Notícias de JANEIRO 09 -Clique no título para ler e para fechar janela
Produtores rurais de MS preparam-se para aderir ao “Comércio Justo e Solidário” 30.01.09
30.01.09
Comércio “equo-solidário”, “comércio solidário”, “fair trade” e “comércio justo e solidário”. Todas são expressões ou palavras que se referem à maneira ética de fazer comércio, e é pensando nos produtores e nesta nova forma de comercialização que o “Projeto de Apoio à Produção Sustentável no Território da Reforma” defende esta ideia.
Segundo definição da International Federation of Alternative Trade (IFAT), Comércio Justo é uma “parceria comercial, baseada em diálogo, transparência e respeito, que busca maior eqüidade no comércio internacional. Ele contribui para o desenvolvimento sustentável, por meio de melhores condições de troca e garantia dos direitos para produtores e trabalhadores marginalizados”.
O coordenador do projeto de “Apoio à Produção Sustentável no Território da Reforma”, Minari explica que alguns dos princípios básicos desse mercado é a solidariedade, o desenvolvimento sustentável, respeito ao meio-ambiente, preço justo e defesa dos direitos das crianças.
“O mundo o procura o produtor que tem o selo de mercado justo e solidário, ele não precisa mais ir atrás do comprador. Assim, ele não corre o risco de ver seus produtos encalhados e consegue vender a um preço justo”, explica Minari.
Força para os agricultores
Os produtores rurais estão recebendo orientações dos Agentes de Desenvolvimento Rurais (ADR) do projeto e fazem treinamentos para melhorar as condições de trabalho e produção. Em agosto, algumas propriedades deverão estar aptas a fazer parte do mercado justo e solidário.
O “Projeto de Apoio à Produção Sustentável no Território da Reforma” é desenvolvido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Administração Regional de MS (SENAR/MS) em parceira com Sebrae-MS. A execução fica a cargo da Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural (FUNAR). Prefeituras e Sindicatos Rurais das cidades participantes são parceiras.
Fonte: Sato Comunicação
Comércio “equo-solidário”, “comércio solidário”, “fair trade” e “comércio justo e solidário”. Todas são expressões ou palavras que se referem à maneira ética de fazer comércio, e é pensando nos produtores e nesta nova forma de comercialização que o “Projeto de Apoio à Produção Sustentável no Território da Reforma” defende esta ideia.
Segundo definição da International Federation of Alternative Trade (IFAT), Comércio Justo é uma “parceria comercial, baseada em diálogo, transparência e respeito, que busca maior eqüidade no comércio internacional. Ele contribui para o desenvolvimento sustentável, por meio de melhores condições de troca e garantia dos direitos para produtores e trabalhadores marginalizados”.
O coordenador do projeto de “Apoio à Produção Sustentável no Território da Reforma”, Minari explica que alguns dos princípios básicos desse mercado é a solidariedade, o desenvolvimento sustentável, respeito ao meio-ambiente, preço justo e defesa dos direitos das crianças.
“O mundo o procura o produtor que tem o selo de mercado justo e solidário, ele não precisa mais ir atrás do comprador. Assim, ele não corre o risco de ver seus produtos encalhados e consegue vender a um preço justo”, explica Minari.
Força para os agricultores
Os produtores rurais estão recebendo orientações dos Agentes de Desenvolvimento Rurais (ADR) do projeto e fazem treinamentos para melhorar as condições de trabalho e produção. Em agosto, algumas propriedades deverão estar aptas a fazer parte do mercado justo e solidário.
O “Projeto de Apoio à Produção Sustentável no Território da Reforma” é desenvolvido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Administração Regional de MS (SENAR/MS) em parceira com Sebrae-MS. A execução fica a cargo da Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural (FUNAR). Prefeituras e Sindicatos Rurais das cidades participantes são parceiras.
Fonte: Sato Comunicação
Fórum de Davos recomenda investimento em etanol 30.01.09
30.01.09
Pelo menos US$ 515 bilhões devem ser investidos anualmente em infra-estrutura para geração de energia limpa até 2030. Caso contrário, as emissões de carbono atingirão níveis insustentáveis e a temperatura global subirá dois graus. O alerta consta em relatório divulgado ontem (29) pelo Fórum Econômico Mundial, que reúne 2.500 lideranças empresariais e políticas de diversos países na cidade suíça de Davos.
O etanol de cana-de-açúcar – produzido pelo Brasil – aparece entre os oito itens identificados pelo documento como potenciais para investimentos. Outros segmentos que podem contribuir para a mudança da matriz energética do planeta são as energias solar, eólica e geotermal, o lixo sólido reciclado e os biocombustíveis de celulose e de biomassa.
O relatório, chamado Investimento Verde: Rumo a uma Infra-Estrutura de Energia Limpa, também traça um mapa dos investimentos no setor nos últimos anos. O diagnóstico é positivo. O total aplicado em fontes alternativas de energia passou de US$ 30 bilhões em 2004 para mais de US$ 140 bilhões em 2008.
Outra constatação interessante é que os países em desenvolvimento passaram a atrair mais investimentos. Em 2004, haviam sido aplicados US$ 1,8 bilhão em programas de energia limpa nesses países, o equivalente a 13% do total investido no planeta. Em 2007, essa fatia subiu para 23%, com US$ 26 bilhões.
“O desafio de curto prazo para os formuladores de políticas públicas é manter, nesses tempos difíceis, o extraordinário momento da indústria de energia limpa. Para isso, devem usar todas as ferramentas à sua disposição”, ressalta o relatório.
O documento defende ainda a inclusão de metas de longo prazo, como um sistema de energia sustentável, nos pacotes de enfrentamento à crise financeira internacional. “O desenvolvimento de tecnologia de energias renováveis, o adequado isolamento térmico de lares e escritórios e a educação de uma nova geração de engenheiros, técnicos e cientistas devem fazer parte de qualquer programa de estímulo fiscal”, recomenda o relatório.
Fonte: Mylena Fiori, repórter da Agência Brasil
Pelo menos US$ 515 bilhões devem ser investidos anualmente em infra-estrutura para geração de energia limpa até 2030. Caso contrário, as emissões de carbono atingirão níveis insustentáveis e a temperatura global subirá dois graus. O alerta consta em relatório divulgado ontem (29) pelo Fórum Econômico Mundial, que reúne 2.500 lideranças empresariais e políticas de diversos países na cidade suíça de Davos.
O etanol de cana-de-açúcar – produzido pelo Brasil – aparece entre os oito itens identificados pelo documento como potenciais para investimentos. Outros segmentos que podem contribuir para a mudança da matriz energética do planeta são as energias solar, eólica e geotermal, o lixo sólido reciclado e os biocombustíveis de celulose e de biomassa.
O relatório, chamado Investimento Verde: Rumo a uma Infra-Estrutura de Energia Limpa, também traça um mapa dos investimentos no setor nos últimos anos. O diagnóstico é positivo. O total aplicado em fontes alternativas de energia passou de US$ 30 bilhões em 2004 para mais de US$ 140 bilhões em 2008.
Outra constatação interessante é que os países em desenvolvimento passaram a atrair mais investimentos. Em 2004, haviam sido aplicados US$ 1,8 bilhão em programas de energia limpa nesses países, o equivalente a 13% do total investido no planeta. Em 2007, essa fatia subiu para 23%, com US$ 26 bilhões.
“O desafio de curto prazo para os formuladores de políticas públicas é manter, nesses tempos difíceis, o extraordinário momento da indústria de energia limpa. Para isso, devem usar todas as ferramentas à sua disposição”, ressalta o relatório.
O documento defende ainda a inclusão de metas de longo prazo, como um sistema de energia sustentável, nos pacotes de enfrentamento à crise financeira internacional. “O desenvolvimento de tecnologia de energias renováveis, o adequado isolamento térmico de lares e escritórios e a educação de uma nova geração de engenheiros, técnicos e cientistas devem fazer parte de qualquer programa de estímulo fiscal”, recomenda o relatório.
Fonte: Mylena Fiori, repórter da Agência Brasil
Bunge para expansão para conseguir usinas a preços mais baixos 30.01.09
30.01.09
A Bunge, uma das maiores empresas do agronegócio, freou a expansão dos investimentos em curso para ter mais dinheiro em caixa e poder fazer aquisições "a preços razoáveis no Brasil e em outras partes do mundo".
O presidente mundial da Bunge, Alberto Weisser, considera que a situação financeira da empresa é provavelmente a melhor dos últimos 15 anos. A companhia tem US$ 1,5 bilhão em caixa, rating triplo B, e está pronta para "oportunidades que sem dúvida vão ocorrer".
O executivo reiterou que a Bunge não está cortando empregos e que os investimentos globais de US$ 1 bilhão serão mantidos. "A idéia a princípio era sermos mais agressivos. Mas agora freamos um pouco para ter caixa disponível para possíveis aquisições para acelerar fatias do mercado."
A empresa mantém conversações com usinas de açúcar no Brasil para eventuais aquisições, conforme já noticiou o Valor. Weisser sempre sinalizou interesse da empresa de investir mais no setor sucroalcooleiro, mas reclamava que as usinas estavam muito caras.
O cálculo é simples: a construção de uma usina nova custa o equivalente a US$ 70 por tonelada de cana (considerando a sua capacidade de moagem). Até meados de 2008, o preço para compra de uma fábrica no Brasil era superior a US$ 100. Agora, parece claro que o "preço razoável" nos planos da Bunge é abaixo dos US$ 70.
Weisser explicou que uma das razões pelas quais a Bunge não fez aquisições até agora em certas áreas do Estado de São Paulo é que algumas usinas "estão antiquadas e com dificuldades logísticas, e precisamos ter vantagem comparativa e custos baixos". A Bunge priorizou outras regiões. Tem projetos de construção de três usinas no Tocantins, dentro do plano de investimentos globais de US$ 1 bilhão anual. E adquiriu usinas em Minas Gerais e no Mato Grosso do Sul nos últimos dois anos.
A Santa Juliana, em Minas, já começou a operar e este ano vai processar 1,5 milhão de toneladas, mas aumentará a moagem até chegar a 4 milhões de toneladas por ano. A do Mato Grosso do Sul inicia as operações em 2010 e um dos projetos de Tocantins deve começar a operar em 2011.
Apesar da freada, no Brasil, a Bunge irá manter o ritmo de construção das usinas no Tocantins e das ampliações em Minas Gerais e no Mato Grosso do Sul.
A empresa tem uma visão positiva a longo prazo sobre a demanda por açúcar, que cresce 3% ao ano, e também de etanol. A previsão de Weisser é de que a venda de etanol vai crescer primeiramente dentro do Brasil e depois na Europa e na Ásia. O ritmo de avanço das vendas deve ser menor nos EUA, onde o etanol de milho se impõe.
A Bunge já tentou aproveitar a crise para se expandir no fim de 2008, quando ofereceu US$ 4,4 bilhões pela americana Corn Products International. O negócio foi interrompido no último minuto, com a rejeição de acionistas ao preço oferecido.
Ontem, o anúncio de que a Bunge estava negociando com a GMR, na Índia, valorizou as ações da companhia indiana, mas os dois lados disseram que ainda não há nada concreto.
Em Davos, onde ocorre o Fórum Econômico Mundial, Weisser mostrou-se otimista com as perspectivas do setor agrícola para 2009, no meio da mais dramática crise financeira e econômica dos últimos tempos.
"A vantagem do agronegócio é que as pessoas precisam se alimentar", argumentou. Ele avalia que o excedente de carnes nos EUA e na Europa, por causa de excesso de produção, está diminuindo. Com isso, as margens voltam a subir e crescerá a demanda por grãos e farelo de soja.
Na área de óleos vegetais, a expectativa de Weisser é de que a demanda suba 4%. Ele vê impacto positivo também para preços no campo, pois os estoques mundiais estão baixos e a produção foi menor em 2008. Este ano, a produtividade deve ser menor e essa é uma das razões pelas quais os preços vão continuar relativamente bons.
Quanto aos preços do açúcar,
Weisser disse que estão subindo porque os excedentes da Índia acabaram. Ou seja, vai existir demanda por açúcar do Brasil.
Em dezembro, a crise global fez a Bunge rever as estimativas de ganhos. Só a desvalorização do real provocou uma perda de US$ 225 milhões, que a empresa espera recuperar. A questão foi o tempo da desvalorização, segundo Weisser, porque ocorreu em 2008 e os estoques só serão vendidos neste ano.
Outro problema foi o aumento da inadimplência, que levou a companhia a fazer provisão de US$ 160 milhões no fim do ano. "Na Ásia, Europa e Oriente Médio, clientes não honraram os contratos. Ficamos com as matérias-primas e tivemos que vender com preço mais baixo. Agora que os preços pararam de baixar, o risco diminuiu e os clientes voltaram."
Weisser minimizou, porém, essa situação. "Quando o preço sobe, quem não honra os contratos são os produtores, e quando caem são os clientes. Desta vez, o que aconteceu é que a queda de preços agrícolas, frete e energia foi espetacular, e nos deu alguns problemas".
A Bunge também está mais conservadora na concessão de financiamento a produtores. O executivo disse que toda a indústria do agronegócio, que perdeu muito dinheiro com créditos em 2006-2007, está sendo mais cuidadosa nos empréstimos, no momento.
No Brasil, a Bunge fornece um terço do financiamento do produtor. "Existe falta de crédito a ser coberto pelo governo, principalmente no Brasil. No resto do mundo, a nossa participação no financiamento é muito menor".
"A crise global é séria e vai tomar tempo. Não imagino recessão no Brasil, China e Índia, mas o crescimento será menor", concluiu.
Fonte: Valor Econômico
A Bunge, uma das maiores empresas do agronegócio, freou a expansão dos investimentos em curso para ter mais dinheiro em caixa e poder fazer aquisições "a preços razoáveis no Brasil e em outras partes do mundo".
O presidente mundial da Bunge, Alberto Weisser, considera que a situação financeira da empresa é provavelmente a melhor dos últimos 15 anos. A companhia tem US$ 1,5 bilhão em caixa, rating triplo B, e está pronta para "oportunidades que sem dúvida vão ocorrer".
O executivo reiterou que a Bunge não está cortando empregos e que os investimentos globais de US$ 1 bilhão serão mantidos. "A idéia a princípio era sermos mais agressivos. Mas agora freamos um pouco para ter caixa disponível para possíveis aquisições para acelerar fatias do mercado."
A empresa mantém conversações com usinas de açúcar no Brasil para eventuais aquisições, conforme já noticiou o Valor. Weisser sempre sinalizou interesse da empresa de investir mais no setor sucroalcooleiro, mas reclamava que as usinas estavam muito caras.
O cálculo é simples: a construção de uma usina nova custa o equivalente a US$ 70 por tonelada de cana (considerando a sua capacidade de moagem). Até meados de 2008, o preço para compra de uma fábrica no Brasil era superior a US$ 100. Agora, parece claro que o "preço razoável" nos planos da Bunge é abaixo dos US$ 70.
Weisser explicou que uma das razões pelas quais a Bunge não fez aquisições até agora em certas áreas do Estado de São Paulo é que algumas usinas "estão antiquadas e com dificuldades logísticas, e precisamos ter vantagem comparativa e custos baixos". A Bunge priorizou outras regiões. Tem projetos de construção de três usinas no Tocantins, dentro do plano de investimentos globais de US$ 1 bilhão anual. E adquiriu usinas em Minas Gerais e no Mato Grosso do Sul nos últimos dois anos.
A Santa Juliana, em Minas, já começou a operar e este ano vai processar 1,5 milhão de toneladas, mas aumentará a moagem até chegar a 4 milhões de toneladas por ano. A do Mato Grosso do Sul inicia as operações em 2010 e um dos projetos de Tocantins deve começar a operar em 2011.
Apesar da freada, no Brasil, a Bunge irá manter o ritmo de construção das usinas no Tocantins e das ampliações em Minas Gerais e no Mato Grosso do Sul.
A empresa tem uma visão positiva a longo prazo sobre a demanda por açúcar, que cresce 3% ao ano, e também de etanol. A previsão de Weisser é de que a venda de etanol vai crescer primeiramente dentro do Brasil e depois na Europa e na Ásia. O ritmo de avanço das vendas deve ser menor nos EUA, onde o etanol de milho se impõe.
A Bunge já tentou aproveitar a crise para se expandir no fim de 2008, quando ofereceu US$ 4,4 bilhões pela americana Corn Products International. O negócio foi interrompido no último minuto, com a rejeição de acionistas ao preço oferecido.
Ontem, o anúncio de que a Bunge estava negociando com a GMR, na Índia, valorizou as ações da companhia indiana, mas os dois lados disseram que ainda não há nada concreto.
Em Davos, onde ocorre o Fórum Econômico Mundial, Weisser mostrou-se otimista com as perspectivas do setor agrícola para 2009, no meio da mais dramática crise financeira e econômica dos últimos tempos.
"A vantagem do agronegócio é que as pessoas precisam se alimentar", argumentou. Ele avalia que o excedente de carnes nos EUA e na Europa, por causa de excesso de produção, está diminuindo. Com isso, as margens voltam a subir e crescerá a demanda por grãos e farelo de soja.
Na área de óleos vegetais, a expectativa de Weisser é de que a demanda suba 4%. Ele vê impacto positivo também para preços no campo, pois os estoques mundiais estão baixos e a produção foi menor em 2008. Este ano, a produtividade deve ser menor e essa é uma das razões pelas quais os preços vão continuar relativamente bons.
Quanto aos preços do açúcar,
Weisser disse que estão subindo porque os excedentes da Índia acabaram. Ou seja, vai existir demanda por açúcar do Brasil.
Em dezembro, a crise global fez a Bunge rever as estimativas de ganhos. Só a desvalorização do real provocou uma perda de US$ 225 milhões, que a empresa espera recuperar. A questão foi o tempo da desvalorização, segundo Weisser, porque ocorreu em 2008 e os estoques só serão vendidos neste ano.
Outro problema foi o aumento da inadimplência, que levou a companhia a fazer provisão de US$ 160 milhões no fim do ano. "Na Ásia, Europa e Oriente Médio, clientes não honraram os contratos. Ficamos com as matérias-primas e tivemos que vender com preço mais baixo. Agora que os preços pararam de baixar, o risco diminuiu e os clientes voltaram."
Weisser minimizou, porém, essa situação. "Quando o preço sobe, quem não honra os contratos são os produtores, e quando caem são os clientes. Desta vez, o que aconteceu é que a queda de preços agrícolas, frete e energia foi espetacular, e nos deu alguns problemas".
A Bunge também está mais conservadora na concessão de financiamento a produtores. O executivo disse que toda a indústria do agronegócio, que perdeu muito dinheiro com créditos em 2006-2007, está sendo mais cuidadosa nos empréstimos, no momento.
No Brasil, a Bunge fornece um terço do financiamento do produtor. "Existe falta de crédito a ser coberto pelo governo, principalmente no Brasil. No resto do mundo, a nossa participação no financiamento é muito menor".
"A crise global é séria e vai tomar tempo. Não imagino recessão no Brasil, China e Índia, mas o crescimento será menor", concluiu.
Fonte: Valor Econômico
Exportações argentinas de carne caíram 20% em dezembro 30.01.09
30.01.09
Buenos Aires - A Argentina exportou 28,87 mil toneladas de carne bovina em dezembro, segundo relatório divulgado hoje pelo Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa). O volume significa uma queda de 16,7% em relação a novembro e de 19,9% em relação ao mesmo mês de 2007. No período, a receita com os embarques de carne in natura, processada e miúdos somou US$ 102,4 milhões, queda de 26,75% em relação a novembro.
O resultado de 2008 também foi negativo. As exportações somaram apenas 379,72 mil toneladas, volume 20% menor do que o apurado no ano anterior. Segundo analistas, a queda já reflete a forte retração na demanda mundial diante da crise financeira.
Os principais mercados de exportação da Argentina reduziram suas compras e vários contratos já firmados foram cancelados ou renegociados desde outubro, segundo Ricardo Echegaray, presidente do Escritório Nacional de Controle Comercial Agropecuário (ONCCA).
"A ONCCA autorizou o embarque de 756,34 mil toneladas este ano, mas as companhias pediram mais autorizações de exportação do que elas realmente tinham em contratos de venda", afirmou Echegaray.
Fonte: informações da Dow Jones, com Gerson Freitas Jr., Agência Estado
Buenos Aires - A Argentina exportou 28,87 mil toneladas de carne bovina em dezembro, segundo relatório divulgado hoje pelo Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa). O volume significa uma queda de 16,7% em relação a novembro e de 19,9% em relação ao mesmo mês de 2007. No período, a receita com os embarques de carne in natura, processada e miúdos somou US$ 102,4 milhões, queda de 26,75% em relação a novembro.
O resultado de 2008 também foi negativo. As exportações somaram apenas 379,72 mil toneladas, volume 20% menor do que o apurado no ano anterior. Segundo analistas, a queda já reflete a forte retração na demanda mundial diante da crise financeira.
Os principais mercados de exportação da Argentina reduziram suas compras e vários contratos já firmados foram cancelados ou renegociados desde outubro, segundo Ricardo Echegaray, presidente do Escritório Nacional de Controle Comercial Agropecuário (ONCCA).
"A ONCCA autorizou o embarque de 756,34 mil toneladas este ano, mas as companhias pediram mais autorizações de exportação do que elas realmente tinham em contratos de venda", afirmou Echegaray.
Fonte: informações da Dow Jones, com Gerson Freitas Jr., Agência Estado
CMN confirma liberação de R$ 700 milhões para cooperativas agrícolas 30.01.09
30.01.09
O Conselho Monetário Nacional (CMN) liberou mais R$ 700 milhões para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiar o capital de giro das cooperativas agrícolas. A decisão, anunciada no início da semana pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, foi oficializada na reunião de ontem (29) do conselho.
Com a medida, o banco contará com R$ 1,7 bilhão para financiar as cooperativas agrícolas neste ano, dos quais R$ 1 bilhão somente em capital de giro. De acordo com o secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, o governo poderá ampliar as linhas de crédito em mais R$ 300 milhões, o que totalizaria R$ 2 bilhões para estimular as cooperativas em 2008.
Os R$ 700 milhões saíram do remanejamento de linhas do próprio BNDES que, segundo Bittencourt, estavam sem demanda. Desse total, R$ 450 milhões vieram do Programa de Estímulo à Produção Agropecuária Sustentável (Produsa) e R$ 250 milhões foram remanejados do Moderagro, linha de crédito do BNDES para a compra de equipamentos de produção rural.
Para o secretário-adjunto, o remanejamento das linhas mostra que o governo está agindo para minimizar os efeitos da retração de crédito sobre a agricultura. “Estamos otimizando recursos. Não tem sentido manter recursos não-demandados em momentos de crise como o atual”, disse.
O CMN também elevou, de R$ 10 milhões para R$ 20 milhões, o limite que cada cooperativa poderá pegar emprestado no BNDES para financiar o capital de giro. A medida vale apenas para esta safra.
Na reunião, o conselho também ampliou o prazo para o pagamento de despesas de produtores que aderiram à renegociação das dívidas rurais. Para os investimentos financiados com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e repassados pelo BNDES, a data limite para o pagamento das prestações referentes a 2008 e do mínimo necessário para aderir à renegociação passou para 15 de março.
Em relação às linhas de crédito de custeio e investimento com recursos de fundos constitucionais, o prazo para quitar as prestações do ano passado e efetuar os pagamentos necessários para efetivar a renegociação foi prorrogado para 31 de março.
Fonte: Wellton Máximo, repórter da Agência Brasil
O Conselho Monetário Nacional (CMN) liberou mais R$ 700 milhões para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiar o capital de giro das cooperativas agrícolas. A decisão, anunciada no início da semana pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, foi oficializada na reunião de ontem (29) do conselho.
Com a medida, o banco contará com R$ 1,7 bilhão para financiar as cooperativas agrícolas neste ano, dos quais R$ 1 bilhão somente em capital de giro. De acordo com o secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, o governo poderá ampliar as linhas de crédito em mais R$ 300 milhões, o que totalizaria R$ 2 bilhões para estimular as cooperativas em 2008.
Os R$ 700 milhões saíram do remanejamento de linhas do próprio BNDES que, segundo Bittencourt, estavam sem demanda. Desse total, R$ 450 milhões vieram do Programa de Estímulo à Produção Agropecuária Sustentável (Produsa) e R$ 250 milhões foram remanejados do Moderagro, linha de crédito do BNDES para a compra de equipamentos de produção rural.
Para o secretário-adjunto, o remanejamento das linhas mostra que o governo está agindo para minimizar os efeitos da retração de crédito sobre a agricultura. “Estamos otimizando recursos. Não tem sentido manter recursos não-demandados em momentos de crise como o atual”, disse.
O CMN também elevou, de R$ 10 milhões para R$ 20 milhões, o limite que cada cooperativa poderá pegar emprestado no BNDES para financiar o capital de giro. A medida vale apenas para esta safra.
Na reunião, o conselho também ampliou o prazo para o pagamento de despesas de produtores que aderiram à renegociação das dívidas rurais. Para os investimentos financiados com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e repassados pelo BNDES, a data limite para o pagamento das prestações referentes a 2008 e do mínimo necessário para aderir à renegociação passou para 15 de março.
Em relação às linhas de crédito de custeio e investimento com recursos de fundos constitucionais, o prazo para quitar as prestações do ano passado e efetuar os pagamentos necessários para efetivar a renegociação foi prorrogado para 31 de março.
Fonte: Wellton Máximo, repórter da Agência Brasil
Coopercentral Aurora inicia as exportações de carnes brasileiras para o Chile 30.01.09
30.01.09
Em uma operação que, de início, é mais simbólica do que propriamente econômica, a Coopercentral Aurora anunciou que será a primeira indústria brasileira de carnes a exportar para o Chile. A cooperativa embarca para Santiago nos primeiros dias de fevereiro 50 toneladas de carne suína.
O negócio rende 90 mil dólares (1.800 dólares/tonelada), porém, mais importante que o negócio em si é o reconhecimento pelo Chile da excepcional condição sanitária de Santa Catarina, único estado da federação brasileira que detém o título de área livre de aftosa sem vacinação, observa o presidente da Coopercentral Aurora, Mário Lanznaster.
O dirigente assinala que esse diferencial de Santa Catarina começou a produzir efeitos no mercado mundial, pois o Estado é o único – em todo o Brasil, até o momento – credenciado pelos chilenos para fornecer carne. E, em território catarinense, apenas duas plantas estão autorizadas para essa operação.
Lanznaster assevera que a compra de carne catarinense pelo Chile gera um efeito positivo no mercado mundial de carnes, facilitando o credenciamento do Brasil junto a outros centros de consumo, como o Japão e a União Européia.
A carne suína é originária da unidade frigorífica que a Aurora mantém no município de Joaçaba, no oeste catarinense, credenciada pelos chilenos em 2008. O produto será embarcado em contêineres e transportado via rodoviária para a capital do Chile.
O diretor comercial Leomar Somensi está otimista com as possibilidades de fechar novos contratos com o Chile. Destaca que, naquele país,o consumo per capita de carne suína tornou-se a maior e chegou a 20,2 kg, ultrapassando a carne bovina que é de 19,9 kg/habitante/ano. O país andino produz 527.000 toneladas de carne suína.
Fonte: MB Comunicação
Em uma operação que, de início, é mais simbólica do que propriamente econômica, a Coopercentral Aurora anunciou que será a primeira indústria brasileira de carnes a exportar para o Chile. A cooperativa embarca para Santiago nos primeiros dias de fevereiro 50 toneladas de carne suína.
O negócio rende 90 mil dólares (1.800 dólares/tonelada), porém, mais importante que o negócio em si é o reconhecimento pelo Chile da excepcional condição sanitária de Santa Catarina, único estado da federação brasileira que detém o título de área livre de aftosa sem vacinação, observa o presidente da Coopercentral Aurora, Mário Lanznaster.
O dirigente assinala que esse diferencial de Santa Catarina começou a produzir efeitos no mercado mundial, pois o Estado é o único – em todo o Brasil, até o momento – credenciado pelos chilenos para fornecer carne. E, em território catarinense, apenas duas plantas estão autorizadas para essa operação.
Lanznaster assevera que a compra de carne catarinense pelo Chile gera um efeito positivo no mercado mundial de carnes, facilitando o credenciamento do Brasil junto a outros centros de consumo, como o Japão e a União Européia.
A carne suína é originária da unidade frigorífica que a Aurora mantém no município de Joaçaba, no oeste catarinense, credenciada pelos chilenos em 2008. O produto será embarcado em contêineres e transportado via rodoviária para a capital do Chile.
O diretor comercial Leomar Somensi está otimista com as possibilidades de fechar novos contratos com o Chile. Destaca que, naquele país,o consumo per capita de carne suína tornou-se a maior e chegou a 20,2 kg, ultrapassando a carne bovina que é de 19,9 kg/habitante/ano. O país andino produz 527.000 toneladas de carne suína.
Fonte: MB Comunicação
Leilão de milho da Conab negocia 85% da oferta 30.01.09
30.01.09
O leilão de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) para milho realizado ontem (29) resultou na comercialização de 42.612 toneladas das 50 mil toneladas oferecidas, ou 85,23% do total. A subvenção foi dada exclusivamente para milho produzido na região de Barreiras e Luis Eduardo Magalhães, no oeste baiano, onde os produtores reclamavam prejuízos com a chegada do produto do Centro-Oeste, até então o único que recebia subsídio.
Em troca do PEP, o comprador deve agora escoar o cereal para os Estados do Norte, do Nordeste - na Bahia, a exceção são os municípios contemplados - norte de Minas Gerais e Espírito Santo. O prêmio recebido foi de R$ 4,44 a saca para milho escoado para a região Norte, de R$ 4,32 a saca para o Espírito Santo, de R$ 2,82 a saca para o Nordeste (exceção da Bahia) e de R$ 1,38 a saca para a Bahia e norte de Minas Gerais. O preço mínimo a ser pago aos produtor é de R$ 19,02/saca.
Fonte: Jane Miklasevicius, Agência Estado
O leilão de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) para milho realizado ontem (29) resultou na comercialização de 42.612 toneladas das 50 mil toneladas oferecidas, ou 85,23% do total. A subvenção foi dada exclusivamente para milho produzido na região de Barreiras e Luis Eduardo Magalhães, no oeste baiano, onde os produtores reclamavam prejuízos com a chegada do produto do Centro-Oeste, até então o único que recebia subsídio.
Em troca do PEP, o comprador deve agora escoar o cereal para os Estados do Norte, do Nordeste - na Bahia, a exceção são os municípios contemplados - norte de Minas Gerais e Espírito Santo. O prêmio recebido foi de R$ 4,44 a saca para milho escoado para a região Norte, de R$ 4,32 a saca para o Espírito Santo, de R$ 2,82 a saca para o Nordeste (exceção da Bahia) e de R$ 1,38 a saca para a Bahia e norte de Minas Gerais. O preço mínimo a ser pago aos produtor é de R$ 19,02/saca.
Fonte: Jane Miklasevicius, Agência Estado
Governo federal prepara plano estratégico para o agronegócio 29.01.09
29.01.09
O presidente Luiz Inácio da Silva quer ter em mãos até o fim do governo, em dezembro de 2010, um plano estratégico para o setor do agronegócio. O projeto, que abrangerá o período dos próximos 15 anos, deverá apontar quais devem ser as diretrizes de atuação do governo para impulsionar o setor, conciliando questões ambientais e sociais, atualmente fatores de tensão permanente.
Para coordenar o trabalho foi convidado o pesquisador da Embrapa Soja Décio Luiz Gazzoni. Ele assume na segunda-feira, em Brasília, a função de gerente do projeto a ser desenvolvido no âmbito da Subsecretaria de Desenvolvimento Sustentável da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.
O pesquisador diz que o grande desafio do Brasil é expandir a atividade agropecuária sem que as novas fronteiras agrícolas avancem sobre a Amazônia e o Pantanal, focando no aumento da produtividade. A criação de empregos, sem prejuízo da qualidade de vida do trabalhador do campo, a defesa agropecuária, a logística e a infraestrutura também serão pontos importantes no trabalho. "É um projeto amplo, mas teremos de apontar algumas prioridades a serem avaliadas pelo presidente", antecipa o pesquisador.
Fonte: Jane Miklasevicius, Agência Estado
O presidente Luiz Inácio da Silva quer ter em mãos até o fim do governo, em dezembro de 2010, um plano estratégico para o setor do agronegócio. O projeto, que abrangerá o período dos próximos 15 anos, deverá apontar quais devem ser as diretrizes de atuação do governo para impulsionar o setor, conciliando questões ambientais e sociais, atualmente fatores de tensão permanente.
