savanas Centrais, João Campari e Henrique Santos.
O projeto, ainda em fase de elaboração, consiste em criar um fundo para captação de recursos internacionais, para acelerar o processo de adequação e licenciamento ambiental das propriedades de soja no estado de Mato Grosso. Além da Aprosoja e TNC, o Instituto Ação Verde (criado pela Aprosoja) também é parceiro nessa iniciativa.
“Estamos fazendo a nossa parte. Colocando em prática princípios como o plantio direto, descarte responsável de embalagens de agrotóxico, uso racional de defensivos agrícolas, áreas de conservação ambiental como reservas legais, área de preservação permanente, entre outros” declarou Arioli.
Esse projeto é classificado por seus autores como pioneiro e deve ser lançado na Conferência de Bali (Indonésia), que acontecerá de 3 a 14 de dezembro próximos.
Fonte: Só Notícias com o Observatório
Comentário do Editor: apenas seguir as determinações das leis do pais tornará a soja “ecológica”? um tanto de exagero, não?
Falta de energia elétrica mata 100 mil frangos em MT
22.11.07
Após mais de sete horas sem energia elétrica, os avicultores de Nova Marilândia, município de Mato Grosso, entraram em desespero. A falta de energia provocou a morte de mais de 100 mil frangos, com idade entre 30 a 35 dias, em uma primeira estimativa, prejuízos ainda incalculáveis pelos pequenos produtores. Há casos que em um aviário onde estavam alojados 10 mil frangos, morreram cerca de sete mil.
O fornecimento de energia elétrica foi interrompido por volta das 09h15 desta quarta-feira (dia 21) e só foi restabelecido por volta das 17h26, após mais de sete horas de apagão. O problema ocorreu entre o municipio de Arenápolis e Nova Marilãndia. A fábrica de ração que abastece os aviários também ficou parada e impedida de produzir ração para os aviários, ocasionando a morte de frangos por fome.
A empresa integradora que opera na região, Perdigão, também terá prejuízos ainda não verificados. "Os prejuízos serão enormes tanto para a Perdigão, como para avicultores e a fábrica de ração. “Ainda estamos levantando o tamanho do prejuízo, mas posso adiantar que serão enormes" - declarou o Supervisor da empresa no município, Jaime Mignone.
O assessor da presidência da Rede Cemat (Companhia de Eletricidade de Mato Grosso), Hélio Tito atribuiu o problema aos temporais. "Ontem e hoje, tivemos vários problemas no estado" salientou Tito.
Não há registro de chuvas nos últimos cinco dias em Nova Marilândia. O prefeito do Município, José Aparecido dos Santos, não foi encontrado para comentar os acontecimentos. Seus assessores informaram que ele estava visitando aviários na Zona Rural, para se inteirar dos fatos. A quarta-feira foi de um calor de cerca de 40 graus no município, embora a metereologia estimasse 36 graus, necessitando que ficassem ligados o sistema de refrigeração dos aviários.
Fonte: 24hsnews, com o Observatório
Após mais de sete horas sem energia elétrica, os avicultores de Nova Marilândia, município de Mato Grosso, entraram em desespero. A falta de energia provocou a morte de mais de 100 mil frangos, com idade entre 30 a 35 dias, em uma primeira estimativa, prejuízos ainda incalculáveis pelos pequenos produtores. Há casos que em um aviário onde estavam alojados 10 mil frangos, morreram cerca de sete mil.
O fornecimento de energia elétrica foi interrompido por volta das 09h15 desta quarta-feira (dia 21) e só foi restabelecido por volta das 17h26, após mais de sete horas de apagão. O problema ocorreu entre o municipio de Arenápolis e Nova Marilãndia. A fábrica de ração que abastece os aviários também ficou parada e impedida de produzir ração para os aviários, ocasionando a morte de frangos por fome.
A empresa integradora que opera na região, Perdigão, também terá prejuízos ainda não verificados. "Os prejuízos serão enormes tanto para a Perdigão, como para avicultores e a fábrica de ração. “Ainda estamos levantando o tamanho do prejuízo, mas posso adiantar que serão enormes" - declarou o Supervisor da empresa no município, Jaime Mignone.
O assessor da presidência da Rede Cemat (Companhia de Eletricidade de Mato Grosso), Hélio Tito atribuiu o problema aos temporais. "Ontem e hoje, tivemos vários problemas no estado" salientou Tito.
Não há registro de chuvas nos últimos cinco dias em Nova Marilândia. O prefeito do Município, José Aparecido dos Santos, não foi encontrado para comentar os acontecimentos. Seus assessores informaram que ele estava visitando aviários na Zona Rural, para se inteirar dos fatos. A quarta-feira foi de um calor de cerca de 40 graus no município, embora a metereologia estimasse 36 graus, necessitando que ficassem ligados o sistema de refrigeração dos aviários.
Fonte: 24hsnews, com o Observatório
Fiscais resgatam 831 indígenas de usina de açúcar no MS
22.11.07
Indígenas estavam alojados em construções extremamente precárias. Empregados não-índios eram melhor tratados, denuncia auditora. Usineiro nega e diz que situação encontrada se deve ao uso durante toda safra
Um grupo de 831 trabalhadores indígenas foi resgatado de condições degradantes da fazenda e usina de cana-de-açúcar Debrasa, unidade da Companhia Brasileira de Açúcar e Álcool (CBAA) em Brasilândia (MS), a 400 km da capital Campo Grande. Realizada na última terça-feira (13), a operação de fiscalização coordenada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) flagrou o descumprimento de leis trabalhistas por parte da Agrisul, que, assim como a CBAA, pertence ao grupo José Pessoa, um dos maiores e mais tradicionais do país no segmento sucroalcooleiro.
"O alojamento era de uma precariedade que causou espanto em toda a equipe", descreve a auditora fiscal do trabalho, Jacqueline Carrijo, que comandou o grupo móvel de fiscalização. Um grupo de 50 indígenas se amontoava em blocos retangulares de alvenaria (de 15 m x 6,8 m), semelhantes a uma cela de prisão. Os blocos menores (9,4 m x 2,8 m) abrigavam até 20 pessoas. A construção era antiga, as paredes estavam cobertas de mofo e os colchões eram sujos. Os blocos ficavam distantes cerca de 5 km da sede da usina, onde havia um outro alojamento dentro dos padrões exigidos por lei.
....
A alimentação dos indígenas também era muito precária. "Assim como na divisão dos alojamentos, verificamos muita diferença entre os refeitórios dos funcionários não-indígenas e o dos indígenas. Um deles era limpo e respeitava todas as normas, com mesas e cadeiras adequadas. Os indígenas, por sua vez, comiam sentados no chão. Havia clara discriminação, um verdadeiro apartheid [regime político fundado no racismo institucional que vigorou na África do Sul de 1948 até 1990]", descreve a coordenadora do grupo móvel do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). De acordo com ela, cerca de 200 funcionários da CBAA trabalhavam em situação bem mais favorável que os mais de mil, aí incluídos os 831 indígenas, registrados pela Agrisul.
As marmitas servidas aos indígenas não eram bem fechadas, e o cardápio era farto em carboidratos (muito arroz) e escasso em vitaminas (carne e legumes). A disponibilização de água potável durante o trabalho também se revelou precária. Muitos índios tiveram problema de vômitos e diarréia.
O transporte era realizado em seis ônibus totalmente precários. ...
A inexistência de restrição à liberdade e de dívidas com o empregador, bem como o registro em carteira - os salários estavam atrasados, assim como o pagamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) -, contribuíram para classificar o quadro como de trabalho degradante. Conforme o relato dos integrantes do grupo móvel, não foram encontradas armas de fogo nem foram consumadas ameaças de natureza física ou psicológica de restrição do direito de ir e vir.
...
Um dos gerentes do grupo José Pessoa vem acompanhando a fiscalização, declara a fiscal Jacqueline. Ela conta que não houve resistência nem restrições por parte dos representantes das empresas Agrisul e CBAA - que inclusive são signatárias do Pacto Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo (confira lista). Algumas providências já estão sendo tomadas, como a troca do ônibus de transporte, a disponibilização de banheiros químicos para os trabalhadores e manutenção das caldeiras da usina.
O outro lado
Repórter Brasil entrou em contato com a CBAA em Brasilândia (MS) por telefone no final da tarde desta terça-feira (20) com o intuito de registrar a posição da companhia com relação à fiscalização do grupo móvel. Uma funcionária da empresa solicitou que a reportagem entrasse em contato com a assessoria de imprensa do grupo, que fica na unidade de São José do Rio Preto, interior de São Paulo. A tentativa do contato foi feita, mas ninguém atendeu ao chamado telefônico nas instalações da filial paulista.
Nesta quarta-feira (21), o próprio presidente José Pessoa de Queiroz Bisneto conversou por telefone com a reportagem do Repórter Brasil. Para ele, a situação da usina Debrasa "não é bem como está sendo colocada". "Os alojamentos têm mais de 20 anos e já passaram por outras fiscalizações anteriormente, inclusive do próprio grupo móvel de Brasília. E nunca houve uma reação como agora. Eles estavam sujos por causa do uso durante toda a safra", justifica o empresário.
José Pessoa ressalta que a fiscalização aportou justamente nos últimos 15 dias da safra deste ano. "Se tivessem visto os alojamentos no começo da safra, a avaliação seria outra. Nem sempre conseguimos fazer a manutenção quando eles estão cheios", sublinha. (comentário do Editor: então podemos deduzir que durante toda a safra não é feita limpeza nos alojamentos?)
O quadro encontrado pelo grupo móvel, completa, também está relacionado com os hábitos dos trabalhadores indígenas, bem diferentes dos empregados não-indígenas.
A diferença de tratamento entre trabalhadores indígenas e não-indígenas na Debrasa, atestada pelo grupo móvel quando da fiscalização, foi refutada pelo usineiro. "A empresa tem uma só cozinha. Quem trabalha na industria faz suas refeições no refeitório porque estão todos concentrados. É a mesma comida que vai para o campo [para os indígenas]. Não é possível instalar refeitórios nas frentes. Nunca existiu diferenciação", responde. Ele também negou a existência de alojamentos-padrões apenas para os trabalhadores não-indígenas. "São todos iguais, da mesma qualidade".
A Debrasa, continua José Pessoa, é uma das poucas usinas da região que oferece emprego aos indígenas. "Em 1998, em função da modificação da legislação, acabamos com a contratação desse tipo de mão-de-obra. Mecanizamos tudo naquela ocasião. Diante do apelo das autoridades, voltamos a contratar índios justamente por causa da nossa preocupação social. Estamos `pagando o pato` por causa disso", adiciona.
Do conjunto de problemas identificados, o empresário assume que as irregularidades no transporte poderiam ter sido solucionadas anteriormente. "Não contrataremos mais ninguém. Vamos adquirir ônibus próprios". Para a próxima safra, que começa em abril de 2008, ele promete aumentar a mecanização, contratar menos indígenas e destruir os alojamentos antigos para reconstruir um espaço maior com uma planta mais moderna.
Ele não admite negligência no acompanhamento da situação dos alojamentos. Promete ainda guardar imagens e convidar representantes do Ministério Público do Trabalho para conferir as instalações oferecidas aos funcionários antes da safra do ano que vem começar. "Nunca quisemos explorar ninguém. Ficamos muito tristes com esse episódio todo".
Fonte: Por Beatriz Camargo e Maurício Hashizume, Repórter Brasil
Para mais informações, vá ao sitio do Repórter Brasil
Comentário do Editor: as medidas anunciadas pelo empresário parecem indicar que a “culpa” da situação acaba sendo atribuída ao fato de contratar indígenas, já que eles terão menos emprego na próxima safra...
Indígenas estavam alojados em construções extremamente precárias. Empregados não-índios eram melhor tratados, denuncia auditora. Usineiro nega e diz que situação encontrada se deve ao uso durante toda safra
Um grupo de 831 trabalhadores indígenas foi resgatado de condições degradantes da fazenda e usina de cana-de-açúcar Debrasa, unidade da Companhia Brasileira de Açúcar e Álcool (CBAA) em Brasilândia (MS), a 400 km da capital Campo Grande. Realizada na última terça-feira (13), a operação de fiscalização coordenada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) flagrou o descumprimento de leis trabalhistas por parte da Agrisul, que, assim como a CBAA, pertence ao grupo José Pessoa, um dos maiores e mais tradicionais do país no segmento sucroalcooleiro.
"O alojamento era de uma precariedade que causou espanto em toda a equipe", descreve a auditora fiscal do trabalho, Jacqueline Carrijo, que comandou o grupo móvel de fiscalização. Um grupo de 50 indígenas se amontoava em blocos retangulares de alvenaria (de 15 m x 6,8 m), semelhantes a uma cela de prisão. Os blocos menores (9,4 m x 2,8 m) abrigavam até 20 pessoas. A construção era antiga, as paredes estavam cobertas de mofo e os colchões eram sujos. Os blocos ficavam distantes cerca de 5 km da sede da usina, onde havia um outro alojamento dentro dos padrões exigidos por lei.
....
A alimentação dos indígenas também era muito precária. "Assim como na divisão dos alojamentos, verificamos muita diferença entre os refeitórios dos funcionários não-indígenas e o dos indígenas. Um deles era limpo e respeitava todas as normas, com mesas e cadeiras adequadas. Os indígenas, por sua vez, comiam sentados no chão. Havia clara discriminação, um verdadeiro apartheid [regime político fundado no racismo institucional que vigorou na África do Sul de 1948 até 1990]", descreve a coordenadora do grupo móvel do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). De acordo com ela, cerca de 200 funcionários da CBAA trabalhavam em situação bem mais favorável que os mais de mil, aí incluídos os 831 indígenas, registrados pela Agrisul.
As marmitas servidas aos indígenas não eram bem fechadas, e o cardápio era farto em carboidratos (muito arroz) e escasso em vitaminas (carne e legumes). A disponibilização de água potável durante o trabalho também se revelou precária. Muitos índios tiveram problema de vômitos e diarréia.
O transporte era realizado em seis ônibus totalmente precários. ...
A inexistência de restrição à liberdade e de dívidas com o empregador, bem como o registro em carteira - os salários estavam atrasados, assim como o pagamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) -, contribuíram para classificar o quadro como de trabalho degradante. Conforme o relato dos integrantes do grupo móvel, não foram encontradas armas de fogo nem foram consumadas ameaças de natureza física ou psicológica de restrição do direito de ir e vir.
...
Um dos gerentes do grupo José Pessoa vem acompanhando a fiscalização, declara a fiscal Jacqueline. Ela conta que não houve resistência nem restrições por parte dos representantes das empresas Agrisul e CBAA - que inclusive são signatárias do Pacto Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo (confira lista). Algumas providências já estão sendo tomadas, como a troca do ônibus de transporte, a disponibilização de banheiros químicos para os trabalhadores e manutenção das caldeiras da usina.
O outro lado
Repórter Brasil entrou em contato com a CBAA em Brasilândia (MS) por telefone no final da tarde desta terça-feira (20) com o intuito de registrar a posição da companhia com relação à fiscalização do grupo móvel. Uma funcionária da empresa solicitou que a reportagem entrasse em contato com a assessoria de imprensa do grupo, que fica na unidade de São José do Rio Preto, interior de São Paulo. A tentativa do contato foi feita, mas ninguém atendeu ao chamado telefônico nas instalações da filial paulista.
Nesta quarta-feira (21), o próprio presidente José Pessoa de Queiroz Bisneto conversou por telefone com a reportagem do Repórter Brasil. Para ele, a situação da usina Debrasa "não é bem como está sendo colocada". "Os alojamentos têm mais de 20 anos e já passaram por outras fiscalizações anteriormente, inclusive do próprio grupo móvel de Brasília. E nunca houve uma reação como agora. Eles estavam sujos por causa do uso durante toda a safra", justifica o empresário.
José Pessoa ressalta que a fiscalização aportou justamente nos últimos 15 dias da safra deste ano. "Se tivessem visto os alojamentos no começo da safra, a avaliação seria outra. Nem sempre conseguimos fazer a manutenção quando eles estão cheios", sublinha. (comentário do Editor: então podemos deduzir que durante toda a safra não é feita limpeza nos alojamentos?)
O quadro encontrado pelo grupo móvel, completa, também está relacionado com os hábitos dos trabalhadores indígenas, bem diferentes dos empregados não-indígenas.
A diferença de tratamento entre trabalhadores indígenas e não-indígenas na Debrasa, atestada pelo grupo móvel quando da fiscalização, foi refutada pelo usineiro. "A empresa tem uma só cozinha. Quem trabalha na industria faz suas refeições no refeitório porque estão todos concentrados. É a mesma comida que vai para o campo [para os indígenas]. Não é possível instalar refeitórios nas frentes. Nunca existiu diferenciação", responde. Ele também negou a existência de alojamentos-padrões apenas para os trabalhadores não-indígenas. "São todos iguais, da mesma qualidade".
A Debrasa, continua José Pessoa, é uma das poucas usinas da região que oferece emprego aos indígenas. "Em 1998, em função da modificação da legislação, acabamos com a contratação desse tipo de mão-de-obra. Mecanizamos tudo naquela ocasião. Diante do apelo das autoridades, voltamos a contratar índios justamente por causa da nossa preocupação social. Estamos `pagando o pato` por causa disso", adiciona.
Do conjunto de problemas identificados, o empresário assume que as irregularidades no transporte poderiam ter sido solucionadas anteriormente. "Não contrataremos mais ninguém. Vamos adquirir ônibus próprios". Para a próxima safra, que começa em abril de 2008, ele promete aumentar a mecanização, contratar menos indígenas e destruir os alojamentos antigos para reconstruir um espaço maior com uma planta mais moderna.
Ele não admite negligência no acompanhamento da situação dos alojamentos. Promete ainda guardar imagens e convidar representantes do Ministério Público do Trabalho para conferir as instalações oferecidas aos funcionários antes da safra do ano que vem começar. "Nunca quisemos explorar ninguém. Ficamos muito tristes com esse episódio todo".
Fonte: Por Beatriz Camargo e Maurício Hashizume, Repórter Brasil
Para mais informações, vá ao sitio do Repórter Brasil
Comentário do Editor: as medidas anunciadas pelo empresário parecem indicar que a “culpa” da situação acaba sendo atribuída ao fato de contratar indígenas, já que eles terão menos emprego na próxima safra...
Governo vai licitar lagos, rios e mar para cultivos aquáticos
19.11.07
Reforma Aquária dá andamento à privatização das águas no Brasil
Depois das rodovias, agora é a vez das águas da União. O Governo Federal lançou o primeiro edital de licitação neste mês e prepara pelo menos outros quatro até o fim do ano para conceder o direito de uso por 20 anos das chamadas "áreas aqüícolas" em lagos, rios, açudes, reservatórios ou em pontos do litoral.
As concessões serão exclusivas à aqüicultura --a criação de pescado em cativeiro--, tanto em água doce como salgada.