Para coordenar o trabalho foi convidado o pesquisador da Embrapa Soja Décio Luiz Gazzoni. Ele assume na segunda-feira, em Brasília, a função de gerente do projeto a ser desenvolvido no âmbito da Subsecretaria de Desenvolvimento Sustentável da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.
O pesquisador diz que o grande desafio do Brasil é expandir a atividade agropecuária sem que as novas fronteiras agrícolas avancem sobre a Amazônia e o Pantanal, focando no aumento da produtividade. A criação de empregos, sem prejuízo da qualidade de vida do trabalhador do campo, a defesa agropecuária, a logística e a infraestrutura também serão pontos importantes no trabalho. "É um projeto amplo, mas teremos de apontar algumas prioridades a serem avaliadas pelo presidente", antecipa o pesquisador.
Fonte: Jane Miklasevicius, Agência Estado
Usinas atrasam pagamento e agricultores no Centro-Oeste ficam sem compradores para cana 29.01.09
29.01.09
"Resolvi diversificar a cultura e comecei a plantar cana para fornecer para as usinas. Só não esperava que o setor [sucroalcooleiro] fosse entrar em crise e que eu fosse ficar com a cana na mão." A frase acima é de um produtor de grãos de Goiás, que há dois anos também se tornou fornecedor de cana. Assim como ele, que preferiu não se identificar, muitos produtores e arrendadores de terras do país começam a repensar a cana como alternativa econômica.
Parte dos produtores goianos que arrendou terras para usinas canavieiras tem enfrentado inadimplência. O atraso nos pagamentos pelas áreas arrendadas passou a ocorrer, sobretudo, a partir do segundo semestre de 2008, e não envolve apenas pequenas usinas, mas as grandes instaladas nos municípios de Acreúna, Anicuns, Inhumas, Santa Helena e Vicentinópolis, todos em Goiás, de acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg). Em algumas dessas regiões, há atraso de até cinco meses no pagamento.
O arrendamento é, em alguns casos, a única alternativa de renda desses produtores. Esses contratos de arrendamento de terras vigoram por no mínimo um ciclo completo da cana, tradicionalmente de seis anos, e vai até 20 anos, quando é de longo prazo. Segundo Bartolomeu Braz Pereira, presidente da comissão de açúcar e álcool da Faeg, as usinas instaladas nas regiões de Goiás com problemas financeiros estão negociando o pagamento em atraso. "O momento é difícil para o setor. Os produtores estão discutindo saídas", disse.
O caso de Goiás não é isolado. Em São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Estado considerado nova fronteira para cana, a situação é similar. E nesse pacote de inadimplência os fornecedores de cana também estão incluídos. Na região de Ribeirão Preto (SP), principal pólo produtor de cana do país, nove usinas estão com pagamento de seus fornecedores em atraso, segundo Manoel Ortolan, presidente da Cooperativa Plantadores Cana do Oeste São Paulo (Canaoeste).
A cana tornou-se uma alternativa econômica atraente a partir de 2005. Àquela época, os preços do açúcar estavam em disparada nas bolsas internacionais e o potencial do consumo de álcool nos mercados interno e externo estimulou diversos investimentos em novas plantas sucroalcooleiras no país. Nessa mesma época, a soja passava por uma crise de preços.
Muitos produtores de grãos cederam suas áreas para o plantio de cana na expectativa de melhor remuneração com o fornecimento da matéria-prima. Agora, a situação se inverteu e boa parte desses agricultores começa a se arrepender. Sem ter como voltar atrás na decisão de uma hora para outra, muitos deles diminuíram a área de cana que precisa de renovação para investir na soja, afirmou uma fonte do setor. Essa seria uma alternativa de rotação de cultura.
Muitas usinas operam no vermelho no país desde 2007, e a soja, por sua vez, está em franca retomada de preços. A partir do fim de 2007, o preço do grão iniciou sua escalada até atingir seu maior patamar histórico, em julho de 2008. Depois disso, a soja recuou, mas manteve-se bem acima de suas médias históricas ao longo do segundo semestre. Em dezembro, um novo momento de ascensão começou, motivado especialmente pela aquecida demanda chinesa e pelos problemas climáticos na Argentina, um dos maiores produtores mundiais da commodity. A expectativa de recuperação do açúcar para 2009 é grande, mas até o momento os sinais positivos ainda não se consolidaram.
Durante o declínio das cotações da soja registrado na segunda metade de 2008, as margens projetadas para a safra 2008/09 chegaram a ficar negativas - embora o grão tenha permanecido acima das médias históricas, seu plantio foi realizado sob um cenário de disparada dos custos dos insumos, especialmente dos fertilizantes.
Agora, em Primavera do Leste (MT), por exemplo, importante pólo de produção de soja do Centro-Oeste, a margem projetada é de 29%, segundo as contas da consultoria MB Agro. O cálculo leva em consideração os custos operacionais - exclui, portanto, fatores como depreciação - e projeta comercialização em março com cotação da soja a US$ 10,15 por bushel na bolsa de Chicago. Em Rio Verde (GO), uma das cidades que personificaram a "disputa" por terras entre soja e cana nos últimos anos, a margem para venda da oleaginosa entre janeiro e fevereiro está em 52%, de acordo com cálculos da Agência Rural. A cana, em contrapartida, continua negativa, segundo fontes do mercado.
Os fornecedores de cana do Centro-Sul do país estão recebendo cerca de R$ 38 pela tonelada entregue às usinas. Mas os custos de produção estão em torno de R$ 45. "Nos últimos dois anos o produtor trabalhou no vermelho", afirmou Ortolan, da Canaoeste.
No sudoeste de Goiás, segundo técnicos da região ouvidos pelo Valor, o preço oferecido pela cana, que está em seu primeiro ciclo é de R$ 27 por tonelada, com produtividade estimada de cerca de 90 toneladas por hectare. Para a soja, o preço bruto está em torno de R$ 45 por saca. Como a produtividade estimada é de cerca de 50 sacas por hectare, a receita bruta projetada para ambas as culturas, na região, fica em torno de R$ 2.300 por hectare.
"Muito mais que a receita com uma ou outra cultura, o produtor está mais preocupado é com o fato de não estar recebendo pela terra arrendada [para o plantio de cana]. Isso pesa mais que qualquer outro fator", diz José Carlos Hausknesht, analista de agronegócios da MB Agro.
Para André Rocha, presidente do Sindicato das Indústrias de Açúcar e Álcool de Goiás (Sifaeg), a crise financeira do setor sucroalcooleiro é circunstancial. "Há sim usinas com mais de 20 anos no mercado aqui no Estado atrasando arrendamento, mas já estão negociando o pagamento", afirmou.
Com abundância de matéria-prima nesta safra 2008/09, muitas usinas deixaram a cana "em pé" nas lavouras. Isso também significa prejuízo aos fornecedores, que deixam de receber pela matéria-prima. "O contrato é pela cana entregue, mas se as usinas não processam a matéria-prima, o prejuízo é nosso", disse um fornecedor da região de sudoeste de Goiás.
Fonte: Valor Econômico
"Resolvi diversificar a cultura e comecei a plantar cana para fornecer para as usinas. Só não esperava que o setor [sucroalcooleiro] fosse entrar em crise e que eu fosse ficar com a cana na mão." A frase acima é de um produtor de grãos de Goiás, que há dois anos também se tornou fornecedor de cana. Assim como ele, que preferiu não se identificar, muitos produtores e arrendadores de terras do país começam a repensar a cana como alternativa econômica.
Parte dos produtores goianos que arrendou terras para usinas canavieiras tem enfrentado inadimplência. O atraso nos pagamentos pelas áreas arrendadas passou a ocorrer, sobretudo, a partir do segundo semestre de 2008, e não envolve apenas pequenas usinas, mas as grandes instaladas nos municípios de Acreúna, Anicuns, Inhumas, Santa Helena e Vicentinópolis, todos em Goiás, de acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg). Em algumas dessas regiões, há atraso de até cinco meses no pagamento.
O arrendamento é, em alguns casos, a única alternativa de renda desses produtores. Esses contratos de arrendamento de terras vigoram por no mínimo um ciclo completo da cana, tradicionalmente de seis anos, e vai até 20 anos, quando é de longo prazo. Segundo Bartolomeu Braz Pereira, presidente da comissão de açúcar e álcool da Faeg, as usinas instaladas nas regiões de Goiás com problemas financeiros estão negociando o pagamento em atraso. "O momento é difícil para o setor. Os produtores estão discutindo saídas", disse.
O caso de Goiás não é isolado. Em São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Estado considerado nova fronteira para cana, a situação é similar. E nesse pacote de inadimplência os fornecedores de cana também estão incluídos. Na região de Ribeirão Preto (SP), principal pólo produtor de cana do país, nove usinas estão com pagamento de seus fornecedores em atraso, segundo Manoel Ortolan, presidente da Cooperativa Plantadores Cana do Oeste São Paulo (Canaoeste).
A cana tornou-se uma alternativa econômica atraente a partir de 2005. Àquela época, os preços do açúcar estavam em disparada nas bolsas internacionais e o potencial do consumo de álcool nos mercados interno e externo estimulou diversos investimentos em novas plantas sucroalcooleiras no país. Nessa mesma época, a soja passava por uma crise de preços.
Muitos produtores de grãos cederam suas áreas para o plantio de cana na expectativa de melhor remuneração com o fornecimento da matéria-prima. Agora, a situação se inverteu e boa parte desses agricultores começa a se arrepender. Sem ter como voltar atrás na decisão de uma hora para outra, muitos deles diminuíram a área de cana que precisa de renovação para investir na soja, afirmou uma fonte do setor. Essa seria uma alternativa de rotação de cultura.
Muitas usinas operam no vermelho no país desde 2007, e a soja, por sua vez, está em franca retomada de preços. A partir do fim de 2007, o preço do grão iniciou sua escalada até atingir seu maior patamar histórico, em julho de 2008. Depois disso, a soja recuou, mas manteve-se bem acima de suas médias históricas ao longo do segundo semestre. Em dezembro, um novo momento de ascensão começou, motivado especialmente pela aquecida demanda chinesa e pelos problemas climáticos na Argentina, um dos maiores produtores mundiais da commodity. A expectativa de recuperação do açúcar para 2009 é grande, mas até o momento os sinais positivos ainda não se consolidaram.
Durante o declínio das cotações da soja registrado na segunda metade de 2008, as margens projetadas para a safra 2008/09 chegaram a ficar negativas - embora o grão tenha permanecido acima das médias históricas, seu plantio foi realizado sob um cenário de disparada dos custos dos insumos, especialmente dos fertilizantes.
Agora, em Primavera do Leste (MT), por exemplo, importante pólo de produção de soja do Centro-Oeste, a margem projetada é de 29%, segundo as contas da consultoria MB Agro. O cálculo leva em consideração os custos operacionais - exclui, portanto, fatores como depreciação - e projeta comercialização em março com cotação da soja a US$ 10,15 por bushel na bolsa de Chicago. Em Rio Verde (GO), uma das cidades que personificaram a "disputa" por terras entre soja e cana nos últimos anos, a margem para venda da oleaginosa entre janeiro e fevereiro está em 52%, de acordo com cálculos da Agência Rural. A cana, em contrapartida, continua negativa, segundo fontes do mercado.
Os fornecedores de cana do Centro-Sul do país estão recebendo cerca de R$ 38 pela tonelada entregue às usinas. Mas os custos de produção estão em torno de R$ 45. "Nos últimos dois anos o produtor trabalhou no vermelho", afirmou Ortolan, da Canaoeste.
No sudoeste de Goiás, segundo técnicos da região ouvidos pelo Valor, o preço oferecido pela cana, que está em seu primeiro ciclo é de R$ 27 por tonelada, com produtividade estimada de cerca de 90 toneladas por hectare. Para a soja, o preço bruto está em torno de R$ 45 por saca. Como a produtividade estimada é de cerca de 50 sacas por hectare, a receita bruta projetada para ambas as culturas, na região, fica em torno de R$ 2.300 por hectare.
"Muito mais que a receita com uma ou outra cultura, o produtor está mais preocupado é com o fato de não estar recebendo pela terra arrendada [para o plantio de cana]. Isso pesa mais que qualquer outro fator", diz José Carlos Hausknesht, analista de agronegócios da MB Agro.
Para André Rocha, presidente do Sindicato das Indústrias de Açúcar e Álcool de Goiás (Sifaeg), a crise financeira do setor sucroalcooleiro é circunstancial. "Há sim usinas com mais de 20 anos no mercado aqui no Estado atrasando arrendamento, mas já estão negociando o pagamento", afirmou.
Com abundância de matéria-prima nesta safra 2008/09, muitas usinas deixaram a cana "em pé" nas lavouras. Isso também significa prejuízo aos fornecedores, que deixam de receber pela matéria-prima. "O contrato é pela cana entregue, mas se as usinas não processam a matéria-prima, o prejuízo é nosso", disse um fornecedor da região de sudoeste de Goiás.
Fonte: Valor Econômico
OCB quer R$ 4 bi de financiamento para crescer 10% em 2009 29.01.09
29.01.09
O presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Marcio Lopes de Freitas, estimou hoje um crescimento de 10% no faturamento do setor e na receita com as exportações em 2009. Ele disse que, com a crise financeira mundial, é difícil repetir o desempenho de 2008, quando foi atingido crescimento de 15% no faturamento e de 21% nas exportações: o faturamento das cooperativas foi de R$ 83 bilhões em 2008, e o resultado de 2007 foi de R$ 72 bilhões. Mas já para 2010 a OCB estima recuperação, com exportações de até S$ 4,62 bilhões, resultado que pode praticamente dobrar em 2015, cuja previsão é de US$ 8,42 bilhões. A estimativa é ainda mais otimista para 2030, quando o setor espera alcançar US$ 23,36 bilhões em exportações.
Para atingir o crescimento de 10% estimado para este ano, a OCB vê uma necessidade de R$ 4 bilhões de capital de giro, montante que, segundo Freitas, precisaria ser aplicado no setor nos próximos seis meses. Segundo ele, houve um remanejamento de recursos do Tesouro, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e a previsão inicial era de R$ 300 milhões para o Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop), mas o setor conseguiu um reforço de R$ 700 milhões, faltando apenas a aprovação do Conselho Monetário Nacional, o que está previsto para amanhã.
Freitas disse ainda que o setor está trabalhando para obter outra linha do BNDES, no valor de R$ 2 bilhões. Por essa linha, chamada de cotas-partes, cada cooperado assume responsabilidade sobre determinado valor do empréstimo. O setor reivindica também a utilização de crédito tributário das cooperativas para pagamento de previdência social. Segundo Freitas, hoje esse crédito soma R$ 4,8 bilhões e, pela regra, pode ser usado apenas pagamento de PIS-Cofins. Na interpretação do presidente da OCB, bastaria uma instrução normativa da Receita Federal para ampliar essa possibilidade de uso nos créditos. Freitas vê essas reivindicações como um meio de reativar o mercado. Considerando todas as medidas, a demanda de investimento do setor chegaria a R$ 9 bilhões.
Na avaliação do executivo, o mercado vai se reaquecer e a safra agrícola 2008/09 terá bom resultado. Ele cita que soja e leite já começam a dar sinais de recuperação no mercado internacional.
Fonte: Gerusa Marques, Agência Estado, com o Observatório
O presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Marcio Lopes de Freitas, estimou hoje um crescimento de 10% no faturamento do setor e na receita com as exportações em 2009. Ele disse que, com a crise financeira mundial, é difícil repetir o desempenho de 2008, quando foi atingido crescimento de 15% no faturamento e de 21% nas exportações: o faturamento das cooperativas foi de R$ 83 bilhões em 2008, e o resultado de 2007 foi de R$ 72 bilhões. Mas já para 2010 a OCB estima recuperação, com exportações de até S$ 4,62 bilhões, resultado que pode praticamente dobrar em 2015, cuja previsão é de US$ 8,42 bilhões. A estimativa é ainda mais otimista para 2030, quando o setor espera alcançar US$ 23,36 bilhões em exportações.
Para atingir o crescimento de 10% estimado para este ano, a OCB vê uma necessidade de R$ 4 bilhões de capital de giro, montante que, segundo Freitas, precisaria ser aplicado no setor nos próximos seis meses. Segundo ele, houve um remanejamento de recursos do Tesouro, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e a previsão inicial era de R$ 300 milhões para o Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop), mas o setor conseguiu um reforço de R$ 700 milhões, faltando apenas a aprovação do Conselho Monetário Nacional, o que está previsto para amanhã.
Freitas disse ainda que o setor está trabalhando para obter outra linha do BNDES, no valor de R$ 2 bilhões. Por essa linha, chamada de cotas-partes, cada cooperado assume responsabilidade sobre determinado valor do empréstimo. O setor reivindica também a utilização de crédito tributário das cooperativas para pagamento de previdência social. Segundo Freitas, hoje esse crédito soma R$ 4,8 bilhões e, pela regra, pode ser usado apenas pagamento de PIS-Cofins. Na interpretação do presidente da OCB, bastaria uma instrução normativa da Receita Federal para ampliar essa possibilidade de uso nos créditos. Freitas vê essas reivindicações como um meio de reativar o mercado. Considerando todas as medidas, a demanda de investimento do setor chegaria a R$ 9 bilhões.
Na avaliação do executivo, o mercado vai se reaquecer e a safra agrícola 2008/09 terá bom resultado. Ele cita que soja e leite já começam a dar sinais de recuperação no mercado internacional.
Fonte: Gerusa Marques, Agência Estado, com o Observatório
Soja deve subir com demanda chinesa e queda na produção na América do Sul 29.01.09
29.01.09
Cingapura - Os preços da soja devem continuar em alta na Ásia, no curto prazo, em virtude da expressiva demanda chinesa do e do clima seco na América do Sul. A falta de chuvas na Argentina e no sul do Brasil pode prejudicar as lavouras locais, apesar da previsão de tempo úmido em algumas áreas produtoras da Argentina nos próximos seis a dez dias.
Segundo Tim Hannagan, da Alaron Securities, a China deve retomar as importações assim que as comemorações do Ano-Novo Lunar terminarem, no próximo fim de semana. Este ano, em virtude das preocupações com a redução da produção na América do Sul, a China continuou comprando soja norte-americana agressivamente em janeiro, ao contrário do que geralmente faz nessa época do ano. Em anos anteriores, o país diminuiu as compras de soja no começo de janeiro, voltando a comprar significativamente em meados de fevereiro, com a chegada da produção da América do Sul ao mercado.
Já os preços do trigo devem recuar um pouco esta semana, considerando que Japão e Paquistão adiaram suas licitações de compra. O Japão não realizará sua licitação periódica desta semana, pois já comprou agressivamente nas três semanas anteriores.
A estatal Pakistan Trading Corporation adiou para 31 de janeiro a última data de envio de oferta para uma licitação de compra de 250 mil toneladas de trigo norte-americano. O Paquistão, que deve produzir mais trigo em 2008/09, pode reduzir as importações este ano, o que seria uma influência baixista para os preços globais.
Fonte: informações da Dow Jones, com Deise Vieira, Agência Estado, com o Observatório
Cingapura - Os preços da soja devem continuar em alta na Ásia, no curto prazo, em virtude da expressiva demanda chinesa do e do clima seco na América do Sul. A falta de chuvas na Argentina e no sul do Brasil pode prejudicar as lavouras locais, apesar da previsão de tempo úmido em algumas áreas produtoras da Argentina nos próximos seis a dez dias.
Segundo Tim Hannagan, da Alaron Securities, a China deve retomar as importações assim que as comemorações do Ano-Novo Lunar terminarem, no próximo fim de semana. Este ano, em virtude das preocupações com a redução da produção na América do Sul, a China continuou comprando soja norte-americana agressivamente em janeiro, ao contrário do que geralmente faz nessa época do ano. Em anos anteriores, o país diminuiu as compras de soja no começo de janeiro, voltando a comprar significativamente em meados de fevereiro, com a chegada da produção da América do Sul ao mercado.
Já os preços do trigo devem recuar um pouco esta semana, considerando que Japão e Paquistão adiaram suas licitações de compra. O Japão não realizará sua licitação periódica desta semana, pois já comprou agressivamente nas três semanas anteriores.
A estatal Pakistan Trading Corporation adiou para 31 de janeiro a última data de envio de oferta para uma licitação de compra de 250 mil toneladas de trigo norte-americano. O Paquistão, que deve produzir mais trigo em 2008/09, pode reduzir as importações este ano, o que seria uma influência baixista para os preços globais.
Fonte: informações da Dow Jones, com Deise Vieira, Agência Estado, com o Observatório
Operação Manejo Pirata apreende 11,5 mil m3 de madeira e fecha serraria em Rondônia 29.01.09
29.01.09
Em mais uma ação para combater o desmatamento na Amazônia, a Operação Manejo Pirata, do Ibama, fechou ontem (27) uma grande serraria no município de Cujubim (RO).
Na serraria WD Madeiras, a cerca de 160 quilômetros de Porto Velho, foram apreendidos 11.500 m³ de madeira ilegal, que formalmente teriam sido retirados de uma área onde existe plano de manejo licenciado pelo governo estadual.
Na WD Madeiras foi apreendida também documentação informando que havia ali apenas cerca de 65 m³ de madeira retirada de uma área com plano de manejo estadual. Mas no local licenciado não havia praticamente exploração de madeira. Portanto, o documento oficializava o processamento e a venda de grande quantidade de madeira retirada ilegalmente da região.
Além de 398 toras de faveira ferro, uma espécie nobre da Floresta Amazônica, equivalente a 2.300 m³ de madeira, foram apreendidos cerca de 9.200 m³ de madeira beneficiada, de espécies como ipê e maçaranduba.
Na operação Manejo Pirata deflagrada no município foram presos três donos de madeireiras, e dois sócios da WD Madeiras estão foragidos.
Fonte: Assessoria de imprensa do MMA
Em mais uma ação para combater o desmatamento na Amazônia, a Operação Manejo Pirata, do Ibama, fechou ontem (27) uma grande serraria no município de Cujubim (RO).
Na serraria WD Madeiras, a cerca de 160 quilômetros de Porto Velho, foram apreendidos 11.500 m³ de madeira ilegal, que formalmente teriam sido retirados de uma área onde existe plano de manejo licenciado pelo governo estadual.
Na WD Madeiras foi apreendida também documentação informando que havia ali apenas cerca de 65 m³ de madeira retirada de uma área com plano de manejo estadual. Mas no local licenciado não havia praticamente exploração de madeira. Portanto, o documento oficializava o processamento e a venda de grande quantidade de madeira retirada ilegalmente da região.
Além de 398 toras de faveira ferro, uma espécie nobre da Floresta Amazônica, equivalente a 2.300 m³ de madeira, foram apreendidos cerca de 9.200 m³ de madeira beneficiada, de espécies como ipê e maçaranduba.
Na operação Manejo Pirata deflagrada no município foram presos três donos de madeireiras, e dois sócios da WD Madeiras estão foragidos.
Fonte: Assessoria de imprensa do MMA
Seca prejudica agricultura de países do Cone Sul 29.01.09
29.01.09
A seca que assola a região Sul do Brasil, desde o ano passado, também está atingindo outros dois países do chamado Cone Sul, a Argentina e o Uruguai. A falta de chuvas e as altas temperaturas prejudicam a atividade agropecuária dos países. Os cultivos de milho, soja e trigo são os mais afetados.
A Argentina sofre com a pior seca desde 1961. Houve perda de 35% da produção de cereais e a morte de 1,5 milhão de cabeças de gado. De acordo com a Agência de Notícias da República Argentina (Telam), a presidente Cristina Kirchner decretou na terça-feira (27) “estado de emergência agropecuária” nas dez províncias afetadas pela seca.
A longa estiagem também está acabando com as lavouras uruguaias. Segundo a agência informativa Pulsar, são mais de dois milhões de hectares atingidos. Na região central e oeste do país, a seca arrasou pastos e plantações de soja e milho.
O presidente uruguaio Tabaré Vásquez também decretou “estado de emergência agropecuária” e anunciou no último dia 12 uma série de medidas para reduzir os efeitos da seca. De acordo com a Pulsar, a criação de fundos especiais para assistência ao setor agrícola é uma das ações do governo.
No Rio Grande do Sul, a estiagem levou 89 municípios a decretarem situação de emergência. Estima-se que mais de 150 mil pessoas estão sendo afetadas pela seca. Em algumas lavouras, houve perda de até 80% da produção. O cultivo de milho, soja e feijão são os mais atingidos.
Para minimizar os efeitos da estiagem,o governo do Rio Grande do Sul está investindo na construção de microaçudes e cisternas.
A seca deve se manter por mais três meses na região do Cone Sul. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), há previsão de chuva normal ou pouco abaixo da média entre os meses de fevereiro, março e abril.
Fonte: Agência Brasil
A seca que assola a região Sul do Brasil, desde o ano passado, também está atingindo outros dois países do chamado Cone Sul, a Argentina e o Uruguai. A falta de chuvas e as altas temperaturas prejudicam a atividade agropecuária dos países. Os cultivos de milho, soja e trigo são os mais afetados.
A Argentina sofre com a pior seca desde 1961. Houve perda de 35% da produção de cereais e a morte de 1,5 milhão de cabeças de gado. De acordo com a Agência de Notícias da República Argentina (Telam), a presidente Cristina Kirchner decretou na terça-feira (27) “estado de emergência agropecuária” nas dez províncias afetadas pela seca.
A longa estiagem também está acabando com as lavouras uruguaias. Segundo a agência informativa Pulsar, são mais de dois milhões de hectares atingidos. Na região central e oeste do país, a seca arrasou pastos e plantações de soja e milho.
O presidente uruguaio Tabaré Vásquez também decretou “estado de emergência agropecuária” e anunciou no último dia 12 uma série de medidas para reduzir os efeitos da seca. De acordo com a Pulsar, a criação de fundos especiais para assistência ao setor agrícola é uma das ações do governo.
No Rio Grande do Sul, a estiagem levou 89 municípios a decretarem situação de emergência. Estima-se que mais de 150 mil pessoas estão sendo afetadas pela seca. Em algumas lavouras, houve perda de até 80% da produção. O cultivo de milho, soja e feijão são os mais atingidos.
Para minimizar os efeitos da estiagem,o governo do Rio Grande do Sul está investindo na construção de microaçudes e cisternas.
A seca deve se manter por mais três meses na região do Cone Sul. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), há previsão de chuva normal ou pouco abaixo da média entre os meses de fevereiro, março e abril.
Fonte: Agência Brasil
Leilão negocia prêmio para 33 milhões de litros de leite 29.01.09
29.01.09
A Conab comercializou ontem (28) prêmios para escoamento de 33 milhões de litros de leite, sendo 3 milhões de litrosl para a região Centro-Oeste e 30 milhões de litros para a região Sudeste. Não houve compradores no Sul do país. O valor foi de R$ 0,07 por cada litro de leite escoado. Por esta quantidade, os produtores vão receber das indústrias, respectivamente, R$ 0,45 no Centro-Oeste e R$ 0,47 no Sudeste.
A oferta inicial do produto foi de 100 milhões/l para o Sudeste, 35 milhões/l para o Centro-Oeste e 65 milhões/l para a região Sul. A operação foi feita por meio do Programa para Escoamento da Produção (PEP), onde as indústrias disputam o prêmio ofertado pelo governo e se comprometem a comprar o produto dos trabalhadores rurais a um preço mínimo.
Fonte: Conab
A Conab comercializou ontem (28) prêmios para escoamento de 33 milhões de litros de leite, sendo 3 milhões de litrosl para a região Centro-Oeste e 30 milhões de litros para a região Sudeste. Não houve compradores no Sul do país. O valor foi de R$ 0,07 por cada litro de leite escoado. Por esta quantidade, os produtores vão receber das indústrias, respectivamente, R$ 0,45 no Centro-Oeste e R$ 0,47 no Sudeste.
A oferta inicial do produto foi de 100 milhões/l para o Sudeste, 35 milhões/l para o Centro-Oeste e 65 milhões/l para a região Sul. A operação foi feita por meio do Programa para Escoamento da Produção (PEP), onde as indústrias disputam o prêmio ofertado pelo governo e se comprometem a comprar o produto dos trabalhadores rurais a um preço mínimo.
Fonte: Conab
Começa o 2º ano de fiscalização da Moratória da Soja na Amazônia 28.01.09
28.01.09
De posse das informações do monitoramento, as indústrias e tradings participantes assumem o compromisso de não adquirir soja produzida em áreas desflorestadas dentro do Bioma.
Com o início da colheita na maior parte dos estados produtores do país, a indústria da soja inicia neste mês o segundo ano de fiscalização do plantio em regiões que compõem o Bioma Amazônia. O trabalho faz parte das decisões decorrentes da adocão da Moratória da Soja na Amazônia, que boicota a compra de grãos proveniente de áreas desmatadas do bioma, após julho de 2006, pelas empresas ligadas à Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e à Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec).
Além dos 263 polígonos que já foram monitorados no ano passado, neste ano foram incluídas 365 novas localidades, num total de 628 áreas dessa região. Para isso, serão necessárias 217 horas de sobrevôo a municípios produtores de soja nos estados do Mato Grosso, Pará e Rondônia. O relatório final, contendo informações detalhadas e imagens fotográficas de cada polígono será disponibilizado para consultas no site www.abiove.com.br até março. Em posse das informações do monitoramento, as indústrias e tradings participantes assumem o compromisso de não adquirir soja produzida em áreas desflorestadas dentro do Bioma.
Fonte: Gazeta do Povo, com o Observatório
De posse das informações do monitoramento, as indústrias e tradings participantes assumem o compromisso de não adquirir soja produzida em áreas desflorestadas dentro do Bioma.
Com o início da colheita na maior parte dos estados produtores do país, a indústria da soja inicia neste mês o segundo ano de fiscalização do plantio em regiões que compõem o Bioma Amazônia. O trabalho faz parte das decisões decorrentes da adocão da Moratória da Soja na Amazônia, que boicota a compra de grãos proveniente de áreas desmatadas do bioma, após julho de 2006, pelas empresas ligadas à Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e à Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec).
Além dos 263 polígonos que já foram monitorados no ano passado, neste ano foram incluídas 365 novas localidades, num total de 628 áreas dessa região. Para isso, serão necessárias 217 horas de sobrevôo a municípios produtores de soja nos estados do Mato Grosso, Pará e Rondônia. O relatório final, contendo informações detalhadas e imagens fotográficas de cada polígono será disponibilizado para consultas no site www.abiove.com.br até março. Em posse das informações do monitoramento, as indústrias e tradings participantes assumem o compromisso de não adquirir soja produzida em áreas desflorestadas dentro do Bioma.
Fonte: Gazeta do Povo, com o Observatório
Biomassa residual de criações de suínos produz energia elétrica 28.01.09
28.01.09
Os dejetos suínos sempre foram considerados grandes fontes de poluição, mas agora podem ser fontes de riqueza. “Uma granja de suínos, além de grande produtora de carne, pode constituir-se em excelente produtora de energia, tanto para si, como para terceiros”, enfatiza João Manfio, vice-presidente administrativo da Associação Paranaense de Suinocultores (APS). Basta instalar um biodigestor, equipamento usado na produção de biogás, mistura de gases – principalmente metano - produzida por bactérias que digerem matéria orgânica em condições anaeróbicas (isto é, em ausência de oxigênio). Sua atuação é a mesma de um reator químico, só que com reações de origem biológica. A matéria orgânica utilizada na alimentação dos biodigestores pode ser derivada de resíduos de produção vegetal (como restos de cultura), de produção animal (como esterco e urina) ou da atividade humana (lixo doméstico).
Produção de energia a partir dos dejetos suínos
Se for considerado apenas a população suína, cuja produção de dejetos é mais fácil de ser controlada, será encontrado hoje, no Brasil, aproximadamente 38 milhões de animais. Cada animal produz entre cinco e oito kg/dia de dejetos, entre esterco e urina, o que daria algo como 247 milhões de kg de dejetos/dia, ou 90,2 bilhões de kg/ano, que antes era pura poluição. Contudo, se processada nos biodigestores, podem produzir aproximadamente 900 milhões de m3 de gás metano/ano, equivalentes a 64 milhões de botijões de gás de cozinha.
Dentre os vários tipos de biodigestores, o do tipo indiano, por exemplo, para animais em galpões de terminação com capacidade para 100 cabeças, produz 43,36 m3 de biogás por dia o que equivale a 1,50 botijões de GLP de 13 kg/dia. Assim, uma granja de 200 animais em te rminação pode produzir o equivalente a dois botijões de 13kg/dia, ou 60 botijões/mês. Ao preço atual de R$ 35,00/botijão, seria uma renda extra de R$ 2.100,00/mês, apenas com o que antes era considerado lixo, valor que muitas famílias urbanas não dispõem. Cada propriedade, assim, poderia converter-se em micro-usina produtora de energia alternativa renovável.
Sustentabilidade financeira do homem do campo
Existe a possibilidade de geração de renda extra para o suinocultor, além da produção do animal. A energia produzida a partir de esterco e de urina pode movimentar um gerador de energia, que, por sua vez, pode alimentar todos os equipamentos elétricos e a gás da granja, desde a casa (bocais de luz, refrigerador, televisor, computador, aparelhos de som, fogão, microondas, etc) até a própria pocilga (terminais de luz, aparelhos diversos). Assim mesmo, com certeza, haverá excedentes, que poderão ser comercializados. A Companhia de Eletricidade do Paraná (Copel) e Itaipu Binacional já tem estudos e projetos para aproveitar este potencial. Considerando que a energia ("elétrica") é o que mantém o homem no campo e que cada pessoa que vem para a cidade exige do poder público um investimento sete vezes maior do que o de conservá-la no interior, este não é um assunto desprezível.
Plataforma de Energia Renovável
Por estar próxima a uma grande área produtora de suínos, cujos dejetos poderiam contaminar os afluentes e, ao longo do tempo, comprometer o funcionamento das usinas, a Itaipu resolveu dedicar-se com afinco a este estudo. Além de limpar os afluentes, a partir da instalação destas micro-usinas, os técnicos concluíram que se poderia também duplicar o aproveitamento da energia que hoje se gasta nas pequenas propriedades. Como? Deixando de fornecer energia elétrica a estas granjas e delas recebendo os excedentes produzidos, para satisfazer as necessidades das pequenas comunidades urbanas, que hoje consomem somente energia elétrica que, assim, poderia ser destinadas a regiões mais longínquas.
A Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) e a Associação Paranaense de Suinocultores (APS) estão colaborando neste estudo, que adquiriu uma grande importância subitamente.
Serviço: Associação Paranaense de Suinocultores - Aps
Endereço: Rua Conselheiro Laurindo, 809 - Sala 910 Centro, Curitiba/PR.
Telefone: (41) 3223-1207
Fax: (41) 3223-1535; email: aps@aps.org.br
Fonte: Toda Comunicação
Os dejetos suínos sempre foram considerados grandes fontes de poluição, mas agora podem ser fontes de riqueza. “Uma granja de suínos, além de grande produtora de carne, pode constituir-se em excelente produtora de energia, tanto para si, como para terceiros”, enfatiza João Manfio, vice-presidente administrativo da Associação Paranaense de Suinocultores (APS). Basta instalar um biodigestor, equipamento usado na produção de biogás, mistura de gases – principalmente metano - produzida por bactérias que digerem matéria orgânica em condições anaeróbicas (isto é, em ausência de oxigênio). Sua atuação é a mesma de um reator químico, só que com reações de origem biológica. A matéria orgânica utilizada na alimentação dos biodigestores pode ser derivada de resíduos de produção vegetal (como restos de cultura), de produção animal (como esterco e urina) ou da atividade humana (lixo doméstico).
Produção de energia a partir dos dejetos suínos
Se for considerado apenas a população suína, cuja produção de dejetos é mais fácil de ser controlada, será encontrado hoje, no Brasil, aproximadamente 38 milhões de animais. Cada animal produz entre cinco e oito kg/dia de dejetos, entre esterco e urina, o que daria algo como 247 milhões de kg de dejetos/dia, ou 90,2 bilhões de kg/ano, que antes era pura poluição. Contudo, se processada nos biodigestores, podem produzir aproximadamente 900 milhões de m3 de gás metano/ano, equivalentes a 64 milhões de botijões de gás de cozinha.
Dentre os vários tipos de biodigestores, o do tipo indiano, por exemplo, para animais em galpões de terminação com capacidade para 100 cabeças, produz 43,36 m3 de biogás por dia o que equivale a 1,50 botijões de GLP de 13 kg/dia. Assim, uma granja de 200 animais em te rminação pode produzir o equivalente a dois botijões de 13kg/dia, ou 60 botijões/mês. Ao preço atual de R$ 35,00/botijão, seria uma renda extra de R$ 2.100,00/mês, apenas com o que antes era considerado lixo, valor que muitas famílias urbanas não dispõem. Cada propriedade, assim, poderia converter-se em micro-usina produtora de energia alternativa renovável.
Sustentabilidade financeira do homem do campo
Existe a possibilidade de geração de renda extra para o suinocultor, além da produção do animal. A energia produzida a partir de esterco e de urina pode movimentar um gerador de energia, que, por sua vez, pode alimentar todos os equipamentos elétricos e a gás da granja, desde a casa (bocais de luz, refrigerador, televisor, computador, aparelhos de som, fogão, microondas, etc) até a própria pocilga (terminais de luz, aparelhos diversos). Assim mesmo, com certeza, haverá excedentes, que poderão ser comercializados. A Companhia de Eletricidade do Paraná (Copel) e Itaipu Binacional já tem estudos e projetos para aproveitar este potencial. Considerando que a energia ("elétrica") é o que mantém o homem no campo e que cada pessoa que vem para a cidade exige do poder público um investimento sete vezes maior do que o de conservá-la no interior, este não é um assunto desprezível.
Plataforma de Energia Renovável
Por estar próxima a uma grande área produtora de suínos, cujos dejetos poderiam contaminar os afluentes e, ao longo do tempo, comprometer o funcionamento das usinas, a Itaipu resolveu dedicar-se com afinco a este estudo. Além de limpar os afluentes, a partir da instalação destas micro-usinas, os técnicos concluíram que se poderia também duplicar o aproveitamento da energia que hoje se gasta nas pequenas propriedades. Como? Deixando de fornecer energia elétrica a estas granjas e delas recebendo os excedentes produzidos, para satisfazer as necessidades das pequenas comunidades urbanas, que hoje consomem somente energia elétrica que, assim, poderia ser destinadas a regiões mais longínquas.
A Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) e a Associação Paranaense de Suinocultores (APS) estão colaborando neste estudo, que adquiriu uma grande importância subitamente.
Serviço: Associação Paranaense de Suinocultores - Aps
Endereço: Rua Conselheiro Laurindo, 809 - Sala 910 Centro, Curitiba/PR.
Telefone: (41) 3223-1207
Fax: (41) 3223-1535; email: aps@aps.org.br
Fonte: Toda Comunicação
Grãos “sob medida” para consumidores industriais geram maior renda 28.01.09
28.01.09
Os produtores de grãos diferenciados do Paraná acreditam ter encontrado uma saída para a oscilação de preços do mercado.
Em meio às oscilações diárias nas bolsas de mercadorias, os analistas quebram a cabeça para mensurar as cotações agrícolas da semana seguinte, mas se dizem certos de que, nas próximas décadas, as médias serão mais apertadas. É consenso que a pressão do mercado fará os preços ficarem cada vez mais próximos dos custos, observa Eugênio Stefanelo, técnico da Conab e mestre em Economia Agrícola. Neste cenário, a única saída para o produtor que busca maior rendimento é se diferenciar, oferecer algo que o comprador valorize mais que a commodity. Os produtores de grãos diferenciados do Paraná acreditam ter encontrado uma saída neste sentido.
Eles investiram em estrutura de armazenagem e secagem na própria fazenda para controlar as variáveis do processo de produção. Há quatro anos, registraram uma associação, que negocia contratos na compra de insumos e principalmente na venda da colheita. Agora, de escritórios montados entre os silos agrícolas, aceitam qualquer exigência do comprador, que pode escolher a variedade, a cor e as características finais dos grãos.
Hoje com 20 sócios, a Associação dos Produtores de Grãos Diferenciados (APGD) situada em Castro, nos Campos Gerais, abrange pelo menos 25 mil hectares, relata o presidente da entidade, Otávio Canesin. Ele considera que o setor descobriu tarde essa via de produção, que tende a crescer gradualmente.
Esse crescimento depende de o setor agrícola estimular a indústria de alimentos a usar matéria-prima mais adequada para cada fim, considera. “Nosso foco principal na associação é negociar a contratação da produção, com a indústria ou o produtor de alimento que busca soja, trigo e milho diferenciados.”
Os contratos para produção diferenciada começaram a surgir por iniciativa da própria indústria, afirma o produtor Marcos Bertolini. A indústria de salgadinhos, que prefere grãos mais amarelos e nutritivos, até hoje compra milho nos Campos Gerais. Atualmente, os agricultores da região vendem também cereal para flocos, soja para suco de frutas e sorvete e trigo para macarrões especiais. Entre os contratos mais vantajosos, Bertolini cita o de uma carga de soja para a produção de tofu – alimento com textura de queijo fresco – vendido ao Japão. Os grãos alcançaram preço 10% superior nesse caso.
Os adicionais pagos pela indústria vão de 5% a 10%, afirma Canesin. Segundo ele, essa margem é consumida, em parte, pelo custo extra que o controle integral da produção exige. “Os custos aumentam 5%, não longe disso.”
O produtor Anderson Moreira, de Ponta Grossa, que instalou sete silos há quatro anos, diz que já recuperou o investimento. Um silo com estufa e capacidade para 450 toneladas, suficiente para atender uma área de 50 hectares, custa cerca de R$ 160 mil atualmente.
Custo menor
Moreira observa que os custos de produção variam de acordo com as exigências do cliente e a tecnologia empregada, mas aponta que as despesas com armazenagem e transporte podem até cair no novo sistema. “A venda é feita na propriedade”, acrescenta, “não há despesa de transporte para o produtor”.
O produtor Rodolpho Luiz Werneck, de Candói, Região Central, que produz grãos diferenciados sem integrar a APGD, diz que o custo da secagem na propriedade é menor “mesmo usando o gás, que é mais caro que a lenha”. Ele evita deixar sua estrutura ociosa. Com três silos secadores e quatro armazenadores, tem falta de espaço no auge da safra, quando recorre às cooperativas.
Fonte: Gazeta do Povo
Os produtores de grãos diferenciados do Paraná acreditam ter encontrado uma saída para a oscilação de preços do mercado.
Em meio às oscilações diárias nas bolsas de mercadorias, os analistas quebram a cabeça para mensurar as cotações agrícolas da semana seguinte, mas se dizem certos de que, nas próximas décadas, as médias serão mais apertadas. É consenso que a pressão do mercado fará os preços ficarem cada vez mais próximos dos custos, observa Eugênio Stefanelo, técnico da Conab e mestre em Economia Agrícola. Neste cenário, a única saída para o produtor que busca maior rendimento é se diferenciar, oferecer algo que o comprador valorize mais que a commodity. Os produtores de grãos diferenciados do Paraná acreditam ter encontrado uma saída neste sentido.
Eles investiram em estrutura de armazenagem e secagem na própria fazenda para controlar as variáveis do processo de produção. Há quatro anos, registraram uma associação, que negocia contratos na compra de insumos e principalmente na venda da colheita. Agora, de escritórios montados entre os silos agrícolas, aceitam qualquer exigência do comprador, que pode escolher a variedade, a cor e as características finais dos grãos.
Hoje com 20 sócios, a Associação dos Produtores de Grãos Diferenciados (APGD) situada em Castro, nos Campos Gerais, abrange pelo menos 25 mil hectares, relata o presidente da entidade, Otávio Canesin. Ele considera que o setor descobriu tarde essa via de produção, que tende a crescer gradualmente.
Esse crescimento depende de o setor agrícola estimular a indústria de alimentos a usar matéria-prima mais adequada para cada fim, considera. “Nosso foco principal na associação é negociar a contratação da produção, com a indústria ou o produtor de alimento que busca soja, trigo e milho diferenciados.”
Os contratos para produção diferenciada começaram a surgir por iniciativa da própria indústria, afirma o produtor Marcos Bertolini. A indústria de salgadinhos, que prefere grãos mais amarelos e nutritivos, até hoje compra milho nos Campos Gerais. Atualmente, os agricultores da região vendem também cereal para flocos, soja para suco de frutas e sorvete e trigo para macarrões especiais. Entre os contratos mais vantajosos, Bertolini cita o de uma carga de soja para a produção de tofu – alimento com textura de queijo fresco – vendido ao Japão. Os grãos alcançaram preço 10% superior nesse caso.
Os adicionais pagos pela indústria vão de 5% a 10%, afirma Canesin. Segundo ele, essa margem é consumida, em parte, pelo custo extra que o controle integral da produção exige. “Os custos aumentam 5%, não longe disso.”
O produtor Anderson Moreira, de Ponta Grossa, que instalou sete silos há quatro anos, diz que já recuperou o investimento. Um silo com estufa e capacidade para 450 toneladas, suficiente para atender uma área de 50 hectares, custa cerca de R$ 160 mil atualmente.
Custo menor
Moreira observa que os custos de produção variam de acordo com as exigências do cliente e a tecnologia empregada, mas aponta que as despesas com armazenagem e transporte podem até cair no novo sistema. “A venda é feita na propriedade”, acrescenta, “não há despesa de transporte para o produtor”.
O produtor Rodolpho Luiz Werneck, de Candói, Região Central, que produz grãos diferenciados sem integrar a APGD, diz que o custo da secagem na propriedade é menor “mesmo usando o gás, que é mais caro que a lenha”. Ele evita deixar sua estrutura ociosa. Com três silos secadores e quatro armazenadores, tem falta de espaço no auge da safra, quando recorre às cooperativas.
Fonte: Gazeta do Povo
Produtores brasileiros de frango têm dificuldade de exportar para Líbia e Argélia 28.01.09
28.01.09
Argel (Argélia) - Os produtores de frango do Brasil terão que trabalhar muito para conseguir convencer os governos da Argélia e da Líbia a reduzir as tarifas de importação. Nestes países, o frango é produzido em larga escala para abastecer o mercado interno e os governos dão subsídios aos produtores.
O representante da Sadia em Dubai, Nicolas Daher, que acompanha a delegação brasileira de empresários em visita ao norte da África para estreitar as relações comerciais com o Brasil, reconhece que o caminho é difícil, mas diz que os produtores e distribuidores de frango brasileiros vão continuar as conversas.
“Além da vontade de exportar, estamos oferecendo consultoria para melhorar a qualidade do frango produzido na Líbia e na Argélia, mas, por enquanto não obtivemos sucesso”, disse ele.
Após participar de seminário entre empresários brasileiros e argelinos, hoje (27) em Argel, capital da Argélia, o ministro da Indústria e Promoção dos Investimentos da Argélia, Abdel Hamid Temmar, praticamente descartou a possibilidade do governo argelino reduzir as tarifas para que os brasileiros possam exportar seu frango.
“Cada vez que um país exporta, sempre pede a supressão dos direitos alfandegários, mas a Argélia não importa carne branca do Brasil e de nenhum outro país. Já importamos carne bovina de vocês e o desejo atual é de transferir tecnologia com o cruzamento de raças que possam sobreviver nas terras da Argélia. O fato de importar carne branca é positivo para a Argélia, porque queremos reduzir nossas importações”, disse Adbel Temmar.
Fonte: Cristiane Ribeiro, Enviada especial, Agência Brasil
Argel (Argélia) - Os produtores de frango do Brasil terão que trabalhar muito para conseguir convencer os governos da Argélia e da Líbia a reduzir as tarifas de importação. Nestes países, o frango é produzido em larga escala para abastecer o mercado interno e os governos dão subsídios aos produtores.
O representante da Sadia em Dubai, Nicolas Daher, que acompanha a delegação brasileira de empresários em visita ao norte da África para estreitar as relações comerciais com o Brasil, reconhece que o caminho é difícil, mas diz que os produtores e distribuidores de frango brasileiros vão continuar as conversas.
“Além da vontade de exportar, estamos oferecendo consultoria para melhorar a qualidade do frango produzido na Líbia e na Argélia, mas, por enquanto não obtivemos sucesso”, disse ele.
Após participar de seminário entre empresários brasileiros e argelinos, hoje (27) em Argel, capital da Argélia, o ministro da Indústria e Promoção dos Investimentos da Argélia, Abdel Hamid Temmar, praticamente descartou a possibilidade do governo argelino reduzir as tarifas para que os brasileiros possam exportar seu frango.
“Cada vez que um país exporta, sempre pede a supressão dos direitos alfandegários, mas a Argélia não importa carne branca do Brasil e de nenhum outro país. Já importamos carne bovina de vocês e o desejo atual é de transferir tecnologia com o cruzamento de raças que possam sobreviver nas terras da Argélia. O fato de importar carne branca é positivo para a Argélia, porque queremos reduzir nossas importações”, disse Adbel Temmar.
Fonte: Cristiane Ribeiro, Enviada especial, Agência Brasil
Seca e China melhoram cenário para soja 28.01.09
28.01.09
O produtor brasileiro de soja começa a driblar a atual crise financeira. Tendo iniciado o plantio em um dos momentos mais críticos da crise, não viam nenhuma perspectiva de rendimento. Sem crédito e com os custos elevados, o plantio indicava um voo cego para os produtores, que não conseguiam realizar vendas antecipadas devido à saída das tradings do mercado.
Preços e comercialização eram as principais incógnitas para a colheita. Com as máquinas no campo e já efetuando a colheita, os sojicultores veem as tradings com apetite nas compras e os preços subindo.
Travada até o final do ano passado, a comercialização desta safra já atinge 38% no Centro-Oeste e a soja é negociada a US$ 20 por saca em algumas cidades da região. Além disso, a produtividade surpreende e fica entre 52 e 57 sacas por hectare para a soja precoce. A tardia pode superar as 60 sacas.
Alta de preços e boa produtividade são garantias de rendimento para os produtores. Na avaliação de Fernando Muraro, da Agência Rural, de Curitiba, os produtores de Rio Verde, em Goiás, devem ter renda líquida de R$ 770 por hectare. Já em Sorriso (MT), a renda deve ficar em R$ 350 por hectare.
Entre os motivos responsáveis por essa mudança de cenário, está a própria crise, que provocou a desvalorização do real frente ao dolar. Tendo como base o dólar, a soja passou a gerar mais reais para os produtores.
Já a seca, que atingiu o Sul do Brasil, a Argentina e o Paraguai -e deve provocar quebra de 12 milhões de toneladas na região-, tende a elevar os preços da soja.
A recuperação dos preços vem, ainda, do apetite da China, que elevou as compras.
A mudança de cenário vem em boa hora, diz José Eduardo de Macedo Soares, produtor de Lucas do Rio Verde (MT). "A estiagem, que prejudicou os produtores do Sul, nos salvou." Há 40 dias, quando o preço da soja estava perto de US$ 11 por saca, a renda não cobria os custos. Atualmente, com a saca a US$ 18 e a desvalorização do real em relação ao dólar, dá para respirar, acrescenta.
Já no Sul, a situação é bem diversa. Um produtor do norte do Paraná diz que colherá apenas 40 sacas por alqueire na soja precoce. Já a que foi plantada depois deverá render 120 sacas.
Em outra área, a apenas 40 quilômetros da primeira, não faltou chuva e Rubio poderá obter 150 sacas. A alta de preços das últimas semanas ajuda, mas não repõe os estragos trazidos pela seca, diz ele.
A seca faz a soja "brilhar como estrela solitária", mas Muraro crê que o milho também será beneficiado. A quebra na América do Sul deverá ser de 20 milhões de toneladas, o que levará mais produtores a optar pelo grão na safrinha com a melhora no cenário de custo e preço.
Leonardo Sologuren, da consultoria Céleres, concorda com Muraro: a safrinha deve cair menos do que o previsto.
Estudo feito pela Céleres, levando em consideração os efeitos das crises econômicas mundiais sobre o consumo de alimentos nos últimos 48 anos, mostrou que os impactos são pequenos. Em alguns casos, há crescimento na demanda de alimentos, afirma Sologuren.
Fonte: Folha de Londrina
O produtor brasileiro de soja começa a driblar a atual crise financeira. Tendo iniciado o plantio em um dos momentos mais críticos da crise, não viam nenhuma perspectiva de rendimento. Sem crédito e com os custos elevados, o plantio indicava um voo cego para os produtores, que não conseguiam realizar vendas antecipadas devido à saída das tradings do mercado.
Preços e comercialização eram as principais incógnitas para a colheita. Com as máquinas no campo e já efetuando a colheita, os sojicultores veem as tradings com apetite nas compras e os preços subindo.
Travada até o final do ano passado, a comercialização desta safra já atinge 38% no Centro-Oeste e a soja é negociada a US$ 20 por saca em algumas cidades da região. Além disso, a produtividade surpreende e fica entre 52 e 57 sacas por hectare para a soja precoce. A tardia pode superar as 60 sacas.
Alta de preços e boa produtividade são garantias de rendimento para os produtores. Na avaliação de Fernando Muraro, da Agência Rural, de Curitiba, os produtores de Rio Verde, em Goiás, devem ter renda líquida de R$ 770 por hectare. Já em Sorriso (MT), a renda deve ficar em R$ 350 por hectare.
Entre os motivos responsáveis por essa mudança de cenário, está a própria crise, que provocou a desvalorização do real frente ao dolar. Tendo como base o dólar, a soja passou a gerar mais reais para os produtores.
Já a seca, que atingiu o Sul do Brasil, a Argentina e o Paraguai -e deve provocar quebra de 12 milhões de toneladas na região-, tende a elevar os preços da soja.
A recuperação dos preços vem, ainda, do apetite da China, que elevou as compras.
A mudança de cenário vem em boa hora, diz José Eduardo de Macedo Soares, produtor de Lucas do Rio Verde (MT). "A estiagem, que prejudicou os produtores do Sul, nos salvou." Há 40 dias, quando o preço da soja estava perto de US$ 11 por saca, a renda não cobria os custos. Atualmente, com a saca a US$ 18 e a desvalorização do real em relação ao dólar, dá para respirar, acrescenta.
Já no Sul, a situação é bem diversa. Um produtor do norte do Paraná diz que colherá apenas 40 sacas por alqueire na soja precoce. Já a que foi plantada depois deverá render 120 sacas.
Em outra área, a apenas 40 quilômetros da primeira, não faltou chuva e Rubio poderá obter 150 sacas. A alta de preços das últimas semanas ajuda, mas não repõe os estragos trazidos pela seca, diz ele.
A seca faz a soja "brilhar como estrela solitária", mas Muraro crê que o milho também será beneficiado. A quebra na América do Sul deverá ser de 20 milhões de toneladas, o que levará mais produtores a optar pelo grão na safrinha com a melhora no cenário de custo e preço.
Leonardo Sologuren, da consultoria Céleres, concorda com Muraro: a safrinha deve cair menos do que o previsto.
Estudo feito pela Céleres, levando em consideração os efeitos das crises econômicas mundiais sobre o consumo de alimentos nos últimos 48 anos, mostrou que os impactos são pequenos. Em alguns casos, há crescimento na demanda de alimentos, afirma Sologuren.
Fonte: Folha de Londrina
Produtividade da soja em MT tem queda de 20% 28.01.09
28.01.09
Dados preliminares divulgados pela Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), revelam que a produtividade em algumas regiões está atingindo 48 sacas por hectare, bem abaixo das 60 sacas/ha do plantio passado. Outras cidades estão com desempenho melhor, colhendo até 53 sacas por hectare, porém com uma retração que chega a 11,6% em relação ao ano anterior.
A queda na produção total do Estado ainda não pode ser quantificada.
O presidente da associação, Glauber Silveira da Silva, explica que a perspectiva de redução é concreta, já que a soja precoce é um dos ciclos da oleaginosa durante o ano agrícola em que se registra maior produtividade. Comparativamente, nas variedades precoce e semi-precoce, em cada hectare colhe-se até quatro sacas a mais em relação às de ciclo médio e tardio.
"O produtor não está satisfeito com a produtividade este ano. Mas é o resultado do menor investimento em adubação, e isso já ocorre há duas safras. Além do mais o clima também não está ajudando, pois não choveu tanto neste início de ano", diz ao completar que a soja precoce é melhor também porque registra menos casos de doenças, especialmente a ferrugem asiática."Não é uma questão de desenvolvimento de planta, porque as lavouras estão bonitas. Acontece que a fase de enchimento do grão não desenvolveu", explica ao brincar que se fosse para vender fazenda, os produtores teriam sucesso na negociação.
Na avaliação do presidente, não haverá quebra na produção no Estado, mas o volume produzido será inferior ao do ano passado, quando mesmo com custos elevados os agricultores tiveram resultado positivo em quantidade colhida.
Estatísticas da entidade mostram que na safra 2007/2008 foram plantados 5,609 milhões de hectares. Este ano a área baixou 1,1%, contabilizando 5,547 milhões/ha. A produção no ano passado somou 17,661 milhões de toneladas.
Fonte: Fabiana Reis, A Gazeta do MT, com o Observatório
Dados preliminares divulgados pela Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), revelam que a produtividade em algumas regiões está atingindo 48 sacas por hectare, bem abaixo das 60 sacas/ha do plantio passado. Outras cidades estão com desempenho melhor, colhendo até 53 sacas por hectare, porém com uma retração que chega a 11,6% em relação ao ano anterior.
A queda na produção total do Estado ainda não pode ser quantificada.
O presidente da associação, Glauber Silveira da Silva, explica que a perspectiva de redução é concreta, já que a soja precoce é um dos ciclos da oleaginosa durante o ano agrícola em que se registra maior produtividade. Comparativamente, nas variedades precoce e semi-precoce, em cada hectare colhe-se até quatro sacas a mais em relação às de ciclo médio e tardio.
"O produtor não está satisfeito com a produtividade este ano. Mas é o resultado do menor investimento em adubação, e isso já ocorre há duas safras. Além do mais o clima também não está ajudando, pois não choveu tanto neste início de ano", diz ao completar que a soja precoce é melhor também porque registra menos casos de doenças, especialmente a ferrugem asiática."Não é uma questão de desenvolvimento de planta, porque as lavouras estão bonitas. Acontece que a fase de enchimento do grão não desenvolveu", explica ao brincar que se fosse para vender fazenda, os produtores teriam sucesso na negociação.
Na avaliação do presidente, não haverá quebra na produção no Estado, mas o volume produzido será inferior ao do ano passado, quando mesmo com custos elevados os agricultores tiveram resultado positivo em quantidade colhida.
Estatísticas da entidade mostram que na safra 2007/2008 foram plantados 5,609 milhões de hectares. Este ano a área baixou 1,1%, contabilizando 5,547 milhões/ha. A produção no ano passado somou 17,661 milhões de toneladas.
Fonte: Fabiana Reis, A Gazeta do MT, com o Observatório
EUA temem transgênicos de fora na mesa de seus consumidores 27.01.09
27.01.09
O governo americano estuda medidas para impedir a entrada no país de produtos geneticamente modificados elaborados em laboratórios do exterior. A informação foi publicada na edição de janeiro da revista "New Scientist", segundo a qual a decisão seria aplicada a variedades que representassem uma ameaça à agricultura, ao ambiente ou à saúde da população americana.
De acordo com a revista, o sinal de alerta foi levantado ao Departamento de Agricultura (USDA), responsável pela política de importação agrícola dos Estados Unidos, pelo Escritório de Inspeção Geral (OIG, na sigla em inglês). "A menos que o desenvolvimento de plantas e animais geneticamente modificados seja monitorado de perto, o USDA não é capaz de detectar as ameaças que eles impõem ao fornecimento de alimentos do país".
O OIG prevê que o número de culturas e variedades transgênicas - assim como o de países produzindo esses alimentos - irá dobrar até 2015, mantendo a tendência de alta dos últimos anos. Em seu último relatório, o Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (ISAAA , na sigla em inglês) apontou que as lavouras transgênicas atingiram 114,3 milhões de hectares do mundo e, 2007. Doze anos após o início da sua comercialização, 23 países adotam algum tipo de cultura geneticamente modificada - são elas soja, milho, arroz, algodão, alfafa, canola, mamão e abóbora.
O relatório apresentado ao USDA, no entanto, exorta o governo americano a estreitar os laços com países onde há alta participação neste mercado, como China, Índia e o Brasil, diz a "New Scientist". O Brasil é o país que mais tem crescido. Entre 2006 e 2007 o país ampliou de 11,5 milhões de hectares para 15 milhões de hectares sua área plantada (a grande maioria com soja). No caso da China, diz a revista, a expectativa é com o lançamento do primeiro arroz geneticamente modificado.
Na opinião do OIG, os problemas vão aumentar quando esses novos produtos entrarem nos Estados Unidos sem serem declarados. Segundo o órgão, o USDA não estaria preparado para testá-los ou até mesmo identificá-los.
Apesar de defender a restrição da entrada de transgênicos estrangeiros, o OIG também adverte que a medida poderá ser interpretada, pela comunidade internacional, como possível barreira comercial. Em 2006, lembra a "New Scientist", a Organização Mundial de Comércio (OMC) deu parecer favorável aos Estados Unidos na disputa contra as restritas regras da União Européia sobre a importação de transgênicos. O órgão afirmou que as regras feriam o livre-comércio.
Fonte: Valor Econômico
Comentário do editor:
Não há dúvida que as empresas com sede nos EUA estão querendo fechar seu mercado interno à concorrência internacional, e agora dizem temer transgênicos "de fora", como se os deles fossem seguros. A alegação dos ecologistas e ambientalistas brasileiros de que as sementes transgênicas não haviam sofrido estudos de risco ambiental em nosso país, um ambiente muito diferente do norte-americano, nunca valeu para os defensores dos OGMs, que alegavam terem ocorrido todos estudos necessários nos EUA, o que era e ainda é uma balela, como mostra a argumentação da agência estatal norte-americana OIG. E a segurança ou insegurança do consumo humano de transgênicos - sejam seus fabricantes norte-americanos ou de outros países - ainda está por ser provada, o que certamente irá demorar uma ou mais gerações, como ocorreu com a questão do fumo.
O governo americano estuda medidas para impedir a entrada no país de produtos geneticamente modificados elaborados em laboratórios do exterior. A informação foi publicada na edição de janeiro da revista "New Scientist", segundo a qual a decisão seria aplicada a variedades que representassem uma ameaça à agricultura, ao ambiente ou à saúde da população americana.
De acordo com a revista, o sinal de alerta foi levantado ao Departamento de Agricultura (USDA), responsável pela política de importação agrícola dos Estados Unidos, pelo Escritório de Inspeção Geral (OIG, na sigla em inglês). "A menos que o desenvolvimento de plantas e animais geneticamente modificados seja monitorado de perto, o USDA não é capaz de detectar as ameaças que eles impõem ao fornecimento de alimentos do país".
O OIG prevê que o número de culturas e variedades transgênicas - assim como o de países produzindo esses alimentos - irá dobrar até 2015, mantendo a tendência de alta dos últimos anos. Em seu último relatório, o Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (ISAAA , na sigla em inglês) apontou que as lavouras transgênicas atingiram 114,3 milhões de hectares do mundo e, 2007. Doze anos após o início da sua comercialização, 23 países adotam algum tipo de cultura geneticamente modificada - são elas soja, milho, arroz, algodão, alfafa, canola, mamão e abóbora.
O relatório apresentado ao USDA, no entanto, exorta o governo americano a estreitar os laços com países onde há alta participação neste mercado, como China, Índia e o Brasil, diz a "New Scientist". O Brasil é o país que mais tem crescido. Entre 2006 e 2007 o país ampliou de 11,5 milhões de hectares para 15 milhões de hectares sua área plantada (a grande maioria com soja). No caso da China, diz a revista, a expectativa é com o lançamento do primeiro arroz geneticamente modificado.
Na opinião do OIG, os problemas vão aumentar quando esses novos produtos entrarem nos Estados Unidos sem serem declarados. Segundo o órgão, o USDA não estaria preparado para testá-los ou até mesmo identificá-los.
Apesar de defender a restrição da entrada de transgênicos estrangeiros, o OIG também adverte que a medida poderá ser interpretada, pela comunidade internacional, como possível barreira comercial. Em 2006, lembra a "New Scientist", a Organização Mundial de Comércio (OMC) deu parecer favorável aos Estados Unidos na disputa contra as restritas regras da União Européia sobre a importação de transgênicos. O órgão afirmou que as regras feriam o livre-comércio.
Fonte: Valor Econômico
Comentário do editor:
Não há dúvida que as empresas com sede nos EUA estão querendo fechar seu mercado interno à concorrência internacional, e agora dizem temer transgênicos "de fora", como se os deles fossem seguros. A alegação dos ecologistas e ambientalistas brasileiros de que as sementes transgênicas não haviam sofrido estudos de risco ambiental em nosso país, um ambiente muito diferente do norte-americano, nunca valeu para os defensores dos OGMs, que alegavam terem ocorrido todos estudos necessários nos EUA, o que era e ainda é uma balela, como mostra a argumentação da agência estatal norte-americana OIG. E a segurança ou insegurança do consumo humano de transgênicos - sejam seus fabricantes norte-americanos ou de outros países - ainda está por ser provada, o que certamente irá demorar uma ou mais gerações, como ocorreu com a questão do fumo.