O primeiro edital publicado é para a concessão de 155 lotes no reservatório da hidrelétrica de Itaipu, no Paraná. Cada um dos lotes (ou áreas aqüícolas) tem 0,2 hectare em lâmina d'água, o equivalente à área de duas piscinas olímpicas.
A concessão será entregue a pescadores e ribeirinhos que forem aprovados num processo de seleção da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência, ao estilo das entrevistas para a escolha de famílias nos projetos de assentamento da reforma agrária.
Seleção e concorrência
Haverá dois tipos de edital: os de seleção, como no caso de Itaipu; e os de cessão onerosa, no qual tanto empresas nacionais como estrangeiras poderão disputar o mesmo espaço. Os primeiros editais para licitações onerosas serão abertos para áreas no litoral de Pernambuco (169 hectares) e de São Paulo (8,4 hectares).
A empresa vencedora será aquela que, na abertura dos envelopes, oferecer o maior valor pelo uso do lote por 20 anos. Além disso, terá de pagar anuidade para cada hectare concedido --entre R$ 200 e R$ 300 (valor ainda não definido).
Nos editais, já constará o tipo de pescado a ser produzido naquele conjunto de lotes. No caso de Itaipu, a produção será exclusiva de pacu.
Neste ano, ainda estão previstos editais para o açude do Castanhão, no interior cearense, e na bacia do Jatobá, em Pernambuco. O governo estima em 5,5 milhões de hectares o espaço disponível em águas da União para projetos de aqüicultura --segundo a legislação, apenas 1% de cada área poderá ser entregue à concessão. Por exemplo: uma represa de 500 hectares terá apenas 5 hectares abertos à concessão.
Uma instrução normativa interministerial publicada no mês passado tirou do caminho os últimos entraves jurídicos que até então impediam o lançamento dos editais. Nela, por exemplo, a responsabilidade pela escolha das áreas de concessão passou da Secretaria do Patrimônio da União para a Secretaria de Aqüicultura e Pesca.
Porta de saída
Segundo o governo, o uso legalizado das águas da União, como em açudes e reservatórios de hidrelétricas, pode ser uma "porta de saída" ao Bolsa Família. "Essas concessões vão beneficiar tanto o pequeno [pescador] como o empresário. A cessão é democrática e gera emprego para gente de baixa qualificação. É porta de saída para o Bolsa Família, ao colocar essa gente para produzir peixe", diz Felipe Matias, diretor de Desenvolvimento da Aqüicultura da Secretaria da Pesca.
Já a CPT (Comissão Pastoral da Terra) vê as licitações de outra forma. Para a entidade, braço agrário da Igreja Católica responsável por pesquisas sobre o chamado "hidronegócio", o cultivo de pescado em reservatórios da União ou em tanques-rede no mar pode trazer riscos ambientais e sociais.
"Haverá um problema sério do ponto de vista social. Tanto o litoral como as águas interiores não serão espaços mais livres. Haverá restrição do acesso às famílias pobres", afirma Roberto Malvezzi, pesquisador da Pastoral da Terra.
A publicação dos editais somente ocorre depois da autorização do Ibama, do governo do Estado, da Marinha e da ANA (Agência Nacional de Águas). As áreas escolhidas pela Secretaria da Pesca, em geral, serão aquelas nas quais já existe a presença de criadores de peixe --todos na ilegalidade, segundo o governo.
Empresas européias aguardam licitação em áreas de água doce e pontos do litoral
Já espalhadas pelas plantações de cana-de-açúcar e de soja do país, empresas estrangeiras poderão agora explorar águas da União. De acordo com o governo, já existem escoceses, noruegueses, franceses e espanhóis interessados na abertura dos editais de licitação, tanto para reservatórios em água doce como em pontos do litoral.
Esses estrangeiros atuarão em igualdade de condições aos brasileiros, em qualquer um dos editais para licitações onerosas. Um grupo da Noruega com participação em uma empresa nacional está aguardando a abertura do edital para um lote de 169 hectares no litoral pernambucano. Lá, a produção será de bijupirá, peixe exportado com o nome de cobia.
"Não há interesse de proibir os estrangeiros. Não queremos proibir ninguém, e sim garantir que o pequeno tenha acesso", afirma Felipe Matias, diretor de Desenvolvimento da Aqüicultura da Secretaria Especial da Pesca.
Já a CPT (Comissão Pastoral da Terra) vê com preocupação a futura presença de estrangeiros em águas na União.
Predadoras
"São empresas predadoras. Deixam para trás locais [no exterior] já deteriorados e procuram novos espaços, sem nenhuma preocupação com o ambiente. Elas vêm no sentido de produzir pescado em larga escala", afirma Roberto Malvezzi, agente do braço agrário da Igreja Católica e um dos coordenadores de estudos da entidade sobre os impactos do agro e do hidronegócio nas pequenas comunidades.
Fonte: Eduardo Scolese, da Folha de S.Paulo, em Brasília
Comentário do Editor: Essa questão está me lembrando os famosos "perímetros irrigados" do passado, onde se previa assentar principalmente pequenos agricultores. Estão, hoje, predominantemente na mão de empresas. Será a criação em cativeiro de peixes e outros seres aquáticos tão simples assim? qualquer pescador ou ribeirinho vai "se dar bem" nessa nova atividade? a tecnologia, os controles de qualidade, a escolha das rações? haverá assistência técnica disponível para todos?
Reforma Aquária dá andamento à privatização das águas no Brasil
Depois das rodovias, agora é a vez das águas da União. O Governo Federal lançou o primeiro edital de licitação neste mês e prepara pelo menos outros quatro até o fim do ano para conceder o direito de uso por 20 anos das chamadas "áreas aqüícolas" em lagos, rios, açudes, reservatórios ou em pontos do litoral.
As concessões serão exclusivas à aqüicultura --a criação de pescado em cativeiro--, tanto em água doce como salgada.
O primeiro edital publicado é para a concessão de 155 lotes no reservatório da hidrelétrica de Itaipu, no Paraná. Cada um dos lotes (ou áreas aqüícolas) tem 0,2 hectare em lâmina d'água, o equivalente à área de duas piscinas olímpicas.
A concessão será entregue a pescadores e ribeirinhos que forem aprovados num processo de seleção da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência, ao estilo das entrevistas para a escolha de famílias nos projetos de assentamento da reforma agrária.
Seleção e concorrência
Haverá dois tipos de edital: os de seleção, como no caso de Itaipu; e os de cessão onerosa, no qual tanto empresas nacionais como estrangeiras poderão disputar o mesmo espaço. Os primeiros editais para licitações onerosas serão abertos para áreas no litoral de Pernambuco (169 hectares) e de São Paulo (8,4 hectares).
A empresa vencedora será aquela que, na abertura dos envelopes, oferecer o maior valor pelo uso do lote por 20 anos. Além disso, terá de pagar anuidade para cada hectare concedido --entre R$ 200 e R$ 300 (valor ainda não definido).
Nos editais, já constará o tipo de pescado a ser produzido naquele conjunto de lotes. No caso de Itaipu, a produção será exclusiva de pacu.
Neste ano, ainda estão previstos editais para o açude do Castanhão, no interior cearense, e na bacia do Jatobá, em Pernambuco. O governo estima em 5,5 milhões de hectares o espaço disponível em águas da União para projetos de aqüicultura --segundo a legislação, apenas 1% de cada área poderá ser entregue à concessão. Por exemplo: uma represa de 500 hectares terá apenas 5 hectares abertos à concessão.
Uma instrução normativa interministerial publicada no mês passado tirou do caminho os últimos entraves jurídicos que até então impediam o lançamento dos editais. Nela, por exemplo, a responsabilidade pela escolha das áreas de concessão passou da Secretaria do Patrimônio da União para a Secretaria de Aqüicultura e Pesca.
Porta de saída
Segundo o governo, o uso legalizado das águas da União, como em açudes e reservatórios de hidrelétricas, pode ser uma "porta de saída" ao Bolsa Família. "Essas concessões vão beneficiar tanto o pequeno [pescador] como o empresário. A cessão é democrática e gera emprego para gente de baixa qualificação. É porta de saída para o Bolsa Família, ao colocar essa gente para produzir peixe", diz Felipe Matias, diretor de Desenvolvimento da Aqüicultura da Secretaria da Pesca.
Já a CPT (Comissão Pastoral da Terra) vê as licitações de outra forma. Para a entidade, braço agrário da Igreja Católica responsável por pesquisas sobre o chamado "hidronegócio", o cultivo de pescado em reservatórios da União ou em tanques-rede no mar pode trazer riscos ambientais e sociais.
"Haverá um problema sério do ponto de vista social. Tanto o litoral como as águas interiores não serão espaços mais livres. Haverá restrição do acesso às famílias pobres", afirma Roberto Malvezzi, pesquisador da Pastoral da Terra.
A publicação dos editais somente ocorre depois da autorização do Ibama, do governo do Estado, da Marinha e da ANA (Agência Nacional de Águas). As áreas escolhidas pela Secretaria da Pesca, em geral, serão aquelas nas quais já existe a presença de criadores de peixe --todos na ilegalidade, segundo o governo.
Empresas européias aguardam licitação em áreas de água doce e pontos do litoral
Já espalhadas pelas plantações de cana-de-açúcar e de soja do país, empresas estrangeiras poderão agora explorar águas da União. De acordo com o governo, já existem escoceses, noruegueses, franceses e espanhóis interessados na abertura dos editais de licitação, tanto para reservatórios em água doce como em pontos do litoral.
Esses estrangeiros atuarão em igualdade de condições aos brasileiros, em qualquer um dos editais para licitações onerosas. Um grupo da Noruega com participação em uma empresa nacional está aguardando a abertura do edital para um lote de 169 hectares no litoral pernambucano. Lá, a produção será de bijupirá, peixe exportado com o nome de cobia.
"Não há interesse de proibir os estrangeiros. Não queremos proibir ninguém, e sim garantir que o pequeno tenha acesso", afirma Felipe Matias, diretor de Desenvolvimento da Aqüicultura da Secretaria Especial da Pesca.
Já a CPT (Comissão Pastoral da Terra) vê com preocupação a futura presença de estrangeiros em águas na União.
Predadoras
"São empresas predadoras. Deixam para trás locais [no exterior] já deteriorados e procuram novos espaços, sem nenhuma preocupação com o ambiente. Elas vêm no sentido de produzir pescado em larga escala", afirma Roberto Malvezzi, agente do braço agrário da Igreja Católica e um dos coordenadores de estudos da entidade sobre os impactos do agro e do hidronegócio nas pequenas comunidades.
Fonte: Eduardo Scolese, da Folha de S.Paulo, em Brasília
Comentário do Editor: Essa questão está me lembrando os famosos "perímetros irrigados" do passado, onde se previa assentar principalmente pequenos agricultores. Estão, hoje, predominantemente na mão de empresas. Será a criação em cativeiro de peixes e outros seres aquáticos tão simples assim? qualquer pescador ou ribeirinho vai "se dar bem" nessa nova atividade? a tecnologia, os controles de qualidade, a escolha das rações? haverá assistência técnica disponível para todos?
MTE acha 32 trabalhadores em condições desumanas no RS
19.11.07
Fiscais do Ministério do Trabalho encontraram 32 pessoas submetidas a condições desumanas de trabalho e sobrevivência em plantações de eucaliptos no interior do município de Cacequi, a 400 quilômetros de Porto Alegre, na sexta-feira. O grupo foi transferido para um hotel no centro da cidade, onde vai esperar pelo pagamento de salários.
O empregador fez um acordo com representantes da Delegacia Regional do Trabalho, prometendo obter o dinheiro durante a semana para quitar o débito. Logo que receberem, os trabalhadores voltarão a Alegrete, no Rio Grande do Sul, e a cidades de Mato Grosso do Sul e do Paraguai, de onde saíram.
A Brigada Militar (polícia militar gaúcha), o Ministério do Trabalho, o Ministério Público do Trabalho e a Polícia Federal investigavam o caso desde terça-feira da semana passada, quando receberam uma denúncia anônima. Os fiscais e policiais foram ao local e encontraram homens e mulheres cortando árvores do nascer ao pôr-do-sol, em jornadas exaustivas e não remuneradas de trabalho, situação que o Ministério considera como de "redução à condição análoga à de escravo".
Os alojamentos também foram considerados insalubres, por falta de banheiro e condições mínimas de higiene, conforto e segurança. Homens, mulheres e crianças eram obrigados a beber água de um rio e nele se banhar.
A Delegacia Regional do Trabalho não divulgou o nome da empresa que contratou os trabalhadores. Informou apenas que ela tem domicílio no Paraná e que é fornecedora de empresas ligadas ao ramo ferroviário. Os troncos de eucaliptos seriam usados como dormentes de trilhos. Se condenados pela Justiça pela exploração de trabalho escravo, os responsáveis podem pegar penas de dois a oito anos de reclusão.
Fonte: Elder Ogliari- Agência Estado
Fiscais do Ministério do Trabalho encontraram 32 pessoas submetidas a condições desumanas de trabalho e sobrevivência em plantações de eucaliptos no interior do município de Cacequi, a 400 quilômetros de Porto Alegre, na sexta-feira. O grupo foi transferido para um hotel no centro da cidade, onde vai esperar pelo pagamento de salários.
O empregador fez um acordo com representantes da Delegacia Regional do Trabalho, prometendo obter o dinheiro durante a semana para quitar o débito. Logo que receberem, os trabalhadores voltarão a Alegrete, no Rio Grande do Sul, e a cidades de Mato Grosso do Sul e do Paraguai, de onde saíram.
A Brigada Militar (polícia militar gaúcha), o Ministério do Trabalho, o Ministério Público do Trabalho e a Polícia Federal investigavam o caso desde terça-feira da semana passada, quando receberam uma denúncia anônima. Os fiscais e policiais foram ao local e encontraram homens e mulheres cortando árvores do nascer ao pôr-do-sol, em jornadas exaustivas e não remuneradas de trabalho, situação que o Ministério considera como de "redução à condição análoga à de escravo".
Os alojamentos também foram considerados insalubres, por falta de banheiro e condições mínimas de higiene, conforto e segurança. Homens, mulheres e crianças eram obrigados a beber água de um rio e nele se banhar.
A Delegacia Regional do Trabalho não divulgou o nome da empresa que contratou os trabalhadores. Informou apenas que ela tem domicílio no Paraná e que é fornecedora de empresas ligadas ao ramo ferroviário. Os troncos de eucaliptos seriam usados como dormentes de trilhos. Se condenados pela Justiça pela exploração de trabalho escravo, os responsáveis podem pegar penas de dois a oito anos de reclusão.
Fonte: Elder Ogliari- Agência Estado
Brasil é o 5º País maior emissor de CO2
19.11.07
Emissão cresce mais que o PIB no Brasil, diz a Folha de São Paulo
Gás carbônico emitido na economia teve alta de 45% entre 1994 e 2005
Cálculo foi feito por grupo do RJ a pedido do governo e integrará novo inventário nacional; térmicas e carros foram fatores de elevação: Frota maior foi um dos responsáveis pelo crescimento nas emissões
As emissões de gás carbônico na economia brasileira cresceram 45% entre 1994 e 2005. Nesse período, a média de crescimento anual da produção de gases-estufa excluindo o desmatamento foi de 3,4%, enquanto o PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 2,6%. Ou seja, o país está poluindo mais do que gerando riqueza.
Os dados integram relatório do balanço de carbono do Brasil, feito em convênio com o Ministério da Ciência e Tecnologia pela Economia & Energia (www.ecen.com), uma organização sediada no Rio.
Eles formarão a base do próximo inventário nacional de emissões, ainda sem data para ser concluído, que será entregue à Convenção do Clima das Nações Unidas. O inventário atual, lançado em 2004, já nasceu desatualizado: seus dados refletem as emissões de 1994.
... Em 2005, (as emissões de carbono) chegaram a 91 milhões de toneladas, ultrapassando as emissões somadas de Áustria e da Holanda. Tudo isso excluído o desmatamento, que responde por cerca de 75% das emissões brasileiras -e que torna o Brasil o quinto maior poluidor global.
Segundo Carlos Feu, diretor da Economia & Energia, dois fatores responderam pela elevação das emissões: o brasileiro está andando mais de carro e consumindo energia mais suja.
...A matriz energética nacional, antes predominantemente hidrelétrica (cujas emissões não são contabilizadas por falta de critério científico), passou a contar a partir desta década com usinas movidas a combustíveis fósseis como gás natural, diesel e carvão mineral.
...
O Plano Nacional de Energia, elaborado pela EPE (Empresa Brasileira de Pesquisas Energéticas), prevê que a participação do gás na matriz nacional em 2030 terá quase dobrado em relação ao 2005. A capacidade instalada de usinas a carvão deve quadruplicar no período, de 1.400 para 6.000 megawatts. As estimativas foram feitas antes da confirmação do potencial do campo de petróleo de Tupi, na bacia de Santos -que tende a tornar o óleo uma fonte de energia ainda mais importante no país.
Segundo o relatório do balanço de carbono, o setor de geração de energia foi o único que cresceu sua participação relativa no total de emissões entre 1994 e 2005: de 12% para 17%. As emissões desse setor duplicaram no período, de 7,6 milhões de toneladas de carbono em 1994 para 15,2 milhões em 2005. Os transportes mantiveram a fatia de 40%, mas suas emissões saltaram 45%: de 25,4 milhões para 36,9 milhões de toneladas de carbono.
Para Carlos Feu, o aumento no consumo de veículos no país -que se reflete primeiro na queima de combustíveis fósseis- é parte da explicação para o aumento nas emissões ter ultrapassado do PIB.
Intensidade
Isso tudo contribui para que a chamada intensidade de carbono, ou seja, o total de carbono emitido por US$ 1.000 gerados na economia, ainda seja alta no Brasil. Nos países ricos, a tendência é que ela caia, seja por eficiência, seja pelo aumento da participação do setor de serviços. "Ainda estamos num caminho de subir a intensidade de carbono", diz Feu.
O relatório, no entanto, ainda não conseguiu avaliar o peso dos motores flex na redução das emissões. Os carros flex, que aumentaram o uso do álcool (combustível que emite pouco carbono) no país, só entraram no mercado em 2004.
O crescimento das emissões industriais deve colocar o Brasil numa posição ainda mais delicada nas negociações do acordo substituto de Kyoto, que começam no mês que vem em Bali, Indonésia. O país, como o resto do Terceiro Mundo, é desobrigado por Kyoto de cortar emissões mas vem sendo pressionado pelas nações industrializadas a adotar algum tipo de compromisso obrigatório no período pós-Kyoto. A posição tradicional brasileira é não aceitar metas.
Fonte: Cláudio Angelo, Editor de Ciência, Folha de São Paulo
Comentário do Editor: propositalmente, chamei a atenção que nosso país é o 5º país maior poluidor, o que não é novidade, mas no dia-a-dia a gente acaba esquecendo disso. O que se vê é a constante comemoração de recordes de produção de automóveis, poluindo mais e agravando os problemas urbanos com crescentes engarrafamentos e dificuldades de estacionamento. Não se sabe qual tem sido nem qual será no futuro imediato o efeito da frota com motores flex, pois nos jornais de hoje já aventa-se que a gasolina pode ficar mais barata (relativamente, suponho) que o álcool, devido aos crescentes preços desse combustível, alimentado pela demanda internacional. E empresas como a Vale do Rio Doce (que em breve mudará de nome) construindo usinas termoelétricas a CARVÃO mineral! a matriz energética sendo programada para uma pior composição entre as várias possibilidades que existem. Ninguém do setor elétrico ou do governo preocupando-se com a repotencialização das usinas hidrelétricas mais antigas. E, mais ainda, a eutrofização dos lagos das represas começando a gerar gases de efeito estufa pela forte poluição recebida pelos rios que neles deságuam.Tem uma conta que também ainda está por ser feita: sempre se fala em desmatamento da floresta amazônica, e suas queimadas, no cálculo do CO2 emitido pelo Brasil e que agrava o efeito estufa. E o desmatamento do Cerrado, sua transformação em carvão vegetal e lenha, isso não conta? tivemos, nas últimas três décadas quase 1 milhão de quilômetros quadrados de vegetação nativa retirada e substituída por plantios comerciais, uma média anual de 30.000 quilômetros quadrados derrubados, parte transformada em carvão e lenha, alterando o albedo da região, gerando maior reflexão dos raios solares e elevação da temperatura da atmosfera.
Emissão cresce mais que o PIB no Brasil, diz a Folha de São Paulo
Gás carbônico emitido na economia teve alta de 45% entre 1994 e 2005
Cálculo foi feito por grupo do RJ a pedido do governo e integrará novo inventário nacional; térmicas e carros foram fatores de elevação: Frota maior foi um dos responsáveis pelo crescimento nas emissões
As emissões de gás carbônico na economia brasileira cresceram 45% entre 1994 e 2005. Nesse período, a média de crescimento anual da produção de gases-estufa excluindo o desmatamento foi de 3,4%, enquanto o PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 2,6%. Ou seja, o país está poluindo mais do que gerando riqueza.
Os dados integram relatório do balanço de carbono do Brasil, feito em convênio com o Ministério da Ciência e Tecnologia pela Economia & Energia (www.ecen.com), uma organização sediada no Rio.
Eles formarão a base do próximo inventário nacional de emissões, ainda sem data para ser concluído, que será entregue à Convenção do Clima das Nações Unidas. O inventário atual, lançado em 2004, já nasceu desatualizado: seus dados refletem as emissões de 1994.
... Em 2005, (as emissões de carbono) chegaram a 91 milhões de toneladas, ultrapassando as emissões somadas de Áustria e da Holanda. Tudo isso excluído o desmatamento, que responde por cerca de 75% das emissões brasileiras -e que torna o Brasil o quinto maior poluidor global.
Segundo Carlos Feu, diretor da Economia & Energia, dois fatores responderam pela elevação das emissões: o brasileiro está andando mais de carro e consumindo energia mais suja.
...A matriz energética nacional, antes predominantemente hidrelétrica (cujas emissões não são contabilizadas por falta de critério científico), passou a contar a partir desta década com usinas movidas a combustíveis fósseis como gás natural, diesel e carvão mineral.
...
O Plano Nacional de Energia, elaborado pela EPE (Empresa Brasileira de Pesquisas Energéticas), prevê que a participação do gás na matriz nacional em 2030 terá quase dobrado em relação ao 2005. A capacidade instalada de usinas a carvão deve quadruplicar no período, de 1.400 para 6.000 megawatts. As estimativas foram feitas antes da confirmação do potencial do campo de petróleo de Tupi, na bacia de Santos -que tende a tornar o óleo uma fonte de energia ainda mais importante no país.
Segundo o relatório do balanço de carbono, o setor de geração de energia foi o único que cresceu sua participação relativa no total de emissões entre 1994 e 2005: de 12% para 17%. As emissões desse setor duplicaram no período, de 7,6 milhões de toneladas de carbono em 1994 para 15,2 milhões em 2005. Os transportes mantiveram a fatia de 40%, mas suas emissões saltaram 45%: de 25,4 milhões para 36,9 milhões de toneladas de carbono.
Para Carlos Feu, o aumento no consumo de veículos no país -que se reflete primeiro na queima de combustíveis fósseis- é parte da explicação para o aumento nas emissões ter ultrapassado do PIB.
Intensidade
Isso tudo contribui para que a chamada intensidade de carbono, ou seja, o total de carbono emitido por US$ 1.000 gerados na economia, ainda seja alta no Brasil. Nos países ricos, a tendência é que ela caia, seja por eficiência, seja pelo aumento da participação do setor de serviços. "Ainda estamos num caminho de subir a intensidade de carbono", diz Feu.
O relatório, no entanto, ainda não conseguiu avaliar o peso dos motores flex na redução das emissões. Os carros flex, que aumentaram o uso do álcool (combustível que emite pouco carbono) no país, só entraram no mercado em 2004.
O crescimento das emissões industriais deve colocar o Brasil numa posição ainda mais delicada nas negociações do acordo substituto de Kyoto, que começam no mês que vem em Bali, Indonésia. O país, como o resto do Terceiro Mundo, é desobrigado por Kyoto de cortar emissões mas vem sendo pressionado pelas nações industrializadas a adotar algum tipo de compromisso obrigatório no período pós-Kyoto. A posição tradicional brasileira é não aceitar metas.
Fonte: Cláudio Angelo, Editor de Ciência, Folha de São Paulo
Comentário do Editor: propositalmente, chamei a atenção que nosso país é o 5º país maior poluidor, o que não é novidade, mas no dia-a-dia a gente acaba esquecendo disso. O que se vê é a constante comemoração de recordes de produção de automóveis, poluindo mais e agravando os problemas urbanos com crescentes engarrafamentos e dificuldades de estacionamento. Não se sabe qual tem sido nem qual será no futuro imediato o efeito da frota com motores flex, pois nos jornais de hoje já aventa-se que a gasolina pode ficar mais barata (relativamente, suponho) que o álcool, devido aos crescentes preços desse combustível, alimentado pela demanda internacional. E empresas como a Vale do Rio Doce (que em breve mudará de nome) construindo usinas termoelétricas a CARVÃO mineral! a matriz energética sendo programada para uma pior composição entre as várias possibilidades que existem. Ninguém do setor elétrico ou do governo preocupando-se com a repotencialização das usinas hidrelétricas mais antigas. E, mais ainda, a eutrofização dos lagos das represas começando a gerar gases de efeito estufa pela forte poluição recebida pelos rios que neles deságuam.Tem uma conta que também ainda está por ser feita: sempre se fala em desmatamento da floresta amazônica, e suas queimadas, no cálculo do CO2 emitido pelo Brasil e que agrava o efeito estufa. E o desmatamento do Cerrado, sua transformação em carvão vegetal e lenha, isso não conta? tivemos, nas últimas três décadas quase 1 milhão de quilômetros quadrados de vegetação nativa retirada e substituída por plantios comerciais, uma média anual de 30.000 quilômetros quadrados derrubados, parte transformada em carvão e lenha, alterando o albedo da região, gerando maior reflexão dos raios solares e elevação da temperatura da atmosfera.
Caravana pela moralização da Reforma Agrária no Pará
18.11.07
Cerca de 430 pessoas viajaram em cinco ônibus lotados, caminhão e alguns carros menores aproveitando o feriado de 15 de novembro para participar de um encontro numa área de conflito fundiário no planalto Santareno. Foram 120 km de estradas, a maior parte chão batido, numa caravana de solidariedade e de grito pela moralização da reforma agrária na região.
A caravana foi visitar a comunidade Repartimento, à margem do rio Curuá-Una foi composta por membros de várias igrejas cristãs, autoridades públicas, e lideranças indígenas e sindicais ameaçadas de morte. Crianças, jovens, adultos, advogados, padres e pastores unidos por uma causa comum - a solidariedade aos posseiros que têm sido maltratados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária -Incra.
Os moradores dos assentamentos mal feitos pelo INCRA sentiram - eles e elas- o apoio do Ministério Público Federal, da Ordem dos Advogados do Brasil, das igrejas cristãs e dos próprios companheiros de outros assentamentos fundiários.
Fonte: Edilberto Moura, de Santarém, Pará, especial para o Observatório
Cerca de 430 pessoas viajaram em cinco ônibus lotados, caminhão e alguns carros menores aproveitando o feriado de 15 de novembro para participar de um encontro numa área de conflito fundiário no planalto Santareno. Foram 120 km de estradas, a maior parte chão batido, numa caravana de solidariedade e de grito pela moralização da reforma agrária na região.
A caravana foi visitar a comunidade Repartimento, à margem do rio Curuá-Una foi composta por membros de várias igrejas cristãs, autoridades públicas, e lideranças indígenas e sindicais ameaçadas de morte. Crianças, jovens, adultos, advogados, padres e pastores unidos por uma causa comum - a solidariedade aos posseiros que têm sido maltratados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária -Incra.
Os moradores dos assentamentos mal feitos pelo INCRA sentiram - eles e elas- o apoio do Ministério Público Federal, da Ordem dos Advogados do Brasil, das igrejas cristãs e dos próprios companheiros de outros assentamentos fundiários.
Fonte: Edilberto Moura, de Santarém, Pará, especial para o Observatório
Grupo Amaggi conquista certificação ISO 14.001
16.11.07
O Grupo André Maggi recebeu o atestado, pela certificadora ABS, de que observa os requisitos necessários para obter a certificação ambiental ISO 14001. Esta Certificação atesta que a gestão ambiental já desenvolvida pelo Grupo, atende ao padrão internacional exigido pela ISO. Esse atestado foi o resultado de vários anos de planejamento, melhorias e adequações nos processos ambientais que envolvem sua cadeia de produção,
O certificado foi entregue na última terça-feira, à diretoria do Grupo André Maggi (Amaggi) na matriz da empresa localizada em Rondonópolis (210 quilômetros ao sul de Cuiabá). Toda a rota de exportação do Grupo, denominada Corredor Noroeste de Exportação, composta por armazéns e fábrica da Amaggi, portos da Hermasa, juntamente com a fazenda Tucunaré (Sapezal/MT), foi auditada e agora possui a certificação ISO 14001. Vale destacar que a Tucunaré é a única fazenda produtora de soja do Brasil a possuir essa certificação.
Esforço coletivo, diz presidente
O presidente do Grupo André Maggi, Pedro Jacyr Bongiolo, fala que este reconhecimento na área ambiental é uma vitória de todos na empresa. “Incrementamos ainda mais o nosso sistema de gestão ambiental, os recursos necessários foram viabilizados, mas se não fosse os colaboradores para vivenciarem essa gestão e terem consciência do seu papel em relação ao respeito ao meio ambiente; não chegaríamos a essa conquista”, pontua Jacyr.
O mais importante durante todo o processo de certificação são os diagnósticos e monitoramentos sobre o nível de impacto, das atividades desenvolvidas pela empresa, com relação ao meio ambiente. Depois de identificados os impactos ambientais são realizados planejamentos para evitá-los, preveni-los, com o intuito de não acumular passivos ambientais. São estruturadas medidas pró-ativas como, por exemplo, os planos de ação e a melhoria contínua dos processos.
Além da responsabilidade ambiental, a certificação também atesta que as empresas que a apresentam, possuem solidez. “Uma empresa antes de ter excelência na gestão ambiental, com certeza, já possui o mesmo padrão de qualidade em sua gestão financeira e administrativa. O que no mercado é fator de confiança e credibilidade para o investidor”, explica o gerente de Meio Ambiente do Grupo André Maggi, Ocimar Villela.
Fonte: Diário de Cuiabá - MT, com o Observatório
O Grupo André Maggi recebeu o atestado, pela certificadora ABS, de que observa os requisitos necessários para obter a certificação ambiental ISO 14001. Esta Certificação atesta que a gestão ambiental já desenvolvida pelo Grupo, atende ao padrão internacional exigido pela ISO. Esse atestado foi o resultado de vários anos de planejamento, melhorias e adequações nos processos ambientais que envolvem sua cadeia de produção,
O certificado foi entregue na última terça-feira, à diretoria do Grupo André Maggi (Amaggi) na matriz da empresa localizada em Rondonópolis (210 quilômetros ao sul de Cuiabá). Toda a rota de exportação do Grupo, denominada Corredor Noroeste de Exportação, composta por armazéns e fábrica da Amaggi, portos da Hermasa, juntamente com a fazenda Tucunaré (Sapezal/MT), foi auditada e agora possui a certificação ISO 14001. Vale destacar que a Tucunaré é a única fazenda produtora de soja do Brasil a possuir essa certificação.
Esforço coletivo, diz presidente
O presidente do Grupo André Maggi, Pedro Jacyr Bongiolo, fala que este reconhecimento na área ambiental é uma vitória de todos na empresa. “Incrementamos ainda mais o nosso sistema de gestão ambiental, os recursos necessários foram viabilizados, mas se não fosse os colaboradores para vivenciarem essa gestão e terem consciência do seu papel em relação ao respeito ao meio ambiente; não chegaríamos a essa conquista”, pontua Jacyr.
O mais importante durante todo o processo de certificação são os diagnósticos e monitoramentos sobre o nível de impacto, das atividades desenvolvidas pela empresa, com relação ao meio ambiente. Depois de identificados os impactos ambientais são realizados planejamentos para evitá-los, preveni-los, com o intuito de não acumular passivos ambientais. São estruturadas medidas pró-ativas como, por exemplo, os planos de ação e a melhoria contínua dos processos.
Além da responsabilidade ambiental, a certificação também atesta que as empresas que a apresentam, possuem solidez. “Uma empresa antes de ter excelência na gestão ambiental, com certeza, já possui o mesmo padrão de qualidade em sua gestão financeira e administrativa. O que no mercado é fator de confiança e credibilidade para o investidor”, explica o gerente de Meio Ambiente do Grupo André Maggi, Ocimar Villela.
Fonte: Diário de Cuiabá - MT, com o Observatório
WWF diz que problemas apontados pelo GP são relevantes
16.11.07
E espera que a Mesa Redonda implante certificação independente a partir do próximo ano
O WWF emitiu um comunicado, hoje, com declarações do seu Diretor do Programa Internacional de Florestas, Rod Taylor, dizendo que comparte as mesmas preocupações que o Greenpeace a respeito da urgência com que tem que ser tratada a questão da conversão das terras úmidas, na Indonésia, para o plantio de palma e produção do óleo comestível.
A nota vem a público a propósito das ações do Greenpeace, que divulgou o estudo "Cozinhando o Clima" e bloqueou a saída de um navio em porto indonésio, impedindo a exportação de uma carga de óleo de palma (veja a notícia abaixo)
Segundo o WWF, o relatório é crítico com relação às ações de membros da Mesa Redonda para Sustentabilidade do Óleo de Palma (RSPO, sigla em inglês), que prosseguem convertendo as terras de turfa para plantio de palmeiras. Segundo o WWF, a RSPO é de adesão voluntária por parte de empresas e ONGs, criada em 2004 com o objetivo de promover o plantio e a produção de óleo de palma de forma sustentável. Atualmente conta com aproximadamente 200 membros, que representam cerca de 40% da produção global de óleo de palma.
Na opinião do WWF, a RSPO tem o potencial papel de atuar de forma decisiva no encaminhamento das soluções dos problemas apontados pelo estudo do Greenpeace. A Mesa Redonda já estabeleceu os princípios para uma produção sustentável de óleo de Palma, que incluem a proibição da conversão de áreas de florestas primárias e aquelas alto valor para conservação da biodiversidade. Os planos são de introduzir um processo de certificação independente em 2008, que permitirá aos compradores distinguir quem produz de forma sustentável (para saber mais do problema, leia a reportagem da BBC a respeito, abaixo).
Fonte: WWF, com o Observatório
E espera que a Mesa Redonda implante certificação independente a partir do próximo ano
O WWF emitiu um comunicado, hoje, com declarações do seu Diretor do Programa Internacional de Florestas, Rod Taylor, dizendo que comparte as mesmas preocupações que o Greenpeace a respeito da urgência com que tem que ser tratada a questão da conversão das terras úmidas, na Indonésia, para o plantio de palma e produção do óleo comestível.
A nota vem a público a propósito das ações do Greenpeace, que divulgou o estudo "Cozinhando o Clima" e bloqueou a saída de um navio em porto indonésio, impedindo a exportação de uma carga de óleo de palma (veja a notícia abaixo)
Segundo o WWF, o relatório é crítico com relação às ações de membros da Mesa Redonda para Sustentabilidade do Óleo de Palma (RSPO, sigla em inglês), que prosseguem convertendo as terras de turfa para plantio de palmeiras. Segundo o WWF, a RSPO é de adesão voluntária por parte de empresas e ONGs, criada em 2004 com o objetivo de promover o plantio e a produção de óleo de palma de forma sustentável. Atualmente conta com aproximadamente 200 membros, que representam cerca de 40% da produção global de óleo de palma.
Na opinião do WWF, a RSPO tem o potencial papel de atuar de forma decisiva no encaminhamento das soluções dos problemas apontados pelo estudo do Greenpeace. A Mesa Redonda já estabeleceu os princípios para uma produção sustentável de óleo de Palma, que incluem a proibição da conversão de áreas de florestas primárias e aquelas alto valor para conservação da biodiversidade. Os planos são de introduzir um processo de certificação independente em 2008, que permitirá aos compradores distinguir quem produz de forma sustentável (para saber mais do problema, leia a reportagem da BBC a respeito, abaixo).
Fonte: WWF, com o Observatório
Greenpeace bloqueia na Indonésia navio com óleo de palma
15.11.07
A ação é parte das iniciativas da organização ambientalista preparatórias à Conferência de Bali e ocorre logo após o lançamento do relatório “Cozinhando o Clima” – no site do Greenpeace (GP) há link para texto completo do documento, em inglês.
O plantio de palma para a produção de óleo – mais conhecido no Brasil como azeite de dendê – provoca grandes desmatamentos na Indonésia e grande emissão de CO2 resultante da queima da peatland – o solo de turfa dessas florestas. É a mesma palma que querem espalhar pela Amazônia como parte do acordo para mudar o Código Florestal, lembra Paulo Adário, coordenador do Programa da Amazônia do GP.
A ação é parte das iniciativas da organização ambientalista preparatórias à Conferência de Bali e ocorre logo após o lançamento do relatório “Cozinhando o Clima” – no site do Greenpeace (GP) há link para texto completo do documento, em inglês.
O plantio de palma para a produção de óleo – mais conhecido no Brasil como azeite de dendê – provoca grandes desmatamentos na Indonésia e grande emissão de CO2 resultante da queima da peatland – o solo de turfa dessas florestas. É a mesma palma que querem espalhar pela Amazônia como parte do acordo para mudar o Código Florestal, lembra Paulo Adário, coordenador do Programa da Amazônia do GP.