Sucroalcooleiro é o setor que mais utiliza mão-de-obra escrava, diz Pastoral da Terra 27.01.09
27.01.09
Dos 5.244 trabalhadores que foram resgatados em análoga a escravo em 2008 a partir de 214 denúncias, 2.553 trabalhadores – ou 49% do total – estavam no setor sucroalcooleiro, e isso tem prejudicado a compra de álcool por países e investidores estrangeiros, que acabam associando este biocombustível ao trabalho escravo.
De acordo com a Comissão Pastoral da Terra (CPT), entidade responsável pela Campanha Nacional de Prevenção e Combate ao Trabalho Escravo, a pecuária está em segundo lugar neste ranking, com 1.026 trabalhadores resgatados. “Parte disso se deve ao crescimento do setor sucroalcooleiro e do agronegócio de grãos nos cerrados centrais e nas regiões de fronteira agrícola”, disse o coordenador da campanha da CPT, Frei Xavier Plassat.
“Dados da campanha mostram que as áreas geográficas de concentração já antiga ou de expansão recente da cana-de-açúcar aumentaram dramaticamente sua participação no total de libertados em flagrantes de trabalho escravo nos últimos dois anos. Basta constatar que a região Norte, que sempre liderou esses números no passado, está em 2008 no terceiro lugar pelo número de libertados (19,1%), após o Nordeste (28,6%) e o Centro-Oeste (32,1%)”, afirmou.
Em 2007, o Centro-Oeste já havia assumido essa liderança, com 40,3% dos libertados, seguido pelo Norte, com 34,1%, e pelo Nordeste, com 12,4%.
Os estados campeões em números de denúncias continuam sendo Pará, Maranhão, Mato Grosso e Tocantins. A diferença apresentada no estudo relativo a 2008 foi que o Pará, há anos primeiro lugar também no número de trabalhadores resgatados, ficou dessa vez em segundo lugar, com 811 trabalhadores resgatados em 109 casos. Em primeiro lugar ficou Goiás, com 867 trabalhadores libertados em seis casos.
A terceira posição ficou com Alagoas, com 656 trabalhadores resgatados em 3 casos; e Mato Grosso, com 578 resgatados em 32 casos.
“Pelo número de casos encontrados, porém, a Norte continua líder incontestado entre as regiões, com cerca da metade (48%) das ocorrências de trabalho escravo, contra 18% no Centro-Oeste; 18% no Nordeste; e 8% no Sul e 8% no Sudeste. A Amazônia concentrou, em 2008, 69% dos registros de trabalho escravo, 49% dos trabalhadores nele envolvidos e 32% dos resgatados, demonstrando a persistente dificuldade de acesso da fiscalização neste bioma”, argumenta o coordenador da Pastoral da Terra.
Em nota, a Pastoral informou que desde 2007 a utilização de mão-de-obra análoga a escravo tem crescido no setor da cana-de-açúcar na mesma velocidade que aumenta o interesse do governo nessa cultura.
“Com o discurso favorável ao aumento da produção de biocombustíveis o governo tem desconsiderado os impactos e as conseqüências da produção desenfreada em busca de lucro, e isso tem levado governos de outros países e investidores estrangeiros, a se mostrarem reticentes em comprar álcool brasileiro por causa do estigma de trabalho escravo carregado por esse produto”, diz a nota.
Fonte: Pedro Peduzzi, repórter da Agência Brasil
Nota do editor:
Recentemente, no dia 22 pp., a União da Indústria de Cana-deAçúcar -Unica contestou estudos a respeito do desrespeito à legislação trabalhista por parte de algumas usinas de açúcar e álcool, alegando que tratava-se de um percentual muito pequeno em relação ao emprego total na indústria sucro-alcooleira nacional.
Essa relativização não deixa de ser verdadeira, mas também não pode - e nem consegue - justificar a continuidade da existência de relações análogas à escravatura. O que o setor tem que fazer é auxiliar o Ministério Público do Trabalho e o grupo-tarefa do Ministério do Trabalho e Emprego a eliminar esse tipo de ocorrência entre suas empresas, fazendo um trabalho interno para que todos os proprietários de indústrias e canaviais cumpram rigorosamente as legislações trabalhistas e de direitos humanos vigentes no Brasil.
Só assim conseguirão retirar essa nódoa que lhes corrói o mercado externo.
Dos 5.244 trabalhadores que foram resgatados em análoga a escravo em 2008 a partir de 214 denúncias, 2.553 trabalhadores – ou 49% do total – estavam no setor sucroalcooleiro, e isso tem prejudicado a compra de álcool por países e investidores estrangeiros, que acabam associando este biocombustível ao trabalho escravo.
De acordo com a Comissão Pastoral da Terra (CPT), entidade responsável pela Campanha Nacional de Prevenção e Combate ao Trabalho Escravo, a pecuária está em segundo lugar neste ranking, com 1.026 trabalhadores resgatados. “Parte disso se deve ao crescimento do setor sucroalcooleiro e do agronegócio de grãos nos cerrados centrais e nas regiões de fronteira agrícola”, disse o coordenador da campanha da CPT, Frei Xavier Plassat.
“Dados da campanha mostram que as áreas geográficas de concentração já antiga ou de expansão recente da cana-de-açúcar aumentaram dramaticamente sua participação no total de libertados em flagrantes de trabalho escravo nos últimos dois anos. Basta constatar que a região Norte, que sempre liderou esses números no passado, está em 2008 no terceiro lugar pelo número de libertados (19,1%), após o Nordeste (28,6%) e o Centro-Oeste (32,1%)”, afirmou.
Em 2007, o Centro-Oeste já havia assumido essa liderança, com 40,3% dos libertados, seguido pelo Norte, com 34,1%, e pelo Nordeste, com 12,4%.
Os estados campeões em números de denúncias continuam sendo Pará, Maranhão, Mato Grosso e Tocantins. A diferença apresentada no estudo relativo a 2008 foi que o Pará, há anos primeiro lugar também no número de trabalhadores resgatados, ficou dessa vez em segundo lugar, com 811 trabalhadores resgatados em 109 casos. Em primeiro lugar ficou Goiás, com 867 trabalhadores libertados em seis casos.
A terceira posição ficou com Alagoas, com 656 trabalhadores resgatados em 3 casos; e Mato Grosso, com 578 resgatados em 32 casos.
“Pelo número de casos encontrados, porém, a Norte continua líder incontestado entre as regiões, com cerca da metade (48%) das ocorrências de trabalho escravo, contra 18% no Centro-Oeste; 18% no Nordeste; e 8% no Sul e 8% no Sudeste. A Amazônia concentrou, em 2008, 69% dos registros de trabalho escravo, 49% dos trabalhadores nele envolvidos e 32% dos resgatados, demonstrando a persistente dificuldade de acesso da fiscalização neste bioma”, argumenta o coordenador da Pastoral da Terra.
Em nota, a Pastoral informou que desde 2007 a utilização de mão-de-obra análoga a escravo tem crescido no setor da cana-de-açúcar na mesma velocidade que aumenta o interesse do governo nessa cultura.
“Com o discurso favorável ao aumento da produção de biocombustíveis o governo tem desconsiderado os impactos e as conseqüências da produção desenfreada em busca de lucro, e isso tem levado governos de outros países e investidores estrangeiros, a se mostrarem reticentes em comprar álcool brasileiro por causa do estigma de trabalho escravo carregado por esse produto”, diz a nota.
Fonte: Pedro Peduzzi, repórter da Agência Brasil
Nota do editor:
Recentemente, no dia 22 pp., a União da Indústria de Cana-deAçúcar -Unica contestou estudos a respeito do desrespeito à legislação trabalhista por parte de algumas usinas de açúcar e álcool, alegando que tratava-se de um percentual muito pequeno em relação ao emprego total na indústria sucro-alcooleira nacional.
Essa relativização não deixa de ser verdadeira, mas também não pode - e nem consegue - justificar a continuidade da existência de relações análogas à escravatura. O que o setor tem que fazer é auxiliar o Ministério Público do Trabalho e o grupo-tarefa do Ministério do Trabalho e Emprego a eliminar esse tipo de ocorrência entre suas empresas, fazendo um trabalho interno para que todos os proprietários de indústrias e canaviais cumpram rigorosamente as legislações trabalhistas e de direitos humanos vigentes no Brasil.
Só assim conseguirão retirar essa nódoa que lhes corrói o mercado externo.
ONU: produção de alimentos terá de dobrar em 40 anos 27.01.09
27.01.09
Madri - O mundo terá de dobrar sua produção de alimentos em 40 anos para acabar com a fome, disse hoje o diretor-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês), Jacques Diouf. Segundo ele, a crise econômica global já compromete as políticas de segurança alimentar. "A atual situação econômica não torna nosso objetivo mais fácil", afirmou hoje durante a abertura de uma conferência internacional sobre o tema, em Madri.
O representante da FAO disse que a crise de crédito, combinada com a queda dos preços agrícolas, pode provocar a redução dos investimentos no setor e ameaçar a meta da FAO de reduzir pela metade o número de pessoas famintas até 2015. Ele disse ainda que a crise dos alimentos empurrou mais 40 milhões de pessoas para a fome no ano passado, o que elevou o total de pessoas subnutridas no mundo para 973 milhões.
"Nós enfrentamos agora o desafio de não apenas garantir alimentos para as 973 milhões de pessoas que atualmente passam fome, mas também assegurar que haja alimentos para as 9 bilhões de pessoas em 2050", afirmou Diouf.
Em depoimento gravado em vídeo, a secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, disse que o país está "comprometido" em trabalhar com outras nações a fim de reduzir pela metade o número de pessoas vivendo na miséria e na fome nos próximos anos. "Governos e nações tendem a ficar mais instáveis quando suas populações estão famintas", disse.
"Nós estamos comprometidos em construir uma nova parceria entre Estados doadores, nações em desenvolvimento, agências das Nações Unidas, organizações não-governamentais, setor privado e outros a fim de coordenarmos melhor as políticas para alcançar as Metas de Desenvolvimento do Milênio", concluiu Clinton.
Fonte: informações da Dow Jones, com Gerson Freitas Jr.-Agência Estado
Madri - O mundo terá de dobrar sua produção de alimentos em 40 anos para acabar com a fome, disse hoje o diretor-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês), Jacques Diouf. Segundo ele, a crise econômica global já compromete as políticas de segurança alimentar. "A atual situação econômica não torna nosso objetivo mais fácil", afirmou hoje durante a abertura de uma conferência internacional sobre o tema, em Madri.
O representante da FAO disse que a crise de crédito, combinada com a queda dos preços agrícolas, pode provocar a redução dos investimentos no setor e ameaçar a meta da FAO de reduzir pela metade o número de pessoas famintas até 2015. Ele disse ainda que a crise dos alimentos empurrou mais 40 milhões de pessoas para a fome no ano passado, o que elevou o total de pessoas subnutridas no mundo para 973 milhões.
"Nós enfrentamos agora o desafio de não apenas garantir alimentos para as 973 milhões de pessoas que atualmente passam fome, mas também assegurar que haja alimentos para as 9 bilhões de pessoas em 2050", afirmou Diouf.
Em depoimento gravado em vídeo, a secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, disse que o país está "comprometido" em trabalhar com outras nações a fim de reduzir pela metade o número de pessoas vivendo na miséria e na fome nos próximos anos. "Governos e nações tendem a ficar mais instáveis quando suas populações estão famintas", disse.
"Nós estamos comprometidos em construir uma nova parceria entre Estados doadores, nações em desenvolvimento, agências das Nações Unidas, organizações não-governamentais, setor privado e outros a fim de coordenarmos melhor as políticas para alcançar as Metas de Desenvolvimento do Milênio", concluiu Clinton.
Fonte: informações da Dow Jones, com Gerson Freitas Jr.-Agência Estado
Minc pede a Dilma para mediar crise entre Agricultura e Meio Ambiente 27.01.09
27.01.09
O ministro do Meio Ambiente Carlos Minc disse que convidou a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, para ser mediadora no impasse envolvendo o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, que dissolveu o Grupo de Trabalho que discutia o código.
O problema começou no final de novembro, quando as principais organizações ambientalistas anunciaram que estavam se retirando das negociações do Código Florestal. Os ambientalistas argumentavam que o Grupo de Trabalho só representava o setor ruralista. Após a terceira reunião, o GT foi desfeito e a crise se agravou.
No começo deste ano, os dois ministros se acusaram mutuamente em entrevistas e reportagens publicadas na imprensa. Na última, Stephanes rejeitou ser rotulado como "líder ruralista" e disse que seus técnicos são mais qualificados para preservar o meio ambiente que os de Minc.
Por sua vez, Minc criticou a postura do ministério da Agricultura. "O agronegócio quer demolir as defesas do código. Eles não aprenderam com a tragédia de Santa Catarina, ocasionada por uma combinação de um evento climático e erros ambientais terríveis. Uma das teses do Stephanes é justamente afrouxar as defesas das APPs", disse em entrevista ao jornal O Globo.
Segundo o Minc, a intervenção de Dilma servirá para resolver o impasse. "Quero criar um grupo de trabalho interministerial, envolvendo os dois ministérios, o Congresso, universidades e especialistas. Só assim teremos uma solução ". A intervenção da ministra da Casa Civil deve ocorrer em fevereiro.
Fonte: Amazonia.org.br
O ministro do Meio Ambiente Carlos Minc disse que convidou a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, para ser mediadora no impasse envolvendo o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, que dissolveu o Grupo de Trabalho que discutia o código.
O problema começou no final de novembro, quando as principais organizações ambientalistas anunciaram que estavam se retirando das negociações do Código Florestal. Os ambientalistas argumentavam que o Grupo de Trabalho só representava o setor ruralista. Após a terceira reunião, o GT foi desfeito e a crise se agravou.
No começo deste ano, os dois ministros se acusaram mutuamente em entrevistas e reportagens publicadas na imprensa. Na última, Stephanes rejeitou ser rotulado como "líder ruralista" e disse que seus técnicos são mais qualificados para preservar o meio ambiente que os de Minc.
Por sua vez, Minc criticou a postura do ministério da Agricultura. "O agronegócio quer demolir as defesas do código. Eles não aprenderam com a tragédia de Santa Catarina, ocasionada por uma combinação de um evento climático e erros ambientais terríveis. Uma das teses do Stephanes é justamente afrouxar as defesas das APPs", disse em entrevista ao jornal O Globo.
Segundo o Minc, a intervenção de Dilma servirá para resolver o impasse. "Quero criar um grupo de trabalho interministerial, envolvendo os dois ministérios, o Congresso, universidades e especialistas. Só assim teremos uma solução ". A intervenção da ministra da Casa Civil deve ocorrer em fevereiro.
Fonte: Amazonia.org.br
Justiça obriga Louis Dreyfus a regularizar jornada de trabalho 27.01.09
27.01.09
Ribeirão Preto, SP- A juíza Adriana de Jesus Pita Colella, da Vara do Trabalho de Leme (SP), determinou à LDC Bioenergia S/A, braço sucroalcooleiro da Louis Dreyfus Commodities, a regularizar imediatamente a jornada de trabalho dos funcionários da Usina Cresciumal, na cidade do interior paulista. A juíza concedeu tutela antecipada pedida em ação civil pública pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) de Campinas, que apurou irregularidades na unidade.
Segundo o MPT, a ação ocorreu após a LDC Bioenergia se negar a assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) pelo qual se comprometeria a corrigir problemas trabalhistas apontados inicialmente em denúncia do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Leme e constatados em diligências de auditores do trabalho. Os fiscais constataram um regime de jornada de trabalho de cinco dias trabalhados para um de descanso, sem que houvesse uma convenção ou acordo coletivo de trabalho.
O primeiro relatório de fiscalização, em março de 2008, apontou ainda regime de trabalho acima do limite legal de oito horas diárias, a ausência de descanso de, no mínimo, uma hora para repouso e alimentação, além de falta de descanso semanal de 24 horas e do cumprimento de, no mínimo, 11 horas entre duas jornadas. A empresa, ao não assinar o TAC proposto pelo MPT, alegou que recorreu das autuações impostas, pois seriam pontuais, em situações específicas.
Em novembro do ano passado o MPT solicitou nova fiscalização e, segundo os procuradores, além das irregularidades já identificadas na fiscalização anterior, a empresa também manteve seus empregados trabalhando aos domingos e feriados nacionais e religiosos, sem a permissão de autoridades trabalhistas. A partir daí, o MPT optou pela ação com o pedido de tutela antecipada, acatado pela justiça na semana passada.
A juíza determinou que a LDC Bioenergia não pode exigir uma jornada de trabalho superior a oito horas diárias, deve conceder descanso semanal remunerado e fica impedida de obrigar que funcionários trabalhem nos domingos e feriados sem autorização prévia. A empresa deve ainda conceder intervalo para repouso e alimentação de, no mínimo, uma hora e descanso de 11 horas entre duas jornadas. Em caso de descumprimento, a empresa deverá pagar multa de R$ 1 mil por trabalhador ou por item infringido. O mérito da ação ainda será avaliado na Justiça do Trabalho.
Em uma curta nota divulgada pela assessoria de imprensa, a LDC Bioenergia informou apenas que "o entendimento do Ministério Público é objeto de ação judicial em apreciação pela empresa e que suas considerações serão apresentadas ao juízo da causa no prazo que lhe foi concedido."
Fonte: Gustavo Porto, Agência Estado
Ribeirão Preto, SP- A juíza Adriana de Jesus Pita Colella, da Vara do Trabalho de Leme (SP), determinou à LDC Bioenergia S/A, braço sucroalcooleiro da Louis Dreyfus Commodities, a regularizar imediatamente a jornada de trabalho dos funcionários da Usina Cresciumal, na cidade do interior paulista. A juíza concedeu tutela antecipada pedida em ação civil pública pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) de Campinas, que apurou irregularidades na unidade.
Segundo o MPT, a ação ocorreu após a LDC Bioenergia se negar a assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) pelo qual se comprometeria a corrigir problemas trabalhistas apontados inicialmente em denúncia do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Leme e constatados em diligências de auditores do trabalho. Os fiscais constataram um regime de jornada de trabalho de cinco dias trabalhados para um de descanso, sem que houvesse uma convenção ou acordo coletivo de trabalho.
O primeiro relatório de fiscalização, em março de 2008, apontou ainda regime de trabalho acima do limite legal de oito horas diárias, a ausência de descanso de, no mínimo, uma hora para repouso e alimentação, além de falta de descanso semanal de 24 horas e do cumprimento de, no mínimo, 11 horas entre duas jornadas. A empresa, ao não assinar o TAC proposto pelo MPT, alegou que recorreu das autuações impostas, pois seriam pontuais, em situações específicas.
Em novembro do ano passado o MPT solicitou nova fiscalização e, segundo os procuradores, além das irregularidades já identificadas na fiscalização anterior, a empresa também manteve seus empregados trabalhando aos domingos e feriados nacionais e religiosos, sem a permissão de autoridades trabalhistas. A partir daí, o MPT optou pela ação com o pedido de tutela antecipada, acatado pela justiça na semana passada.
A juíza determinou que a LDC Bioenergia não pode exigir uma jornada de trabalho superior a oito horas diárias, deve conceder descanso semanal remunerado e fica impedida de obrigar que funcionários trabalhem nos domingos e feriados sem autorização prévia. A empresa deve ainda conceder intervalo para repouso e alimentação de, no mínimo, uma hora e descanso de 11 horas entre duas jornadas. Em caso de descumprimento, a empresa deverá pagar multa de R$ 1 mil por trabalhador ou por item infringido. O mérito da ação ainda será avaliado na Justiça do Trabalho.
Em uma curta nota divulgada pela assessoria de imprensa, a LDC Bioenergia informou apenas que "o entendimento do Ministério Público é objeto de ação judicial em apreciação pela empresa e que suas considerações serão apresentadas ao juízo da causa no prazo que lhe foi concedido."
Fonte: Gustavo Porto, Agência Estado
Terracap suspende reintegração de posse de área ocupada pelo MST no Distrito Federal 27.01.09
27.01.09
A Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) vai suspender a ação de reintegração de posse da Fazenda Larga, na cidade satélite de Planaltina. A decisão foi comunicada ontem (26) pelo presidente da Terracap, Antônio Gomes, durante reunião com representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra) e da Polícia Federal.
De manhã, integrantes do MST bloquearam, durante cerca de quatro horas, a BR-020, que dá acesso a Brasília, entre os municípios de Formosa e Planaltina para reivindicar a regularização do Assentamento Oziel Alves II, localizado na Fazenda Larga, em Planaltina.
Segundo a assessoria de comunicação da Terracap, a ação de reintegração de posse do imóvel será suspensa. A Terracap informou que está cumprindo o calendário estabelecido com a União, que estipula que a doação da terra ocorra até o dia 8 de março deste ano.
Na área de 2,3 mil hectares, pertencentes ao governo do Distrito Federal, estão acampadas, desde 2001, 168 famílias. O MST luta pela transferência da área para a União, para que o Incra possa transformá-lo em assentamento.
A Agência Brasil não conseguiu falar com representantes dos sem-terra.
Fonte: Lisiane Wandscheer, repórter da Agência Brasil
A Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) vai suspender a ação de reintegração de posse da Fazenda Larga, na cidade satélite de Planaltina. A decisão foi comunicada ontem (26) pelo presidente da Terracap, Antônio Gomes, durante reunião com representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra) e da Polícia Federal.
De manhã, integrantes do MST bloquearam, durante cerca de quatro horas, a BR-020, que dá acesso a Brasília, entre os municípios de Formosa e Planaltina para reivindicar a regularização do Assentamento Oziel Alves II, localizado na Fazenda Larga, em Planaltina.
Segundo a assessoria de comunicação da Terracap, a ação de reintegração de posse do imóvel será suspensa. A Terracap informou que está cumprindo o calendário estabelecido com a União, que estipula que a doação da terra ocorra até o dia 8 de março deste ano.
Na área de 2,3 mil hectares, pertencentes ao governo do Distrito Federal, estão acampadas, desde 2001, 168 famílias. O MST luta pela transferência da área para a União, para que o Incra possa transformá-lo em assentamento.
A Agência Brasil não conseguiu falar com representantes dos sem-terra.
Fonte: Lisiane Wandscheer, repórter da Agência Brasil
Petrobrás planeja abrir 3 unidades de biocombustível no exterior 27.01.09
27.01.09
O presidente da Petrobrás Biocombustível, Alan Kardec, afirmou hoje que, do total de US$ 2,8 bilhões previstos no orçamento da estatal para a subsidiária com atividade voltada para os biocombustíveis, entre os anos 2009 a 2013, cerca de 9% serão destinados a três investimentos no exterior. Também deste valor total, US$ 400 milhões irão para projetos de logística.
Fora do Brasil, a companhia planeja uma unidade na Europa, que será desenvolvida em parceria com uma empresa de Portugal com o objetivo de facilitar a introdução do biodiesel naquele continente. A companhia também planeja uma unidade na África, onde estuda desenvolver a produção de biodiesel, e outra na América do Sul, a fim de criar uma fonte alternativa de produção de biocombustíveis.
"Não podemos pensar que os países da América do Sul vão depender de um único país caso optem por introduzir os biocombustíveis em sua matriz energética. É preciso que haja garantia de suprimento", afirmou o executivo durante teleconferência com analistas.
Fonte: Tatiana Freitas, Agência Estado
O presidente da Petrobrás Biocombustível, Alan Kardec, afirmou hoje que, do total de US$ 2,8 bilhões previstos no orçamento da estatal para a subsidiária com atividade voltada para os biocombustíveis, entre os anos 2009 a 2013, cerca de 9% serão destinados a três investimentos no exterior. Também deste valor total, US$ 400 milhões irão para projetos de logística.
Fora do Brasil, a companhia planeja uma unidade na Europa, que será desenvolvida em parceria com uma empresa de Portugal com o objetivo de facilitar a introdução do biodiesel naquele continente. A companhia também planeja uma unidade na África, onde estuda desenvolver a produção de biodiesel, e outra na América do Sul, a fim de criar uma fonte alternativa de produção de biocombustíveis.
"Não podemos pensar que os países da América do Sul vão depender de um único país caso optem por introduzir os biocombustíveis em sua matriz energética. É preciso que haja garantia de suprimento", afirmou o executivo durante teleconferência com analistas.
Fonte: Tatiana Freitas, Agência Estado
MST quer reforma agrária que respeite os recursos naturais e evite monocultivos 26.01.09
26.01.09
A tensão no campo pela reforma agrária deve aumentar nos próximos meses em virtude das demissões ocorridas como reflexo do agravamento da crise econômica mundial no Brasil, afirmou sábado (24) Gilmar Mauro, um dos coordenadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra -MST.
Em meio às comemorações dos 25 anos de criação do movimento, Mauro fez o alerta de que a possível falta de alternativa nos grandes centros pode levar mais pessoas para o campo. “Nesse momento de crise, com as empresas demitindo, se não houver outra alternativa, as pessoas vão buscar terra e, por isso, a tensão deve aumentar e teremos que intensificar o movimento”, disse Mauro em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional.
Após 25 anos de luta pela reforma agrária, Gilmar Mauro acredita que é hora de se avaliar o modelo de reforma que deve ser implantado no país. “Talvez hoje a gente não precise daquela reforma agrária clássica, distributiva, produtivista, mas uma em que se rediscuta a utilização do solo, da água e dos recursos naturais. Cada vez mais o envenenamento do solo e a monocultura tem causado impactos ambientais que talvez sejam irreversíveis."
O coordenador do MST afirmou que o movimento passa por um momento “bem mais fácil” do que o de 1984. "Hoje é mais fácil, já há diálogos abertos com o governo em várias outras instâncias. Mas isso é fruto das lutas. E vamos ter que continuar fazendo isso.”
Para Mauro, o maior presente que o MST poderia receber após duas décadas e meia de luta pela terra seria o próprio fim do movimento. “Para nós e para a sociedade o melhor presente hoje seria o fim do MST em conseqüência da realização da Reforma Agrária”, disse. "Mas, a propriedade da terra continua muito concentrada no nosso país. Entra e sai governo e nem sequer a lei federal que prevê desapropriação de latifúndio e a terra que não cumprissem sua função social foi colocada em prática. Por essa razão, vamos continuar lutando e discutindo com a sociedade o tipo de reforma agrária que a gente precisa”, completou Mauro.
Em comemoração aos 25 anos do movimento, está ocorrendo no Rio Grande do Sul uma festa com a presença de políticos, artistas e representantes de vários movimentos sociais. A expectativa é reunir cerca de 1,5 mil pessoas no município gaúcho de Sarandi.
Fonte: Ivan Richard, repórter da Agência Brasil
A tensão no campo pela reforma agrária deve aumentar nos próximos meses em virtude das demissões ocorridas como reflexo do agravamento da crise econômica mundial no Brasil, afirmou sábado (24) Gilmar Mauro, um dos coordenadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra -MST.
Em meio às comemorações dos 25 anos de criação do movimento, Mauro fez o alerta de que a possível falta de alternativa nos grandes centros pode levar mais pessoas para o campo. “Nesse momento de crise, com as empresas demitindo, se não houver outra alternativa, as pessoas vão buscar terra e, por isso, a tensão deve aumentar e teremos que intensificar o movimento”, disse Mauro em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional.
Após 25 anos de luta pela reforma agrária, Gilmar Mauro acredita que é hora de se avaliar o modelo de reforma que deve ser implantado no país. “Talvez hoje a gente não precise daquela reforma agrária clássica, distributiva, produtivista, mas uma em que se rediscuta a utilização do solo, da água e dos recursos naturais. Cada vez mais o envenenamento do solo e a monocultura tem causado impactos ambientais que talvez sejam irreversíveis."
O coordenador do MST afirmou que o movimento passa por um momento “bem mais fácil” do que o de 1984. "Hoje é mais fácil, já há diálogos abertos com o governo em várias outras instâncias. Mas isso é fruto das lutas. E vamos ter que continuar fazendo isso.”
Para Mauro, o maior presente que o MST poderia receber após duas décadas e meia de luta pela terra seria o próprio fim do movimento. “Para nós e para a sociedade o melhor presente hoje seria o fim do MST em conseqüência da realização da Reforma Agrária”, disse. "Mas, a propriedade da terra continua muito concentrada no nosso país. Entra e sai governo e nem sequer a lei federal que prevê desapropriação de latifúndio e a terra que não cumprissem sua função social foi colocada em prática. Por essa razão, vamos continuar lutando e discutindo com a sociedade o tipo de reforma agrária que a gente precisa”, completou Mauro.
Em comemoração aos 25 anos do movimento, está ocorrendo no Rio Grande do Sul uma festa com a presença de políticos, artistas e representantes de vários movimentos sociais. A expectativa é reunir cerca de 1,5 mil pessoas no município gaúcho de Sarandi.
Fonte: Ivan Richard, repórter da Agência Brasil
Pampa Úmida secou: Argentina pode perder 20% da safra 26.01.09
26.01.09
A Pampa Úmida secou. A área mais importante da agricultura argentina, responsável por quase 80% da produção de grãos do país, está passando pela pior estiagem dos últimos 50 anos.
A perda de produção representará um enorme passo para trás, pois o país já estava por superar seu recorde de 100 milhões de toneladas de grãos.
Especialistas prevêem uma queda entre 10 milhões e 20 milhões de toneladas na produção total de grãos na atual temporada (2008/09), para até 78 milhões de toneladas. No ciclo 2007/08, o país colheu 98 milhões de toneladas.
Os prejuízos financeiros também vão atingir as contas públicas internas e externas, já que perto de 14% da arrecadação do Tesouro Nacional argentino vêm da agricultura. Na balança comercial do país, os produtos primários e as manufaturas de origem agroindustrial respondem por 58% das exportações.
A Pampa Úmida é uma extensa região de campinas, que abarca as melhores terras para agricultura e pecuária em cinco Províncias argentinas - Buenos Aires, Córdoba, Santa Fé, La Pampa e Entre Ríos. Ganhou esse nome por seu regime pluviométrico privilegiado, em que tradicionalmente chove 500 milímetros por ano, em média.
Porém, sem chuva há meses, a paisagem atual dos pampas argentinos está mais parecida com a do sertão brasileiro. Solos rachados e carcaças de animais mortos estão por toda parte.
"Se não chover logo, a próxima safra [2009/10] estará comprometida", diz Alfredo Rodes, diretor-executivo da Confederação das Associações Rurais das Províncias de Buenos Aires e La Pampa (Carbap).
Em um informe divulgado no início da semana, técnicos do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (Inta, equivalente à Embrapa brasileira) afirmaram que as áreas mais afetadas são o norte de Santa Fé e o sul de Buenos Aires, "onde se registraram mortes de animais, que motivaram alguns produtores a deslocar o gado para outras regiões, ocasionando a perda de boa parte dos cultivos de grãos e pastagens". De acordo com esse informe, na Província de Entre Ríos o cultivo de milho já está praticamente perdido.
Para o engenheiro agrônomo Carlos Coma, um dos técnicos que assinam o informe do Inta, é difícil mensurar neste momento o alcance das perdas futuras.
"Sabemos que os rendimentos e volumes serão menores, mas ainda não sabemos quanto", respondeu ele quando questionado sobre o impacto da estiagem na safra argentina de grãos que começou a ser plantada.
A seca se soma a uma sequência de eventos negativos que atingiram a agropecuária argentina nos últimos 12 meses, após seis anos de bonança, lembra o engenheiro agrônomo Fernando Botta, presidente da corretora de cereais Agrobrokers.
"Primeiro foi a crise interna [protestos e paralisação dos agricultores entre março e junho de 2008] depois veio a grande queda dos preços internacionais das commodities agora, a seca", afirma.
Botta prevê uma queda de 10 milhões de toneladas na safra de soja comparado às primeiras estimativas, que eram de 53 milhões de toneladas.
No caso do milho, ele estima 13 milhões, ante as 16 milhões de toneladas das estimativas do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
Ainda assim, diz o especialista, dificilmente a Argentina perderá sua posição entre os grandes produtores mundiais de soja e milho. Já no trigo, assim como aconteceu com a carne bovina, o país está perdendo posições rapidamente.
A seca não afetou apenas a região dos pampas. Quinze das 23 Províncias (Estados) argentinas estão sob forte estiagem.
Quatro delas (Chaco, Entre Rios, Corrientes e Formosa), que dependem da produção agrícola, decretaram estado de emergência ou desastre - para permitir que seus agricultores possam atrasar o pagamento de impostos e empréstimos bancários, e para sensibilizar o governo nacional a enviar ajuda extra.