PNUMA: é urgente a adoção de critérios para biocombustíveis
15.11.07
O diretor do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Achim Steiner, disse que é urgente a necessidade de estabelecer parâmetros para que as florestas tropicais não sejam destruídas para a produção de bio-combustíveis.
Segundo Roger Harrabin, analista ambiental da BBC News, o chefe do PNUMA fez essa declaração em resposta a críticas que recebeu de um grupo de cientistas, para os quais o documento divulgado pelo órgão continha duas questões não comprováveis, e que esse texto dá um tratamento simplório para a questão dos bio-combustíveis.
Além disso, segue relatando o jornalista da BBC, Steiner disse que os produtores de bio-combustíveis não só deverão garantir que sua produção ocorra de forma responsável mas, também, que não produzem mais emissões de CO2 do que a economizada pelo uso desse combustível.
A estupidez da destruição das áreas de turfa da Indonésia
Os cientistas apontam para o exemplo da destruição das áreas cobertas de turfa, na Indonésia, para produção de óleo de palma (dendê), acrescenta o jornalista britânico.
Essas várzeas são um dos mais ricos depósitos de carbono do planeta, e estão sendo queimadas para a produção de óleo de palma.
De acordo com o diretor do PNUMA, devido à incapacidade da Indonésia de fiscalizar o uso da terra, os bio-combustíveis por ela produzidos poderão nunca serem considerados como sustentáveis. Ele ressaltou que a produção de alguns bio-combustíveis como sustentáveis, dando como exemplo o etanol no Brasil. Ele teme que a reação negativa dos consumidores frente a informações sobre a insustentabilidade pode por a perder os benefícios da produção e uso de alguns tipos de bio-combustíveis.
Críticas dos cientistas
Um grupo de cientistas independentes apontou duas frases nos relatórios do IPPC, que o PNUMA é co-responsável, que não têm como serem demonstradas.
A primeira define que os bio-combustíveis são uma solução efetiva para pelo menos alguns países, enquanto a outra sugere que o uso dos bio-combustíveis no setor de transporte terá, de maneira geral, impactos ambientais e sociais positivos.
Um dos cientistas citados por Harrabin é Tad Patzek, da Universidade da Califórnia em Berkeley, Estados Unidos. Ele lembra que "no longo prazo, o planeta pode não ser mais capaz de produzir bio-combustíveis, pois estamos no rumo da escassez de água, terra e recursos ambientais". Adicionalmente, diz Patzek à BBC, devido às mudanças no uso da terra, secando várzeas, queimando florestas tropicais, esses bio-combustíveis levam claramente a enormes emissões de gases de efeito estufa que nunca serão recuperados por seu uso futuro.
Para o cientista, as "virtudes" da produção de etanol no Brasil estão sendo exageradas. E, acescenta, nem pode ser tomada como "modelo", como quer o Diretor do PNUMA.
Os produtores brasileiros batem pé que suas bio-colheitas não crescem em áreas de floresta -mas o grupo ambientalista Amigos da Terra -Brasil informa que pequenos agricultores estão cedendo suas terras para grandes produtores de bio-combustíveis e se dirigindo para a Amazônia em busca de novas terras. Em resposta, Steiner, do PNUMA, diz que o Brasil tem terra suficiente para garantir que a produção do bio-combustível se faça de maneira sustentável.
Para dirimir essas questões, Steiner informa que o PNUMA constituiu um grupo de trabalho de alto nível, que irá estudar os impactos e conseqüências de toda a cadeia de produção dos bio-combustíveis. A previsão é que o estudo esteja pronto no próximo ano.
Até lá, diz o jornalista britânico, boa parte da turfa da Indonésia já estará queimada.
E Roger Harrabin conclui seu texto, ironicamente e fazendo um jogo de palavras -em inglês, é claro-, dizendo que "o único caminho de parar essa destruição talvez não seja através do governo da Indonésia ou das Nações Unidas, mas sim com um ou mais filantropos privados que desenvolvam um ardente (burning) desejo de possuir um pântano indonésio"
Fonte: BBC NEWS:
http://news.bbc.co.uk/go/pr/fr/-/1/hi/sci/tech/7096819.stm
O diretor do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Achim Steiner, disse que é urgente a necessidade de estabelecer parâmetros para que as florestas tropicais não sejam destruídas para a produção de bio-combustíveis.
Segundo Roger Harrabin, analista ambiental da BBC News, o chefe do PNUMA fez essa declaração em resposta a críticas que recebeu de um grupo de cientistas, para os quais o documento divulgado pelo órgão continha duas questões não comprováveis, e que esse texto dá um tratamento simplório para a questão dos bio-combustíveis.
Além disso, segue relatando o jornalista da BBC, Steiner disse que os produtores de bio-combustíveis não só deverão garantir que sua produção ocorra de forma responsável mas, também, que não produzem mais emissões de CO2 do que a economizada pelo uso desse combustível.
A estupidez da destruição das áreas de turfa da Indonésia
Os cientistas apontam para o exemplo da destruição das áreas cobertas de turfa, na Indonésia, para produção de óleo de palma (dendê), acrescenta o jornalista britânico.
Essas várzeas são um dos mais ricos depósitos de carbono do planeta, e estão sendo queimadas para a produção de óleo de palma.
De acordo com o diretor do PNUMA, devido à incapacidade da Indonésia de fiscalizar o uso da terra, os bio-combustíveis por ela produzidos poderão nunca serem considerados como sustentáveis. Ele ressaltou que a produção de alguns bio-combustíveis como sustentáveis, dando como exemplo o etanol no Brasil. Ele teme que a reação negativa dos consumidores frente a informações sobre a insustentabilidade pode por a perder os benefícios da produção e uso de alguns tipos de bio-combustíveis.
Críticas dos cientistas
Um grupo de cientistas independentes apontou duas frases nos relatórios do IPPC, que o PNUMA é co-responsável, que não têm como serem demonstradas.
A primeira define que os bio-combustíveis são uma solução efetiva para pelo menos alguns países, enquanto a outra sugere que o uso dos bio-combustíveis no setor de transporte terá, de maneira geral, impactos ambientais e sociais positivos.
Um dos cientistas citados por Harrabin é Tad Patzek, da Universidade da Califórnia em Berkeley, Estados Unidos. Ele lembra que "no longo prazo, o planeta pode não ser mais capaz de produzir bio-combustíveis, pois estamos no rumo da escassez de água, terra e recursos ambientais". Adicionalmente, diz Patzek à BBC, devido às mudanças no uso da terra, secando várzeas, queimando florestas tropicais, esses bio-combustíveis levam claramente a enormes emissões de gases de efeito estufa que nunca serão recuperados por seu uso futuro.
Para o cientista, as "virtudes" da produção de etanol no Brasil estão sendo exageradas. E, acescenta, nem pode ser tomada como "modelo", como quer o Diretor do PNUMA.
Os produtores brasileiros batem pé que suas bio-colheitas não crescem em áreas de floresta -mas o grupo ambientalista Amigos da Terra -Brasil informa que pequenos agricultores estão cedendo suas terras para grandes produtores de bio-combustíveis e se dirigindo para a Amazônia em busca de novas terras. Em resposta, Steiner, do PNUMA, diz que o Brasil tem terra suficiente para garantir que a produção do bio-combustível se faça de maneira sustentável.
Para dirimir essas questões, Steiner informa que o PNUMA constituiu um grupo de trabalho de alto nível, que irá estudar os impactos e conseqüências de toda a cadeia de produção dos bio-combustíveis. A previsão é que o estudo esteja pronto no próximo ano.
Até lá, diz o jornalista britânico, boa parte da turfa da Indonésia já estará queimada.
E Roger Harrabin conclui seu texto, ironicamente e fazendo um jogo de palavras -em inglês, é claro-, dizendo que "o único caminho de parar essa destruição talvez não seja através do governo da Indonésia ou das Nações Unidas, mas sim com um ou mais filantropos privados que desenvolvam um ardente (burning) desejo de possuir um pântano indonésio"
Fonte: BBC NEWS:
http://news.bbc.co.uk/go/pr/fr/-/1/hi/sci/tech/7096819.stm
TNC e Caterpillar reconhecem importância da vegetação
13.11.07
(advertência inicial do Editor: não é ironia, a notícia é verdadeira!)
A The Nature Conservancy (TNC) e Caterpillar promovem, no dia 21 de novembro, a 3ª edição do evento “Floresta-Água: a dependência comum”, na sede da Universidade Católica de Brasília, em Taguatinga. O objetivo do evento é "disseminar o conceito floresta – água e a importância da vegetação para manutenção dos ciclos hidrológicos, o provimento dos serviços ambientais fornecidos pela água à luz do conceito provedor-recebedor, e o pagamento pelos serviços ambientais como incentivo à preservação das florestas e dos recursos hídricos."
"Diante do dilema de conciliação da produção agropecuária e desenvolvimento econômico com a proteção das matas e dos ecossistemas de Cerrado para a preservação dos recursos hídricos do país, a terceira edição do evento Floresta-Água, em Brasília, irá contribuir com apresentações e debates acerca de práticas e ações que visam promover essa conciliação. Serão apresentadas idéias e experiências de remuneração pelos serviços ambientais fornecidos pelos recursos hídricos e discutidas lacunas e oportunidades, tais como o fortalecimento dos instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos nas regiões hidrográficas do Centro-Oeste do país."
O evento floresta-água será coordenado pela TNC e Caterpillar, no âmbito da Aliança dos Grandes Rios, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, representado pela secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano e a Agência Nacional de Águas, com a Secretaria de Meio Ambiente de São Paulo e com o Programa Mata Ciliar. Além disso, o evento tem o apoio da Universidade Católica de Brasília.
Fonte: Agronotícias
Comentário do Editor: será muito proveitoso para a defesa do meio ambiente se desse evento sair um compromisso formal da Caterpillar de proibir o uso de correntão em seus tratores, a forma mais comum utilizada nos últimos 40 anos para derrubar o Cerrado, destruindo implacavelmente tudo por onde passam os tratores D-4 a D-8. Alguém poderá dizer que isso seria inócuo, pois o dono do trator faz o uso que quiser dele, mas pelo menos a Caterpillar podia fazer um "mea-culpa" público e desaconselhar o uso de seus equipamentos para essa destruição massiva de nossa biodiversidade.
(advertência inicial do Editor: não é ironia, a notícia é verdadeira!)
A The Nature Conservancy (TNC) e Caterpillar promovem, no dia 21 de novembro, a 3ª edição do evento “Floresta-Água: a dependência comum”, na sede da Universidade Católica de Brasília, em Taguatinga. O objetivo do evento é "disseminar o conceito floresta – água e a importância da vegetação para manutenção dos ciclos hidrológicos, o provimento dos serviços ambientais fornecidos pela água à luz do conceito provedor-recebedor, e o pagamento pelos serviços ambientais como incentivo à preservação das florestas e dos recursos hídricos."
"Diante do dilema de conciliação da produção agropecuária e desenvolvimento econômico com a proteção das matas e dos ecossistemas de Cerrado para a preservação dos recursos hídricos do país, a terceira edição do evento Floresta-Água, em Brasília, irá contribuir com apresentações e debates acerca de práticas e ações que visam promover essa conciliação. Serão apresentadas idéias e experiências de remuneração pelos serviços ambientais fornecidos pelos recursos hídricos e discutidas lacunas e oportunidades, tais como o fortalecimento dos instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos nas regiões hidrográficas do Centro-Oeste do país."
O evento floresta-água será coordenado pela TNC e Caterpillar, no âmbito da Aliança dos Grandes Rios, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, representado pela secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano e a Agência Nacional de Águas, com a Secretaria de Meio Ambiente de São Paulo e com o Programa Mata Ciliar. Além disso, o evento tem o apoio da Universidade Católica de Brasília.
Fonte: Agronotícias
Comentário do Editor: será muito proveitoso para a defesa do meio ambiente se desse evento sair um compromisso formal da Caterpillar de proibir o uso de correntão em seus tratores, a forma mais comum utilizada nos últimos 40 anos para derrubar o Cerrado, destruindo implacavelmente tudo por onde passam os tratores D-4 a D-8. Alguém poderá dizer que isso seria inócuo, pois o dono do trator faz o uso que quiser dele, mas pelo menos a Caterpillar podia fazer um "mea-culpa" público e desaconselhar o uso de seus equipamentos para essa destruição massiva de nossa biodiversidade.
Justiça quer consumidor informado na rotulagem
13.11.07
O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) e o Ministério Público Federal (MPF) ganharam mais um round na questão da rotulagem de transgênicos no país, com a sentença favorável da Justiça para a ação civil pública movida contra a União, exigindo que qualquer traço de transgenia em um alimento esteja identificado na embalagem. Até então, por Decreto do governo Federal, a exigência valia só para produtos que ultrapassassem 1% de transgenia. A União deverá recorrer da decisão.
A juíza Isa Tania Cantão Barão Pessoa da Costa, titular da 13ª Vara Cível do Distrito Federal, declarou a ilegalidade do artigo II do decreto 4.680, de 22 de março de 2003, que condiciona a colocação da informação no rótulo à existência de um percentual igual ou superior a 1% no produto. "A decisão foi baseada no fato de o artigo ferir o Código de Defesa do Consumidor, que prevê acesso irrestrito à informações referentes ao conteúdo, ingredientes e qualidade do produto", diz Paulo Pacini, coordenador de ações judiciais do Idec. "A decisão proíbe a União a autorizar a comercialização de produtos transgênicos sem a devida rotulagem". Ou seja, a rotulagem foi tornada obrigatória para qualquer alimento com transgênicos na sua composição. Isso é possível porque o decreto prevê a rastreabilidade da cadeia produtiva.
A disputa em torno do percentual de transgenia aceitável remonta a 2001, quando Idec e MPF entraram com a ação na Justiça. Nesta época, a exigência para rótulos valia apenas para alimentos com 4% de transgenia na sua composição. Em 2003, o presidente Lula publicou o decreto 4.680, que tornava obrigatória a identificação da presença de transgênicos em alimentos com no mínimo 1% desse traço na sua composição.
Ainda assim, o Idec manteve a ação. "Com o percentual de 1% só é possível detectar a presença de transgênicos em proteínas, presente em alimentos sólidos", diz Marilena Lazzarini, coordenadora-executiva do instituto. "Se o óleo de soja tem transgênico, por exemplo, o consumidor fica sem saber".
Atualmente, os alimentos que possuam mais de 1% de transgenia na sua composição já precisam identificar esse aspecto com um selo amarelo, com a letra "T". "Mas se a fiscalização sobre a transgenia do produto não for feita adequadamente no campo, primeira etapa da indústria alimentícia, a fiscalização do produto fica comprometida", diz a coordenadora-executiva do Idec.
"Esse tipo de informação é importante porque, pela Lei de Biossegurança, criada em 1995, era preciso criar uma norma para avaliar os riscos à saúde do consumidor, algo que até hoje não foi feito", afirma a coordenadora do Idec. "O cidadão tem o direito de saber se está consumindo produtos com algum traço de transgenia, mesmo que seja mínimo". A decisão da juíza, de 24 de outubro, foi publicada no último dia 7 no Diário Oficial da União.
Fonte: Valor Econômico, com o Observatório
O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) e o Ministério Público Federal (MPF) ganharam mais um round na questão da rotulagem de transgênicos no país, com a sentença favorável da Justiça para a ação civil pública movida contra a União, exigindo que qualquer traço de transgenia em um alimento esteja identificado na embalagem. Até então, por Decreto do governo Federal, a exigência valia só para produtos que ultrapassassem 1% de transgenia. A União deverá recorrer da decisão.
A juíza Isa Tania Cantão Barão Pessoa da Costa, titular da 13ª Vara Cível do Distrito Federal, declarou a ilegalidade do artigo II do decreto 4.680, de 22 de março de 2003, que condiciona a colocação da informação no rótulo à existência de um percentual igual ou superior a 1% no produto. "A decisão foi baseada no fato de o artigo ferir o Código de Defesa do Consumidor, que prevê acesso irrestrito à informações referentes ao conteúdo, ingredientes e qualidade do produto", diz Paulo Pacini, coordenador de ações judiciais do Idec. "A decisão proíbe a União a autorizar a comercialização de produtos transgênicos sem a devida rotulagem". Ou seja, a rotulagem foi tornada obrigatória para qualquer alimento com transgênicos na sua composição. Isso é possível porque o decreto prevê a rastreabilidade da cadeia produtiva.
A disputa em torno do percentual de transgenia aceitável remonta a 2001, quando Idec e MPF entraram com a ação na Justiça. Nesta época, a exigência para rótulos valia apenas para alimentos com 4% de transgenia na sua composição. Em 2003, o presidente Lula publicou o decreto 4.680, que tornava obrigatória a identificação da presença de transgênicos em alimentos com no mínimo 1% desse traço na sua composição.
Ainda assim, o Idec manteve a ação. "Com o percentual de 1% só é possível detectar a presença de transgênicos em proteínas, presente em alimentos sólidos", diz Marilena Lazzarini, coordenadora-executiva do instituto. "Se o óleo de soja tem transgênico, por exemplo, o consumidor fica sem saber".
Atualmente, os alimentos que possuam mais de 1% de transgenia na sua composição já precisam identificar esse aspecto com um selo amarelo, com a letra "T". "Mas se a fiscalização sobre a transgenia do produto não for feita adequadamente no campo, primeira etapa da indústria alimentícia, a fiscalização do produto fica comprometida", diz a coordenadora-executiva do Idec.
"Esse tipo de informação é importante porque, pela Lei de Biossegurança, criada em 1995, era preciso criar uma norma para avaliar os riscos à saúde do consumidor, algo que até hoje não foi feito", afirma a coordenadora do Idec. "O cidadão tem o direito de saber se está consumindo produtos com algum traço de transgenia, mesmo que seja mínimo". A decisão da juíza, de 24 de outubro, foi publicada no último dia 7 no Diário Oficial da União.
Fonte: Valor Econômico, com o Observatório
Exportações de aves superam muito as previsões
13.11.07
A forte demanda no mercado internacional fez a indústria brasileira de frango aumentar, pela terceira vez, suas projeções para as exportações deste ano. Com os resultados de outubro, a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Abef) ajustou seus números para embarques de 3,1 milhões de toneladas com receita de US$ 4,5 bilhões em 2007. "São números surpreendentes e históricos", afirmou o presidente-executivo interino da entidade, Christian Lohbauer. Os valores divulgados ontem representam um aumento de 14,3% em volume e 40,6% em receita sobre as exportações de 2006, quando as exportações atingiram 2,712 milhões de t com receita de US$ 3,2 bilhões.
A Abef informou que no acumulado do ano até outubro, as exportações atingiram 2,7 milhões de toneladas com receita de US$ 3,95 bilhões, aumento de 22% e 52,76%, respectivamente, sobre o mesmo período de 2006.
São várias as causas do aumento das exportações, de acordo com Lohbauer. Desde o início do ano, tem havido uma recuperação dos mercados da Europa e Oriente Médio após o pânico causado pelos casos de gripe aviária em 2006. Existe ainda uma demanda adicional provocada pelo aumento da renda mundial, que contribui para elevar os preços das carnes.
Fonte: Agência Estado, com o Observatório
A forte demanda no mercado internacional fez a indústria brasileira de frango aumentar, pela terceira vez, suas projeções para as exportações deste ano. Com os resultados de outubro, a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Abef) ajustou seus números para embarques de 3,1 milhões de toneladas com receita de US$ 4,5 bilhões em 2007. "São números surpreendentes e históricos", afirmou o presidente-executivo interino da entidade, Christian Lohbauer. Os valores divulgados ontem representam um aumento de 14,3% em volume e 40,6% em receita sobre as exportações de 2006, quando as exportações atingiram 2,712 milhões de t com receita de US$ 3,2 bilhões.
A Abef informou que no acumulado do ano até outubro, as exportações atingiram 2,7 milhões de toneladas com receita de US$ 3,95 bilhões, aumento de 22% e 52,76%, respectivamente, sobre o mesmo período de 2006.
São várias as causas do aumento das exportações, de acordo com Lohbauer. Desde o início do ano, tem havido uma recuperação dos mercados da Europa e Oriente Médio após o pânico causado pelos casos de gripe aviária em 2006. Existe ainda uma demanda adicional provocada pelo aumento da renda mundial, que contribui para elevar os preços das carnes.
Fonte: Agência Estado, com o Observatório
Agronegócio exporta US$ 6 bilhões em outubro
13.11.07
O agronegócio brasileiro faturou cerca de US$ 6 bilhões em outubro e bateu mais um recorde histórico. O valor é 24,6% superior ao registrado no mesmo mês de 2006. As importações também são as maiores já registradas, e somaram US$ 880,9 milhões - crescimento de 33%.
O superávit registrado foi de US$ 5,1 bilhões, segundo dados da Balança Comercial do Agronegócio, divulgada pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Soja, cereais e preparações e carnes foram os itens que mais contribuíram para o incremento. Mas no geral, o principal fator que contribuiu para o aumento das exportações foi a variação no preço.
Segundo informações do Mapa, no acumulado do ano as exportações do agronegócio somaram US$ 48,842 billhões, aumento de 19,4% em relação ao mesmo período de 2006. Carnes (31,1%), soja (22,7%) e sucos de fruta (59,2%) foram os produtos que mais contribuíram para o resultado positivo.
O complexo soja registrou incremento de 69,5% nas vendas, que totalizaram US$ 1,213 bilhão, valor 65% superior ao exportado em outubro de 2006. Teve aumento de 44,4% no preço. O aumento do valor exportado pelo complexo carnes foi de 25,2% - o total embarcado passou de US$ 864,6 milhões para US$ 1,08 bilhão, com aumento tanto da quantidade embarcada (10,4%) quanto do preço (13,4%).
Fonte: DCI
O agronegócio brasileiro faturou cerca de US$ 6 bilhões em outubro e bateu mais um recorde histórico. O valor é 24,6% superior ao registrado no mesmo mês de 2006. As importações também são as maiores já registradas, e somaram US$ 880,9 milhões - crescimento de 33%.
O superávit registrado foi de US$ 5,1 bilhões, segundo dados da Balança Comercial do Agronegócio, divulgada pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Soja, cereais e preparações e carnes foram os itens que mais contribuíram para o incremento. Mas no geral, o principal fator que contribuiu para o aumento das exportações foi a variação no preço.
Segundo informações do Mapa, no acumulado do ano as exportações do agronegócio somaram US$ 48,842 billhões, aumento de 19,4% em relação ao mesmo período de 2006. Carnes (31,1%), soja (22,7%) e sucos de fruta (59,2%) foram os produtos que mais contribuíram para o resultado positivo.
O complexo soja registrou incremento de 69,5% nas vendas, que totalizaram US$ 1,213 bilhão, valor 65% superior ao exportado em outubro de 2006. Teve aumento de 44,4% no preço. O aumento do valor exportado pelo complexo carnes foi de 25,2% - o total embarcado passou de US$ 864,6 milhões para US$ 1,08 bilhão, com aumento tanto da quantidade embarcada (10,4%) quanto do preço (13,4%).
Fonte: DCI
Operação em terra indígena apreende caminhões de madeira
12.11.07
Imperatriz (MA) - A Operação Arariboia, que combate a exploração ilegal de recursos naturais na Terra Indígena Araribóia, já recolheu uma dezena de caminhões carregados de madeira extraída ilegalmente no oeste do Maranhão.
Na ponta do esquema, as consequências não tardam. O caminhoneiro José Luiz do Nascimento perdeu o veículo, apreendido nas proximidades da cidade de Amarante, e também a fonte de renda.
“Estou desempregado e vivendo de favor na casa do meu sogro”, disse Nascimento. Mas confessa que sabia do uso do caminhão para atividade ilegal, quando emprestou a um irmão. “A gente sabe que é proibido, mas não tem outra opção”.
Perguntado sobre o contratante do serviço, Nascimento desconversou e disse não saber apontar. O veículo, ano 1978, foi comprado este ano por R$ 40 mil e encontra-se detido no pátio da administração regional da Fundação Nacional do Índio (Funai), em Imperatriz.
A coordenadora de Proteção de Terras Indígenas da Funai, Thais Gonçalves, informou que em regra os veículos apreendidos têm problemas de registro e documentação. “São veículos muitas vezes roubados, com chassi adulterado e em péssimas condições. Rodam apenas em trajetos curtos, de aproximadamente 20 quilômetros da floresta até as serrarias do entorno [da área indígena]”.
Os veículos usados na prática de crime são perdidos. Uma eventual recuperação depende de decisão judicial, o que pode levar aproximadamente seis meses.
A Funai é responsável pela coordenação da Operação Araribóia, com o apoio da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar do Maranhão e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Fonte: Marco Antônio Soalheiro, Enviado especial da Agência Brasil
Imperatriz (MA) - A Operação Arariboia, que combate a exploração ilegal de recursos naturais na Terra Indígena Araribóia, já recolheu uma dezena de caminhões carregados de madeira extraída ilegalmente no oeste do Maranhão.
Na ponta do esquema, as consequências não tardam. O caminhoneiro José Luiz do Nascimento perdeu o veículo, apreendido nas proximidades da cidade de Amarante, e também a fonte de renda.
“Estou desempregado e vivendo de favor na casa do meu sogro”, disse Nascimento. Mas confessa que sabia do uso do caminhão para atividade ilegal, quando emprestou a um irmão. “A gente sabe que é proibido, mas não tem outra opção”.
Perguntado sobre o contratante do serviço, Nascimento desconversou e disse não saber apontar. O veículo, ano 1978, foi comprado este ano por R$ 40 mil e encontra-se detido no pátio da administração regional da Fundação Nacional do Índio (Funai), em Imperatriz.
A coordenadora de Proteção de Terras Indígenas da Funai, Thais Gonçalves, informou que em regra os veículos apreendidos têm problemas de registro e documentação. “São veículos muitas vezes roubados, com chassi adulterado e em péssimas condições. Rodam apenas em trajetos curtos, de aproximadamente 20 quilômetros da floresta até as serrarias do entorno [da área indígena]”.
Os veículos usados na prática de crime são perdidos. Uma eventual recuperação depende de decisão judicial, o que pode levar aproximadamente seis meses.
A Funai é responsável pela coordenação da Operação Araribóia, com o apoio da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar do Maranhão e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Fonte: Marco Antônio Soalheiro, Enviado especial da Agência Brasil
Operação combate exploração ilegal em TI no Maranhão
12.11.07
A Operação Arariboia começou na madrugada de hoje, visando capturar pessoas que exploram ilegalmente recursos naturais ou se escondem na Terra Indígena Araribóia, na região oeste do Maranhão, uma área de 413 mil hectares onde vivem aproximadamente 8 mil índios guajajara e 50 isolados da etnia Guajá. A ação será realizada por 190 agentes de fiscalização e policiamento.
A Fundação Nacional do Índio (Funai) é responsável pela coordenação da Operação Araribóia, que será deflagrada com o apoio de Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar do Maranhão e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
“Essa operação vai trazer um resgate socioambiental da terra indígena para os índios. Um resgate da cultura, dos costumes e da situação florestal de que eles necessitam para sua subsistência”, afirmou à Agência Brasil Thais Gonçalves, coordenadora de proteção às terras indígenas da Funai.
A terra Araribóia, segundo os órgãos fiscalizadores, vem sendo alvo de intensa devastação. Incêndios criminosos já teriam atingido quase 60% de sua extensão. Do início do ano até outubro, fiscais do Ibama apreenderam mais de 20 mil metros cúbicos de madeira e 30 carretas nas proximidades da reserva.
Pólos madeireiros estão posicionados em cidades do entorno, como Arame, Amarante e Buriticupu. “Os municípios não fizeram plano diretor, zoneamento e ordenamento territorial. Por isso, estão com áreas de expansão urbana adentrando a terra indígena. A presença de serrarias e madeireiras nos limites das terras estimula as atividades impactantes”, explicou a gerente executiva do Ibama em Imperatriz (MA), Adriana Carvalho.
Para agravar a situação, ações fiscalizadoras promovidas desde fevereiro na Reserva Biológica do Gurupi fizeram com que madeireiros migrassem para a terra Araribóia. O quadro atual é composto pela extração ilegal de madeira, incêndios criminosos e plantações de maconha, numa área onde estão espalhadas 98 aldeias. O resultado é o acirramento de tensões.
Parte dos índios, quando encontram caminhões de madeira dentro de suas terras, tem se mobilizado para impedir a retirada, gerando represálias. Há cerca de 15 dias, houve confronto armado entre índios e homens encapuzados que tentavam resgatar veículos, conforme relatos da coordenação da Funai e da gerência do Ibama. Dois índios foram assassinados.
Entretanto, há indícios da adesão de indígenas às atividades ilegais. Caso a situação seja comprovada, a Funai garante que agirá com rigor. “Quem for pego em atividade ilegal será preso assim como o branco”, disse Thais Gonçalves, ao lembrar que a fundação estimula ações sociais para que a comunidade seja atendida por outras atividades que garantam a sua subsistência, como oficinas de produção cultural, financiamento de lavouras e capacitação em legislação ambiental.
Em recentes ações prévias à instalação da força tarefa, a PF prendeu 15 pessoas encontradas devastando a floresta na região, incluindo um suposto líder da exploração na cidade de Amarante. Alguns já estão soltos, mas responderão a processo criminal. As autoridades policiais também suspeitam que foragidos da Justiça de todo o Brasil estejam escondidos na terra Araribóia.
Os coordenadores da operação apostam em um trabalho de inteligência para que consigam chegar efetivamente aos financiadores dos crimes ambientais, e não apenas aos executores do desmatamento, que o fazem em condições precárias, análogas à escravidão. Um acampamento do Exército deve garantir condições para a permanência das equipes 24 horas ao dia, por tempo indeterminado, dentro de terra indígena.
“Vamos ficar até que consigamos um ambiente de maior segurança, com a identificação e o encaminhamento administrativo e criminal dos infratores”, explicou Adriana Carvalho, do Ibama.
Fonte: Agência Brasil, repórter Marco Antônio Soalheiro
A Operação Arariboia começou na madrugada de hoje, visando capturar pessoas que exploram ilegalmente recursos naturais ou se escondem na Terra Indígena Araribóia, na região oeste do Maranhão, uma área de 413 mil hectares onde vivem aproximadamente 8 mil índios guajajara e 50 isolados da etnia Guajá. A ação será realizada por 190 agentes de fiscalização e policiamento.
A Fundação Nacional do Índio (Funai) é responsável pela coordenação da Operação Araribóia, que será deflagrada com o apoio de Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar do Maranhão e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
“Essa operação vai trazer um resgate socioambiental da terra indígena para os índios. Um resgate da cultura, dos costumes e da situação florestal de que eles necessitam para sua subsistência”, afirmou à Agência Brasil Thais Gonçalves, coordenadora de proteção às terras indígenas da Funai.
A terra Araribóia, segundo os órgãos fiscalizadores, vem sendo alvo de intensa devastação. Incêndios criminosos já teriam atingido quase 60% de sua extensão. Do início do ano até outubro, fiscais do Ibama apreenderam mais de 20 mil metros cúbicos de madeira e 30 carretas nas proximidades da reserva.
Pólos madeireiros estão posicionados em cidades do entorno, como Arame, Amarante e Buriticupu. “Os municípios não fizeram plano diretor, zoneamento e ordenamento territorial. Por isso, estão com áreas de expansão urbana adentrando a terra indígena. A presença de serrarias e madeireiras nos limites das terras estimula as atividades impactantes”, explicou a gerente executiva do Ibama em Imperatriz (MA), Adriana Carvalho.
Para agravar a situação, ações fiscalizadoras promovidas desde fevereiro na Reserva Biológica do Gurupi fizeram com que madeireiros migrassem para a terra Araribóia. O quadro atual é composto pela extração ilegal de madeira, incêndios criminosos e plantações de maconha, numa área onde estão espalhadas 98 aldeias. O resultado é o acirramento de tensões.
Parte dos índios, quando encontram caminhões de madeira dentro de suas terras, tem se mobilizado para impedir a retirada, gerando represálias. Há cerca de 15 dias, houve confronto armado entre índios e homens encapuzados que tentavam resgatar veículos, conforme relatos da coordenação da Funai e da gerência do Ibama. Dois índios foram assassinados.
Entretanto, há indícios da adesão de indígenas às atividades ilegais. Caso a situação seja comprovada, a Funai garante que agirá com rigor. “Quem for pego em atividade ilegal será preso assim como o branco”, disse Thais Gonçalves, ao lembrar que a fundação estimula ações sociais para que a comunidade seja atendida por outras atividades que garantam a sua subsistência, como oficinas de produção cultural, financiamento de lavouras e capacitação em legislação ambiental.
Em recentes ações prévias à instalação da força tarefa, a PF prendeu 15 pessoas encontradas devastando a floresta na região, incluindo um suposto líder da exploração na cidade de Amarante. Alguns já estão soltos, mas responderão a processo criminal. As autoridades policiais também suspeitam que foragidos da Justiça de todo o Brasil estejam escondidos na terra Araribóia.
Os coordenadores da operação apostam em um trabalho de inteligência para que consigam chegar efetivamente aos financiadores dos crimes ambientais, e não apenas aos executores do desmatamento, que o fazem em condições precárias, análogas à escravidão. Um acampamento do Exército deve garantir condições para a permanência das equipes 24 horas ao dia, por tempo indeterminado, dentro de terra indígena.
“Vamos ficar até que consigamos um ambiente de maior segurança, com a identificação e o encaminhamento administrativo e criminal dos infratores”, explicou Adriana Carvalho, do Ibama.
Fonte: Agência Brasil, repórter Marco Antônio Soalheiro
Siderúrgicas devastam mata nativa para ter carvão
11.11.07
Para não desanimar, vamos começar pela boa parte da notícia que saiu neste domingo no Estado de Minas:
A antiga Acesita, atualmente controlada pelo grupo Arcelor Mittal, não consumiu sequer um metro cúbico de carvão de mata nativa entre 2005 e setembro de 2007. O suprimento da empresa, fabricante de aços especiais, estabelecida em Timóteo (MG), tem se mantido na casa dos 600 mil metros cúbicos por ano, provenientes integralmente de florestas de eucalipto.
Há, portanto, uma honrosa exceção a ser registrada. O que fazemos logo no início da notícia.
Agora, o restante da desanimadora e revoltante notícia:
Nos últimos dez anos, de 1997 a 2006, o consumo de carvão pela indústria de ferro de Minas Gerais fez desaparecer quase 17,3 mil quilômetros quadrados de matas nativas brasileiras. É como se uma área correspondente à soma de 52 municípios, tendo, cada um, o tamanho de Belo Horizonte, fosse inteiramente desmatada para encher fornos de carvão. Mais de um quarto dessa devastação atingiu o Cerrado e a Mata Atlântica de Minas: 4.585 quilômetros quadrados. É um dado extremamente preocupante para um estado em que apenas um terço do território ainda é coberto de vegetação nativa, já incluídos nessa conta os parques federais e estaduais. Há um agravante. As matas nativas que restam estão concentradas no Norte, justamente a região mais visada pelo mercado carvoeiro. Como nos demais estados, a principal vítima é o Cerrado, bioma onde nascem e crescem os formadores de importantes bacias hidrográficas brasileiras: São Francisco, Paranaíba, Xingu, Araguaia, Tocantins e Parnaíba.
Amparada na legislação permissiva e no bom momento do mercado internacional de produtos siderúrgicos, a dilapidação das matas nativas continua. Este ano, até setembro, o carvão injetado nos altos-fornos correspondeu à queima de 2.341 quilômetros quadrados de mata nativa de 16 estados. Cerca de 39% desse estrago foi feito em Minas. Ou seja, a supressão de 913 quilômetros quadrados de vegetação.
Passadas três décadas de experiência com florestas plantadas, com forte absorção de tecnologia na produção de espécies de eucalipto de alto rendimento nos mais diversos tipos de solo, relevo e clima, seria razoável supor que o carvão de mata nativa teria se tornado um resquício, um insumo limitado a pequenos produtores de ferro gusa descapitalizados. Não confere. No Brasil, o maior consumidor é o grupo Gerdau, uma transnacional brasileira presente em 10 países, que produz aço em sociedades fortemente mobilizadas na defesa do meio ambiente, como os Estados Unidos e o Canadá. Recentemente, o grupo divulgou ter faturado R$ 25,1 bilhões nos primeiros nove meses de 2007, resultado de uma expansão nas vendas de 16,1% em relação a igual período de 2006.
As três siderúrgicas da Gerdau em Minas, instaladas em Contagem, em Divinópolis e em Barão de Cocais, receberam, de 2005 a setembro de 2007, quase 2,4 milhões de metros cúbicos de carvão de mata nativa, que demandaram o corte, em média, de 28,8 milhões de árvores. Considerando apenas o carvão de mata nativa procedente de Minas, foi necessário abater 13,6 milhões de árvores.
Para uma empresa que exibe em seu site na internet, no capítulo de responsabilidade social, uma muda de árvore amparada por um vergalhão de aço, os números de consumo de carvão de mata nativa em 2007 não ajudam. De janeiro a setembro, foram 516.635 metros cúbicos, procedentes principalmente de Minas Gerais e do Mato Grosso do Sul, pela ordem. A empresa também recebeu carvão da Bahia, de Goiás, do Piauí e de São Paulo. No período, também foi campeã entre os grandes consumidores de carvão de mata nativa. Para isso, o equivalente a 6,2 milhões de árvores tiveram de ser abatidas e levadas aos fornos.