Na Província de La Pampa, há 5 mil produtores afetados, segundo dados da Secretaria de Assuntos Agrários. Na região do município de San Pedro, interior da Província de Buenos Aires, 15 mil hectares plantados no ano passado com frutas e hortaliças diminuíram pela metade este ano, e 6 mil pessoas ficaram desempregadas.
Antes da seca, essa região havia sido afetada pela geada no inverno. Em Formosa, um lago de 300 hectares secou pela primeira vez desde 1973. Em Santa Fé, a seca já provocou a morte de cerca de 300 mil cabeças de gado.
Em entrevista à imprensa na terça-feira, o secretário de Assuntos Agrários da Província de Buenos Aires, Emilio Monzó, disse que dois terços da Província estão em situação que se poderia declarar de emergência.
"Já há 42 distritos em emergência, dos quais uns dez estão considerados em desastre" afirmou Monzó, que anunciou medidas de apoio aos agricultores. Os prejuízos na Província de Buenos Aires representam a maior parte das perdas totais estimadas.
Diretamente, a agricultura e a pecuária respondem por 5,3% do Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina, sem contar os demais elos da cadeia do agronegócio.
Nas contas do economista Mariano Lamothe, da consultoria Abeceb.com - que estima uma redução da ordem de 12% da produção nesta safra 2008/09 -, o impacto da quebra sobre o PIB será equivalente a algo entre 0,6% e 1%.
A seca também está azedando o clima político. Em viagem oficial a Cuba e Venezuela, a presidente Cristina Fernandez de Kirchner mandou seus assessores dizerem que o campo não será deixado à própria sorte e que haverá um pacote de ajuda.
No entanto, com o clima de desconfiança mútua entre o governo e o campo, as lideranças agropecuárias já ameaçam voltar a interromper as estradas em protesto pela falta de uma política agrícola, repetindo os protestos do ano passado que paralisaram o país e inflingiram enormes perdas políticas para o governo da presidente Cristina.
Fonte: Janes Rocha, Valor Econômico
A Pampa Úmida secou. A área mais importante da agricultura argentina, responsável por quase 80% da produção de grãos do país, está passando pela pior estiagem dos últimos 50 anos.
A perda de produção representará um enorme passo para trás, pois o país já estava por superar seu recorde de 100 milhões de toneladas de grãos.
Especialistas prevêem uma queda entre 10 milhões e 20 milhões de toneladas na produção total de grãos na atual temporada (2008/09), para até 78 milhões de toneladas. No ciclo 2007/08, o país colheu 98 milhões de toneladas.
Os prejuízos financeiros também vão atingir as contas públicas internas e externas, já que perto de 14% da arrecadação do Tesouro Nacional argentino vêm da agricultura. Na balança comercial do país, os produtos primários e as manufaturas de origem agroindustrial respondem por 58% das exportações.
A Pampa Úmida é uma extensa região de campinas, que abarca as melhores terras para agricultura e pecuária em cinco Províncias argentinas - Buenos Aires, Córdoba, Santa Fé, La Pampa e Entre Ríos. Ganhou esse nome por seu regime pluviométrico privilegiado, em que tradicionalmente chove 500 milímetros por ano, em média.
Porém, sem chuva há meses, a paisagem atual dos pampas argentinos está mais parecida com a do sertão brasileiro. Solos rachados e carcaças de animais mortos estão por toda parte.
"Se não chover logo, a próxima safra [2009/10] estará comprometida", diz Alfredo Rodes, diretor-executivo da Confederação das Associações Rurais das Províncias de Buenos Aires e La Pampa (Carbap).
Em um informe divulgado no início da semana, técnicos do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (Inta, equivalente à Embrapa brasileira) afirmaram que as áreas mais afetadas são o norte de Santa Fé e o sul de Buenos Aires, "onde se registraram mortes de animais, que motivaram alguns produtores a deslocar o gado para outras regiões, ocasionando a perda de boa parte dos cultivos de grãos e pastagens". De acordo com esse informe, na Província de Entre Ríos o cultivo de milho já está praticamente perdido.
Para o engenheiro agrônomo Carlos Coma, um dos técnicos que assinam o informe do Inta, é difícil mensurar neste momento o alcance das perdas futuras.
"Sabemos que os rendimentos e volumes serão menores, mas ainda não sabemos quanto", respondeu ele quando questionado sobre o impacto da estiagem na safra argentina de grãos que começou a ser plantada.
A seca se soma a uma sequência de eventos negativos que atingiram a agropecuária argentina nos últimos 12 meses, após seis anos de bonança, lembra o engenheiro agrônomo Fernando Botta, presidente da corretora de cereais Agrobrokers.
"Primeiro foi a crise interna [protestos e paralisação dos agricultores entre março e junho de 2008] depois veio a grande queda dos preços internacionais das commodities agora, a seca", afirma.
Botta prevê uma queda de 10 milhões de toneladas na safra de soja comparado às primeiras estimativas, que eram de 53 milhões de toneladas.
No caso do milho, ele estima 13 milhões, ante as 16 milhões de toneladas das estimativas do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
Ainda assim, diz o especialista, dificilmente a Argentina perderá sua posição entre os grandes produtores mundiais de soja e milho. Já no trigo, assim como aconteceu com a carne bovina, o país está perdendo posições rapidamente.
A seca não afetou apenas a região dos pampas. Quinze das 23 Províncias (Estados) argentinas estão sob forte estiagem.
Quatro delas (Chaco, Entre Rios, Corrientes e Formosa), que dependem da produção agrícola, decretaram estado de emergência ou desastre - para permitir que seus agricultores possam atrasar o pagamento de impostos e empréstimos bancários, e para sensibilizar o governo nacional a enviar ajuda extra.
Na Província de La Pampa, há 5 mil produtores afetados, segundo dados da Secretaria de Assuntos Agrários. Na região do município de San Pedro, interior da Província de Buenos Aires, 15 mil hectares plantados no ano passado com frutas e hortaliças diminuíram pela metade este ano, e 6 mil pessoas ficaram desempregadas.
Antes da seca, essa região havia sido afetada pela geada no inverno. Em Formosa, um lago de 300 hectares secou pela primeira vez desde 1973. Em Santa Fé, a seca já provocou a morte de cerca de 300 mil cabeças de gado.
Em entrevista à imprensa na terça-feira, o secretário de Assuntos Agrários da Província de Buenos Aires, Emilio Monzó, disse que dois terços da Província estão em situação que se poderia declarar de emergência.
"Já há 42 distritos em emergência, dos quais uns dez estão considerados em desastre" afirmou Monzó, que anunciou medidas de apoio aos agricultores. Os prejuízos na Província de Buenos Aires representam a maior parte das perdas totais estimadas.
Diretamente, a agricultura e a pecuária respondem por 5,3% do Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina, sem contar os demais elos da cadeia do agronegócio.
Nas contas do economista Mariano Lamothe, da consultoria Abeceb.com - que estima uma redução da ordem de 12% da produção nesta safra 2008/09 -, o impacto da quebra sobre o PIB será equivalente a algo entre 0,6% e 1%.
A seca também está azedando o clima político. Em viagem oficial a Cuba e Venezuela, a presidente Cristina Fernandez de Kirchner mandou seus assessores dizerem que o campo não será deixado à própria sorte e que haverá um pacote de ajuda.
No entanto, com o clima de desconfiança mútua entre o governo e o campo, as lideranças agropecuárias já ameaçam voltar a interromper as estradas em protesto pela falta de uma política agrícola, repetindo os protestos do ano passado que paralisaram o país e inflingiram enormes perdas políticas para o governo da presidente Cristina.
Fonte: Janes Rocha, Valor Econômico
Brasil aproveita mal potencial de energia solar 26.01.09
26.01.09
Muito antes de descobrir as reservas de óleo do pré-sal, o Brasil já era uma das nações mais ricas do mundo em energia. É o país com a maior área territorial dos trópicos e, consequentemente, recebe uma quantidade gigantesca de radiação solar. O grau de aproveitamento dessa energia para produção de eletricidade, porém, é pífio. Nações de clima temperado e com territórios muito menores, que passam vários meses cobertos de neve, como Alemanha e Espanha, produzem mais energia a partir do Sol do que o Brasil.
“O lugar menos ensolarado do Brasil (Florianópolis) recebe 40% mais energia solar do que o lugar mais ensolarado da Alemanha”, compara o especialista Ricardo Rüther, do Laboratório de Energia Solar da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Segundo ele, só em 2007, os alemães instalaram em seus telhados, na forma de painéis solares, o equivalente ao que produz a usina nuclear de Angra 2 (1.200 megawatts). O país europeu é o pioneiro no incentivo ao uso da energia solar, com um programa federal que subsidia a produção.
No Brasil, o uso da energia solar ainda se resume a aquecedores para água de chuveiro. O uso de sistemas fotovoltaicos para produção de eletricidade é bastante limitado. Mas o potencial é enorme. “Se a área do lago de Itaipu fosse coberta com painéis solares, isso produziria mais do que o dobro da energia que é produzida pela via hidrelétrica”, afirma Rüther. No lugar dos atuais 25%, a usina produziria 50% da eletricidade consumida no Brasil.
Um problema é o preço: a energia elétrica solar ainda custa cerca de dez vezes mais do que a energia elétrica convencional, segundo o pesquisador Enio Pereira, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Outra é a escala: “O que teria de ser instalado em Itaipu corresponde a cerca de dez vezes o que já se instalou de painéis fotovoltaicos até hoje no mundo”, afirma Rüther.
Fonte: jornal O Estado de S. Paulo
Muito antes de descobrir as reservas de óleo do pré-sal, o Brasil já era uma das nações mais ricas do mundo em energia. É o país com a maior área territorial dos trópicos e, consequentemente, recebe uma quantidade gigantesca de radiação solar. O grau de aproveitamento dessa energia para produção de eletricidade, porém, é pífio. Nações de clima temperado e com territórios muito menores, que passam vários meses cobertos de neve, como Alemanha e Espanha, produzem mais energia a partir do Sol do que o Brasil.
“O lugar menos ensolarado do Brasil (Florianópolis) recebe 40% mais energia solar do que o lugar mais ensolarado da Alemanha”, compara o especialista Ricardo Rüther, do Laboratório de Energia Solar da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Segundo ele, só em 2007, os alemães instalaram em seus telhados, na forma de painéis solares, o equivalente ao que produz a usina nuclear de Angra 2 (1.200 megawatts). O país europeu é o pioneiro no incentivo ao uso da energia solar, com um programa federal que subsidia a produção.
No Brasil, o uso da energia solar ainda se resume a aquecedores para água de chuveiro. O uso de sistemas fotovoltaicos para produção de eletricidade é bastante limitado. Mas o potencial é enorme. “Se a área do lago de Itaipu fosse coberta com painéis solares, isso produziria mais do que o dobro da energia que é produzida pela via hidrelétrica”, afirma Rüther. No lugar dos atuais 25%, a usina produziria 50% da eletricidade consumida no Brasil.
Um problema é o preço: a energia elétrica solar ainda custa cerca de dez vezes mais do que a energia elétrica convencional, segundo o pesquisador Enio Pereira, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Outra é a escala: “O que teria de ser instalado em Itaipu corresponde a cerca de dez vezes o que já se instalou de painéis fotovoltaicos até hoje no mundo”, afirma Rüther.
Fonte: jornal O Estado de S. Paulo
Estados Unidos comprou quase 55% do etanol brasileiro exportado em 2008 26.01.09
26.01.09
O Brasil bateu recorde na exportação de etanol em 2008 com um total de 5,16 bilhões de litros vendidos. Segundo o boletim da Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, o mercado interno também está aquecido e a expectativa é de aumento no consumo do etanol pelos proprietários de veículos flex.
A quantidade de etanol vendida corresponde a mais que o dobro das exportações de gasolina pela Petrobras no mesmo período. O preço médio ficou em US$ 0,47 por litro, sendo que os Estados Unidos foi o país que mais comprou o combustível brasileiro, cerca de 2,8 bilhões de litros.
O ministério divulgou ainda o balanço sobre os lucros gerados com a produção e utilização do biodiesel. O uso do combustível ambientalmente correto evitou a importação de 1,1 bilhão de litros de diesel de petróleo, o que rendeu aproximadamente US$ 976 milhões para o Brasil.
Na publicação, o ministério defende o uso do biocombustível afirmando que o principal fator para o saldo positivo na balança comercial brasileira foi a mistura compulsória de biodiesel ao combustível. Afirma também que além da alta contribuição para o mercado brasileiro, o biocombustível beneficia as economias regionais e locais, desde a etapa agrícola até a indústria de bens e serviços.
Em todo o país existem 51 usinas produtoras de biodiesel: 19 na região centro-oeste, 11 na sudeste, oito na nordeste, sete na sul e seis na norte.
Fonte: Agência Brasil
O Brasil bateu recorde na exportação de etanol em 2008 com um total de 5,16 bilhões de litros vendidos. Segundo o boletim da Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, o mercado interno também está aquecido e a expectativa é de aumento no consumo do etanol pelos proprietários de veículos flex.
A quantidade de etanol vendida corresponde a mais que o dobro das exportações de gasolina pela Petrobras no mesmo período. O preço médio ficou em US$ 0,47 por litro, sendo que os Estados Unidos foi o país que mais comprou o combustível brasileiro, cerca de 2,8 bilhões de litros.
O ministério divulgou ainda o balanço sobre os lucros gerados com a produção e utilização do biodiesel. O uso do combustível ambientalmente correto evitou a importação de 1,1 bilhão de litros de diesel de petróleo, o que rendeu aproximadamente US$ 976 milhões para o Brasil.
Na publicação, o ministério defende o uso do biocombustível afirmando que o principal fator para o saldo positivo na balança comercial brasileira foi a mistura compulsória de biodiesel ao combustível. Afirma também que além da alta contribuição para o mercado brasileiro, o biocombustível beneficia as economias regionais e locais, desde a etapa agrícola até a indústria de bens e serviços.
Em todo o país existem 51 usinas produtoras de biodiesel: 19 na região centro-oeste, 11 na sudeste, oito na nordeste, sete na sul e seis na norte.
Fonte: Agência Brasil
Desmatamento na Amazônia caiu 82%, segundo o Imazon 26.01.09
26.01.09
O desmatamento na Amazônia entre agosto e dezembro de 2008 caiu 82% em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com dados divulgados hoje (23) pela organização não-governamental Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). O monitoramento registrou 635 quilômetros quadrados de desmate entre os meses pesquisados, contra 3.433 quilômetros quadrados no mesmo intervalo em 2007.
Em novembro de 2008, os satélites do Imazon detectaram 61 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal, área 94% menor do que a registrada em 2007. O tamanho da devastação no mês de dezembro caiu e chegou a 50 quilômetros quadrados, redução de 27% entre 2007 e 2008.
No entanto, o desmatamento pode ser muito maior, porque a região fica encoberta por nuvens que dificultam o trabalho dos satélites, como reconhece a entidade. “Os dados de desmatamento nesse período podem estar subestimados, pois nesses dois meses houve grande cobertura de nuvens na região, correspondendo a 68% em novembro e de 73% em dezembro. Além disso, a parte do Maranhão que compõem a Amazônia Legal não foi analisada”, indica o relatório.
O monitoramento do Imazon é paralelo ao levantamento oficial, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Por causa das condições de visibilidade nos últimos meses do ano, o Inpe preferiu interromper a divulgação mensal do desmatamento e vai apresentar os dados consolidados para o período no fim de fevereiro.
Fonte: Luana Lourenço, repórter da Agência Brasil
O desmatamento na Amazônia entre agosto e dezembro de 2008 caiu 82% em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com dados divulgados hoje (23) pela organização não-governamental Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). O monitoramento registrou 635 quilômetros quadrados de desmate entre os meses pesquisados, contra 3.433 quilômetros quadrados no mesmo intervalo em 2007.
Em novembro de 2008, os satélites do Imazon detectaram 61 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal, área 94% menor do que a registrada em 2007. O tamanho da devastação no mês de dezembro caiu e chegou a 50 quilômetros quadrados, redução de 27% entre 2007 e 2008.
No entanto, o desmatamento pode ser muito maior, porque a região fica encoberta por nuvens que dificultam o trabalho dos satélites, como reconhece a entidade. “Os dados de desmatamento nesse período podem estar subestimados, pois nesses dois meses houve grande cobertura de nuvens na região, correspondendo a 68% em novembro e de 73% em dezembro. Além disso, a parte do Maranhão que compõem a Amazônia Legal não foi analisada”, indica o relatório.
O monitoramento do Imazon é paralelo ao levantamento oficial, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Por causa das condições de visibilidade nos últimos meses do ano, o Inpe preferiu interromper a divulgação mensal do desmatamento e vai apresentar os dados consolidados para o período no fim de fevereiro.
Fonte: Luana Lourenço, repórter da Agência Brasil
Duas cidades de MT aparecem como campeãs do desmatamento 26.01.09
26.01.09
Um ano após a entrada em vigor do plano emergencial para combate ao desmatamento nos 36 municípios que mais devastavam a Amazônia, dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) mostram que, embora tenha havido redução média de 7% no desmate, em 14 dessas cidades as derrubadas cresceram 52%.
Em janeiro de 2008, o governo suspendera as licenças para desmatamento no grupo de municípios -a maioria no Pará e em Mato Grosso.
Em Nova Ubiratã, o total de áreas abertas subiu de 19,7 km2 entre agosto de 2006 e julho de 2007, para 143,2 km2 no período posterior, um aumento de 624%. Em Marcelândia, campeã de desmate segundo o Ministério do Meio Ambiente, o aumento foi de 132%.
Nos outros 22 municípios, a redução média foi de 32%, com destaque para Porto Velho (RO), que registrou a maior redução em termos de área, e Brasil Novo (PA), com maior redução proporcional.
Considerando apenas os 36 municípios da lista, as derrubadas caíram de 5.246 km2 para 4.897 km2.
Fonte: Folha Online
Um ano após a entrada em vigor do plano emergencial para combate ao desmatamento nos 36 municípios que mais devastavam a Amazônia, dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) mostram que, embora tenha havido redução média de 7% no desmate, em 14 dessas cidades as derrubadas cresceram 52%.
Em janeiro de 2008, o governo suspendera as licenças para desmatamento no grupo de municípios -a maioria no Pará e em Mato Grosso.
Em Nova Ubiratã, o total de áreas abertas subiu de 19,7 km2 entre agosto de 2006 e julho de 2007, para 143,2 km2 no período posterior, um aumento de 624%. Em Marcelândia, campeã de desmate segundo o Ministério do Meio Ambiente, o aumento foi de 132%.
Nos outros 22 municípios, a redução média foi de 32%, com destaque para Porto Velho (RO), que registrou a maior redução em termos de área, e Brasil Novo (PA), com maior redução proporcional.
Considerando apenas os 36 municípios da lista, as derrubadas caíram de 5.246 km2 para 4.897 km2.
Fonte: Folha Online
Vírus da gripe aviária é detectado em fazenda no Canadá 26.01.09
26.01.09
Ottawa - Autoridades canadenses descobriram uma variedade do vírus causador da gripe aviária, em uma fazenda de criação de perus, em Fraser Valley, a leste de Vancouver. Os funcionários disseram, neste sábado, que 60 mil aves terão de ser sacrificadas. Segundo a Agência de Inspeção de Alimentos do Canadá, testes indicam que a linhagem detectada apresenta grau de "patologia relativamente baixa". Isso significa que a gravidade da doença nas aves é baixa. Mesmo assim, funcionários da agência disseram que todas as aves da fazenda serão sacrificadas.
Os funcionários também restringiram a circulação de aves e produtos avícolas em um raio de três quilômetros da fazenda. Eles ressaltaram que o vírus da gripe aviária não representa perigo para a segurança alimentar quando os produtos são devidamente tratados e cozidos. Os inspetores afirmam ainda que a gripe aviária raramente afeta os humanos, a não ser que tenham tido um estreito contato com aves infectadas. Em 2004, milhões de aves morreram ou foram sacrificadas com o surgimento de uma linhagem do vírus em Fraser Valley. Existem vários subtipos do vírus H5, e sua presença não implica a existência de um surto do vírus H5N1, que matou aproximadamente 250 pessoas em partes da Europa, Ásia e África, afirmam as autoridades.
Fonte: Associated Press/Agência Estado
Ottawa - Autoridades canadenses descobriram uma variedade do vírus causador da gripe aviária, em uma fazenda de criação de perus, em Fraser Valley, a leste de Vancouver. Os funcionários disseram, neste sábado, que 60 mil aves terão de ser sacrificadas. Segundo a Agência de Inspeção de Alimentos do Canadá, testes indicam que a linhagem detectada apresenta grau de "patologia relativamente baixa". Isso significa que a gravidade da doença nas aves é baixa. Mesmo assim, funcionários da agência disseram que todas as aves da fazenda serão sacrificadas.
Os funcionários também restringiram a circulação de aves e produtos avícolas em um raio de três quilômetros da fazenda. Eles ressaltaram que o vírus da gripe aviária não representa perigo para a segurança alimentar quando os produtos são devidamente tratados e cozidos. Os inspetores afirmam ainda que a gripe aviária raramente afeta os humanos, a não ser que tenham tido um estreito contato com aves infectadas. Em 2004, milhões de aves morreram ou foram sacrificadas com o surgimento de uma linhagem do vírus em Fraser Valley. Existem vários subtipos do vírus H5, e sua presença não implica a existência de um surto do vírus H5N1, que matou aproximadamente 250 pessoas em partes da Europa, Ásia e África, afirmam as autoridades.
Fonte: Associated Press/Agência Estado
Ruralistas voltam a pressionar por mudanças radicais no Código Florestal 23.01.09
23.01.09
O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, voltou a defender ontem (22) a necessidade de mudanças no Código Florestal sem prejuízos para os produtores rurais. O assunto tem causado polêmica entre o setor agrícola e a área ambiental.
"Não temos avançado suficientemente com o ministro Minc para equacionar essas questões”, disse durante entrevista a emissoras de rádio no programa Bom dia, Ministro. Stephanes definiu a relação de sua pasta com a área ambiental do governo como uma “parceria difícil e complicada”.
Umas das principais divergências sobre o código é a área de reserva legal. Os ambientalistas querem manter restrições ao desmatamento, com exigência de manutenção de 80% de floresta preservada nas propriedades da Amazônia. Os ruralistas querem reduzir esse percentual para até 50%.
Em dezembro, organizações não-governamentais ambientalistas (ONGs) deixaram o grupo de trabalho criado pelo governo para discutir as mudanças na lei. Em seguida, Stephanes decidiu extinguir o colegiado.
O ministro criticou os ambientalistas e afirmou ser “o maior interessado” na preservação da Amazônia. “Há uma diferença entre ser ambientalista e ter formação, conhecimento e capacitação em meio ambiente. E o Ministério da Agricultura é o que tem o maior número de doutorados e pós-doutorados em meio ambiente, que estão na Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária]”.
O ministro voltou a argumentar que se a mudança do Código Florestal for feita como querem os ambientalistas, a produção agrícola no país será inviabilizada, principalmente por causa das restrições ao plantio em várzeas, encostas e topos de morro.
“Vão eliminar 1 milhão de pequenos produtores do campo em áreas já consolidadas. Quem definiu isso mora em Brasília ou em Ipanema, não conhece nada de agricultura”, disse.
Com o fim do grupo de trabalho, a negociação deverá ser conduzida no Congresso Nacional.
Fonte: Luana Lourenço, repórter da Agência Brasil
O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, voltou a defender ontem (22) a necessidade de mudanças no Código Florestal sem prejuízos para os produtores rurais. O assunto tem causado polêmica entre o setor agrícola e a área ambiental.
"Não temos avançado suficientemente com o ministro Minc para equacionar essas questões”, disse durante entrevista a emissoras de rádio no programa Bom dia, Ministro. Stephanes definiu a relação de sua pasta com a área ambiental do governo como uma “parceria difícil e complicada”.
Umas das principais divergências sobre o código é a área de reserva legal. Os ambientalistas querem manter restrições ao desmatamento, com exigência de manutenção de 80% de floresta preservada nas propriedades da Amazônia. Os ruralistas querem reduzir esse percentual para até 50%.
Em dezembro, organizações não-governamentais ambientalistas (ONGs) deixaram o grupo de trabalho criado pelo governo para discutir as mudanças na lei. Em seguida, Stephanes decidiu extinguir o colegiado.
O ministro criticou os ambientalistas e afirmou ser “o maior interessado” na preservação da Amazônia. “Há uma diferença entre ser ambientalista e ter formação, conhecimento e capacitação em meio ambiente. E o Ministério da Agricultura é o que tem o maior número de doutorados e pós-doutorados em meio ambiente, que estão na Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária]”.
O ministro voltou a argumentar que se a mudança do Código Florestal for feita como querem os ambientalistas, a produção agrícola no país será inviabilizada, principalmente por causa das restrições ao plantio em várzeas, encostas e topos de morro.
“Vão eliminar 1 milhão de pequenos produtores do campo em áreas já consolidadas. Quem definiu isso mora em Brasília ou em Ipanema, não conhece nada de agricultura”, disse.
Com o fim do grupo de trabalho, a negociação deverá ser conduzida no Congresso Nacional.
Fonte: Luana Lourenço, repórter da Agência Brasil
Preço da terra tem queda com o impacto da crise financeira 23.01.09
23.01.09
A crise financeira está revertendo o ciclo de forte valorização nos preços das terras agrícolas brasileiras.
Em 2008, a cotação das propriedades rurais no País ainda aponta para recordes em termos nominais, mas a escassez de negócios nos últimos quatro meses e uma retração do valor do hectare no último bimestre sinalizam que a falta de liquidez gerada pela crise já se instalou nesse mercado.
De acordo com relatório da AgraFNP, no último bimestre de 2008, o preço médio do hectare no País foi de R$ 4.330, ante R$ 4.341 no bimestre anterior (setembro/outubro). O levantamento é o primeiro a indicar uma reversão de preços. De acordo com Jacqueline Bierhals, analista da AgraFNP, o revés das commodities espantou a ação de grandes investidores estrangeiros e especuladores. "O setor sucroalcooleiro também atua puxando os preços para baixo e a tendência é que 2009 seja um ano parado para o mercado de terras", disse.
O desempenho dos preços dos imóveis rurais ainda é visto como um sinal de estagnação e não de recuo, mas já é uma sinalização de como o mercado de terras deverá se comportar ao longo do ano já que o setor costuma ter respostas mais lentas em relação a outros.
Segundo a analista, comparando-se a média atual com o valor de 12 meses atrás, houve valorização nominal de 8,3%. Mas, descontando-se a inflação no período, nota-se perda real de patrimônio de 0,8%. "A valorização quando comprada a inflação resulta em nada, houve uma perda de valor patrimonial. O segundo semestre neutralizou os ganhos ao longo do ano", avalia.
Em linhas gerais, 2008 continua sendo considerado um ano satisfatório, com desempenho inferior somente ao observado no início de 2004. A maior alta ocorreu na Região Sul, que registrou um incremento de 16,6%, seguida pela Região Nordeste, com alta de 8,8%. Nas duas regiões os preços foram sustentados pela demanda no setor de grãos. No Norte e Centro-Oeste, os preços subiram 6,2% e no Sudeste 4,1%.
Claudinei Bergoli Costa, corretor que atua há 28 no Rio Grande do Sul, acredita que este será um ano de compradores retraídos. "Com a seca no Estado vai ser um ano difícil para agricultura", avalia. "Nossa região é totalmente agrícola, se a safra não vai bem ninguém tem dinheiro e os órgãos financeiros não querem financiar", afirma.
Apesar de estar atrás do Sul do País, em termos de preço é o Nordeste que concentra o maior número de investidores. De acordo com Bierhals, no ranking das dez terras mais valorizadas só há áreas do chamado médio norte do Brasil.
A região conhecida como Mapito (Maranhão-Piauí-Tocantis) e o oeste baiano, ainda que em menor volume, deve continuar atraindo investimentos de grupos estrangeiros. Maria José dos Anjos, proprietária da Maria José Imóveis, e que atua nessa região, revela que quando a crise estourou a imobiliária estava fechando vários negócios grandes que foram suspensos, inclusive com grupos de chineses que tinham o capital atrelado a Bolsa de Valores. "Agora muitos investidores já estão retornando, são empresas consolidadas, que precisam seguir com o plantio e não dependem de financiamento do banco", disse.
Na ponta vendedora, a maior parte dos clientes da Maria José são produtores que passaram por problemas relacionados a seca e agora desejam vender a lavoura para outro tipo de atividade. Usineiros que atuam na região do Mato Grosso também procuram se ajustar ao mercado, optando pela venda ou buscando novos investidores para o negócio.
"Depois da crise ainda não baixaram os preços da terra, mas há muitas fazendas para venda e nenhum investidor", disse Silvio Carlos de Oliveira, corretor de imóveis rurais no MT e São Paulo. Segundo ele, o perfil dos vendedores nessas regiões são empresários que atuam em outros setores e agora querem vender parte das terras para gerar caixa. O movimento é mais forte no MT devido a maior necessidade de saldar dívidas. "Não podemos descartar a possibilidade de um excedente de oferta gerado por produtores descapitalizados, o que faria com que o número de negócios aumentasse", destaca Bierhals.
Fonte: Priscila Machado, CISoja
A crise financeira está revertendo o ciclo de forte valorização nos preços das terras agrícolas brasileiras.
Em 2008, a cotação das propriedades rurais no País ainda aponta para recordes em termos nominais, mas a escassez de negócios nos últimos quatro meses e uma retração do valor do hectare no último bimestre sinalizam que a falta de liquidez gerada pela crise já se instalou nesse mercado.
De acordo com relatório da AgraFNP, no último bimestre de 2008, o preço médio do hectare no País foi de R$ 4.330, ante R$ 4.341 no bimestre anterior (setembro/outubro). O levantamento é o primeiro a indicar uma reversão de preços. De acordo com Jacqueline Bierhals, analista da AgraFNP, o revés das commodities espantou a ação de grandes investidores estrangeiros e especuladores. "O setor sucroalcooleiro também atua puxando os preços para baixo e a tendência é que 2009 seja um ano parado para o mercado de terras", disse.
O desempenho dos preços dos imóveis rurais ainda é visto como um sinal de estagnação e não de recuo, mas já é uma sinalização de como o mercado de terras deverá se comportar ao longo do ano já que o setor costuma ter respostas mais lentas em relação a outros.
Segundo a analista, comparando-se a média atual com o valor de 12 meses atrás, houve valorização nominal de 8,3%. Mas, descontando-se a inflação no período, nota-se perda real de patrimônio de 0,8%. "A valorização quando comprada a inflação resulta em nada, houve uma perda de valor patrimonial. O segundo semestre neutralizou os ganhos ao longo do ano", avalia.
Em linhas gerais, 2008 continua sendo considerado um ano satisfatório, com desempenho inferior somente ao observado no início de 2004. A maior alta ocorreu na Região Sul, que registrou um incremento de 16,6%, seguida pela Região Nordeste, com alta de 8,8%. Nas duas regiões os preços foram sustentados pela demanda no setor de grãos. No Norte e Centro-Oeste, os preços subiram 6,2% e no Sudeste 4,1%.
Claudinei Bergoli Costa, corretor que atua há 28 no Rio Grande do Sul, acredita que este será um ano de compradores retraídos. "Com a seca no Estado vai ser um ano difícil para agricultura", avalia. "Nossa região é totalmente agrícola, se a safra não vai bem ninguém tem dinheiro e os órgãos financeiros não querem financiar", afirma.
Apesar de estar atrás do Sul do País, em termos de preço é o Nordeste que concentra o maior número de investidores. De acordo com Bierhals, no ranking das dez terras mais valorizadas só há áreas do chamado médio norte do Brasil.
A região conhecida como Mapito (Maranhão-Piauí-Tocantis) e o oeste baiano, ainda que em menor volume, deve continuar atraindo investimentos de grupos estrangeiros. Maria José dos Anjos, proprietária da Maria José Imóveis, e que atua nessa região, revela que quando a crise estourou a imobiliária estava fechando vários negócios grandes que foram suspensos, inclusive com grupos de chineses que tinham o capital atrelado a Bolsa de Valores. "Agora muitos investidores já estão retornando, são empresas consolidadas, que precisam seguir com o plantio e não dependem de financiamento do banco", disse.
Na ponta vendedora, a maior parte dos clientes da Maria José são produtores que passaram por problemas relacionados a seca e agora desejam vender a lavoura para outro tipo de atividade. Usineiros que atuam na região do Mato Grosso também procuram se ajustar ao mercado, optando pela venda ou buscando novos investidores para o negócio.