Mesmo empresas com alto percentual do suprimento baseado no carvão de florestas plantadas mantêm um consumo expressivo, em números absolutos, do produto obtido com mata nativa. É o caso da Valourec & Mannesmann, usina instalada na região do Barreiro, em Belo Horizonte. Em 2007, mais de 90% do carvão consumido pela fabricante de tubos de aço veio de florestas plantadas. No entanto, de janeiro a setembro de 2007, a empresa recebeu 104.396 metros cúbicos de carvão nativo, quase todo produzido em Minas.
Fonte: Bernardino Furtado - jornal O Estado de Minas, com o Observatório (e apoio de Rodrigo Peret)
Para não desanimar, vamos começar pela boa parte da notícia que saiu neste domingo no Estado de Minas:
A antiga Acesita, atualmente controlada pelo grupo Arcelor Mittal, não consumiu sequer um metro cúbico de carvão de mata nativa entre 2005 e setembro de 2007. O suprimento da empresa, fabricante de aços especiais, estabelecida em Timóteo (MG), tem se mantido na casa dos 600 mil metros cúbicos por ano, provenientes integralmente de florestas de eucalipto.
Há, portanto, uma honrosa exceção a ser registrada. O que fazemos logo no início da notícia.
Agora, o restante da desanimadora e revoltante notícia:
Nos últimos dez anos, de 1997 a 2006, o consumo de carvão pela indústria de ferro de Minas Gerais fez desaparecer quase 17,3 mil quilômetros quadrados de matas nativas brasileiras. É como se uma área correspondente à soma de 52 municípios, tendo, cada um, o tamanho de Belo Horizonte, fosse inteiramente desmatada para encher fornos de carvão. Mais de um quarto dessa devastação atingiu o Cerrado e a Mata Atlântica de Minas: 4.585 quilômetros quadrados. É um dado extremamente preocupante para um estado em que apenas um terço do território ainda é coberto de vegetação nativa, já incluídos nessa conta os parques federais e estaduais. Há um agravante. As matas nativas que restam estão concentradas no Norte, justamente a região mais visada pelo mercado carvoeiro. Como nos demais estados, a principal vítima é o Cerrado, bioma onde nascem e crescem os formadores de importantes bacias hidrográficas brasileiras: São Francisco, Paranaíba, Xingu, Araguaia, Tocantins e Parnaíba.
Amparada na legislação permissiva e no bom momento do mercado internacional de produtos siderúrgicos, a dilapidação das matas nativas continua. Este ano, até setembro, o carvão injetado nos altos-fornos correspondeu à queima de 2.341 quilômetros quadrados de mata nativa de 16 estados. Cerca de 39% desse estrago foi feito em Minas. Ou seja, a supressão de 913 quilômetros quadrados de vegetação.
Passadas três décadas de experiência com florestas plantadas, com forte absorção de tecnologia na produção de espécies de eucalipto de alto rendimento nos mais diversos tipos de solo, relevo e clima, seria razoável supor que o carvão de mata nativa teria se tornado um resquício, um insumo limitado a pequenos produtores de ferro gusa descapitalizados. Não confere. No Brasil, o maior consumidor é o grupo Gerdau, uma transnacional brasileira presente em 10 países, que produz aço em sociedades fortemente mobilizadas na defesa do meio ambiente, como os Estados Unidos e o Canadá. Recentemente, o grupo divulgou ter faturado R$ 25,1 bilhões nos primeiros nove meses de 2007, resultado de uma expansão nas vendas de 16,1% em relação a igual período de 2006.
As três siderúrgicas da Gerdau em Minas, instaladas em Contagem, em Divinópolis e em Barão de Cocais, receberam, de 2005 a setembro de 2007, quase 2,4 milhões de metros cúbicos de carvão de mata nativa, que demandaram o corte, em média, de 28,8 milhões de árvores. Considerando apenas o carvão de mata nativa procedente de Minas, foi necessário abater 13,6 milhões de árvores.
Para uma empresa que exibe em seu site na internet, no capítulo de responsabilidade social, uma muda de árvore amparada por um vergalhão de aço, os números de consumo de carvão de mata nativa em 2007 não ajudam. De janeiro a setembro, foram 516.635 metros cúbicos, procedentes principalmente de Minas Gerais e do Mato Grosso do Sul, pela ordem. A empresa também recebeu carvão da Bahia, de Goiás, do Piauí e de São Paulo. No período, também foi campeã entre os grandes consumidores de carvão de mata nativa. Para isso, o equivalente a 6,2 milhões de árvores tiveram de ser abatidas e levadas aos fornos.
Mesmo empresas com alto percentual do suprimento baseado no carvão de florestas plantadas mantêm um consumo expressivo, em números absolutos, do produto obtido com mata nativa. É o caso da Valourec & Mannesmann, usina instalada na região do Barreiro, em Belo Horizonte. Em 2007, mais de 90% do carvão consumido pela fabricante de tubos de aço veio de florestas plantadas. No entanto, de janeiro a setembro de 2007, a empresa recebeu 104.396 metros cúbicos de carvão nativo, quase todo produzido em Minas.
Fonte: Bernardino Furtado - jornal O Estado de Minas, com o Observatório (e apoio de Rodrigo Peret)
Secretário-Geral da ONU elogia política brasileira do etanol
11.11.07
do Editor do Observatório: a agenda de um Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas deve ser pesada e os contatos com a realidade certamente são sempre mediados por diplomatas, sejam funcionários da própria ONU, sejam dos países membros. Por essa razão, sempre temos que dar "um desconto" razoável nas afirmativas que as pessoas que ocupam esse cargo fazem durante seus mandatos, ainda mais pelo papel de mediador do organismo, não pode fazer críticas a políticas dos governos -exceto em casos muito específicos, direitos humanos, por exemplo - e sempre adotam discursos otimistas e elogiativos. Vejam o que o sr. Ki-moon declarou à Folha de São Paulo, em entrevista publicada na edição de hoje, domingo (grifos meus):
"O Brasil tem mesmo um papel de liderança na luta pela proteção de recursos naturais. A política do etanol brasileiro é um exemplo que os outros deveriam seguir. Ao mesmo tempo, há muita discussão sobre o impacto global que o aumento da produção de etanol causaria. Não só no Brasil, mas em muitos outros lugares. Vou visitar seu país para saber mais sobre essa situação. Vou visitar uma usina de etanol, mas também a Amazônia, para ver como o governo tem preservado a região, que é tão importante fonte de recursos naturais para a comunidade internacional (a propósito dessa visita à Amazônia, leiam o artigo do padre Edilberto Sena, de Santarém, na seção "Opinião").
Alguns -como o dr. Ziegler- têm expressado alguma preocupação quanto à segurança alimentar, especialmente quando a cana-de-açúcar é usada para a produção de etanol. Mas esses relatores especiais são independentes, andam com suas próprias pernas, não refletem necessariamente as posições da ONU. De qualquer maneira, é um problema sério, em que o diálogo será necessário. O crescimento do uso de biocombustíveis precisa ser comandado pelos interesses da sociedade de uma maneira sólida e sustentável. Tem de se levar em conta produção alimentar, preços e evitar o desflorestamento.
A comunidade científica tem de pensar criativamente em como reduzir nossa dependência de combustíveis fósseis. Ao mesmo tempo, temos de pensar que a luta contra a pobreza é também muito importante e vital. Eu fico feliz de ver que seu presidente tem mostrado progresso em ambos os campos, o Brasil tem feito progresso em aliviar a pobreza, ao mesmo tempo tem sido muito criativo na questão de energia."
Fonte: extraído da entrevista a Sérgio Dávila, Enviado Especial da Folha de São Paulo a Nova York, com o Observatório.
do Editor do Observatório: a agenda de um Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas deve ser pesada e os contatos com a realidade certamente são sempre mediados por diplomatas, sejam funcionários da própria ONU, sejam dos países membros. Por essa razão, sempre temos que dar "um desconto" razoável nas afirmativas que as pessoas que ocupam esse cargo fazem durante seus mandatos, ainda mais pelo papel de mediador do organismo, não pode fazer críticas a políticas dos governos -exceto em casos muito específicos, direitos humanos, por exemplo - e sempre adotam discursos otimistas e elogiativos. Vejam o que o sr. Ki-moon declarou à Folha de São Paulo, em entrevista publicada na edição de hoje, domingo (grifos meus):
"O Brasil tem mesmo um papel de liderança na luta pela proteção de recursos naturais. A política do etanol brasileiro é um exemplo que os outros deveriam seguir. Ao mesmo tempo, há muita discussão sobre o impacto global que o aumento da produção de etanol causaria. Não só no Brasil, mas em muitos outros lugares. Vou visitar seu país para saber mais sobre essa situação. Vou visitar uma usina de etanol, mas também a Amazônia, para ver como o governo tem preservado a região, que é tão importante fonte de recursos naturais para a comunidade internacional (a propósito dessa visita à Amazônia, leiam o artigo do padre Edilberto Sena, de Santarém, na seção "Opinião").
Alguns -como o dr. Ziegler- têm expressado alguma preocupação quanto à segurança alimentar, especialmente quando a cana-de-açúcar é usada para a produção de etanol. Mas esses relatores especiais são independentes, andam com suas próprias pernas, não refletem necessariamente as posições da ONU. De qualquer maneira, é um problema sério, em que o diálogo será necessário. O crescimento do uso de biocombustíveis precisa ser comandado pelos interesses da sociedade de uma maneira sólida e sustentável. Tem de se levar em conta produção alimentar, preços e evitar o desflorestamento.
A comunidade científica tem de pensar criativamente em como reduzir nossa dependência de combustíveis fósseis. Ao mesmo tempo, temos de pensar que a luta contra a pobreza é também muito importante e vital. Eu fico feliz de ver que seu presidente tem mostrado progresso em ambos os campos, o Brasil tem feito progresso em aliviar a pobreza, ao mesmo tempo tem sido muito criativo na questão de energia."
Fonte: extraído da entrevista a Sérgio Dávila, Enviado Especial da Folha de São Paulo a Nova York, com o Observatório.
Água pára crescimento da China
08.11.07
Luis Nassif, em seu blog (http://www.projetobr.com.br/blog/5.html), citando as agências de notícias internacionais, informa que "a China decidiu criar regras para impedir o super-aquecimento da economia. Ontem proibiu novos investimentos estrangeiros nos setores imobiliário, de finanças, exploração petrolífera e prospecção de metais preciosos. Duas preocupações estão por trás das medidas: segurar um pouco o crescimento e proteger o meio ambiente, já que o país bateu no seu limite em termos de oferta de água."
Essa informação corrobora o comentário feito pelo Editor do Observatório, na notícia sobre o fornecimento de frangos brasileiros aos chineses, mais abaixo nessa página.
De acordo com Nassif, "foram proibidos também investimento na construção de hotéis, centros comerciais, condomínios e prédios de escritórios. Também entraram na lista investimento em indústrias voltadas para a exportação. No meio das proibições, também o veto a empresas estrangeiras que investem em sites e serviços de Internet com conteúdo jornalístico, conforme determinação da Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento."
Fonte: Blog do Nassif (http://www.projetobr.com.br/blog/5.html), 20h49.
Luis Nassif, em seu blog (http://www.projetobr.com.br/blog/5.html), citando as agências de notícias internacionais, informa que "a China decidiu criar regras para impedir o super-aquecimento da economia. Ontem proibiu novos investimentos estrangeiros nos setores imobiliário, de finanças, exploração petrolífera e prospecção de metais preciosos. Duas preocupações estão por trás das medidas: segurar um pouco o crescimento e proteger o meio ambiente, já que o país bateu no seu limite em termos de oferta de água."
Essa informação corrobora o comentário feito pelo Editor do Observatório, na notícia sobre o fornecimento de frangos brasileiros aos chineses, mais abaixo nessa página.
De acordo com Nassif, "foram proibidos também investimento na construção de hotéis, centros comerciais, condomínios e prédios de escritórios. Também entraram na lista investimento em indústrias voltadas para a exportação. No meio das proibições, também o veto a empresas estrangeiras que investem em sites e serviços de Internet com conteúdo jornalístico, conforme determinação da Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento."
Fonte: Blog do Nassif (http://www.projetobr.com.br/blog/5.html), 20h49.
Sem anestesia, não !
08.11.07
Diversas companhias holandesas anunciaram que não venderão produtos originados de suínos castrados sem anestesia.
Um selo especial, que começa a vigorar a partir de janeiro de 2008 na Holanda, vai indicar quais os produtores que utilizam anestésicos na hora da castração de seus animais. A empresa alimentícia holandesa Febo já anunciou que somente venderá carne suína que tenha este selo.
A inciativa também atinge outras empresas e organizações ambientais e sociais, incluindo a De Hoeve, uma fazenda de produção de suínos nos Países Baixos. Em janeiro de 2009, a fábrica Mora também vai aderir ao selo.
Diversos protestos feitos neste ano já levaram algumas empresas a adotar medidas semelhantes neste ano, incluindo o McDonald´s. Uma vitória do movimento contra crueldade no tratamento dos animais.
fonte: Suinocultura Industrial / PigProcess.net
Diversas companhias holandesas anunciaram que não venderão produtos originados de suínos castrados sem anestesia.
Um selo especial, que começa a vigorar a partir de janeiro de 2008 na Holanda, vai indicar quais os produtores que utilizam anestésicos na hora da castração de seus animais. A empresa alimentícia holandesa Febo já anunciou que somente venderá carne suína que tenha este selo.
A inciativa também atinge outras empresas e organizações ambientais e sociais, incluindo a De Hoeve, uma fazenda de produção de suínos nos Países Baixos. Em janeiro de 2009, a fábrica Mora também vai aderir ao selo.
Diversos protestos feitos neste ano já levaram algumas empresas a adotar medidas semelhantes neste ano, incluindo o McDonald´s. Uma vitória do movimento contra crueldade no tratamento dos animais.
fonte: Suinocultura Industrial / PigProcess.net
FAO prevê alta na cotação de grãos para 2008
08.11.07
Segundo o programa das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) há hoje, no mercado mundial de grãos, mais incerteza em relação ao volume armazenado da maioria dos cereais do que nos últimos anos.
As cotações mundiais dos cereais continuarão elevadas em 2008, por causa das dificuldades de produção em países exportadores e do baixo nível dos estoques internacionais. O alerta foi divulgado, ontem (07-11), no relatório da FAO sobre as Perspectivas da Alimentação. O documento, divulgado simultaneamente em Roma e em Londres, adverte que essa alta "alimenta a inflação dos preços dos alimentos em inúmeras partes do mundo".
No comunicado, a FAO prevê alta no custo dos produtos agrícolas "a um ritmo mais rápido" do que no ano passado. Outro ponto destacado é a provável forte expansão da produção de trigo, o que diminuiria os preços.
fonte: Correio do Povo, com o Observatório.
Segundo o programa das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) há hoje, no mercado mundial de grãos, mais incerteza em relação ao volume armazenado da maioria dos cereais do que nos últimos anos.
As cotações mundiais dos cereais continuarão elevadas em 2008, por causa das dificuldades de produção em países exportadores e do baixo nível dos estoques internacionais. O alerta foi divulgado, ontem (07-11), no relatório da FAO sobre as Perspectivas da Alimentação. O documento, divulgado simultaneamente em Roma e em Londres, adverte que essa alta "alimenta a inflação dos preços dos alimentos em inúmeras partes do mundo".
No comunicado, a FAO prevê alta no custo dos produtos agrícolas "a um ritmo mais rápido" do que no ano passado. Outro ponto destacado é a provável forte expansão da produção de trigo, o que diminuiria os preços.
fonte: Correio do Povo, com o Observatório.
Produção brasileira de aves e suinos pode ser reduzida
08.11.07
Produtores e exportadores de aves, suínos e outros integrantes da cadeia de carnes se reúnem hoje para discutir o abastecimento de milho no Brasil. O consenso até agora é de que daqui até o final de janeiro a oferta estará muito crítica. O setor avícola considera até a possibilidade de reduzir a produção, alojando menos aves, para ajustar o consumo das granjas à oferta de milho disponível, segundo Clóvis Puperi, diretor- executivo da União Brasileira de Avicultura (UBA).
Puperi estima que até o final de fevereiro o Brasil precisará de cerca de 15 milhões de toneladas para atender a demanda de toda produção animal e do consumo humano. Neste momento, os estoques públicos são de 1 milhão de toneladas, segundo informa o Departamento de Controle de Estoques da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). "Agora em novembro a oferta já está mais acirrada, pois o preço está subindo forte. Nos últimos 20 dias, a saca ficou R$ 5 mais cara em Campinas (SP)", diz Leonardo Sologuren, da consultoria Céleres.
Para o diretor-executivo da UBA, a angústia do setor se deve ao fato de a Conab não informar com precisão o real volume estocado. "A cada consulta nos é informado um número diferente", lamenta. (nota do editor: veja a matéria acima, onde a FAO faz a mesma referência quanto à incerteza dos estoques mundiais)
Otimista, o presidente-executivo interino da Associação Brasileira dos Exportadores de Frango (Abef), Christian Lohbauer, aposta em uma adaptação entre a demanda e oferta até março, quando entra o forte da safra nova.
"Acredito em fortes altas no preço, mas não em desabastecimento", acrescenta. Como plano "B", segundo ele, pode-se considerar a importação de milho. Essa possibilidade é pouco considerada por analistas, pois outros países potenciais exportadores ao Brasil, como Argentina e Estados Unidos, produzem milho trangênico - cuja importação possui restrições na lei brasileira - e também pelo fato de a oferta de milho argentino também estar apertada, segundo Sologuren.
A redução das disponibilidades do milho do mercado interno se deve à forte procura internacional, sobretudo da União Européia, pelo milho brasileiro. As exportações, que até outubro foram de 8,4 milhões de toneladas, devem superar os 10 milhões de toneladas até o fim do ano, com grandes chances de atingir 10,5 milhões de toneladas, segundo a consultoria Céleres.
Com exceção da Bahia, que produz milho, a avicultura nordestina é abastecida com milho do Centro-Oeste e dos leilões da Conab e é considerada a região com oferta mais crítica no País. A granja Mauricéia, que produz 2 milhões de frangos por mês em Pernambuco, está se abastecendo neste semestre de estoques públicos. "Temos consumo total de 8 mil toneladas por mês. Basicamente arrematamos dos leilões ofertados em Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul", diz Marcondes Farias, diretor da Mauricéia.
"Contamos com a oferta de milho baiano", completa. O problema passa pelas indústrias de alimentação. Segundo o diretor da São Braz Alimentos, Rosenvaldo Costa. "O governo privilegia o abastecimento de milho para ração animal".
fonte: Gazeta Mercantil, com o Observatório
Produtores e exportadores de aves, suínos e outros integrantes da cadeia de carnes se reúnem hoje para discutir o abastecimento de milho no Brasil. O consenso até agora é de que daqui até o final de janeiro a oferta estará muito crítica. O setor avícola considera até a possibilidade de reduzir a produção, alojando menos aves, para ajustar o consumo das granjas à oferta de milho disponível, segundo Clóvis Puperi, diretor- executivo da União Brasileira de Avicultura (UBA).