"Depois da crise ainda não baixaram os preços da terra, mas há muitas fazendas para venda e nenhum investidor", disse Silvio Carlos de Oliveira, corretor de imóveis rurais no MT e São Paulo. Segundo ele, o perfil dos vendedores nessas regiões são empresários que atuam em outros setores e agora querem vender parte das terras para gerar caixa. O movimento é mais forte no MT devido a maior necessidade de saldar dívidas. "Não podemos descartar a possibilidade de um excedente de oferta gerado por produtores descapitalizados, o que faria com que o número de negócios aumentasse", destaca Bierhals.
Fonte: Priscila Machado, CISoja
Lei busca proibir agrotóxico à base de endossulfam 23.01.09
23.01.09
A Câmara analisa o Projeto de lei 4336/08, do deputado Edson Duarte (PV-BA), que proíbe o registro de agrotóxicos que tenham como ingrediente ativo o endossulfam.
Endossulfam é o nome comum, em português, do ingrediente ativo de inseticidas/acaricidas comerciais utilizados em culturas de algodão, cacau, café, cana-de-açúcar e soja.
Pertencente ao grupo químico ciclodienoclorado, essa substância é uma das que teriam o registro reavaliados em 2008 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os fabricantes, no entanto, obtiveram liminar na Justiça Federal para continuar fabricando e comercializando o produto.
De acordo com o deputado do PV, há evidências de que esse ingrediente ativo possui características extremamente danosas ao meio ambiente e à saúde humana, tais como: neurotoxicidade, toxicidade reprodutiva, risco de desregulação endócrina e de carcinogenicidade.
Substâncias banidas
Duarte lembra que, em julho de 2008, a Anvisa decidiu reavaliar o registro dos seguintes ingredientes ativos: triclorfom, parationa metílica, metamidofós, fosmete, carbofurano, forato, endossulfam, paraquate e tiran. O parlamentar explica que, segundo a Anvisa, a prioridade de reavaliação recaiu sobre as substâncias que, de acordo com avaliações internacionais, literatura científica e testes em animais, podem provocar intoxicações agudas em trabalhadores que manipulam os produtos, como também doenças de diversos tipos.
Ele lembra que o DDT (dicloro-difenil-tricloroetano) passou por processo semelhante. Este inseticida, sintetizado pela primeira vez em 1874, foi largamente utilizado no combate a insetos vetores de doenças e a pragas da agricultura após a II Guerra Mundial. O uso revelou, no entanto, que o produto é altamente prejudicial ao meio ambiente e à saúde. Em 1985, o DDT foi proibido na agricultura brasileira e, em 1998, foi também proibido em programas de controle de doenças transmitidas por insetos.
Edson Duarte explica que o desenvolvimento tecnológico permitiu a fabricação de pesticidas mais eficientes, de menor toxicidade e de menor periculosidade ambiental, que gradativamente tendem a substituir os mais antigos. "Todavia, trata-se de um processo de substituição bastante lento e frequentemente obstaculizado por interesses econômicos", lamenta o parlamentar.
A matéria será analisada pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; e Constituição e Justiça e de Cidadania. A proposição está sujeita à apreciação do plenário.
Fonte: Agência Câmara
A Câmara analisa o Projeto de lei 4336/08, do deputado Edson Duarte (PV-BA), que proíbe o registro de agrotóxicos que tenham como ingrediente ativo o endossulfam.
Endossulfam é o nome comum, em português, do ingrediente ativo de inseticidas/acaricidas comerciais utilizados em culturas de algodão, cacau, café, cana-de-açúcar e soja.
Pertencente ao grupo químico ciclodienoclorado, essa substância é uma das que teriam o registro reavaliados em 2008 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os fabricantes, no entanto, obtiveram liminar na Justiça Federal para continuar fabricando e comercializando o produto.
De acordo com o deputado do PV, há evidências de que esse ingrediente ativo possui características extremamente danosas ao meio ambiente e à saúde humana, tais como: neurotoxicidade, toxicidade reprodutiva, risco de desregulação endócrina e de carcinogenicidade.
Substâncias banidas
Duarte lembra que, em julho de 2008, a Anvisa decidiu reavaliar o registro dos seguintes ingredientes ativos: triclorfom, parationa metílica, metamidofós, fosmete, carbofurano, forato, endossulfam, paraquate e tiran. O parlamentar explica que, segundo a Anvisa, a prioridade de reavaliação recaiu sobre as substâncias que, de acordo com avaliações internacionais, literatura científica e testes em animais, podem provocar intoxicações agudas em trabalhadores que manipulam os produtos, como também doenças de diversos tipos.
Ele lembra que o DDT (dicloro-difenil-tricloroetano) passou por processo semelhante. Este inseticida, sintetizado pela primeira vez em 1874, foi largamente utilizado no combate a insetos vetores de doenças e a pragas da agricultura após a II Guerra Mundial. O uso revelou, no entanto, que o produto é altamente prejudicial ao meio ambiente e à saúde. Em 1985, o DDT foi proibido na agricultura brasileira e, em 1998, foi também proibido em programas de controle de doenças transmitidas por insetos.
Edson Duarte explica que o desenvolvimento tecnológico permitiu a fabricação de pesticidas mais eficientes, de menor toxicidade e de menor periculosidade ambiental, que gradativamente tendem a substituir os mais antigos. "Todavia, trata-se de um processo de substituição bastante lento e frequentemente obstaculizado por interesses econômicos", lamenta o parlamentar.
A matéria será analisada pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; e Constituição e Justiça e de Cidadania. A proposição está sujeita à apreciação do plenário.
Fonte: Agência Câmara
Preço da soja satisfaz produtores 23.01.09
23.01.09
A redução dos contratos antecipados gera insegurança no campo. Sem a venda garantida os produtores têm dificuldade para planejar financiamentos e fazer o plantio.
O grão amarelo que move a economia de Mato Grosso começou o ano em alta para os agricultores do Estado. Esta semana, em Lucas do Rio Verde, a saca de soja foi comercializada por R$ 40,00, com um aumento de 10% em 30 dias.
Essa valorização levou o agricultor José Eduardo Macedo a vender 20% da produção antes mesmo de colher a lavoura. “Teve o problema da saca no sul do Brasil, no norte da Argentina e no Paraguai, o que fez com que o valor da soja aumentasse. Outro fator foi a desvalorização do real perante o dólar. Então, hoje, realmente, em reais nós estamos recebendo na região um valor bem mais alto do esperado em dezembro do ano passado”, disse.
É um novo cenário. O aumento no preço deixa o mercado favorável aos negócios e muda também a situação daqueles agricultores que já haviam comprometido parte da produção para custear a lavoura, como é o caso da maioria em Lucas do Rio Verde.
O agricultor Domingos Munaretto comprometeu 50% da produção em troca dos insumos. Ele está otimista porque a parte da colheita que vai sobrar pode ser comercializada num preço melhor. Ele, não entanto, está cauteloso. Pretende vender a produção aos poucos.
Nesta safra, os produtores de Mato Grosso reduziram as vendas antecipadas. Segundo a Federação de Agricultura do Estado houve uma queda de 55% nesse tipo de negócio.
Fonte: Globo Rural
A redução dos contratos antecipados gera insegurança no campo. Sem a venda garantida os produtores têm dificuldade para planejar financiamentos e fazer o plantio.
O grão amarelo que move a economia de Mato Grosso começou o ano em alta para os agricultores do Estado. Esta semana, em Lucas do Rio Verde, a saca de soja foi comercializada por R$ 40,00, com um aumento de 10% em 30 dias.
Essa valorização levou o agricultor José Eduardo Macedo a vender 20% da produção antes mesmo de colher a lavoura. “Teve o problema da saca no sul do Brasil, no norte da Argentina e no Paraguai, o que fez com que o valor da soja aumentasse. Outro fator foi a desvalorização do real perante o dólar. Então, hoje, realmente, em reais nós estamos recebendo na região um valor bem mais alto do esperado em dezembro do ano passado”, disse.
É um novo cenário. O aumento no preço deixa o mercado favorável aos negócios e muda também a situação daqueles agricultores que já haviam comprometido parte da produção para custear a lavoura, como é o caso da maioria em Lucas do Rio Verde.
O agricultor Domingos Munaretto comprometeu 50% da produção em troca dos insumos. Ele está otimista porque a parte da colheita que vai sobrar pode ser comercializada num preço melhor. Ele, não entanto, está cauteloso. Pretende vender a produção aos poucos.
Nesta safra, os produtores de Mato Grosso reduziram as vendas antecipadas. Segundo a Federação de Agricultura do Estado houve uma queda de 55% nesse tipo de negócio.
Fonte: Globo Rural
Mais um pacote de socorro em gestação 23.01.09
23.01.09
O governo prepara mais um pacote de medidas para ajudar o setor rural a atravessar a persistente turbulência financeira global. Na próxima semana, o Conselho Monetário Nacional (CMN) deve aprovar alterações para aumentar as garantias de sustentação de preços na comercialização da atual safra de grãos e melhorar as condições de pagamento previstas na lei de renegociação das dívidas rurais.
Pressionado pelo setor rural a elevar os preços mínimos de garantia, o governo quer permitir o lançamento de contratos de opção de venda com preços de referência até 10% superiores ao mínimo. É uma forma de ampliar a eficácia do apoio à comercialização da safra, cujo orçamento total soma R$ 5,2 bilhões, em vez de mexer nos preços mínimos. Também ajuda a cobrir os custos financeiros e de estocagem embutidos nos leilões de opções.
Em uma tentativa de enxugar a oferta de grãos no mercado, o governo também propõe ampliar de R$ 10 milhões para R$ 15 milhões o limite máximo de financiamento a agroindústrias para estocagem da safra por meio de créditos para comercialização e EGF.
A pedido dos bancos, os produtores também devem ganhar um prazo extra, até o próximo dia 15 de março, para quitar os débitos ou pagar a primeira parcela da renegociação da dívida, autorizada em setembro do ano passado pela Lei nº 11.775. O prazo anterior expirou em 30 de dezembro de 2008. Mas a medida abrange apenas quem manifestou interesse na renegociação até 12 de dezembro. Os produtores que contrataram crédito fundiário, como agricultores familiares e assentados da reforma agrária, terão prazo até 29 de maio para regularização sua situação.
A reunião do CMN também deve disciplinar o direito dos devedores em renegociar débitos inscritos no cadastro de inadimplentes do governo federal (Cadin) e a transformação das dívidas com o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) de até R$ 200 mil por mutuário em débitos com fundos constitucionais do Nordeste (FNE) e do Norte (FNO), cujos juros são mais baratos. Mas as operações passarão a ser de risco exclusivo dos bancos gestores dos fundos.
Fonte: Valor Econômico
O governo prepara mais um pacote de medidas para ajudar o setor rural a atravessar a persistente turbulência financeira global. Na próxima semana, o Conselho Monetário Nacional (CMN) deve aprovar alterações para aumentar as garantias de sustentação de preços na comercialização da atual safra de grãos e melhorar as condições de pagamento previstas na lei de renegociação das dívidas rurais.
Pressionado pelo setor rural a elevar os preços mínimos de garantia, o governo quer permitir o lançamento de contratos de opção de venda com preços de referência até 10% superiores ao mínimo. É uma forma de ampliar a eficácia do apoio à comercialização da safra, cujo orçamento total soma R$ 5,2 bilhões, em vez de mexer nos preços mínimos. Também ajuda a cobrir os custos financeiros e de estocagem embutidos nos leilões de opções.
Em uma tentativa de enxugar a oferta de grãos no mercado, o governo também propõe ampliar de R$ 10 milhões para R$ 15 milhões o limite máximo de financiamento a agroindústrias para estocagem da safra por meio de créditos para comercialização e EGF.
A pedido dos bancos, os produtores também devem ganhar um prazo extra, até o próximo dia 15 de março, para quitar os débitos ou pagar a primeira parcela da renegociação da dívida, autorizada em setembro do ano passado pela Lei nº 11.775. O prazo anterior expirou em 30 de dezembro de 2008. Mas a medida abrange apenas quem manifestou interesse na renegociação até 12 de dezembro. Os produtores que contrataram crédito fundiário, como agricultores familiares e assentados da reforma agrária, terão prazo até 29 de maio para regularização sua situação.
A reunião do CMN também deve disciplinar o direito dos devedores em renegociar débitos inscritos no cadastro de inadimplentes do governo federal (Cadin) e a transformação das dívidas com o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) de até R$ 200 mil por mutuário em débitos com fundos constitucionais do Nordeste (FNE) e do Norte (FNO), cujos juros são mais baratos. Mas as operações passarão a ser de risco exclusivo dos bancos gestores dos fundos.
Fonte: Valor Econômico
Produção de açúcar segue vantajosa em relação a etanol 23.01.09
23.01.09
A produção de açúcar segue mais vantajosa em relação ao etanol para o produtor brasileiro, de acordo com paridade entre os preços calculados pela Datagro Consultoria tendo como base as cotações de açúcar negociadas na Ice Futures, em cents por libra. O preço do etanol anidro está 5,44% abaixo do preço do açúcar e o do hidratado está 11,28% abaixo do preço do açúcar no mercado interno, com cálculos feitos com os preços registrados na região Centro-Sul.
E, nesta semana, o mercado interno de açúcar voltou a alcançar o equilíbrio em relação ao mercado externo. Nas últimas semanas, o mercado externo estava mais atraente que o interno.
No Centro-Sul, o açúcar no mercado interno era cotado a 12,35 cents por libra ante 11,59 cents para o anidro e 10,88 cents para o hidratado. No Norte/Nordeste, o açúcar no mercado interno estava a 10,98 cents, o anidro a 10,96 cents e o hidratado a 9,86 cents.
Fonte: Eduardo Magossi, Agência Estado
A produção de açúcar segue mais vantajosa em relação ao etanol para o produtor brasileiro, de acordo com paridade entre os preços calculados pela Datagro Consultoria tendo como base as cotações de açúcar negociadas na Ice Futures, em cents por libra. O preço do etanol anidro está 5,44% abaixo do preço do açúcar e o do hidratado está 11,28% abaixo do preço do açúcar no mercado interno, com cálculos feitos com os preços registrados na região Centro-Sul.
E, nesta semana, o mercado interno de açúcar voltou a alcançar o equilíbrio em relação ao mercado externo. Nas últimas semanas, o mercado externo estava mais atraente que o interno.
No Centro-Sul, o açúcar no mercado interno era cotado a 12,35 cents por libra ante 11,59 cents para o anidro e 10,88 cents para o hidratado. No Norte/Nordeste, o açúcar no mercado interno estava a 10,98 cents, o anidro a 10,96 cents e o hidratado a 9,86 cents.
Fonte: Eduardo Magossi, Agência Estado
15 mil produtores do Sul receberão seguro contra seca 23.01.09
23.01.09
O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse hoje que o governo tem tomado as medidas possíveis para aliviar o problema dos cerca de 15 mil produtores rurais do Sul do Brasil, prejudicados pelo clima adverso, e que já formalizaram declaração de sinistro. "O que podemos fazer é tornar ágil o pagamento do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e tentar acelerar o pagamento do seguro privado", afirmou ele, durante entrevista hoje de manhã para o programa Bom Dia Ministro, da estatal Radiobrás.
Conforme Stephanes, o governo também vai prorrogar dívidas e dar novo crédito para o agricultor continuar plantando. "No momento é isso que se pode fazer", comentou. Segundo ele, a estiagem no Paraná deve provocar perda de 30% da safra de soja e de 25% da produção de milho naquele Estado. Na Argentina, a produção de trigo caiu pela metade.
Desemprego
Questionado sobre os efeitos da crise no nível de emprego no campo, Stephanes comentou que a atividade rural foi a segunda a apresentar maior número de desempregados no ano passado. Foram 143 mil postos de trabalho perdidos. Numa análise por setor, Stephanes ressaltou que o segmento sucroalcooleiro apresentou perda de 80 mil trabalhadores, ou seja, o desemprego foi concentrado em único setor, principalmente em São Paulo e Minas Gerais. "Os demais setores tiveram perdas 'normais' e estudos são feitos para evitar um agravamento do problema", disse Stephanes. Ele salientou que "se a agricultura vai bem, 4 mil municípios também vão bem", porque o agronegócio está na base da economia dessas cidades.
Fonte: Tomas Okuda, Agência Estado
O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse hoje que o governo tem tomado as medidas possíveis para aliviar o problema dos cerca de 15 mil produtores rurais do Sul do Brasil, prejudicados pelo clima adverso, e que já formalizaram declaração de sinistro. "O que podemos fazer é tornar ágil o pagamento do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e tentar acelerar o pagamento do seguro privado", afirmou ele, durante entrevista hoje de manhã para o programa Bom Dia Ministro, da estatal Radiobrás.
Conforme Stephanes, o governo também vai prorrogar dívidas e dar novo crédito para o agricultor continuar plantando. "No momento é isso que se pode fazer", comentou. Segundo ele, a estiagem no Paraná deve provocar perda de 30% da safra de soja e de 25% da produção de milho naquele Estado. Na Argentina, a produção de trigo caiu pela metade.
Desemprego
Questionado sobre os efeitos da crise no nível de emprego no campo, Stephanes comentou que a atividade rural foi a segunda a apresentar maior número de desempregados no ano passado. Foram 143 mil postos de trabalho perdidos. Numa análise por setor, Stephanes ressaltou que o segmento sucroalcooleiro apresentou perda de 80 mil trabalhadores, ou seja, o desemprego foi concentrado em único setor, principalmente em São Paulo e Minas Gerais. "Os demais setores tiveram perdas 'normais' e estudos são feitos para evitar um agravamento do problema", disse Stephanes. Ele salientou que "se a agricultura vai bem, 4 mil municípios também vão bem", porque o agronegócio está na base da economia dessas cidades.
Fonte: Tomas Okuda, Agência Estado
Ambientalistas desmentem autoria de propostas a eles atribuídas sobre o Código Florestal 22.01.09
22.01.09
O grupo de ONGs e entidades ambientalistas que recentemente anunciou a retirada das negociações sobre o Código Florestal publicou nota ontem (21) desmentindo informações publicadas no jornal O Estado de S. Paulo. Segundo a nota, as organizações "desconhecem as "propostas polêmicas de ONGs ambientalistas" que foram repetidamente objeto de matérias com destaque do Estado de S. Paulo nos últimos dias, sem sequer ouvir os supostos interessados".
Segundo a reportagem do jornal, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, decidiu "retirar o apoio a mais de metade das propostas de ONGs ambientalistas", e das 13 propostas feitas pelos ambientalistas, apenas seis seriam aceitas pelos ministérios. "Entre as [propostas] que caíram está a mais polêmica de todas, a que previa a prisão de agricultores familiares que continuassem plantando café, erva-mate, maçã e uva em encostas".
Na nota, as ONGs argumentam que as 13 propostas foram apresentadas pelo próprio ministro Carlos Minc, durante a segunda reunião do grupo, e que entre elas não continha nenhum ponto que falasse sobre a prisão de pequenos produtores rurais que mantivessem produção em áreas de preservação permanente.
Segundo a nota, as organizações se retiraram das negociações devido à desproporcionalidade do grupo de trabalho, cuja maioria era formada por ruralistas. "Eventuais polêmicas entre ministérios constituem um problema interno ao governo federal e as evidentes ambiguidade, falta de firmeza e incoerência com as quais o tema é tratado pelo governo não devem ser atribuídas a propostas de ambientalistas que jamais foram formuladas".
Fonte: Amazonia.org.br
Veja a nota na íntegra em Opinião
O grupo de ONGs e entidades ambientalistas que recentemente anunciou a retirada das negociações sobre o Código Florestal publicou nota ontem (21) desmentindo informações publicadas no jornal O Estado de S. Paulo. Segundo a nota, as organizações "desconhecem as "propostas polêmicas de ONGs ambientalistas" que foram repetidamente objeto de matérias com destaque do Estado de S. Paulo nos últimos dias, sem sequer ouvir os supostos interessados".
Segundo a reportagem do jornal, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, decidiu "retirar o apoio a mais de metade das propostas de ONGs ambientalistas", e das 13 propostas feitas pelos ambientalistas, apenas seis seriam aceitas pelos ministérios. "Entre as [propostas] que caíram está a mais polêmica de todas, a que previa a prisão de agricultores familiares que continuassem plantando café, erva-mate, maçã e uva em encostas".
Na nota, as ONGs argumentam que as 13 propostas foram apresentadas pelo próprio ministro Carlos Minc, durante a segunda reunião do grupo, e que entre elas não continha nenhum ponto que falasse sobre a prisão de pequenos produtores rurais que mantivessem produção em áreas de preservação permanente.
Segundo a nota, as organizações se retiraram das negociações devido à desproporcionalidade do grupo de trabalho, cuja maioria era formada por ruralistas. "Eventuais polêmicas entre ministérios constituem um problema interno ao governo federal e as evidentes ambiguidade, falta de firmeza e incoerência com as quais o tema é tratado pelo governo não devem ser atribuídas a propostas de ambientalistas que jamais foram formuladas".
Fonte: Amazonia.org.br
Veja a nota na íntegra em Opinião
Governo prepara projeto de lei para fim das queimadas nos canaviais até 2020 22.01.09
22.01.09
O governo deve enviar ao Congresso projeto de lei para acabar completamente com as queimadas nos canaviais até 2020. A previsão é dar início ao plano de redução em 2010, e quem não cumprir poderá ser punido, por exemplo, com multa ou restrição de crédito. A informação é do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, depois de reunião com o presidente Luiz Inácio da Silva, no Palácio do Planalto.
De acordo com Minc, a partir do ano que vem, a meta é reduzir as queimadas em 20%. Em 2012, a queda deverá ser de 30%. Dois anos depois, de 50%. Em 2018, 80%, e em 2020, último ano do cronograma, chegar a 100%. O plano de redução valerá também para os usineiros que já usam máquinas na colheita da cana.
O ministro não soube informar se as metas são para cada produtor ou em nível nacional, porque o texto do projeto está em fase de elaboração, mas revelou que o plano deve ser anunciado em fevereiro.
Minc disse ainda que no caso das novas áreas de plantação de cana, os produtores só terão crédito se não utilizarem o processo de queimada na colheita, mas que depois da aprovação do projeto de lei elas estarão imediatamente impedidas desse tipo de prática, obedecendo o cronograma estabelecido.
“Nas áreas novas, só vão ter crédito sem queimada. Nas áreas atuais, elas terão, se essa lei for aprovada [pelo Congresso Nacional], que cumprir esse cronograma para a redução progressiva das queimadas, prevista em lei”, afirmou.
Sobre punições, ele citou poucos exemplos, como multa e restrição de crédito, porém preferiu não entrar em detalhes. “Qualquer lei existe quando tem punições, como a lei não está elaborada não vou dizer qual é a punição para cada artigo dela”, disse.
De acordo com dados do ministro, os canaviais atuais somam 7 milhões de hectares. Para expandir a produção de etanol, são necessários mais 6 milhões de hectares para o cultivo da cana, e o país dispõe de 40 milhões de hectares de terra disponíveis.
Mais uma vez, o ministro do Meio Ambiente garantiu que não serão instaladas usinas para produção de álcool a partir da cana, na Amazônia e no Pantanal. “Há acordo dos ministérios de que não haverá nenhuma nova usina de cana no Pantanal, nem na Amazônia, nem em área de vegetação nativa”, reafirmou.
Além de Minc, participaram do encontro os ministros da Agricultura, Reinhold Stephanes, e da Casa Civil, Dilma Rousseff.
Fonte: Carolina Pimentel, repórter da Agência Brasil
O governo deve enviar ao Congresso projeto de lei para acabar completamente com as queimadas nos canaviais até 2020. A previsão é dar início ao plano de redução em 2010, e quem não cumprir poderá ser punido, por exemplo, com multa ou restrição de crédito. A informação é do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, depois de reunião com o presidente Luiz Inácio da Silva, no Palácio do Planalto.
De acordo com Minc, a partir do ano que vem, a meta é reduzir as queimadas em 20%. Em 2012, a queda deverá ser de 30%. Dois anos depois, de 50%. Em 2018, 80%, e em 2020, último ano do cronograma, chegar a 100%. O plano de redução valerá também para os usineiros que já usam máquinas na colheita da cana.
O ministro não soube informar se as metas são para cada produtor ou em nível nacional, porque o texto do projeto está em fase de elaboração, mas revelou que o plano deve ser anunciado em fevereiro.
Minc disse ainda que no caso das novas áreas de plantação de cana, os produtores só terão crédito se não utilizarem o processo de queimada na colheita, mas que depois da aprovação do projeto de lei elas estarão imediatamente impedidas desse tipo de prática, obedecendo o cronograma estabelecido.
“Nas áreas novas, só vão ter crédito sem queimada. Nas áreas atuais, elas terão, se essa lei for aprovada [pelo Congresso Nacional], que cumprir esse cronograma para a redução progressiva das queimadas, prevista em lei”, afirmou.
Sobre punições, ele citou poucos exemplos, como multa e restrição de crédito, porém preferiu não entrar em detalhes. “Qualquer lei existe quando tem punições, como a lei não está elaborada não vou dizer qual é a punição para cada artigo dela”, disse.
De acordo com dados do ministro, os canaviais atuais somam 7 milhões de hectares. Para expandir a produção de etanol, são necessários mais 6 milhões de hectares para o cultivo da cana, e o país dispõe de 40 milhões de hectares de terra disponíveis.
Mais uma vez, o ministro do Meio Ambiente garantiu que não serão instaladas usinas para produção de álcool a partir da cana, na Amazônia e no Pantanal. “Há acordo dos ministérios de que não haverá nenhuma nova usina de cana no Pantanal, nem na Amazônia, nem em área de vegetação nativa”, reafirmou.
Além de Minc, participaram do encontro os ministros da Agricultura, Reinhold Stephanes, e da Casa Civil, Dilma Rousseff.
Fonte: Carolina Pimentel, repórter da Agência Brasil
Energia renovável tem nova entidade para incentivar consumo 22.01.09
22.01.09
Uma nova entidade dedicada à defesa das energias renováveis, a International Renewable Energy Agency (Irena), será lançada oficialmente em Bonn, na Alemanha, no dia 26. O processo de criação da entidade foi liderado por Alemanha, Espanha e Dinamarca, e o Brasil será um dos 51 países signatários de seu estatuto, informou hoje, em nota, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).
Os principais objetivos da nova agência são promover a adoção em larga escala de energias renováveis, assessorando os países industrializados no desenvolvimento ou melhoria de seus marcos regulatórios e no desenvolvimento de suas capacidades e em processos de transferência de tecnologia, contribuindo desta forma para que este tipo de fonte de abastecimento alcance cotas cada vez maiores na produção energética mundial.
No contexto atual, em que o mundo enfrenta três crises distintas - a financeira, a energética e o aquecimento global - e a população continua a crescer, tem-se buscado reduzir a dependência do petróleo e estimular a oferta de energia renovável. "A Irena será um agente importante, focado na defesa da diversificação e sustentabilidade da matriz energética, na busca de convergência de ações e de interesses para ampliar a eficiência das energias tradicionais, reduzir o desperdício energético e as emissões de gases de efeito estufa, e ampliar a participação das fontes de energia renovável", afirmou Carlos Silvestrin, consultor de bioeletricidade da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) e vice-presidente da Associação Paulista de Cogeração de Energia (Cogen-SP).
Para Silvestrin, o Brasil participar como país signatário representa uma oportunidade singular para definir políticas, diretrizes e ações que possibilitem estabelecer uma nova trajetória energética que valorize as fontes renováveis e as vocações energéticas regionais. "Com esse objetivo, será importante trazer para o centro das decisões o conceito da geração distribuída como fonte complementar produzida a partir da biomassa, em particular a bioeletricidade da cana-de-açúcar, cuja produção está associada à expansão do etanol", complementa Silvestrin.
Comissão Preparatória
Em outubro de 2008, foi realizada uma conferência final preparatória em Madri (Espanha) para a criação da agência, quando foram debatidos aspectos relacionados ao estatuto, financiamento e procedimentos da entidade. Foi criada também uma Comissão Preparatória, em caráter interino, para acelerar as primeiras ações da entidade em seu trabalho em prol de um modelo energético fundamentado em forte economia de carbono e no uso intenso das energias renováveis.
A Comissão Preparatória se reunirá pela primeira vez em Bonn, em 27 de janeiro, para definir as primeiras ações da entidade e os critérios para seleção do Diretor Interino e da sede da Irena. Será também elaborado um programa inicial de trabalho, com as atividades prioritárias a serem implementadas pela entidade. De fevereiro a junho de 2009, será feito um trabalho de base junto a formadores de opinião, organizações e redes de contatos e a partir daí, o diretor-geral da entidade terá uma boa fundação para começar a implementar seu plano de trabalho.
Fonte: Agência Estado
Uma nova entidade dedicada à defesa das energias renováveis, a International Renewable Energy Agency (Irena), será lançada oficialmente em Bonn, na Alemanha, no dia 26. O processo de criação da entidade foi liderado por Alemanha, Espanha e Dinamarca, e o Brasil será um dos 51 países signatários de seu estatuto, informou hoje, em nota, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).
Os principais objetivos da nova agência são promover a adoção em larga escala de energias renováveis, assessorando os países industrializados no desenvolvimento ou melhoria de seus marcos regulatórios e no desenvolvimento de suas capacidades e em processos de transferência de tecnologia, contribuindo desta forma para que este tipo de fonte de abastecimento alcance cotas cada vez maiores na produção energética mundial.
No contexto atual, em que o mundo enfrenta três crises distintas - a financeira, a energética e o aquecimento global - e a população continua a crescer, tem-se buscado reduzir a dependência do petróleo e estimular a oferta de energia renovável. "A Irena será um agente importante, focado na defesa da diversificação e sustentabilidade da matriz energética, na busca de convergência de ações e de interesses para ampliar a eficiência das energias tradicionais, reduzir o desperdício energético e as emissões de gases de efeito estufa, e ampliar a participação das fontes de energia renovável", afirmou Carlos Silvestrin, consultor de bioeletricidade da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) e vice-presidente da Associação Paulista de Cogeração de Energia (Cogen-SP).
Para Silvestrin, o Brasil participar como país signatário representa uma oportunidade singular para definir políticas, diretrizes e ações que possibilitem estabelecer uma nova trajetória energética que valorize as fontes renováveis e as vocações energéticas regionais. "Com esse objetivo, será importante trazer para o centro das decisões o conceito da geração distribuída como fonte complementar produzida a partir da biomassa, em particular a bioeletricidade da cana-de-açúcar, cuja produção está associada à expansão do etanol", complementa Silvestrin.
Comissão Preparatória
Em outubro de 2008, foi realizada uma conferência final preparatória em Madri (Espanha) para a criação da agência, quando foram debatidos aspectos relacionados ao estatuto, financiamento e procedimentos da entidade. Foi criada também uma Comissão Preparatória, em caráter interino, para acelerar as primeiras ações da entidade em seu trabalho em prol de um modelo energético fundamentado em forte economia de carbono e no uso intenso das energias renováveis.
A Comissão Preparatória se reunirá pela primeira vez em Bonn, em 27 de janeiro, para definir as primeiras ações da entidade e os critérios para seleção do Diretor Interino e da sede da Irena. Será também elaborado um programa inicial de trabalho, com as atividades prioritárias a serem implementadas pela entidade. De fevereiro a junho de 2009, será feito um trabalho de base junto a formadores de opinião, organizações e redes de contatos e a partir daí, o diretor-geral da entidade terá uma boa fundação para começar a implementar seu plano de trabalho.
Fonte: Agência Estado
Técnicos da UE visita frigorífico e propriedades no RS 22.01.09
22.01.09
Porto Alegre - Três técnicos da União Europeia começaram hoje uma série de visitas para avaliar as condições de sanidade animal e rastreabilidade no Rio Grande do Sul, como parte do roteiro que realizam em vários Estados que exportam carne bovina para o bloco. O primeiro compromisso do grupo é uma visita ao frigorífico Mercosul, em Bagé, no sul do Estado. Amanhã, está prevista visita a duas propriedades rurais e à inspetoria veterinária.
"Os europeus vieram avaliar se o Brasil está cumprindo todas as exigências", descreveu o chefe do serviço de sanidade agropecuária do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul, Bernardo Todeschini. Após polêmica no começo do ano passado sobre as exigências para exportar ao bloco, a UE retomou as compras de carne bovina do Brasil somente de propriedades que atendam plenamente às regras fixadas pelos importadores. O Rio Grande do Sul tem 60 propriedades aptas a vender carne bovina, de um total de 733 fazendas habilitadas atualmente no Brasil pela União Europeia.
Fonte: Sandra Hahn, Agência Estado
Porto Alegre - Três técnicos da União Europeia começaram hoje uma série de visitas para avaliar as condições de sanidade animal e rastreabilidade no Rio Grande do Sul, como parte do roteiro que realizam em vários Estados que exportam carne bovina para o bloco. O primeiro compromisso do grupo é uma visita ao frigorífico Mercosul, em Bagé, no sul do Estado. Amanhã, está prevista visita a duas propriedades rurais e à inspetoria veterinária.