Puperi estima que até o final de fevereiro o Brasil precisará de cerca de 15 milhões de toneladas para atender a demanda de toda produção animal e do consumo humano. Neste momento, os estoques públicos são de 1 milhão de toneladas, segundo informa o Departamento de Controle de Estoques da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). "Agora em novembro a oferta já está mais acirrada, pois o preço está subindo forte. Nos últimos 20 dias, a saca ficou R$ 5 mais cara em Campinas (SP)", diz Leonardo Sologuren, da consultoria Céleres.
Para o diretor-executivo da UBA, a angústia do setor se deve ao fato de a Conab não informar com precisão o real volume estocado. "A cada consulta nos é informado um número diferente", lamenta. (nota do editor: veja a matéria acima, onde a FAO faz a mesma referência quanto à incerteza dos estoques mundiais)
Otimista, o presidente-executivo interino da Associação Brasileira dos Exportadores de Frango (Abef), Christian Lohbauer, aposta em uma adaptação entre a demanda e oferta até março, quando entra o forte da safra nova.
"Acredito em fortes altas no preço, mas não em desabastecimento", acrescenta. Como plano "B", segundo ele, pode-se considerar a importação de milho. Essa possibilidade é pouco considerada por analistas, pois outros países potenciais exportadores ao Brasil, como Argentina e Estados Unidos, produzem milho trangênico - cuja importação possui restrições na lei brasileira - e também pelo fato de a oferta de milho argentino também estar apertada, segundo Sologuren.
A redução das disponibilidades do milho do mercado interno se deve à forte procura internacional, sobretudo da União Européia, pelo milho brasileiro. As exportações, que até outubro foram de 8,4 milhões de toneladas, devem superar os 10 milhões de toneladas até o fim do ano, com grandes chances de atingir 10,5 milhões de toneladas, segundo a consultoria Céleres.
Com exceção da Bahia, que produz milho, a avicultura nordestina é abastecida com milho do Centro-Oeste e dos leilões da Conab e é considerada a região com oferta mais crítica no País. A granja Mauricéia, que produz 2 milhões de frangos por mês em Pernambuco, está se abastecendo neste semestre de estoques públicos. "Temos consumo total de 8 mil toneladas por mês. Basicamente arrematamos dos leilões ofertados em Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul", diz Marcondes Farias, diretor da Mauricéia.
"Contamos com a oferta de milho baiano", completa. O problema passa pelas indústrias de alimentação. Segundo o diretor da São Braz Alimentos, Rosenvaldo Costa. "O governo privilegia o abastecimento de milho para ração animal".
fonte: Gazeta Mercantil, com o Observatório
Brasil supre 44% das importações de frango da China
08.11.07
Informa o Departamento de Agricultura norte-americano (USDA)
Mas os EUA ainda são os principais fornecedores do mercado chinês (48% das importações)
Dados divulgados pelo USDA – Departamento de Agricultura dos EUA apontam que nos sete primeiros meses de 2007 o Brasil forneceu cerca de 44% das importações de carne de frango da China, enquanto os EUA, principais fornecedores do mercado chinês, responderam por 48% do total importado.
Nos primeiros sete meses do corrente ano foram exportadas 271.488 toneladas de carne de frango do Brasil para a China, volume que já supera o total embarcado durante todo ano passado (262.232 toneladas em 12 meses, segundo a mesma fonte). Existe, entretanto, uma intermediação não explicada, pois 43% do volume exportado neste ano pelo Brasil chegou à China por via Hong Kong, que reexporta o produto.
Em 2008, de acordo com as previsões do USDA, as importações diretas da China deverão aumentar cerca de 9%, ultrapassando 600 mil toneladas. Entre os fatores citados para explicar esse aumento das importações estão a quebra na produção chinesa de carne suína em decorrência de problemas sanitários, a desvalorização do dólar frente à moeda chinesa e, ainda, a realização, em Pequim, dos Jogos Olímpicos.
Para o USDA, os exportadores norte-americanos continuarão enfrentando uma forte concorrência do Brasil e da Argentina. Além disso, questões comerciais poderão alterar o nível de participação dos atuais fornecedores da China: as autoridades chinesas desencadearam um programa de tolerância zero para a detecção de patógenos em carnes importadas e vêm devolvendo lotes de diversos exportadores norte-americanos que, anteriormente, já haviam registrado problemas de contaminação.
fonte: AviSite, com o Observatório
Comentário do Editor: Além das questões citadas na matéria acima, deve-se lembrar que o comprometimento dos lençóis freáticos na China já alcançou níveis críticos, o que induz naturalmente a exportar os criatórios de aves e porcos, trazendo para seu país a proteína animal pronta, e deixando os efeitos poluidores nos países produtores.
Informa o Departamento de Agricultura norte-americano (USDA)
Mas os EUA ainda são os principais fornecedores do mercado chinês (48% das importações)
Dados divulgados pelo USDA – Departamento de Agricultura dos EUA apontam que nos sete primeiros meses de 2007 o Brasil forneceu cerca de 44% das importações de carne de frango da China, enquanto os EUA, principais fornecedores do mercado chinês, responderam por 48% do total importado.
Nos primeiros sete meses do corrente ano foram exportadas 271.488 toneladas de carne de frango do Brasil para a China, volume que já supera o total embarcado durante todo ano passado (262.232 toneladas em 12 meses, segundo a mesma fonte). Existe, entretanto, uma intermediação não explicada, pois 43% do volume exportado neste ano pelo Brasil chegou à China por via Hong Kong, que reexporta o produto.
Em 2008, de acordo com as previsões do USDA, as importações diretas da China deverão aumentar cerca de 9%, ultrapassando 600 mil toneladas. Entre os fatores citados para explicar esse aumento das importações estão a quebra na produção chinesa de carne suína em decorrência de problemas sanitários, a desvalorização do dólar frente à moeda chinesa e, ainda, a realização, em Pequim, dos Jogos Olímpicos.
Para o USDA, os exportadores norte-americanos continuarão enfrentando uma forte concorrência do Brasil e da Argentina. Além disso, questões comerciais poderão alterar o nível de participação dos atuais fornecedores da China: as autoridades chinesas desencadearam um programa de tolerância zero para a detecção de patógenos em carnes importadas e vêm devolvendo lotes de diversos exportadores norte-americanos que, anteriormente, já haviam registrado problemas de contaminação.
fonte: AviSite, com o Observatório
Comentário do Editor: Além das questões citadas na matéria acima, deve-se lembrar que o comprometimento dos lençóis freáticos na China já alcançou níveis críticos, o que induz naturalmente a exportar os criatórios de aves e porcos, trazendo para seu país a proteína animal pronta, e deixando os efeitos poluidores nos países produtores.
Feijão alcança maior preço em dez anos
07.11.07
O preço do feijão carioca, alimento mais freqüente no prato do consumidor brasileiro, atingiu o maior patamar dos últimos 10 anos na atual entressafra, refletindo os efeitos do excesso de chuvas no início do ano, que reduziu a produção, e da migração do plantio para culturas mais remuneradoras, como soja, milho e cana-de-açúcar. Segundo cálculos da Correpar Corretora de Mercadorias, do Paraná, a referência de preço cotada ontem na Bolsinha de São Paulo era de R$ 170,00 a saca de 60 kg - o equivalente a R$ 2,83 o quilo. A cifra representa o dobro dos R$ 85,00 verificados em igual período do ano passado.
......
O produtor de feijão de São Paulo negociava ontem o produto a R$ 150 e R$ 160 a saca de 60 kg, segundo o analista da Safras & Mercado, Bento. O valor é 128% maior que os R$ 70,00 negociados em igual etapa do ano anterior. Já em Minas Gerais, o preço oscilava entre R$ 135 a R$ 145 a saca, mais que o dobro dos R$ 62,5 verificados na mesma base de comparação, disse o analista.
Bento acrescenta que houve atraso do plantio de feijão da terceira safra, que começa em meados de outubro, por conta de falta de chuvas. Os estoques de feijão carioca são quase zerados, pois a qualidade do produto se perde muito rápido após a colheita. "Não tem como fazer estoques de feijão carioca, porque ele fica preto rápido", confirmou o diretor da corretora, Lüders. Por conta da falta de feijão novo no mercado, os especialistas informaram que ontem não havia negócios da commodity na Bolsinha de São Paulo.
A tendência é de que o preço do feijão continue em alta devido à baixa oferta. Consumo nacional de feijão é de 285 mil toneladas por mês, segundo o diretor da corretora, Lüders. Segundo ele, o mercado prevê uma queda de cerca de 30% na área da terceira safra de feijão - a maior do ano - cujo plantio está se iniciando, em relação aos 1,309 milhão de hectares cultivados no mesmo ciclo de 2006.
Exportações recordes:
O cenário do feijão demostra-se aquecido no mercado externo. O diretor da Correpar Corretora de Mercadorias, Lüders, informou que o Brasil exportou até o dia 10 do mês passado 25 mil toneladas do grão, principalmente do feijão rajado (bege com rajas vermelhas) cultivado no Paraná e em Minas Gerais. Trata-se de um resultado exportado recorde é representa quase cinco vezes mais que o exportado em todo o ano de 2006, quando foram embarcados 6,17 mil toneladas, conforme Lüders.
O produto exportado foi vendido a US$ 37 a saca de 60 quilos ou US$ 600 a tonelada. Os principais compradores do feijão brasileiro foram os continentes da África, Oriente Médio e Europa. Entretanto, Lüders avalia que no próximo o Brasil não conseguirá exportar o produto, pois terá que abastecer o mercado interno.
Fontes: Agronotícias e Gazeta Mercantil
O preço do feijão carioca, alimento mais freqüente no prato do consumidor brasileiro, atingiu o maior patamar dos últimos 10 anos na atual entressafra, refletindo os efeitos do excesso de chuvas no início do ano, que reduziu a produção, e da migração do plantio para culturas mais remuneradoras, como soja, milho e cana-de-açúcar. Segundo cálculos da Correpar Corretora de Mercadorias, do Paraná, a referência de preço cotada ontem na Bolsinha de São Paulo era de R$ 170,00 a saca de 60 kg - o equivalente a R$ 2,83 o quilo. A cifra representa o dobro dos R$ 85,00 verificados em igual período do ano passado.
......
O produtor de feijão de São Paulo negociava ontem o produto a R$ 150 e R$ 160 a saca de 60 kg, segundo o analista da Safras & Mercado, Bento. O valor é 128% maior que os R$ 70,00 negociados em igual etapa do ano anterior. Já em Minas Gerais, o preço oscilava entre R$ 135 a R$ 145 a saca, mais que o dobro dos R$ 62,5 verificados na mesma base de comparação, disse o analista.
Bento acrescenta que houve atraso do plantio de feijão da terceira safra, que começa em meados de outubro, por conta de falta de chuvas. Os estoques de feijão carioca são quase zerados, pois a qualidade do produto se perde muito rápido após a colheita. "Não tem como fazer estoques de feijão carioca, porque ele fica preto rápido", confirmou o diretor da corretora, Lüders. Por conta da falta de feijão novo no mercado, os especialistas informaram que ontem não havia negócios da commodity na Bolsinha de São Paulo.
A tendência é de que o preço do feijão continue em alta devido à baixa oferta. Consumo nacional de feijão é de 285 mil toneladas por mês, segundo o diretor da corretora, Lüders. Segundo ele, o mercado prevê uma queda de cerca de 30% na área da terceira safra de feijão - a maior do ano - cujo plantio está se iniciando, em relação aos 1,309 milhão de hectares cultivados no mesmo ciclo de 2006.
Exportações recordes:
O cenário do feijão demostra-se aquecido no mercado externo. O diretor da Correpar Corretora de Mercadorias, Lüders, informou que o Brasil exportou até o dia 10 do mês passado 25 mil toneladas do grão, principalmente do feijão rajado (bege com rajas vermelhas) cultivado no Paraná e em Minas Gerais. Trata-se de um resultado exportado recorde é representa quase cinco vezes mais que o exportado em todo o ano de 2006, quando foram embarcados 6,17 mil toneladas, conforme Lüders.
O produto exportado foi vendido a US$ 37 a saca de 60 quilos ou US$ 600 a tonelada. Os principais compradores do feijão brasileiro foram os continentes da África, Oriente Médio e Europa. Entretanto, Lüders avalia que no próximo o Brasil não conseguirá exportar o produto, pois terá que abastecer o mercado interno.
Fontes: Agronotícias e Gazeta Mercantil
União Européia aperta controle nos criatórios de suinos e aves
07.11.07
Pequenos avicultores europeus e suas entidades de classe estão em verdadeiro pé de guerra contra Bruxelas. É que a Comissão Européia - o braço executivo da União Européia e cuja sede oficial está instalada na capital belga - vem discutindo a possibilidade de tornar mais rigorosas as exigências aplicadas sobre o setor no tocante à proteção do meio ambiente.
Entre as novas medidas que vêm sendo propostas, se encontra a ampliação do número de propriedades avícolas sujeitas à autorização de funcionamento e às normas (bastante severas) do IPPC, o Código de Controle e Prevenção da Poluição da UE.
Pelas normas em vigor – e que só passaram a ser aplicadas à produção animal neste ano – devem se submeter ao IPPC as granjas de suínos com mais de 750 matrizes ou com mais de 2 mil cabeças (acima de 30 kg), bem como as granjas avícolas com plantel acima de 40 mil cabeças de aves.
Como se vê, enquanto definem o tipo de criação (matriz ou comercial) na área suína, as normas são genéricas no tocante às aves. E há uma grande diferença, por exemplo, entre uma criação de 40 mil cabeças de frangos e outra com 40 mil cabeças de perus. Daí a proposta, atual, de correção dessa falha.
Só que os pequenos avicultores afirmam que, aprovada a proposta em discussão, grande parte dos atuais produtores poderá ser alijada de vez do mercado. Pois enquanto se propõe a manutenção do limite de 40 mil cabeças na produção de frango, estão sendo sugeridos os limites de 30 mil cabeças para as criações de poedeiras, de 24 mil cabeças para as criações de patos e de 11.500 cabeças (menos de um terço do original) para as criações de perus.
Fontes: Agronotícias e Avisite
Comentário do Editor: A cada aperto nas normas da UE para proteção de seu ambiente cada vez mais poluído, mais se transfere a transformação da proteína vegetal em animal para países como o Brasil. Esse movimento transfere também, é claro, a poluição produzida, que passa a ser feita em regiões onde as normas são menos severas. O impacto ambiental dessa produção é altamente significativo. Aqui mesmo já temos regiões altamente impactadas, como o Oeste de Santa Catarina, e cursos d'água e reservatórios em processos de acelerada eutrofizacão resultante desses efluentes.
Pequenos avicultores europeus e suas entidades de classe estão em verdadeiro pé de guerra contra Bruxelas. É que a Comissão Européia - o braço executivo da União Européia e cuja sede oficial está instalada na capital belga - vem discutindo a possibilidade de tornar mais rigorosas as exigências aplicadas sobre o setor no tocante à proteção do meio ambiente.
Entre as novas medidas que vêm sendo propostas, se encontra a ampliação do número de propriedades avícolas sujeitas à autorização de funcionamento e às normas (bastante severas) do IPPC, o Código de Controle e Prevenção da Poluição da UE.
Pelas normas em vigor – e que só passaram a ser aplicadas à produção animal neste ano – devem se submeter ao IPPC as granjas de suínos com mais de 750 matrizes ou com mais de 2 mil cabeças (acima de 30 kg), bem como as granjas avícolas com plantel acima de 40 mil cabeças de aves.
Como se vê, enquanto definem o tipo de criação (matriz ou comercial) na área suína, as normas são genéricas no tocante às aves. E há uma grande diferença, por exemplo, entre uma criação de 40 mil cabeças de frangos e outra com 40 mil cabeças de perus. Daí a proposta, atual, de correção dessa falha.
Só que os pequenos avicultores afirmam que, aprovada a proposta em discussão, grande parte dos atuais produtores poderá ser alijada de vez do mercado. Pois enquanto se propõe a manutenção do limite de 40 mil cabeças na produção de frango, estão sendo sugeridos os limites de 30 mil cabeças para as criações de poedeiras, de 24 mil cabeças para as criações de patos e de 11.500 cabeças (menos de um terço do original) para as criações de perus.
Fontes: Agronotícias e Avisite
Comentário do Editor: A cada aperto nas normas da UE para proteção de seu ambiente cada vez mais poluído, mais se transfere a transformação da proteína vegetal em animal para países como o Brasil. Esse movimento transfere também, é claro, a poluição produzida, que passa a ser feita em regiões onde as normas são menos severas. O impacto ambiental dessa produção é altamente significativo. Aqui mesmo já temos regiões altamente impactadas, como o Oeste de Santa Catarina, e cursos d'água e reservatórios em processos de acelerada eutrofizacão resultante desses efluentes.
Sojeiros pretendem investir na formação de lideranças
06.11.07
Aprosoja criará em Mato Grosso escola de liderança com nível internacional
Criar em Mato Grosso um programa com padrão mundial de qualidade para a formação de líderes na agricultura. Com esse objetivo, o presidente da Aprosoja, Glauber Silveira, o diretor executivo da associação, Marcelo Duarte Monteiro, e o professor João Martines, da Esalq/USP, reuniram-se no último dia 4, em Chicago (Estados Unidos), com a presidente da Illinois Agricultural Leadership Foundation (IALF), Joyce Watson e o Professor Peter Goldsmith, da Universidade de Illinois.
A entidade foi criada em 1981, para treinar os agentes mais promissores do setor agrícola norte-americano em temas e habilidades que são essenciais para o exercício da liderança, como comunicação e tomada de decisões, passando ainda por tópicos como desafios da economia global e relações com a mídia, entre outros.
Com base no modelo da entidade sediada em Illinois – segundo Estado que mais produz soja nos Estados Unidos –, a Aprosoja pretende implementar em Mato Grosso um programa para formar pessoas capazes de desenvolver e colocar em prática as políticas que ditam os rumos da agricultura.
Para o presidente da Aprosoja, Glauber Silveira, a criação da Academia de Liderança em Mato Grosso também é uma forma de tornar o campo mais atraente para as novas gerações e, assim, assegurar a continuidade do avanço quantitativo e qualitativo da agricultura mato-grossense e brasileira.
Patrocínio e resultados
Iniciativa original da W.K. Kellogg Foundation e de universidades de Illinois ligadas à agricultura, o programa de liderança da IALF já formou 350 pessoas, com o apoio financeiro de grandes empresas do agronegócio, que bancam cerca de 90% dos custos. A cada dois anos, 30 pessoas são selecionadas para o curso, que é ministrado em encontros esporádicos, em diferentes cidades de Illinois, além de proporcionar viagens nacionais e internacionais aos participantes. O custo do curso é de US$ 29 mil por aluno, mas cada participante paga apenas US$ 2,5 mil.
“Nossa missão é formar líderes para a agricultura. Quando dizemos que podemos educar pessoas para desenvolver políticas agrícolas e fazer lobby em prol das empresas do agronegócio, essas empresas se tornam receptivas e aceitam financiar o programa. Isso porque elas terão a possibilidade de ter alguém de fora defendendo os seus pontos de vista junto ao governo, por exemplo”, explica a presidente da IALF, Joyce Watson. “É muito interessante perceber o intercâmbio existente entre a iniciativa privada e o ensino e a extensão nos Estados Unidos, que ocorre em um nível muito acima do que se vê no Brasil”, observa o presidente Glauber Silveira.
Consultoria para o programa em MT
“Estamos aqui para pedir o apoio da IALF na implementação de um programa parecido em Mato Grosso. Não queremos reinventar a roda, e sim aproveitar experiências bem sucedidas como essa para criarmos uma Academia de Liderança em nosso Estado”, diz Marcelo Duarte Monteiro, diretor executivo da Aprosoja.
Além da formação de líderes, a Aprosoja também pretende elaborar e ministrar cursos de formação geral para agentes do setor, voltados para turmas maiores, que podem ser um primeiro passo na seleção das pessoas que participarão dos cursos de nível mais avançado, e que serão encabeçados pelo programa de liderança.
Fonte: Só Notícias com Assessoria
Aprosoja criará em Mato Grosso escola de liderança com nível internacional
Criar em Mato Grosso um programa com padrão mundial de qualidade para a formação de líderes na agricultura. Com esse objetivo, o presidente da Aprosoja, Glauber Silveira, o diretor executivo da associação, Marcelo Duarte Monteiro, e o professor João Martines, da Esalq/USP, reuniram-se no último dia 4, em Chicago (Estados Unidos), com a presidente da Illinois Agricultural Leadership Foundation (IALF), Joyce Watson e o Professor Peter Goldsmith, da Universidade de Illinois.
A entidade foi criada em 1981, para treinar os agentes mais promissores do setor agrícola norte-americano em temas e habilidades que são essenciais para o exercício da liderança, como comunicação e tomada de decisões, passando ainda por tópicos como desafios da economia global e relações com a mídia, entre outros.
Com base no modelo da entidade sediada em Illinois – segundo Estado que mais produz soja nos Estados Unidos –, a Aprosoja pretende implementar em Mato Grosso um programa para formar pessoas capazes de desenvolver e colocar em prática as políticas que ditam os rumos da agricultura.
Para o presidente da Aprosoja, Glauber Silveira, a criação da Academia de Liderança em Mato Grosso também é uma forma de tornar o campo mais atraente para as novas gerações e, assim, assegurar a continuidade do avanço quantitativo e qualitativo da agricultura mato-grossense e brasileira.
Patrocínio e resultados
Iniciativa original da W.K. Kellogg Foundation e de universidades de Illinois ligadas à agricultura, o programa de liderança da IALF já formou 350 pessoas, com o apoio financeiro de grandes empresas do agronegócio, que bancam cerca de 90% dos custos. A cada dois anos, 30 pessoas são selecionadas para o curso, que é ministrado em encontros esporádicos, em diferentes cidades de Illinois, além de proporcionar viagens nacionais e internacionais aos participantes. O custo do curso é de US$ 29 mil por aluno, mas cada participante paga apenas US$ 2,5 mil.
“Nossa missão é formar líderes para a agricultura. Quando dizemos que podemos educar pessoas para desenvolver políticas agrícolas e fazer lobby em prol das empresas do agronegócio, essas empresas se tornam receptivas e aceitam financiar o programa. Isso porque elas terão a possibilidade de ter alguém de fora defendendo os seus pontos de vista junto ao governo, por exemplo”, explica a presidente da IALF, Joyce Watson. “É muito interessante perceber o intercâmbio existente entre a iniciativa privada e o ensino e a extensão nos Estados Unidos, que ocorre em um nível muito acima do que se vê no Brasil”, observa o presidente Glauber Silveira.
Consultoria para o programa em MT
“Estamos aqui para pedir o apoio da IALF na implementação de um programa parecido em Mato Grosso. Não queremos reinventar a roda, e sim aproveitar experiências bem sucedidas como essa para criarmos uma Academia de Liderança em nosso Estado”, diz Marcelo Duarte Monteiro, diretor executivo da Aprosoja.
Além da formação de líderes, a Aprosoja também pretende elaborar e ministrar cursos de formação geral para agentes do setor, voltados para turmas maiores, que podem ser um primeiro passo na seleção das pessoas que participarão dos cursos de nível mais avançado, e que serão encabeçados pelo programa de liderança.
Fonte: Só Notícias com Assessoria
Até no cultivo de banana tem trabalho degradante
04.11.07
Trabalhadores rurais são pulverizados por aviões agrícolas que lançam agrotóxicos nas plantações do Vale do Ribeira
"Trabalhadores da maior região produtora de banana do país, o Vale do Ribeira (SP), não têm registro em carteira, não usam equipamentos de proteção, têm de arcar com os custos de suas ferramentas e são até pulverizados por agrotóxicos.
É o que constataram procuradores e auditores fiscais do Trabalho em blitz feita na última quarta-feira em sítios da região de Miracatu (SP), acompanhada pela Folha.
...
As blitze que ocorreram neste ano e resultaram em 38 autuações por falta de cumprimento da legislação trabalhista são conseqüência de denúncia feita por um trabalhador ao Ministério Público do Trabalho da 15ª Região (Campinas).
"Com as diligências, pudemos verificar que a situação de trabalho na região é mais degradante do que imaginávamos. Além de a informalidade predominar, não há orientação para manipulação de agrotóxicos. Trata-se de dumping social. Como não há perspectivas de trabalho na região, eles se submetem a condições degradantes", afirma Cláudia Marques de Oliveira, procuradora do Trabalho de Campinas.
Na última quarta-feira, procuradores e fiscais, com o apoio de policiais ambientais de Registro (SP), visitaram dois sítios na região de Miracatu.
A plantação do sítio Taquaruçu, no bairro Barra Funda, de propriedade de Paulo Candido da Silva, foi pulverizada por volta das 10h por um pequeno avião. De perto, parecia um show aéreo, com vôos rasantes, em que o piloto colocava o avião a poucos metros do chão.
Dois empregados do sítio estavam no local, sem se incomodarem com o avião e o "chuvisco químico" que vinha do céu. "Já estou acostumado com isso", disse Geraldo dos Reis, 40, que trabalha e reside no local há um ano e dois meses.
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Procedimentos
O MPT informa que abriu procedimento administrativo para avaliar a situação do Vale do Ribeira e orientar produtores e trabalhadores. Uma audiência pública está marcada para dezembro para informar a população e produtores, na tentativa de melhorar condições de trabalho e do ambiente. Relatórios serão encaminhados a Cetesb e Ministério Público (estadual e federal).
"Na região, também existem falsas parcerias entre produtor e trabalhador. Os produtores alojam as pessoas, dizem que são parceiros e pagam o que querem. Isso ocorre na maioria dos sítios da região", diz Silva.
No Vale do Ribeira há cerca de 4.000 pequenos produtores de banana espalhados em 17 municípios, onde trabalham ao menos 28 mil pessoas.
A produção chega a 1 milhão de toneladas, o que equivale a aproximadamente R$ 400 milhões anuais. A área plantada está próxima de 40 mil hectares, segundo dados do Instituto de Economia Agrícola, da secretaria paulista da Agricultura. No Estado, o cultivo da banana só perde para o de cana-de-açúcar e o de laranja.
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Trabalhador pulverizado
Ao pulverizarem plantações na tentativa de conter doenças que atacam as bananeiras, aviões de empresas agrícolas espalham fungicidas não só sobre trabalhadores e moradores mas também em áreas próximas a córregos e minas de água que abastecem a população.
"Esse veneno vai para as casas. E essa é uma região de nascentes. Precisamos fazer um trabalho conjunto com outros órgãos para verificar se há danos causados ao ambiente. Não sou técnico e ainda não há laudos concluídos, mas a banana que sai daqui pode até estar contaminada", diz Dimas.
É dessa região que vem a banana vendida em supermercados de São Paulo, Paraná, Rio e Espírito Santo. Pequena parte da produção vai para Paraguai, Uruguai e Argentina.
Um dia após a blitz, os proprietários dos dois sítios -Paulo Candido da Silva e Alfeu Ribeiro- assinaram TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o Ministério Público do Trabalho. Eles se comprometeram a regularizar a situação dos trabalhadores.
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Fonte: Folha de São Paulo, Fátima Fernandes e Claudia Rolli, enviadas especiais ao Vale da Ribeira, São Paulo
Comentário do Editor: Por quanto tempo mais continuaremos a receber notícias assim? Até mesmo em São Paulo, as relações de trabalho na área rural seguem iguais às do começo do século passado, expondo seus trabalhadores a condições aviltantes a à contaminação por agrotóxicos. Outro dia o flagrante foi nos canaviais, agora nos bananais. Será que existirão exceções? espero que sim. Mais ainda, torço para que as lideranças do setor agrícola comecem - entre seus pares - uma campanha nacional pela modernização das relações de trabalho no campo.
Trabalhadores rurais são pulverizados por aviões agrícolas que lançam agrotóxicos nas plantações do Vale do Ribeira
"Trabalhadores da maior região produtora de banana do país, o Vale do Ribeira (SP), não têm registro em carteira, não usam equipamentos de proteção, têm de arcar com os custos de suas ferramentas e são até pulverizados por agrotóxicos.
É o que constataram procuradores e auditores fiscais do Trabalho em blitz feita na última quarta-feira em sítios da região de Miracatu (SP), acompanhada pela Folha.
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As blitze que ocorreram neste ano e resultaram em 38 autuações por falta de cumprimento da legislação trabalhista são conseqüência de denúncia feita por um trabalhador ao Ministério Público do Trabalho da 15ª Região (Campinas).
"Com as diligências, pudemos verificar que a situação de trabalho na região é mais degradante do que imaginávamos. Além de a informalidade predominar, não há orientação para manipulação de agrotóxicos. Trata-se de dumping social. Como não há perspectivas de trabalho na região, eles se submetem a condições degradantes", afirma Cláudia Marques de Oliveira, procuradora do Trabalho de Campinas.
Na última quarta-feira, procuradores e fiscais, com o apoio de policiais ambientais de Registro (SP), visitaram dois sítios na região de Miracatu.
A plantação do sítio Taquaruçu, no bairro Barra Funda, de propriedade de Paulo Candido da Silva, foi pulverizada por volta das 10h por um pequeno avião. De perto, parecia um show aéreo, com vôos rasantes, em que o piloto colocava o avião a poucos metros do chão.
Dois empregados do sítio estavam no local, sem se incomodarem com o avião e o "chuvisco químico" que vinha do céu. "Já estou acostumado com isso", disse Geraldo dos Reis, 40, que trabalha e reside no local há um ano e dois meses.
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Procedimentos
O MPT informa que abriu procedimento administrativo para avaliar a situação do Vale do Ribeira e orientar produtores e trabalhadores. Uma audiência pública está marcada para dezembro para informar a população e produtores, na tentativa de melhorar condições de trabalho e do ambiente. Relatórios serão encaminhados a Cetesb e Ministério Público (estadual e federal).
"Na região, também existem falsas parcerias entre produtor e trabalhador. Os produtores alojam as pessoas, dizem que são parceiros e pagam o que querem. Isso ocorre na maioria dos sítios da região", diz Silva.
No Vale do Ribeira há cerca de 4.000 pequenos produtores de banana espalhados em 17 municípios, onde trabalham ao menos 28 mil pessoas.
A produção chega a 1 milhão de toneladas, o que equivale a aproximadamente R$ 400 milhões anuais. A área plantada está próxima de 40 mil hectares, segundo dados do Instituto de Economia Agrícola, da secretaria paulista da Agricultura. No Estado, o cultivo da banana só perde para o de cana-de-açúcar e o de laranja.
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Trabalhador pulverizado
Ao pulverizarem plantações na tentativa de conter doenças que atacam as bananeiras, aviões de empresas agrícolas espalham fungicidas não só sobre trabalhadores e moradores mas também em áreas próximas a córregos e minas de água que abastecem a população.
"Esse veneno vai para as casas. E essa é uma região de nascentes. Precisamos fazer um trabalho conjunto com outros órgãos para verificar se há danos causados ao ambiente. Não sou técnico e ainda não há laudos concluídos, mas a banana que sai daqui pode até estar contaminada", diz Dimas.
É dessa região que vem a banana vendida em supermercados de São Paulo, Paraná, Rio e Espírito Santo. Pequena parte da produção vai para Paraguai, Uruguai e Argentina.
Um dia após a blitz, os proprietários dos dois sítios -Paulo Candido da Silva e Alfeu Ribeiro- assinaram TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o Ministério Público do Trabalho. Eles se comprometeram a regularizar a situação dos trabalhadores.
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Fonte: Folha de São Paulo, Fátima Fernandes e Claudia Rolli, enviadas especiais ao Vale da Ribeira, São Paulo
Comentário do Editor: Por quanto tempo mais continuaremos a receber notícias assim? Até mesmo em São Paulo, as relações de trabalho na área rural seguem iguais às do começo do século passado, expondo seus trabalhadores a condições aviltantes a à contaminação por agrotóxicos. Outro dia o flagrante foi nos canaviais, agora nos bananais. Será que existirão exceções? espero que sim. Mais ainda, torço para que as lideranças do setor agrícola comecem - entre seus pares - uma campanha nacional pela modernização das relações de trabalho no campo.
Quase igualando
02.11.07
A coluna Vaivém das commodities informa, também, que o complexo soja (grãos, farelo e óleo) mantém a liderança nas exportações deste ano com vendas superiores a US$ 9 bilhões até outubro. As carnes (boi, frango e suína) também tiveram bom desempenho e somam US$ 7,2 bilhões no período, mostra a Secex.
Fonte: Vaivém das commodities, Mauro Zafalon, Folha de São Paulo
Comentário do Editor: com a crescente transferência da produção de carnes -devido aos grandes impactos ambientais e exaustão de recursos naturais, como a água - as carnes muito em breve irão superar o complexo soja em valor das exportações do Brasil. O que temos que evitar é que apenas a m...da fique para o povo brasileiro.
A coluna Vaivém das commodities informa, também, que o complexo soja (grãos, farelo e óleo) mantém a liderança nas exportações deste ano com vendas superiores a US$ 9 bilhões até outubro. As carnes (boi, frango e suína) também tiveram bom desempenho e somam US$ 7,2 bilhões no período, mostra a Secex.
Fonte: Vaivém das commodities, Mauro Zafalon, Folha de São Paulo
Comentário do Editor: com a crescente transferência da produção de carnes -devido aos grandes impactos ambientais e exaustão de recursos naturais, como a água - as carnes muito em breve irão superar o complexo soja em valor das exportações do Brasil. O que temos que evitar é que apenas a m...da fique para o povo brasileiro.
Muita água, lá e aqui
02.11.07
Com o avanço da produção de álcool nos EUA, as estimativas eram de dificuldades para as exportações brasileiras do produto neste ano. Os dados dos dez primeiros meses mostram, no entanto, que as receitas somam US$ 1,29 bilhão, próxima das de igual período de 2006 (US$ 1,33 bilhão).
Além dos custos elevados da produção de álcool provindo de milho nos EUA, o setor enfrenta outras barreiras, que começam a preocupar a sociedade. Uma unidade industrial com capacidade para 400 milhões de litros por ano, por exemplo, consome um volume de água correspondente ao de uma cidade de 5.000 habitantes.
Fonte: Vaivém das commodities, Mauro Zafalon, Folha de São Paulo
Comentário do Editor: aqui no Brasil parece que ninguém se preocupa com o alto consumo de água nas indústrias do agronegócio (não apenas usinas de açúcar e álcool mas, também, nos frigoríficos, laticínios e outros tipos de processamento), bem como de seus efluentes altamente poluidores.
Com o avanço da produção de álcool nos EUA, as estimativas eram de dificuldades para as exportações brasileiras do produto neste ano. Os dados dos dez primeiros meses mostram, no entanto, que as receitas somam US$ 1,29 bilhão, próxima das de igual período de 2006 (US$ 1,33 bilhão).
Além dos custos elevados da produção de álcool provindo de milho nos EUA, o setor enfrenta outras barreiras, que começam a preocupar a sociedade. Uma unidade industrial com capacidade para 400 milhões de litros por ano, por exemplo, consome um volume de água correspondente ao de uma cidade de 5.000 habitantes.
Fonte: Vaivém das commodities, Mauro Zafalon, Folha de São Paulo
Comentário do Editor: aqui no Brasil parece que ninguém se preocupa com o alto consumo de água nas indústrias do agronegócio (não apenas usinas de açúcar e álcool mas, também, nos frigoríficos, laticínios e outros tipos de processamento), bem como de seus efluentes altamente poluidores.
Óleo de Soja se aproxima de US$ 1,000 a tonelada
01.11.07
Commodity passa a refletir os preços do petróleo
Os óleos vegetais pegaram carona nos preços do petróleo e estão sendo negociados em patamares recordes. O óleo de soja, uma das matérias-primas na produção de biodiesel, fechou ontem cotado a US$ 933 por tonelada em Chicago -o maior preço desde 1974. Os óleos de canola, girassol e palma seguem na mesma trilha.
PRESSÃO INTERNA
O óleo de soja já atingiu média de US$ 915 por tonelada no mês passado, em Chicago, 63% mais do que em outubro de 2006. Como os preços internos no Brasil se espelham nos de Chicago, onde o mercado está aquecido, o óleo de soja por aqui também deve continuar pressionado, na avaliação de analistas. A correlação com o petróleo é grande, afirmam.
Fonte: Folha de São Paulo, Vaivém das commodities, por Mauro Zafalon
Commodity passa a refletir os preços do petróleo
Os óleos vegetais pegaram carona nos preços do petróleo e estão sendo negociados em patamares recordes. O óleo de soja, uma das matérias-primas na produção de biodiesel, fechou ontem cotado a US$ 933 por tonelada em Chicago -o maior preço desde 1974. Os óleos de canola, girassol e palma seguem na mesma trilha.
PRESSÃO INTERNA
O óleo de soja já atingiu média de US$ 915 por tonelada no mês passado, em Chicago, 63% mais do que em outubro de 2006. Como os preços internos no Brasil se espelham nos de Chicago, onde o mercado está aquecido, o óleo de soja por aqui também deve continuar pressionado, na avaliação de analistas. A correlação com o petróleo é grande, afirmam.
Fonte: Folha de São Paulo, Vaivém das commodities, por Mauro Zafalon