"Os europeus vieram avaliar se o Brasil está cumprindo todas as exigências", descreveu o chefe do serviço de sanidade agropecuária do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul, Bernardo Todeschini. Após polêmica no começo do ano passado sobre as exigências para exportar ao bloco, a UE retomou as compras de carne bovina do Brasil somente de propriedades que atendam plenamente às regras fixadas pelos importadores. O Rio Grande do Sul tem 60 propriedades aptas a vender carne bovina, de um total de 733 fazendas habilitadas atualmente no Brasil pela União Europeia.
Fonte: Sandra Hahn, Agência Estado
Governo argentino diz que não vai declarar 'emergência agropecuária' 22.01.09
22.01.09
Buenos Aires - O Chefe do Gabinete de Ministros, Sergio Massa, afirmou que o governo da presidente Cristina Kirchner "não abandonará os produtores agrícolas" que estão padecendo a intensa seca que assola a Argentina. "Vamos colocar todas as ferramentas que o Estado argentino possui", sustentou. No entanto, Massa disse que o governo não declarará "emergência agropecuária".
A emergência agropecuária implicaria adiamento do pagamento de impostos, para aliviar os problemas econômicos do setor. As associações ruralistas afirmam que a declaração do estado de emergência é imprescindível. Alguns setores exigem mais medidas, e afirmam que seria necessária a declaração de "desastre agropecuário", o que resultaria em anistia para os tributos do setor.
A Argentina está sendo assolada pela pior seca dos últimos 47 anos. A falta de chuvas poderá causar prejuízos da ordem de US$ 4,104 bilhões em 2009, segundo estimativas das Confederações Rurais Argentinas (CRA).
A Confederação de Associações Rurais de Buenos Aires (Carbap) sustenta que os prejuízos, até o momento, alcançam US$ 1,2 bilhão na província de Buenos Aires. Segundo a Carbap, se não chover mais de 80 milímetros em dez dias, mais da metade dos municípios bonaerenses estarão em situação de emergência.
Fonte: Ariel Palacios, Agência Estado
Buenos Aires - O Chefe do Gabinete de Ministros, Sergio Massa, afirmou que o governo da presidente Cristina Kirchner "não abandonará os produtores agrícolas" que estão padecendo a intensa seca que assola a Argentina. "Vamos colocar todas as ferramentas que o Estado argentino possui", sustentou. No entanto, Massa disse que o governo não declarará "emergência agropecuária".
A emergência agropecuária implicaria adiamento do pagamento de impostos, para aliviar os problemas econômicos do setor. As associações ruralistas afirmam que a declaração do estado de emergência é imprescindível. Alguns setores exigem mais medidas, e afirmam que seria necessária a declaração de "desastre agropecuário", o que resultaria em anistia para os tributos do setor.
A Argentina está sendo assolada pela pior seca dos últimos 47 anos. A falta de chuvas poderá causar prejuízos da ordem de US$ 4,104 bilhões em 2009, segundo estimativas das Confederações Rurais Argentinas (CRA).
A Confederação de Associações Rurais de Buenos Aires (Carbap) sustenta que os prejuízos, até o momento, alcançam US$ 1,2 bilhão na província de Buenos Aires. Segundo a Carbap, se não chover mais de 80 milímetros em dez dias, mais da metade dos municípios bonaerenses estarão em situação de emergência.
Fonte: Ariel Palacios, Agência Estado
Matérias-primas mais baratas e estoques em alta puxam para baixo preço dos fertilizantes 22.01.09
22.01.09
De acordo com levantamento da Scot Consultoria, o preço do Super Simples (18% de P205 e 8% de enxofre), acumula queda de 45,88% desde setembro.
O preço do enxofre, matéria-prima básica para a produção de ácido sulfúrico, que por sua vez constitui a base para a produção do Superfosfato Simples e do Ácido fosfórico, sofreu forte aumento no primeiro semestre de 2008. Repare na figura 1, que a partir de julho de 2008, o preço do enxofre recuou, vindo a reagir somente em janeiro deste ano. Apesar do reajuste, o preço do quilo de enxofre permanece em níveis mais próximos ao início de 2008.
De acordo com levantamento da Scot Consultoria, o preço do Super Simples (18% de P205 e 8% de enxofre), acumula queda de 45,88% desde setembro. Em relação a dezembro de 2008 a queda é de 16,66%. Atualmente, o fertilizante está cotado a R$500,00/tonelada.
"Vale lembrar que parte do produto que está sendo comercializado agora ainda é proveniente dos estoques adquiridos no primeiro semestre de 2008, portanto, apresentam altos custos. Muitas empresas, na tentativa de liquidar os estoques, não estão considerando os preços de aquisição do insumo e este fato tem representado prejuízos ao setor", comentam os analistas.
Fonte: Scot Consultoria
De acordo com levantamento da Scot Consultoria, o preço do Super Simples (18% de P205 e 8% de enxofre), acumula queda de 45,88% desde setembro.
O preço do enxofre, matéria-prima básica para a produção de ácido sulfúrico, que por sua vez constitui a base para a produção do Superfosfato Simples e do Ácido fosfórico, sofreu forte aumento no primeiro semestre de 2008. Repare na figura 1, que a partir de julho de 2008, o preço do enxofre recuou, vindo a reagir somente em janeiro deste ano. Apesar do reajuste, o preço do quilo de enxofre permanece em níveis mais próximos ao início de 2008.
De acordo com levantamento da Scot Consultoria, o preço do Super Simples (18% de P205 e 8% de enxofre), acumula queda de 45,88% desde setembro. Em relação a dezembro de 2008 a queda é de 16,66%. Atualmente, o fertilizante está cotado a R$500,00/tonelada.
"Vale lembrar que parte do produto que está sendo comercializado agora ainda é proveniente dos estoques adquiridos no primeiro semestre de 2008, portanto, apresentam altos custos. Muitas empresas, na tentativa de liquidar os estoques, não estão considerando os preços de aquisição do insumo e este fato tem representado prejuízos ao setor", comentam os analistas.
Fonte: Scot Consultoria
Exportação russa de grãos quase dobrou até 10 de janeiro 22.01.09
22.01.09
Moscou - A Rússia exportou 12,165 milhões de toneladas de grãos desde o início da safra 2008/09, em 1º de julho, até 10 de janeiro, informou hoje o Ministério da Agricultura. O número representa quase o dobro dos embarques realizados no mesmo período da safra anterior, e incluem 10,678 milhões de toneladas de trigo.
No mês de dezembro as exportações de grãos atingiram 1,813 milhão de toneladas, incluindo 1,406 milhão de toneladas de trigo. O ministério estima a colheita de grãos em 2008/09 em mais de 100 milhões de toneladas, e as exportações entre 20 milhões e 25 milhões de toneladas.
Fonte: informações da Dow Jones, com Deise Vieira, Agência Estado
Moscou - A Rússia exportou 12,165 milhões de toneladas de grãos desde o início da safra 2008/09, em 1º de julho, até 10 de janeiro, informou hoje o Ministério da Agricultura. O número representa quase o dobro dos embarques realizados no mesmo período da safra anterior, e incluem 10,678 milhões de toneladas de trigo.
No mês de dezembro as exportações de grãos atingiram 1,813 milhão de toneladas, incluindo 1,406 milhão de toneladas de trigo. O ministério estima a colheita de grãos em 2008/09 em mais de 100 milhões de toneladas, e as exportações entre 20 milhões e 25 milhões de toneladas.
Fonte: informações da Dow Jones, com Deise Vieira, Agência Estado
Sadia começa a demitir funcionários 21.01.09
21.01.09
Depois de perder cerca de R$ 760 milhões no terceiro semestre do ano passado com os impactos da crise econômica internacional, a Sadia começou ontem (20) a demitir funcionários. Segundo a assessoria de imprensa da empresa, 350 trabalhadores de setores administrativos serão dispensados, o que vai gerar uma economia de R$ 44 milhões por ano.
Ainda de acordo com a assessoria, as demissões não afetarão o volume de produção porque os cargos cortados são administrativos. A Sadia informou que a medida foi tomada para readequar custos e conferir agilidade aos processos da empresa.
A informação da assessoria de imprensa da companhia é que a medida não terá impacto no volume de produção, já que os cortes não atingirão os trabalhadores do "chão de fábrica". A empresa tem aproximadamente 63 mil funcionários, no quadro total.
Fonte: Ivy Farias, repórter da Agência Brasil e Tatiana Freitas, Agência Estado
Comentário do editor: cortar empregados não é solução para enfrentar as perdas que a empresa registrou recentemente. E se essa é a “gordura” que a Sadia dispõe para cortar, aparentemente não sairá do lugar. Tudo indica que é o primeiro passo, e que outras medidas (quem sabe cortam salários e benefícios diretos e indiretos dos dirigentes?) vem por aí...
Depois de perder cerca de R$ 760 milhões no terceiro semestre do ano passado com os impactos da crise econômica internacional, a Sadia começou ontem (20) a demitir funcionários. Segundo a assessoria de imprensa da empresa, 350 trabalhadores de setores administrativos serão dispensados, o que vai gerar uma economia de R$ 44 milhões por ano.
Ainda de acordo com a assessoria, as demissões não afetarão o volume de produção porque os cargos cortados são administrativos. A Sadia informou que a medida foi tomada para readequar custos e conferir agilidade aos processos da empresa.
A informação da assessoria de imprensa da companhia é que a medida não terá impacto no volume de produção, já que os cortes não atingirão os trabalhadores do "chão de fábrica". A empresa tem aproximadamente 63 mil funcionários, no quadro total.
Fonte: Ivy Farias, repórter da Agência Brasil e Tatiana Freitas, Agência Estado
Comentário do editor: cortar empregados não é solução para enfrentar as perdas que a empresa registrou recentemente. E se essa é a “gordura” que a Sadia dispõe para cortar, aparentemente não sairá do lugar. Tudo indica que é o primeiro passo, e que outras medidas (quem sabe cortam salários e benefícios diretos e indiretos dos dirigentes?) vem por aí...
Brasil supera EUA no uso de agrotóxicos 21.01.09
21.01.09
Em 2008, o Brasil assumiu a liderança no consumo mundial de agroquímicos, posição antes ocupada pelos Estados Unidos, segundo informa o presidente mundial do instituto internacional de pesquisa em agronegócios Kleffmann Group, Burkhard Kleffmann.
O resultado deve ser confirmado pelos balanços das principais indústrias do setor. Dados preliminares indicam que os produtores brasileiros compraram entre US$ 6,9 e US$ 7 bilhões em defensivos agrícolas. Já as lavouras americanas, mesmo ocupando uma área consideravelmente maior, compraram US$ 6,7 bilhões nos insumos.
O ritmo de crescimento de quase 30% no mercado de insumos agrícola no ano passado não deverá se repetir em 2009. "Mas não sofrerá uma reversão", acredita o presidente da Kleffmann no Brasil, Lars Schobinger. Já as lavouras do mundo devem apresentar queda de 5%, estima Kleffmann. Em 2008, o consumo global de agrtóxicos foi 15% maior na comparação com o ano anterior.
O presidente mundial da empresa ressalta que o potencial de crescimento avistado no Brasil é assegurado pelo clima tropical, sinônimo de mais pragas nas lavouras e pelo "efeito fisiológico" garantido com a "terceira aplicação" já adotado nas lavouras européias, e em estágio embrionário por aqui. "A dose extra de defensivos é capaz de aumentar a produtividade da lavoura". No ano passado, o número de aplicações nas lavouras brasileiras de soja cresceu 5,3% e movimentou US$ 2,38 bilhões, 33% mais que na safra anterior.
Kleffmann fala em uma "tendência irreversível de crescimento" do setor de defensivos agrícolas, o empresário admite uma retração apenas em caso de escassez generalizada de crédito, cenário para ele que pode ocorrer nos países da América Latina. Argumento rebatido pelo presidente da empresa no Brasil, que se apoia no crescimento da área cultivada com recurso próprio, independente de crédito oficial ou informal.
"Apenas 20% das lavouras de milho recebem aplicação de fungicidas", afirma Schorbinger baseado nos números da Kleffmann. Ele informa que 100% das plantações de soja são protegidas com o produto, "mas só 40% delas são cultivadas com sementes tratadas quimicamente", acrescenta. Para o executivo brasileiro, a ferrugem surgida na soja brasileira em 2004 foi uma das molas propulsoras do crescimento do consumo do agrotóxico. "O produtor não pode se dar o luxo de dispensar defensivo" (agrotóxicos).
Schorbinger e Kleffmann explicam que em tempos de crise o produtor reluta, mas acaba comprando esses produtos em cima da hora.
Fonte: Gazeta Mercantil
Nota do editor: para ver os efeitos dos agrotóxicos sobre as populações, em especial trabalhadores, nas regiões onde são aplicados, veja estudo “Efeitos dos Agrotóxicos sobre a População de Goiás” na seção Documentos
Em 2008, o Brasil assumiu a liderança no consumo mundial de agroquímicos, posição antes ocupada pelos Estados Unidos, segundo informa o presidente mundial do instituto internacional de pesquisa em agronegócios Kleffmann Group, Burkhard Kleffmann.
O resultado deve ser confirmado pelos balanços das principais indústrias do setor. Dados preliminares indicam que os produtores brasileiros compraram entre US$ 6,9 e US$ 7 bilhões em defensivos agrícolas. Já as lavouras americanas, mesmo ocupando uma área consideravelmente maior, compraram US$ 6,7 bilhões nos insumos.
O ritmo de crescimento de quase 30% no mercado de insumos agrícola no ano passado não deverá se repetir em 2009. "Mas não sofrerá uma reversão", acredita o presidente da Kleffmann no Brasil, Lars Schobinger. Já as lavouras do mundo devem apresentar queda de 5%, estima Kleffmann. Em 2008, o consumo global de agrtóxicos foi 15% maior na comparação com o ano anterior.
O presidente mundial da empresa ressalta que o potencial de crescimento avistado no Brasil é assegurado pelo clima tropical, sinônimo de mais pragas nas lavouras e pelo "efeito fisiológico" garantido com a "terceira aplicação" já adotado nas lavouras européias, e em estágio embrionário por aqui. "A dose extra de defensivos é capaz de aumentar a produtividade da lavoura". No ano passado, o número de aplicações nas lavouras brasileiras de soja cresceu 5,3% e movimentou US$ 2,38 bilhões, 33% mais que na safra anterior.
Kleffmann fala em uma "tendência irreversível de crescimento" do setor de defensivos agrícolas, o empresário admite uma retração apenas em caso de escassez generalizada de crédito, cenário para ele que pode ocorrer nos países da América Latina. Argumento rebatido pelo presidente da empresa no Brasil, que se apoia no crescimento da área cultivada com recurso próprio, independente de crédito oficial ou informal.
"Apenas 20% das lavouras de milho recebem aplicação de fungicidas", afirma Schorbinger baseado nos números da Kleffmann. Ele informa que 100% das plantações de soja são protegidas com o produto, "mas só 40% delas são cultivadas com sementes tratadas quimicamente", acrescenta. Para o executivo brasileiro, a ferrugem surgida na soja brasileira em 2004 foi uma das molas propulsoras do crescimento do consumo do agrotóxico. "O produtor não pode se dar o luxo de dispensar defensivo" (agrotóxicos).
Schorbinger e Kleffmann explicam que em tempos de crise o produtor reluta, mas acaba comprando esses produtos em cima da hora.
Fonte: Gazeta Mercantil
Nota do editor: para ver os efeitos dos agrotóxicos sobre as populações, em especial trabalhadores, nas regiões onde são aplicados, veja estudo “Efeitos dos Agrotóxicos sobre a População de Goiás” na seção Documentos
Produção de grãos em queda preocupa setor, que já demite funcionários 21.01.09
21.01.09
Mudanças climáticas e turbulências da crise financeira internacional provocaram queda na produção de grãos no ano passado, especialmente no fim do período. E, segundo análise do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), é possível que esses dois fatores continuem impactando o setor neste ano.
Com isso, disse o pesquisador Lucílio Alves, o ano de 2009 começou com muita preocupação em relação à situação das lavouras de grãos no país. Alves citou entre os problemas as restrições ao crédito, a alta dos insumos e o decréscimo da demanda. Em decorrência disso, em algumas regiões, já estão ocorrendo demissões de funcionários nas fazendas.
“Há estimativas do IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística] apontando menor produtividade agrícola em virtude desse fatores. E, o mais preocupante, tudo indica que, na safra seguinte, 2009/2010, a situação possa ser pior no campo para o agronegócio brasileiro”, disse o pesquisador do Cepea, em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional.
De acordo com Alves, o Cerrado foi o bioma que mais sofreu com as dificuldades de acesso ao crédito, o que levou muitas fazendas a demitir grande parte dos funcionários e a restringir as tecnologias usadas nas lavouras de grãos. “Nas grandes fazendas do Cerrado, houve dispensa de funcionários em grande quantidade, uma situação realmente complicada.”
A falta de chuvas em 2008 foi também fator significativo para a queda da produtividade das lavouras de grãos, principalmente em partes do oeste da Região Sul, acrescentou o pesquisador, que ressaltou também o problema da seca em Mato Grosso do Sul. “Isso pode diminuir a oferta dos produtos agrícolas. Estamos vendo colheitas com produções extremamente baixas, talvez as menores da história”, observou Alves.
Ele destacou outro ponto relevante na análise do Cepea: a menor demanda internacional pelos produtos agrícolas brasileiros. “Isso pode afetar em parte a entrada de recursos no Brasil, tanto do setor de grãos quanto do setor de cargas.”
Para o pesquisador, a intervenção do governo, embora considerada viável, é uma opção impossível, pois o país não está preparado, nem tem recursos suficientes para implementar a medida. “Em 2009, a rentabilidade do setor vai ser extremamente apertada, e aí volta-se para o governo. Provavelmente será necessária alguma intervenção, mas não há recursos disponíveis para que a intervenção se faça em grandes volumes para que alivie a renda do setor agrícola”.
Fonte: Agência Brasil
Mudanças climáticas e turbulências da crise financeira internacional provocaram queda na produção de grãos no ano passado, especialmente no fim do período. E, segundo análise do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), é possível que esses dois fatores continuem impactando o setor neste ano.
Com isso, disse o pesquisador Lucílio Alves, o ano de 2009 começou com muita preocupação em relação à situação das lavouras de grãos no país. Alves citou entre os problemas as restrições ao crédito, a alta dos insumos e o decréscimo da demanda. Em decorrência disso, em algumas regiões, já estão ocorrendo demissões de funcionários nas fazendas.
“Há estimativas do IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística] apontando menor produtividade agrícola em virtude desse fatores. E, o mais preocupante, tudo indica que, na safra seguinte, 2009/2010, a situação possa ser pior no campo para o agronegócio brasileiro”, disse o pesquisador do Cepea, em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional.
De acordo com Alves, o Cerrado foi o bioma que mais sofreu com as dificuldades de acesso ao crédito, o que levou muitas fazendas a demitir grande parte dos funcionários e a restringir as tecnologias usadas nas lavouras de grãos. “Nas grandes fazendas do Cerrado, houve dispensa de funcionários em grande quantidade, uma situação realmente complicada.”
A falta de chuvas em 2008 foi também fator significativo para a queda da produtividade das lavouras de grãos, principalmente em partes do oeste da Região Sul, acrescentou o pesquisador, que ressaltou também o problema da seca em Mato Grosso do Sul. “Isso pode diminuir a oferta dos produtos agrícolas. Estamos vendo colheitas com produções extremamente baixas, talvez as menores da história”, observou Alves.
Ele destacou outro ponto relevante na análise do Cepea: a menor demanda internacional pelos produtos agrícolas brasileiros. “Isso pode afetar em parte a entrada de recursos no Brasil, tanto do setor de grãos quanto do setor de cargas.”
Para o pesquisador, a intervenção do governo, embora considerada viável, é uma opção impossível, pois o país não está preparado, nem tem recursos suficientes para implementar a medida. “Em 2009, a rentabilidade do setor vai ser extremamente apertada, e aí volta-se para o governo. Provavelmente será necessária alguma intervenção, mas não há recursos disponíveis para que a intervenção se faça em grandes volumes para que alivie a renda do setor agrícola”.
Fonte: Agência Brasil
Paraguai faz ação para desalojar 'brasiguaios' ilegais 21.01.09
21.01.09
Assunção - O Instituto Nacional de Desenvolvimento Rural e da Terra (Indert) do Paraguai reiniciou ontem (20), com o respaldo de policiais, o desalojamento de colonos brasileiros de perto de 1.800 hectares de terras cultivadas com soja, no departamento de Kanindeyú, no norte paraguaio. Alguns dos chamados brasiguaios são acusados de ocupar terrenos destinados à reforma agrária no país.
Alberto Alderete, diretor do Indert, disse aos jornalistas que "estamos fazendo a verificação dos títulos de modo a recuperar terras estatais a serem distribuídas aos campesinos pobres". Segundo Alderete, o Indert está habilitado legalmente a recuperar as propriedades pela via administrativa, sem a necessidade do pagamento de indenizações. "Os estrangeiros não são beneficiários da reforma agrária, portanto não podem possuir terrenos fiscais, nem sequer podem alugá-los", disse o funcionário.
Dos 168 terrenos, que somam 1.800 hectares, alvos de intervenção no distrito San Juan, departamento (Estado) de Kanindeyú, 580 quilômetros a nordeste de Assunção, 125 estão sob jurisdição judicial, após seus supostos proprietários estrangeiros solicitarem ajuda. Os produtores brasileiros das outras propriedades contrataram seguranças privados. Alguns desses brasiguaios usariam os seguranças também para impedir o ingresso dos funcionários do Indert, segundo imagens do canal 4 de televisão.
Odilón Espínola, secretário-geral da Federação Nacional Campesina (FNC), de centro-esquerda, convocou milhares de membros do grupo em Kanindeyú para que se congregassem em San Juan "a fim de cooperar com o Indert no resgate da terra paraguaia". O líder negou que o chamado possa se converter em um ato de pressão aos funcionários e disse que "163 famílias, designadas por sorteio, se instalarão nas terras".
Fonte: Associated Press/Agência Estado
Assunção - O Instituto Nacional de Desenvolvimento Rural e da Terra (Indert) do Paraguai reiniciou ontem (20), com o respaldo de policiais, o desalojamento de colonos brasileiros de perto de 1.800 hectares de terras cultivadas com soja, no departamento de Kanindeyú, no norte paraguaio. Alguns dos chamados brasiguaios são acusados de ocupar terrenos destinados à reforma agrária no país.
Alberto Alderete, diretor do Indert, disse aos jornalistas que "estamos fazendo a verificação dos títulos de modo a recuperar terras estatais a serem distribuídas aos campesinos pobres". Segundo Alderete, o Indert está habilitado legalmente a recuperar as propriedades pela via administrativa, sem a necessidade do pagamento de indenizações. "Os estrangeiros não são beneficiários da reforma agrária, portanto não podem possuir terrenos fiscais, nem sequer podem alugá-los", disse o funcionário.
Dos 168 terrenos, que somam 1.800 hectares, alvos de intervenção no distrito San Juan, departamento (Estado) de Kanindeyú, 580 quilômetros a nordeste de Assunção, 125 estão sob jurisdição judicial, após seus supostos proprietários estrangeiros solicitarem ajuda. Os produtores brasileiros das outras propriedades contrataram seguranças privados. Alguns desses brasiguaios usariam os seguranças também para impedir o ingresso dos funcionários do Indert, segundo imagens do canal 4 de televisão.
Odilón Espínola, secretário-geral da Federação Nacional Campesina (FNC), de centro-esquerda, convocou milhares de membros do grupo em Kanindeyú para que se congregassem em San Juan "a fim de cooperar com o Indert no resgate da terra paraguaia". O líder negou que o chamado possa se converter em um ato de pressão aos funcionários e disse que "163 famílias, designadas por sorteio, se instalarão nas terras".
Fonte: Associated Press/Agência Estado
MT: fiscais retiram 15 trabalhadores de condição degradante no estado 21.01.09
21.01.09
Grupo trabalhava na construção de aviários, morava nas construções que estavam erguendo, sem qualquer condição de higiene. Ninguém tinha registro em carteira
Terminou na tarde da segunda-feira (19) a operação fiscal realizada pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Mato Grosso (SRTE/MT) em três empresas do município de Lucas do Rio Verde. Os 15 trabalhadores encontrados em situação degradante e sem registro em carteira receberam as verbas rescisórias com valores retroativos.
A ação, que começou na última quinta-feira (15), teve como alvo empresas do ramo de construção civil de aviários, que registra grande impulso na região nos últimos meses, segundo o auditor fiscal e coordenador da ação, José Weyne Nunes Marcelino. As frentes de trabalho disponibilizadas pelas empresas eram degradantes e não tinham condições próprias de higiene.
"O galpão era utilizado como oficina e também - separado por maderite - como refeitório e dormitório coletivos. O piso era de brita, as camas estavam apoiadas em galões de óleo, nem todos os trabalhadores usavam equipamentos de segurança e a falta de higiene era completa. Muitos não recebiam salário há meses", conta Marcelino.
Os trabalhadores foram retirados do local e alojados em hotéis da cidade. Eles tiveram suas carteiras de trabalho assinadas com valores retroativos e, em seguida, receberam baixa nas carteiras. As verbas rescisórias (como salário, FGTS, férias e 13º) somam R$ 76 mil, que foram pagas aos trabalhadores. De acordo com Weyne, as irregularidades constatadas somam 27 autos de infração lavrados.
Fonte: Assessoria de Imprensa do MTE
Grupo trabalhava na construção de aviários, morava nas construções que estavam erguendo, sem qualquer condição de higiene. Ninguém tinha registro em carteira
Terminou na tarde da segunda-feira (19) a operação fiscal realizada pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Mato Grosso (SRTE/MT) em três empresas do município de Lucas do Rio Verde. Os 15 trabalhadores encontrados em situação degradante e sem registro em carteira receberam as verbas rescisórias com valores retroativos.
A ação, que começou na última quinta-feira (15), teve como alvo empresas do ramo de construção civil de aviários, que registra grande impulso na região nos últimos meses, segundo o auditor fiscal e coordenador da ação, José Weyne Nunes Marcelino. As frentes de trabalho disponibilizadas pelas empresas eram degradantes e não tinham condições próprias de higiene.
"O galpão era utilizado como oficina e também - separado por maderite - como refeitório e dormitório coletivos. O piso era de brita, as camas estavam apoiadas em galões de óleo, nem todos os trabalhadores usavam equipamentos de segurança e a falta de higiene era completa. Muitos não recebiam salário há meses", conta Marcelino.
Os trabalhadores foram retirados do local e alojados em hotéis da cidade. Eles tiveram suas carteiras de trabalho assinadas com valores retroativos e, em seguida, receberam baixa nas carteiras. As verbas rescisórias (como salário, FGTS, férias e 13º) somam R$ 76 mil, que foram pagas aos trabalhadores. De acordo com Weyne, as irregularidades constatadas somam 27 autos de infração lavrados.
Fonte: Assessoria de Imprensa do MTE
Em Pernambuco, agropecuária é o setor mais afetado 21.01.09
21.01.09
Foram 2.687 empregos a menos, o que empurrou para baixo a sua geração anual de vagas (912 apenas)
Foram 2.687 empregos a menos, o que empurrou para baixo a sua geração anual de vagas (912 apenas). E a vilã foi a fruticultura irrigada do Vale do São Francisco, que está sofrendo com a crise econômica mundial, assistindo quedas nos preços e no volume de exportações. O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco (Fetape), Aristides Veras dos Santos, ressaltou que os valores menores pagos ao açúcar no final de 2008 também causaram demissões no setor canavieiro da Zona da Mata, em usinas que reduziram sua produção.
A indústria de transformação figurou em segundo lugar no ranking das atividades que mais perderam vagas em dezembro do ano passado, com destaque especial para a de produção de alimentos e bebidas. Dos 5.675 postos extintos em toda a atividade, 2.811 foram desse segmento. O setor têxtil também figurou negativamente, com 915 empregos a menos.
Já a construção civil, que tradicionalmente registra bons índices de empregabilidade no final do ano, lamentou a perda de 1.761 postos. O diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de Pernambuco José Cavalcante creditou o resultado negativo ao fim de diversas obras de grande porte que estava sendo tocadas no Estado, a exemplo do calçadão da orla de Boa Viagem, parte do Parque Dona Lindu, o Carrefour da Domingos Ferreira e uma termelétrica da Termomanaus, que sozinha empregava cerca de 1.200 trabalhadores.
Fonte: Jornal do Commercio
Foram 2.687 empregos a menos, o que empurrou para baixo a sua geração anual de vagas (912 apenas)
Foram 2.687 empregos a menos, o que empurrou para baixo a sua geração anual de vagas (912 apenas). E a vilã foi a fruticultura irrigada do Vale do São Francisco, que está sofrendo com a crise econômica mundial, assistindo quedas nos preços e no volume de exportações. O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco (Fetape), Aristides Veras dos Santos, ressaltou que os valores menores pagos ao açúcar no final de 2008 também causaram demissões no setor canavieiro da Zona da Mata, em usinas que reduziram sua produção.
A indústria de transformação figurou em segundo lugar no ranking das atividades que mais perderam vagas em dezembro do ano passado, com destaque especial para a de produção de alimentos e bebidas. Dos 5.675 postos extintos em toda a atividade, 2.811 foram desse segmento. O setor têxtil também figurou negativamente, com 915 empregos a menos.
Já a construção civil, que tradicionalmente registra bons índices de empregabilidade no final do ano, lamentou a perda de 1.761 postos. O diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de Pernambuco José Cavalcante creditou o resultado negativo ao fim de diversas obras de grande porte que estava sendo tocadas no Estado, a exemplo do calçadão da orla de Boa Viagem, parte do Parque Dona Lindu, o Carrefour da Domingos Ferreira e uma termelétrica da Termomanaus, que sozinha empregava cerca de 1.200 trabalhadores.
Fonte: Jornal do Commercio
Quebradeiras de coco vão receber ajuda de programa extrativista 21.01.09
21.01.09
Representantes de quebradeiras de coco babaçu do Maranhão e de órgãos públicos que lidam com temas do meio ambiente e desenvolvimento rural se reuniram ontem (20) com técnicos da Conab, e voltar a conversar amanhã, quinta-feira (22), em Imperatriz e São Luís, respectivamente, para conhecerem as ações do Programa de Subvenção aos Produtos da Sociobiodiversidade.
As extrativistas vão se informar, por exemplo, dos mecanismos de subvenção nas aquisições de produtos que têm amparo da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), como pequi, piaçava, babaçu, castanha-do-brasil, borracha, carnaúba e açaí. A venda desses produtos ao governo permite ao segmento produtivo de algumas regiões, principalmente dos estados do Norte e Nordeste, ajuda contra as oscilações de preços no mercado.
A exigência de documentos necessários à participação no programa e as formas de implementação do trabalho serão também discutidas com os representantes. Segundo o superintendente de Gestão da Oferta da Conab, Carlos Eduardo Tavares, a idéia é levar as orientações aos extrativistas de vários estados.
Fonte: Raimundo Estevam/Conab
Representantes de quebradeiras de coco babaçu do Maranhão e de órgãos públicos que lidam com temas do meio ambiente e desenvolvimento rural se reuniram ontem (20) com técnicos da Conab, e voltar a conversar amanhã, quinta-feira (22), em Imperatriz e São Luís, respectivamente, para conhecerem as ações do Programa de Subvenção aos Produtos da Sociobiodiversidade.
As extrativistas vão se informar, por exemplo, dos mecanismos de subvenção nas aquisições de produtos que têm amparo da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), como pequi, piaçava, babaçu, castanha-do-brasil, borracha, carnaúba e açaí. A venda desses produtos ao governo permite ao segmento produtivo de algumas regiões, principalmente dos estados do Norte e Nordeste, ajuda contra as oscilações de preços no mercado.
A exigência de documentos necessários à participação no programa e as formas de implementação do trabalho serão também discutidas com os representantes. Segundo o superintendente de Gestão da Oferta da Conab, Carlos Eduardo Tavares, a idéia é levar as orientações aos extrativistas de vários estados.
Fonte: Raimundo Estevam/Conab
Renda dos produtores de grãos deve "encolher" R$ 10,4 bi este ano 20.01.09
20.01.09
Após bater recordes de produção e receita em 2007 e 2008, a agricultura brasileira de grãos vai recuar este ano. A renda do produtor com a safra de arroz, feijão, milho, soja, trigo e outros grãos, que começa a ser colhida a partir de fevereiro - e que dá a dinâmica da economia de mais de 70% dos municípios brasileiros -, deve encolher em R$ 10,4 bilhões. É a primeira queda na receita de grãos em três anos. Significa menos dinheiro para a compra de carros, máquinas, equipamentos e eletrodomésticos e um volume menor de receita de exportação para o País.
Nas contas da RC Consultores, a safra de grãos 2008/2009 deve render aos agricultores R$ 79,4 bilhões, enquanto na safra passada chegou a R$ 89,8 bilhões. A queda está concentrada na dobradinha soja/milho, que responde por 80% do volume e 70% da renda. "A receita com grãos pode cair ainda mais se a recessão se aprofundar nos EUA e os preços do milho e da soja recuarem para níveis inferiores à média histórica", diz Fabio Silveira, diretor da consultoria e responsável pela projeção.
Para estimar a receita agrícola com os grãos, o economista considerou uma safra de 134 milhões de toneladas, 8,7% menor que a anterior. Além disso, levou em conta que os preços médios em reais da soja, do milho, do arroz e do feijão serão 8%, 3%, 4% e 28% menores em relação à média de 2008, respectivamente. E que o dólar deve chegar em dezembro valendo R$ 2,50.
O tombo nos volumes de produção, provocado pela crise de crédito que atingiu os agricultores exatamente na época do plantio, porém, pode ser maior. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) prevê um recuo de 10% nos volumes nesta safra. Na semana passada, o próprio ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, admitiu que a queda na safra de grãos poderá superar os 5% projetados inicialmente.
Fonte: jornal O Estado de S. Paulo, com Márcia De Chiara- Agência Estado
Veja recuperação dos preços em A Notícia
Após bater recordes de produção e receita em 2007 e 2008, a agricultura brasileira de grãos vai recuar este ano. A renda do produtor com a safra de arroz, feijão, milho, soja, trigo e outros grãos, que começa a ser colhida a partir de fevereiro - e que dá a dinâmica da economia de mais de 70% dos municípios brasileiros -, deve encolher em R$ 10,4 bilhões. É a primeira queda na receita de grãos em três anos. Significa menos dinheiro para a compra de carros, máquinas, equipamentos e eletrodomésticos e um volume menor de receita de exportação para o País.
Nas contas da RC Consultores, a safra de grãos 2008/2009 deve render aos agricultores R$ 79,4 bilhões, enquanto na safra passada chegou a R$ 89,8 bilhões. A queda está concentrada na dobradinha soja/milho, que responde por 80% do volume e 70% da renda. "A receita com grãos pode cair ainda mais se a recessão se aprofundar nos EUA e os preços do milho e da soja recuarem para níveis inferiores à média histórica", diz Fabio Silveira, diretor da consultoria e responsável pela projeção.
Para estimar a receita agrícola com os grãos, o economista considerou uma safra de 134 milhões de toneladas, 8,7% menor que a anterior. Além disso, levou em conta que os preços médios em reais da soja, do milho, do arroz e do feijão serão 8%, 3%, 4% e 28% menores em relação à média de 2008, respectivamente. E que o dólar deve chegar em dezembro valendo R$ 2,50.
O tombo nos volumes de produção, provocado pela crise de crédito que atingiu os agricultores exatamente na época do plantio, porém, pode ser maior. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) prevê um recuo de 10% nos volumes nesta safra. Na semana passada, o próprio ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, admitiu que a queda na safra de grãos poderá superar os 5% projetados inicialmente.
Fonte: jornal O Estado de S. Paulo, com Márcia De Chiara- Agência Estado
Veja recuperação dos preços em A Notícia
Recuperação dos preços dos grãos não reduz a perspectiva de perdas 20.01.09
20.01.09
Cooperativas paranaenses pedem ao Ministro da Agricultura a prorrogação das dívidas para o agricultor que perdeu tudo e ficou sem renda.
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, disse na sexta-feira passada (16/01), em Curitiba, que as perspectivas para a agricultura brasileira estão muito melhores hoje que há três meses apesar da seca que está prejudicando a safra de grãos de verão no Paraná. Stephanes esteve em Curitiba para atender as reivindicações das cooperativas paranaenses, que estão preocupadas com os reflexos dos prejuízos no campo.
Perspectivas - Em reunião realizada na Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), com a participação do secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini, do presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, e demais líderes de cooperativas do Estado, o ministro Stephanes manifestou otimismo, argumentando que os preços dos produtos agrícolas reagiram no mercado e o País voltou a exportar milho, o que melhora as perspectivas de futuro para o setor.
Recuperação de preços - Stephanes disse que muitos esperavam uma piora no quadro da agricultura, mas aconteceu o inverso e houve até uma recuperação nos preços da soja, trigo e milho. A Ocepar apresentou ao ministro um levantamento das perdas provocadas pela estiagem ocorrida entre novembro e dezembro, que comprometeram cerca de 30% da safra de grãos que correspondem a 6,3 milhões de toneladas de grãos. Segundo o ministro, essas perdas são importantes mas elas se diluem nacionalmente. Ele prevê que a queda na produção brasileira de grãos não passa de sete a oito milhões de toneladas.
Capital de giro
Diante das perdas, a Ocepar apresentou uma série de reivindicações ao governo federal, entre elas a liberação de R$ 2 bilhões para reforçar o capital de giro das cooperativas. Stephanes acenou positivamente para o atendimento dessa solicitação, argumentando que as cooperativas se tornaram importantes instrumentos de comercialização e apoio à safra, papel que foi intensificado no campo com a retirada das tradings que deixaram de financiar os agricultores.
As cooperativas pedem ainda a agilização nas vistorias do seguro agrícola para liberar áreas para o plantio da safrinha. Cerca de 14 mil pedidos de seguro já foram apresentados nos bancos. Stephanes disse que a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento já colocou à disposição 100 técnicos da Emater para acelerar o atendimento dos pedidos de vistoria.
Para Valter Bianchini, as reivindicações apresentadas pela Ocepar são ponderadas e todas são contempladas em políticas públicas que já estão sendo adotadas no Paraná. Ele destacou que a Secretaria criou um comitê que está acompanhando a liberação das vistorias nas áreas afetadas.
Outra medida que será estudada será o pedido para prorrogação das dívidas para o agricultor que perdeu tudo e ficou sem renda. E por fim, as cooperativas estão reivindicando a liberação rápida de crédito para o plantio da safrinha de feijão e milho que também já está sendo providenciado pela Seab junto ao Banco do Brasil, disse Bianchini.
Divergência
Para o secretário, o levantamento da Ocepar apresenta divergência com o levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, somente com relação à soja. Ele atribui isso à diferença de metodologia. Enquanto o Deral prevê quebra de produção de 17% para a soja, a Ocepar está estimando perdas entre 23% e 24% da previsão inicial da safra de soja.
Bianchini lembrou que com o retorno das chuvas neste mês de janeiro é possível que haja uma recuperação das lavouras de soja e por isso os prejuízos podem ser menores do que os que estão sendo apresentados hoje. Além disso, não houvesse a seca e a recuperação dos preços no mercado, o plantio de milho na safrinha não ia ser tão relevante como se estima agora. Com as chuvas e a elevação dos preços do grão no mercado, os produtores ganharam novo alento e estão plantando a safrinha, o que deverá compensar parte das perdas ocorridas na safra de verão, destacou. Em função desses fatores, Bianchini calcula que os prejuízos ficarão em torno de R$ 1 bilhão no campo, o que é bastante significativo, principalmente para o produtor que perdeu grande parte de sua safra. "Para esses, estão sendo estudadas medidas para prorrogar as dívidas", antecipou.
Fonte: Ocepar - Organização das Cooperativas do Estado do Paraná
Cooperativas paranaenses pedem ao Ministro da Agricultura a prorrogação das dívidas para o agricultor que perdeu tudo e ficou sem renda.
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, disse na sexta-feira passada (16/01), em Curitiba, que as perspectivas para a agricultura brasileira estão muito melhores hoje que há três meses apesar da seca que está prejudicando a safra de grãos de verão no Paraná. Stephanes esteve em Curitiba para atender as reivindicações das cooperativas paranaenses, que estão preocupadas com os reflexos dos prejuízos no campo.
Perspectivas - Em reunião realizada na Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), com a participação do secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini, do presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, e demais líderes de cooperativas do Estado, o ministro Stephanes manifestou otimismo, argumentando que os preços dos produtos agrícolas reagiram no mercado e o País voltou a exportar milho, o que melhora as perspectivas de futuro para o setor.
Recuperação de preços - Stephanes disse que muitos esperavam uma piora no quadro da agricultura, mas aconteceu o inverso e houve até uma recuperação nos preços da soja, trigo e milho. A Ocepar apresentou ao ministro um levantamento das perdas provocadas pela estiagem ocorrida entre novembro e dezembro, que comprometeram cerca de 30% da safra de grãos que correspondem a 6,3 milhões de toneladas de grãos. Segundo o ministro, essas perdas são importantes mas elas se diluem nacionalmente. Ele prevê que a queda na produção brasileira de grãos não passa de sete a oito milhões de toneladas.
Capital de giro
Diante das perdas, a Ocepar apresentou uma série de reivindicações ao governo federal, entre elas a liberação de R$ 2 bilhões para reforçar o capital de giro das cooperativas. Stephanes acenou positivamente para o atendimento dessa solicitação, argumentando que as cooperativas se tornaram importantes instrumentos de comercialização e apoio à safra, papel que foi intensificado no campo com a retirada das tradings que deixaram de financiar os agricultores.
As cooperativas pedem ainda a agilização nas vistorias do seguro agrícola para liberar áreas para o plantio da safrinha. Cerca de 14 mil pedidos de seguro já foram apresentados nos bancos. Stephanes disse que a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento já colocou à disposição 100 técnicos da Emater para acelerar o atendimento dos pedidos de vistoria.
Para Valter Bianchini, as reivindicações apresentadas pela Ocepar são ponderadas e todas são contempladas em políticas públicas que já estão sendo adotadas no Paraná. Ele destacou que a Secretaria criou um comitê que está acompanhando a liberação das vistorias nas áreas afetadas.
Outra medida que será estudada será o pedido para prorrogação das dívidas para o agricultor que perdeu tudo e ficou sem renda. E por fim, as cooperativas estão reivindicando a liberação rápida de crédito para o plantio da safrinha de feijão e milho que também já está sendo providenciado pela Seab junto ao Banco do Brasil, disse Bianchini.
Divergência
Para o secretário, o levantamento da Ocepar apresenta divergência com o levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, somente com relação à soja. Ele atribui isso à diferença de metodologia. Enquanto o Deral prevê quebra de produção de 17% para a soja, a Ocepar está estimando perdas entre 23% e 24% da previsão inicial da safra de soja.
Bianchini lembrou que com o retorno das chuvas neste mês de janeiro é possível que haja uma recuperação das lavouras de soja e por isso os prejuízos podem ser menores do que os que estão sendo apresentados hoje. Além disso, não houvesse a seca e a recuperação dos preços no mercado, o plantio de milho na safrinha não ia ser tão relevante como se estima agora. Com as chuvas e a elevação dos preços do grão no mercado, os produtores ganharam novo alento e estão plantando a safrinha, o que deverá compensar parte das perdas ocorridas na safra de verão, destacou. Em função desses fatores, Bianchini calcula que os prejuízos ficarão em torno de R$ 1 bilhão no campo, o que é bastante significativo, principalmente para o produtor que perdeu grande parte de sua safra. "Para esses, estão sendo estudadas medidas para prorrogar as dívidas", antecipou.
Fonte: Ocepar - Organização das Cooperativas do Estado do Paraná
Agricultura reduz mais de cem mil postos de trabalho em dezembro 20.01.08
20.01.08
Deu o anunciado e depois negado pelo próprio governo: no mês de dezembro, foram fechados 654.946 postos de trabalhos no país. É a maior queda mensal em 10 anos, divulgou agora há pouco o Ministério do Trabalho. A agricultura contribuiu com quase 20% desse total
As maiores quedas aconteceram nos setores de indústria da transformação (273.240 postos a menos), agricultura (137.487), serviços (117.128) e construção civil (82.432). Nenhum setor da economia fechou com saldo positivo de empregos em dezembro.
Nos números fechados de 2008, houve criação de 1,452 milhão de vagas, como reflexo do ritmo de crescimento da economia até o 3º trimestre. Mesmo assim, o número é 10% menor que o recorde registrado em 2007. Antes da crise, a expectativa do governo era que houvesse um novo recorde em 2008.
Ainda nesta semana será divulgada a Pesquisa Mensal de Emprego, do IBGE. Neste índice, é provável que ocorra queda na taxa de desemprego. De acordo com estimativa da Concórdia Corretora, o índice deve recuar para 7,2%.
Isso acontece porque as duas pesquisas medem coisas diferentes. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, analisa o fechamento de postos formais de trabalho, enquanto a PME mede o número de pessoas que estão procurando emprego.
Tradicionalmente, o mês de dezembro registra queda no desemprego porque há muitas vagas temporárias em aberto no comércio. Além disso, muita gente deixa para procurar trabalho em janeiro, quando acontece a virada do ano.
Fonte: Alvaro Gribel - Blog Miriam Leitão - O Globo
Deu o anunciado e depois negado pelo próprio governo: no mês de dezembro, foram fechados 654.946 postos de trabalhos no país. É a maior queda mensal em 10 anos, divulgou agora há pouco o Ministério do Trabalho. A agricultura contribuiu com quase 20% desse total
As maiores quedas aconteceram nos setores de indústria da transformação (273.240 postos a menos), agricultura (137.487), serviços (117.128) e construção civil (82.432). Nenhum setor da economia fechou com saldo positivo de empregos em dezembro.
Nos números fechados de 2008, houve criação de 1,452 milhão de vagas, como reflexo do ritmo de crescimento da economia até o 3º trimestre. Mesmo assim, o número é 10% menor que o recorde registrado em 2007. Antes da crise, a expectativa do governo era que houvesse um novo recorde em 2008.
Ainda nesta semana será divulgada a Pesquisa Mensal de Emprego, do IBGE. Neste índice, é provável que ocorra queda na taxa de desemprego. De acordo com estimativa da Concórdia Corretora, o índice deve recuar para 7,2%.
Isso acontece porque as duas pesquisas medem coisas diferentes. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, analisa o fechamento de postos formais de trabalho, enquanto a PME mede o número de pessoas que estão procurando emprego.
Tradicionalmente, o mês de dezembro registra queda no desemprego porque há muitas vagas temporárias em aberto no comércio. Além disso, muita gente deixa para procurar trabalho em janeiro, quando acontece a virada do ano.
Fonte: Alvaro Gribel - Blog Miriam Leitão - O Globo
Chuva ajuda lavouras de soja, mas seca persiste na Argentina 20.01.08
20.01.08
Buenos Aires- Chuvas esparsas na maior parte do cinturão produtor de grãos da Argentina no fim de semana deram algum alívio às lavouras que estão sofrendo com o tempo seco severo, mas não foram suficientes para aliviar a seca. Na província de Córdoba, Santa Fé e Buenos Aires, as chuvas no fim de semana somaram apenas de 3 a 19 milímetros, segundo a Meteorlogix. Além disso, há previsão de mais calor e tempo seco esta semana, o que deve prejudicar ainda mais o desenvolvimento das lavouras de soja.
Os produtores de soja na Argentina continuam se esforçando para enfrentar a seca, com o plantio praticamente paralisado, já que os agricultores não conseguem plantar as sementes no solo ressecado, segundo relatório de sexta-feira da Secretaria de Agricultura. Os preços internacionais da soja estão subindo impulsionados pela seca que afeta lavouras no cone sul da América do Sul. Os mercados internacionais acreditam que a Argentina fornecerá 19% das exportações globais de soja e 49% das exportações de farelo de soja este ano.
No distrito de Pehuajo, na província de Buenos Aires, "é crucial que chova logo. No geral, o panorama é crítico", afirmou a secretaria. A situação está pior no norte do país. No distrito de Rosario del Tala, na província de Entre Rios, "o plantio foi interrompido. Alguns produtores começarão a plantar novamente nas áreas que foram favorecidas por chuvas recentes, mas outros simplesmente suspenderam o plantio", acrescentou a secretaria.
Até sexta-feira passada, produtores haviam plantado 89% de 17,8 milhões de hectares previstos para soja, em comparação a 96% no mesmo período do ano passado. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima que a Argentina irá colher um recorde de 50,5 milhões de toneladas de soja este ano, mas observadores locais afirmam que essa projeção é extremamente otimista.
Fonte: informações da Dow Jones, com Deise Vieira - Agência Estado
Buenos Aires- Chuvas esparsas na maior parte do cinturão produtor de grãos da Argentina no fim de semana deram algum alívio às lavouras que estão sofrendo com o tempo seco severo, mas não foram suficientes para aliviar a seca. Na província de Córdoba, Santa Fé e Buenos Aires, as chuvas no fim de semana somaram apenas de 3 a 19 milímetros, segundo a Meteorlogix. Além disso, há previsão de mais calor e tempo seco esta semana, o que deve prejudicar ainda mais o desenvolvimento das lavouras de soja.
Os produtores de soja na Argentina continuam se esforçando para enfrentar a seca, com o plantio praticamente paralisado, já que os agricultores não conseguem plantar as sementes no solo ressecado, segundo relatório de sexta-feira da Secretaria de Agricultura. Os preços internacionais da soja estão subindo impulsionados pela seca que afeta lavouras no cone sul da América do Sul. Os mercados internacionais acreditam que a Argentina fornecerá 19% das exportações globais de soja e 49% das exportações de farelo de soja este ano.
No distrito de Pehuajo, na província de Buenos Aires, "é crucial que chova logo. No geral, o panorama é crítico", afirmou a secretaria. A situação está pior no norte do país. No distrito de Rosario del Tala, na província de Entre Rios, "o plantio foi interrompido. Alguns produtores começarão a plantar novamente nas áreas que foram favorecidas por chuvas recentes, mas outros simplesmente suspenderam o plantio", acrescentou a secretaria.
Até sexta-feira passada, produtores haviam plantado 89% de 17,8 milhões de hectares previstos para soja, em comparação a 96% no mesmo período do ano passado. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima que a Argentina irá colher um recorde de 50,5 milhões de toneladas de soja este ano, mas observadores locais afirmam que essa projeção é extremamente otimista.
Fonte: informações da Dow Jones, com Deise Vieira - Agência Estado
Mato Grosso é líder em pirataria de semente 20.01.08
20.01.08
Uma parte da lavoura cultivada em Mato Grosso pode ser o resultado de sementes pirateadas. É o que aponta o Ministério da Agricultura, que agora busca o apoio de produtores para denunciar a prática ilegal. A falta de procedência nos grãos, além de causar prejuízos fiscais e perda de produtividade, pode estimular o avanço de doenças no campo.
Dos 8,4 milhões de hectares cultivados em Mato Grosso devem sair 26,8 mil toneladas de grãos. A safra 2008/2009 está prevista para ter 1,4 milhão de toneladas a menos do que a anterior, mas nem por isso, perde a primeira posição.
O Estado com as maiores safras do Brasil é também campeão em um outro quesito, na pirataria de sementes. Certos produtores de Mato Grosso são responsáveis por 30% de todas as infrações detectadas no país. Uma das táticas para se comercializar o produto é vender a semente como se fosse um grão. Na aparência podem até ser iguais, mas por trás de uma nota fiscal mal intencionada há muito a ser dito.
No agronegócio, a pirataria não é muito diferente do que acontece em outros setores. O crime começa com a compra de um lote original, onde as sementes são plantadas, só que a produção, não certificada acaba sendo vendida sem autorização, sem nenhuma garantia de procedência.
De acordo com presidente da Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso, Pierre Patriati, a pirataria pode trazer doenças graves para a lavouras e o plantio não fica bom. "As vezes, se o clima está bom, não há tanta diferença, mas se o clima não está perfeito, o que é muito comum, a produção perde em até 50%", explicou o presidente da associação.
A produção de sementes é controlada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O mapa é quem autoriza, certifica e também fiscaliza a atividade. Em 2008, em Mato Grosso, a equipe de 10 fiscais fez 737 auditorias com 80 infrações.
O fiscal agropecuário, Sidnei Francisco Cruz, contou que o objetivo é se unir com todos os segmentos. "Buscado parcerias com os segmentos do agronegócio, com as entidades de classe e com as associações de produtores no sentido de buscar e melhorar as estratégicas para coebir o uso da pirataria", afirmou o fiscal.
Segundo o engenheiro agrônomo, Regis Santana, da semente pirata, pode brotar ainda um outro problema, difícil de resolver. "Produtos piratas não tem para quem reclamar e não existe garantia nenhuma. A pessoa que compra sementes piratas compra porque quer. E o que acontece muito é que depois do produtor ter plantado, perdido adubo e defensivos ele decide procurar uma empresa legalizada", concluiu o engenheiro.
Os processos instaurados que caracterizam pirataria de sementes são encaminhados ao Ministério Público Federal e Procuradoria da Fazenda, para que sejam apurados nas esferas civil e criminal.
Fonte:TV Centro América
Uma parte da lavoura cultivada em Mato Grosso pode ser o resultado de sementes pirateadas. É o que aponta o Ministério da Agricultura, que agora busca o apoio de produtores para denunciar a prática ilegal. A falta de procedência nos grãos, além de causar prejuízos fiscais e perda de produtividade, pode estimular o avanço de doenças no campo.
Dos 8,4 milhões de hectares cultivados em Mato Grosso devem sair 26,8 mil toneladas de grãos. A safra 2008/2009 está prevista para ter 1,4 milhão de toneladas a menos do que a anterior, mas nem por isso, perde a primeira posição.
O Estado com as maiores safras do Brasil é também campeão em um outro quesito, na pirataria de sementes. Certos produtores de Mato Grosso são responsáveis por 30% de todas as infrações detectadas no país. Uma das táticas para se comercializar o produto é vender a semente como se fosse um grão. Na aparência podem até ser iguais, mas por trás de uma nota fiscal mal intencionada há muito a ser dito.
No agronegócio, a pirataria não é muito diferente do que acontece em outros setores. O crime começa com a compra de um lote original, onde as sementes são plantadas, só que a produção, não certificada acaba sendo vendida sem autorização, sem nenhuma garantia de procedência.
De acordo com presidente da Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso, Pierre Patriati, a pirataria pode trazer doenças graves para a lavouras e o plantio não fica bom. "As vezes, se o clima está bom, não há tanta diferença, mas se o clima não está perfeito, o que é muito comum, a produção perde em até 50%", explicou o presidente da associação.
A produção de sementes é controlada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O mapa é quem autoriza, certifica e também fiscaliza a atividade. Em 2008, em Mato Grosso, a equipe de 10 fiscais fez 737 auditorias com 80 infrações.
O fiscal agropecuário, Sidnei Francisco Cruz, contou que o objetivo é se unir com todos os segmentos. "Buscado parcerias com os segmentos do agronegócio, com as entidades de classe e com as associações de produtores no sentido de buscar e melhorar as estratégicas para coebir o uso da pirataria", afirmou o fiscal.
Segundo o engenheiro agrônomo, Regis Santana, da semente pirata, pode brotar ainda um outro problema, difícil de resolver. "Produtos piratas não tem para quem reclamar e não existe garantia nenhuma. A pessoa que compra sementes piratas compra porque quer. E o que acontece muito é que depois do produtor ter plantado, perdido adubo e defensivos ele decide procurar uma empresa legalizada", concluiu o engenheiro.
Os processos instaurados que caracterizam pirataria de sementes são encaminhados ao Ministério Público Federal e Procuradoria da Fazenda, para que sejam apurados nas esferas civil e criminal.
Fonte:TV Centro América
137 assentamentos recebem licenças ambientais em Alagoas 20.01.08
20.01.08
As licenças ambientais que beneficiam 124 Projetos de Assentamentos (PAs) em Alagoas serão entregues hoje (20), às 10 horas, em cerimônia no Palácio República dos Palmares, em Maceió. A atividade contará com as presenças do ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, do presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart, do governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho, e de representantes dos quatro movimentos sociais que atuam no estado. Somados aos 13 que foram contemplados em agosto do ano passado, 137 assentamentos, com mais de 9 mil famílias, passam a contar com o benefício.
A entrega das Licenças de Instalação e Operação (LIO’s) é resultado de uma parceria do Incra com o Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA). O convênio, celebrado em maio do ano passado, permitiu o cumprimento da exigência da Resolução 387 do Conselho Nacional do Meio-Ambiente (Conama), que define critérios a serem cumpridos pelos assentamentos da reforma agrária em relação ao meio-ambiente. O licenciamento ambiental é um instrumento de planejamento para controle, conservação, melhoria e recuperação ambiental, de forma a garantir o desenvolvimento socioeconômico, de acordo com os princípios do desenvolvimento sustentável.
O superintendente regional do Incra em Alagoas, Gilberto Coutinho, destaca que a entrega das licenças “significa, principalmente, a possibilidade de liberação de todos os recursos para assistência técnica, Pronaf, habitação, infraestrutura e fomento, que estavam bloqueados e dependiam da liberação das LIO’s”, explica. Somente para execução de obras de infraestrutura, a curto prazo, o total de recursos ultrapassa R$ 5,6 milhões.
Segundo Eduardo Medeiros, do Setor de Meio Ambiente do Incra/AL, além de liberar recursos, a regularização do licenciamento ambiental, bem como o atendimento aos condicionantes – exigências, como recuperação dos passivos ambientais – demonstram que o órgão passa a ocupar um lugar de vanguarda no que diz respeito aos recursos naturais. “A preocupação com o meio ambiente agora ganha força no processo de desenvolvimento dos assentamentos”, acrescentou.
Para José Santino, Coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra em Alagoas (MST), com a exigência das LIO’s a reforma agrária deixa de ser apenas a entrega de terras e passa também a contar com a preocupação socioeconômica e ambiental.
Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA)
As licenças ambientais que beneficiam 124 Projetos de Assentamentos (PAs) em Alagoas serão entregues hoje (20), às 10 horas, em cerimônia no Palácio República dos Palmares, em Maceió. A atividade contará com as presenças do ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, do presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart, do governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho, e de representantes dos quatro movimentos sociais que atuam no estado. Somados aos 13 que foram contemplados em agosto do ano passado, 137 assentamentos, com mais de 9 mil famílias, passam a contar com o benefício.
A entrega das Licenças de Instalação e Operação (LIO’s) é resultado de uma parceria do Incra com o Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA). O convênio, celebrado em maio do ano passado, permitiu o cumprimento da exigência da Resolução 387 do Conselho Nacional do Meio-Ambiente (Conama), que define critérios a serem cumpridos pelos assentamentos da reforma agrária em relação ao meio-ambiente. O licenciamento ambiental é um instrumento de planejamento para controle, conservação, melhoria e recuperação ambiental, de forma a garantir o desenvolvimento socioeconômico, de acordo com os princípios do desenvolvimento sustentável.
O superintendente regional do Incra em Alagoas, Gilberto Coutinho, destaca que a entrega das licenças “significa, principalmente, a possibilidade de liberação de todos os recursos para assistência técnica, Pronaf, habitação, infraestrutura e fomento, que estavam bloqueados e dependiam da liberação das LIO’s”, explica. Somente para execução de obras de infraestrutura, a curto prazo, o total de recursos ultrapassa R$ 5,6 milhões.
Segundo Eduardo Medeiros, do Setor de Meio Ambiente do Incra/AL, além de liberar recursos, a regularização do licenciamento ambiental, bem como o atendimento aos condicionantes – exigências, como recuperação dos passivos ambientais – demonstram que o órgão passa a ocupar um lugar de vanguarda no que diz respeito aos recursos naturais. “A preocupação com o meio ambiente agora ganha força no processo de desenvolvimento dos assentamentos”, acrescentou.
Para José Santino, Coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra em Alagoas (MST), com a exigência das LIO’s a reforma agrária deixa de ser apenas a entrega de terras e passa também a contar com a preocupação socioeconômica e ambiental.
Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA)
Preço do milho nos mercados interno e externo volta a subir neste início de ano 20.01.08
20.01.08
O panorama nos últimos dias é de aumento do estoque do cereal em todo o mundo, na casa de 8 milhões de toneladas
O preço do milho nos mercados interno e externo voltaram a subir neste início de ano, de acordo com pesquisas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Entre 5 e 12 de janeiro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa subiu 13%, fechando na segunda-feira (19) em 24,29 reais a saca de 60 kg. Na bolsa de Chicago (CBOT), a sustentação veio da elevação dos preços do petróleo e da soja, em decorrência do clima seco na América do Sul.
De acordo com o analista de mercado da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Pedro Arantes, externamente, o panorama nos últimos dias é de aumento do estoque de milho em todo o mundo, na casa de 8 milhões de toneladas. “Os Estados Unidos reavaliaram a safra acusando aumento na produção e, somado a isso, houve redução de consumo”, explica.
Com isso, o analista acredita na previsão de que este ano as exportações brasileiras devem ficar abaixo dos dois últimos períodos. Outro fator que deve contribuir para isso é a redução na produção do Paraná e Rio Grande do Sul.
No Brasil, os impactos da estiagem em especial nas lavouras do Sul e o crescimento das exportações nos últimos meses de 2008 contribuíram para reduzir a oferta agregada de milho. Além disso, segundo o Cepea, os produtores continuam limitando novas vendas, fazendo com que a demanda prevaleça, por isso, o preço tem subido.
Mesmo com os indicadores apontando aumento no preço da saca de milho, Pedro afirma que o valor ainda está abaixo da média histórica. Segundo ele, em Goiás, este índice é de 18 reais a saca e, atualmente, registra o valor de 16 reais. “Abaixo do valor de custo, que é de 21 reais”, lembra.
Safrinha
O aumento do preço do milho pode ser um incentivo para o produtor que pretende plantar a safrinha. Pedro explica que daqui a 40 dias a safrinha começa a ser plantada em Goiás e o cenário, hoje, é melhor do que há algumas semanas. “Além da melhora do preço, houve redução no custo com adubo”, diz.
Por outro lado, o clima pode desestimular. Segundo Pedro, a seca dos últimos dias é preocupante e as condições climáticas para o restante de janeiro precisa mudar, com incidência de mais chuvas.
A Associação Brasileira dos Produtores de Milho prevê a venda de 55 milhões de toneladas de milho no ano. A tendência, segundo a instituição, é que o País produza 50 milhões de toneladas.
Fonte: O Popular
O panorama nos últimos dias é de aumento do estoque do cereal em todo o mundo, na casa de 8 milhões de toneladas
O preço do milho nos mercados interno e externo voltaram a subir neste início de ano, de acordo com pesquisas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Entre 5 e 12 de janeiro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa subiu 13%, fechando na segunda-feira (19) em 24,29 reais a saca de 60 kg. Na bolsa de Chicago (CBOT), a sustentação veio da elevação dos preços do petróleo e da soja, em decorrência do clima seco na América do Sul.
De acordo com o analista de mercado da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Pedro Arantes, externamente, o panorama nos últimos dias é de aumento do estoque de milho em todo o mundo, na casa de 8 milhões de toneladas. “Os Estados Unidos reavaliaram a safra acusando aumento na produção e, somado a isso, houve redução de consumo”, explica.
Com isso, o analista acredita na previsão de que este ano as exportações brasileiras devem ficar abaixo dos dois últimos períodos. Outro fator que deve contribuir para isso é a redução na produção do Paraná e Rio Grande do Sul.
No Brasil, os impactos da estiagem em especial nas lavouras do Sul e o crescimento das exportações nos últimos meses de 2008 contribuíram para reduzir a oferta agregada de milho. Além disso, segundo o Cepea, os produtores continuam limitando novas vendas, fazendo com que a demanda prevaleça, por isso, o preço tem subido.
Mesmo com os indicadores apontando aumento no preço da saca de milho, Pedro afirma que o valor ainda está abaixo da média histórica. Segundo ele, em Goiás, este índice é de 18 reais a saca e, atualmente, registra o valor de 16 reais. “Abaixo do valor de custo, que é de 21 reais”, lembra.
Safrinha
O aumento do preço do milho pode ser um incentivo para o produtor que pretende plantar a safrinha. Pedro explica que daqui a 40 dias a safrinha começa a ser plantada em Goiás e o cenário, hoje, é melhor do que há algumas semanas. “Além da melhora do preço, houve redução no custo com adubo”, diz.
Por outro lado, o clima pode desestimular. Segundo Pedro, a seca dos últimos dias é preocupante e as condições climáticas para o restante de janeiro precisa mudar, com incidência de mais chuvas.
A Associação Brasileira dos Produtores de Milho prevê a venda de 55 milhões de toneladas de milho no ano. A tendência, segundo a instituição, é que o País produza 50 milhões de toneladas.
Fonte: O Popular